Você conhece Laura, a nossa musa? Ela voltou
Por Diana
Faz um tempo que não falamos sobre Laura, minha amiga das festas de sexo vip e afins (se não se lembra dela, leia os quatro capítulos da Festa do Sexo aqui, aqui, aqui e aqui). Ela anda meio quieta. Depois de muita badalação, Laura foi vítima de um problema que acomete homens e deuses: se apaixonou por um parceiro casado. E o coração partido da minha amiga não está para sexo grupal no momento.
Não que Laura esteja na seca. Veja bem, alguém que conhece os prazeres que ela experimentou não vai conseguir se satisfazer sozinha por muito tempo. Fato: a certa altura, Laura não aguentava mais ver pornô duas vezes por tarde, já não tinha vibrador que aguentasse, e vivia com câimbras na mão direita você-sabe-muito-bem-porque. Era hora de tomar uma providência. E eis que o momento do “basta” chegou, numa noite qualquer.
O problema é que ela não estava disposta a se produzir e sair à caça de um novo parceiro. E também não estava a fim de tentar um Tinder. Os padrões dela são altos –depois do estilo de vida pré-paixão, não dava mais para ficar passando tela para cá e para lá para ver pretês no telefone.
Não, seria preciso outra solução, movida a contato humano. Apostou na honestidade. Chamou um amigo para almoçar e soltou um “preciso dar” no meio da cozinha. “Me arrume alguém.” Ele, a princípio, não acreditou. “Duvido”, disse rindo, “que se eu arrumar um gato para simplesmente bater na sua porta e comer você a senhorita tope”.
“Pois experimente”, respondeu ela, já salivando. “Hoje a noite, vou deixar a porta aberta. Você sabe meu gosto. Pode dizer para ele ir me encontrar no quarto.” O amigo foi embora fazendo promessas e jurando que conhecia o candidato perfeito. Laura acreditou e se animou. Tomou um banho, abriu um vinho e vestiu uma camisa de botão de seda branca sem nada por baixo. Quando a noite caiu, ela já estava pronta e quase impaciente.
Sete. Oito. Nove horas. Nada.
Laura pensou em telefonar para o amigo, mas achou melhor não. Se for para rolar, que role sem pressão, concluiu. Assim, serviu mais um pouco de vinho, pegou um livro e subiu para o quarto. Nove e meia. Dez. Duas taças de vinho depois, ela começou a ficar sonolenta. Onze. “Que (não) se foda”, pensou. “Deu errado.” Fechou o livro e apagou a luz, se deitando de bruços, a cara no travesseiro. A mão apertava a xoxota, mas ela não quis nem se masturbar. Era um poço de mau humor.
Não se sabe quanto tempo depois, Laura acordou de um sono leve ao ouvir passos na escada. Ficou só ouvindo, sem tentar entender o que se passava. A porta do quarto abriu devagar, com seu velho rangido baixo. “Desculpe o horário”, disse o estranho na porta. “Laura? Posso entrar?”
Minha amiga se sentou na cama, ainda confusa. Olhou para o vulto e percebeu aos poucos seus contornos. Era alto, magro, tinha a barba bem aparada e o cabelo castanho um pouco comprido, até o queixo. Minha amiga nunca havia visto o sujeito na vida. Ele não se movia, na expectativa, e apenas olhava Laura sentada na cama. Deve ter vislumbrado a silhueta dos seios pequenos da minha amiga através do tecido fino da blusa, no mínimo.
Laura já se lembrava do se tratava, mas demorou a responder. Ficaram os dois se olhando uns dois minutos, ela na cama, ele na porta, a luz baixa permitindo que os olhos se encarassem. “Entra”, disse ela, afinal. Mas não fez nenhum gesto de acolhida. Sorriu e voltou a se deitar como estava –de bruços, a mão na xoxota, a blusa branca de seda cobrindo só até a metade do bumbum. E fechou os olhos.
O prometido não precisou de outro convite. Chegou perto da cama e tocou nos pés de Laura. Se sentou e começou a fazer uma massagem leve no pé direito, depois no esquerdo, com as duas mãos. Foi subindo a massagem até a panturrilha; ao mesmo tempo beijou a parte detrás do joelho dela, um beijo molhado e lento.
No começo ela não se mexia, mas a massagem a deixou com calor. Laura tentou tirar a blusa, mas ele não deixou. “Calma”. A massagem continuou pelas coxas. Ele fez uma pausa e ao se sentar de novo na cama Laura percebeu que o estranho estava nu, de pau duro, olhando para ela. Ele voltou a pegar na parte de trás das coxas e a beijar suas pernas, subindo até a linha do bumbum. Laura sentia a buceta tensa, a pressão familiar do tesão já voltava; abriu um pouco as pernas e, com a mão com que ainda se apertava, enfiou um dedo em si mesma lentamente.
O estranho viu o movimento ritmado do dedo dela, mas não se apressou. Observou a cena por alguns instantes e deu uma lambida delicada no ânus de Laura. Pega de surpresa, ela interrompeu o toque e segurou o lençol. O moreno não perdeu tempo e assim que o dedo abriu espaço passou a lamber também a buceta de minha amiga por trás.
Laura já levou muita chupada de qualidade na vida, mas aquela tinha um toque especial. Ela não conhecia o autor –sabia apenas que era de confiança e fora arranjado por um de seus melhores amigos. Não sabia sequer o nome dele. Definitivamente não sabia o que ele iria fazer. Era muito proibido, e muito quente.
Para incentivar o estranho, Laura ficou de quatro e abriu mais as pernas. A língua dele claramente sabia o que fazia. Ela não se virou nem abriu os olhos, nem quando ouviu o ruído conhecido da camisinha. O moreno continua lambendo a buceta e o cuzinho de Laura, alternado a língua e o dedo, e bebendo a excitação dela com vontade. Quando sentiu uma pausa, Laura ficou mais excitada ainda: sabia o que estava por vir.
O estranho segurou seus quadris e começou a comê-la por trás, gemendo de leve. Laura pensou que estava no meio de um dos sexos mais animalescos de sua vida. Ninguém se conhecia, ninguém queria nada além de estar ali, dando, comendo, sem expectativas, sem necessidade de convencimento. Nem festa de sexo era tão livre e carnal. Não houve muito tempo para pensar, porém. Os dois gozaram bem rápido, coisa de uns cinco minutos. A excitação com o esquema era grande demais para que alguém conseguisse se segurar.
Depois do orgasmo, ela conta que houve 30 segundos de constrangimento. Laura abriu os olhos, se virou na cama e olhou o cara de novo. “Oi”. E riu. Ele riu também, e se apresentou. “Sou Carlos, e não acredito que isso acabou de acontecer.” Os dois ainda conversaram um pouco, mas sem explicações excessivas. Ainda trocaram telefones, mas Carlos decidiu não passar a noite ao lado dela.
Laura dormiu melhor do que havia dormido nos últimos meses. E, sim, viu Carlos de novo. Uma conexão sexual daquelas que não podia ficar em uma trepada só. A ligação acabou terminando do mesmo jeito que começou –sem laços, convencimento ou explicações. Mas só depois de muitos meses de gozos ocasionais. E por que não?