Nem comum nem bizarro: quando o fetiche é inusitado
O papo no grupo das Maravilhosas, no Whatsapp, começou com o post anterior, sobre ter tesão em homens que são pais.
A Bruna comentou: “Acho legal falar de taras. Eu, por exemplo, tenho por gente com letra bonita. Ahahaha, estranho, eu sei”. A Leticia fez sua contribuição: “Eu tenho por mãos grandes, me imagino sendo apertada, agarrada por elas”. E lembrou de uma amiga que se excita com homens grandes, acima de 2 metros de altura, do tipo que “ocupa toda a cama”. Bia revelou que não pode ver um pescoço com aquelas correntinhas finas de ouro que fica louca. E eu contei de um cara que conheci uma vez: ele pirava em meninas com caninos pontudos.
Muito se fala dos fetiches mais comuns: podolatria, voyeurismo, submissão, etc. E também existem as listas daquelas taras com nomes compridos de raiz grega que entram no espectro da bizarrice — e a maioria de nós não consegue entender muito o apelo.
Algumas parafilias – padrões de comportamento sexual onde a fonte de prazer está em um objeto, prática ou parceiro específicos – podem ser consideradas perversões ou, no mínimo, estranhas. No livro “Devassos Por Natureza – Provocações Sobre Sexo e A Condição Humana”, o psicólogo norte-americano Jesse Bering cita taras intrigantes, como cropofilia (atração por fezes), xilofilia (por madeira) e coulrofilia (por palhaços), entre outras.
Mas, no fundo, a maioria dos fetiches é apenas inusitada – você até pode ter uma certa vergonha, mas na mesa de bar ou na cama, se sentir abertura, pode até revelar que curte, por exemplo, vestir a calcinha da namorada ou cheirar axilas peludas. Dar vazão aos pensamentos levemente estranhos pode levar a experiências fortemente interessantes.