Brinquedinho de pilha
A nossa leitora Ana, nome fictício, nos mandou essa carta depois de se reconhecer em nossos posts sobre masturbação feminina, masturbadora desde a infância que ela é também. Uma de suas últimas aventuras foi comprar um belo brinquedinho de pilha. Dê uma olhada.
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Eu me masturbo nem sei desde quando, talvez desde os 7, 8 anos, ou até menos. Embora nunca tenha admitido isso a ninguém (ou a quase ninguém, até dois anos atrás), nem ao meu marido. Foi uma espécie de libertação ler as narrativas de outras mulheres e constatar que, sim, mulher se masturba e deve valorizar o sexo solitário. Óbvio dizer, no meu caso, que por muito tempo reprimi essas percepções. Filme pornô para se masturbar? Só há muito pouco tempo.
Sou de uma pacata cidade do interior, com marido, filho, cachorro e por aí vai. Dois anos e pouco atrás a internet me proporcionou um reencontro eletrizante, por assim dizer: uma paixão intensa, dos 20, 21 anos, voltando depois de muito tempo (ainda virtualmente). Atualmente em cidades diferentes, com vidas estáveis, até viabilizar o primeiro reencontro lá se vão mais seis meses de masturbação, agora bem mais quente, mas ainda no mano a mano.
No primeiro encontro (talvez conte outra hora, pois a noite foi quente), meu namorado, vou chamá-lo assim, já me pergunta sobre como e com quais acessórios eu me masturbo. Quando digo que não tenho acessórios, ele quase não acredita e diz que não entende por que e que devo, sim, ter meus brinquedos. Diz que vai me dar o primeiro. Como demora para viabilizá-lo, eu mesma faço a compra pela internet. Quando digo a ele que comprei, ele se delicia, diz que quer saber como vai ser, me pede para narrar. Então, abaixo a narrativa que enviei a ele no mesmo dia do teste do brinquedo:
“Boa noite, meu gato, enquanto eu estava no jantar, só pensava em dar um jeito de sair dali logo. Tinha vários planos e uma certa ansiedade que trazia uma sensação de leve calor, ao imaginar minha iniciação. Bem verdade que o que ajudava bastante a tornar o clima mais interessante é que estava dividindo esse momento contigo, mesmo à distância. Imaginar você me vendo, imaginar você querendo estar ao lado era um belo ingrediente.
O brinquedo está numa frasqueira, embaixo de vários cremes, numa embalagem discreta, por assim dizer. Cheguei em casa, tomei um banho rápido, depois em cima da cama abri a caixa. Procurei alguma instrução, algum guia, nada, só propagandas. Liguei, e nada. Não conseguia entender onde iam as pilhas. Mexi, apertei, e nada… Acessei o site, procurei mais instruções, e nada.
Sem querer, de tanto mexer, saiu uma capinha branca redondinha. Embaixo dela estavam as pilhas, já veio com elas. Tive que rir, imaginando o pacote sendo transportado e de repente começando a funcionar sozinho. Velocidade 1, aperta de novo, velocidade 2, 3… Hummm, vibra bastante. Como desliga? Sei lá, internet de novo, mantenha o botão pressionado por três segundos.
Bem, você não estava aqui para servir de incentivo imediato, então, filme? É, algo leve, uma música, creme, toques, dedos. Brinquedo, vem cá. Hummm, gostoso, desliza fácil, a cabecinha entra, mais uma leve pressão (começo a sentir as mesmas sensações aqui, agora), mexe, vibrações… coisa booooaaaa, o quadril mexe, tira, começa de novo, mais um toque para outra velocidade.
Gemidos escapam, sua imagem na minha cabeça, você numa cadeira sentado à minha frente, uma taça de vinho na mão, ainda vestido, seu olhar passeia pela cena toda, encontra o meu, a mão livre toca o seu pênis por cima da calça, como que para mostrar que está gostando do que vê. Vontade de te beijar, de te ter próximo, hummmm, tira, põe de novo, mexe, curtindo muito…
Não sei exatamente quanto tempo se passou, as músicas foram tocando, o filminho estava passando, minha cabeça em você, olhos fechados, sinto que minha intensidade cresce, cresce, aumenta… um gozo gostoso, novo, diferente. Tô quente, relaxo, um sorriso, minha primeira vez com o brinquedo.”
A resposta dele? Disse que tocou uma bela punheta imaginando a cena e agora quer me ver com o brinquedo…