Um fetichista aos seus pés
Ao ler este e-mail da Grace, que já nos presenteou com relatos incríveis com Vibradores são tão bons quanto amantes e O fetiche feminino de ver dois homens em ação, fiquei pensando se já cruzei (no sentido animalesco mesmo) com algum fetichista de carteirinha e não consegui lembrar. Fico imaginando se embarcaria pela diversão ou se me excitaria para valer, como ela, na situação de ter um adorador de pés a meus pés.
“Eu sempre achei fetiche uma coisa muito peculiar e deliciosa. Penso que cada um tem suas preferências e desejos, mas de vez em quando se abrir ao fetiche de outra pessoa – um fetiche que talvez nunca tenha passado por sua cabeça! – pode ser uma das melhores experiências na vida!
Pois bem, quero contar uma história de um dos primeiros caras com quem transei. Tinha terminado com o meu primeiro namorado quando comecei a ficar com um garoto do cursinho. Era um mineiro com certo ar de arrogante e metido a citar Nietzsche durante o intervalo, mas com uma certa tendência ao sarcasmo que garantia que nos entendêssemos além dos pegas no shopping center ou no centro da cidade. Ávidos por uma ação a mais, decidimos pegar um ônibus para o Guarujá e ter um pouco de privacidade. Uma amiga riquinha nossa tinha um apartamento lá e nos emprestou a chave. Chegando lá, deixamos nossas mochilas no apê e fomos dar uma voltar na praia.
Foi então que ele me revelou algo que, confesso, me chocou um pouco: ele tinha fetiches por pés e só conseguia gozar se pudesse lamber e beijar os pés das parceiras. Disse que durante as aulas ficava olhando os meus pés sempre com as unhas feitas e com umas sandalinhas de couro que comprava na feirinha hippie e seu pau latejava na hora. De certa maneira, mesmo achando um pouco estranho (oras, ainda era uma mocinha boba sem muita experiência!), aquilo me excitou tanto que tudo o que queria no momento era voltar o mais rápido possível pro apartamento. Olhava o tempo todo para baixo, não de vergonha, mas para ver meus pés que tanto o excitavam (ele também não parava de olhá-los, unhas esmaltadas em clarinho num par de Havaianas verdes).

De volta ao apartamento, abrimos uma garrafa de vinho vagabunda e ligamos Chico Buarque no aparelho de som. Mal tínhamos terminado a primeira taça e já estávamos nos pegando no sofá, ele por cima, eu passando a mão nas suas costas, bunda, pernas. Ele passa a beijar meus peitos, minha barriga, mas não desce até minha buceta, desce mais. Beijou minhas coxas, joelhos e ajoelhou-se no sofá. Pegando meus dois pés nas mãos, passou a fazer uma massagem, acariciava-os como se fossem tesouros, via em seus olhos um prazer quase ritualístico de poder finalmente tocá-los. Minha calcinha que ainda cobria minha buceta encharcou-se na hora, mas isso ainda não era importante para ele. Meus pés eram seu foco, eram meus pés que ele ia amar.
Passou a beijar de leve cada um de meus dedos e eu me arrepiava e gemia de leve toda vez. De repente, como se não aguentasse mais, enfiou meu calcanhar na boca e passou a me lamber e chupar meu pé inteiro. A sensação era indescritível, eu não sabia quão erógeno um pé podia ser, sem contar que sua cara enlouquecida de prazer me enchia de tesão. Não aguentei, comecei a me masturbar e não demorou para eu gozar. Ele em seguida colocou minha calcinha de lado e passou a me foder com força, com vontade, com minhas pernas apoiadas no seu peito para que ainda pudesse beijar e admirar meus pés. Gozei mais uma vez e ao sentir minha buceta pulsando, tirou o pau para fora e… bem, claro que gozou nos meus pés, rs.
Umas semanas atrás, mais de dez anos após essa história, nos adicionamos no Facebook e voltamos a conversar um pouco. Já rolou até um sexting, mas em vez de nudes rolaram fotos de pés ;)”.