X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Não me venha com depilação https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/07/08/nao-me-venha-com-depilacao/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/07/08/nao-me-venha-com-depilacao/#respond Wed, 08 Jul 2020 15:56:09 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2986 Por Dolores

Que a quarentena impõe incontáveis desafios todo mundo já sabe. Lavar a louça duzentas vezes por dia, cozinhar outras trezentas, tudo isso enquanto se faz reunião online com os chefes, se pendura roupa no varal e se ensina às crianças a relevância das pirâmides do Egito. Tudo ao mesmo tempo, e tudo para agora.

Mas há também os desafios estéticos sobre os quais muito se falou no começo, e que agora, 20 anos depois que nos fechamos em casa, parece que viraram tabu, de tão pouco que são mencionados. No primeiro mês, sobrou matéria explicando como fazer as próprias unhas fora do salão, cortar a franja. Mas e hoje?

Foi justamente por não ver mais em lugar nenhum ninguém falando sobre como lidar com os pentelhos tão longos quanto os da Rapunzel que fui pedir socorro no grupo de amigas. E qual não foi minha surpresa ao descobrir que as poucas que estavam tomando alguma providência o faziam com gilete?

Deus me guarde de passar lâmina na xoxota. Nem na virilha. Empelota tudo, encrava pelo, coça, deprime os sentimentos. Conforme o negócio vai crescendo, a angústia acompanha o desenvolvimento, e a gente passa a compreender melhor todas as notícias de jornal que associam a depressão a este período tão sombrio.

Restava a internet. Eu queria fazer alguma coisa, não estava mais feliz com o visual nem com a sensação peluda, e tinha então que pesquisar alternativas. Lembrei que, na adolescência, costumava eu mesma passar cera quente da cintura inteirinha para baixo, mas que a maturidade trouxe junto uma covardia insuperável, e parei de ter coragem de puxar a cera depois de aplicá-la.

Mas como são tempos de reinvenção, tá todo mundo tendo que encontrar planos B pra tudo, achei por bem ressuscitar a jovem destemida que ainda mora dentro de mim, e encomendei um Rappi com um potinho de cera e duas espátulas. Alguns minutos dentro do micro-ondas, e é hora de correr para o abraço.

Com um espelhinho posicionado no meio das pernas, só de blusa e recostada na cama, estudei por qual região começar. Primeiro a virilha, sejamos conservadores, nada de movimentos bruscos. E se eu já for passando nos grandes lábios enquanto espero que essa parte aqui já seque?

A humanidade rumou para a desgraça quando o ser humano começou a ter ideias. Se dar o puxão de misericórdia na área perto das coxas parecia a coisa mais tranquila do mundo, quando o desafio que se apresentou foi repetir o gesto tendo uma pele sensível debaixo da camada de cera, eu quis ligar para o SAMU e solicitar ajuda.

Comecei a rir. A gargalhar de desespero puro. Será que se eu convocar o mesmo Rappi para dar um pulo aqui ele me salva? Cogitei a tesoura, água quente para dissolver, acetona, hidratante, óleo de cozinha. Minha mãe. Pena que seu eu chamá-la vou ter que ouvir “eu avisei”. Chato isso, tomar bronca com a xoxota imobilizada.

Óbvio que ninguém me obrigou a depilar o corpo. As regras do feminismo estão todas ativas e válidas por aqui há anos. O parceiro não reclamou nem quando o comprimento dos pelos passou da primeira dezena de centímetros, então se alguém tem culpa por essa enrascada este alguém sou eu e eu sozinha.

Está aí, aliás, um pensamento importante, o de que só a ideia de chupar um cara todo depilado já me arrepia mais que o puxão da cera. Nunca me deparei com um do tipo, todos que deitaram na minha cama mantinham a área ao natural e com, no máximo, uma podada com tesourinha. Ou dei sorte no shuffle de parceiros, ou aquele papo de que a gente atrai tudo que deseja realmente funciona.

Sou do tipo que curte boquetes completos, alguns bons metros distante da modalidade mocinha que ignora que um homem de verdade tem saco além de um pinto. Quando me dedico, me dedico de verdade, e adoro passear pelas bolas do mesmo jeito demorado que passo pelo pau e arredores.

E garanto: faz parte do rolê a aspereza dos pelos, as manobras para evitar que eles enrosquem entre os dentes, a estratégia para mandar fugitivos para um canto entre a gengiva e as bochechas até que haja uma pausa na qual seja possível resgatá-los de lá com a ajuda dos dedos.

Eu ia detestar se meu namorado aparecesse com o saco pelado. E, agora, com a cera quente endurecida e já gelada presa quase no colo do útero, fico pensando se ele também não vai ficar chateado com minha ousadia. Pois era só o que me faltava.

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No carro https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/#respond Wed, 15 Apr 2020 01:19:44 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2907 Por Dolores

Ninguém mais leva bolsa, porque ninguém mais leva nada para colocar lá dentro, e nem mesmo o bolso da calça faz falta, mais, porque basta pegar um cartão de crédito e um frasco de álcool gel. Por isso, ela veste uma legging para sair de casa, sabe que ele gosta, e ainda fica confortável. Mais um dia inteiro dentro de casa, com uma breve fuga para ir ao mercado comprar comida.

Esquema de guerra entre os corredores, cada um com metade da lista, ela corre para as geladeiras, ele faz as frutas e legumes. Em pouco tempo, estão na fila do caixa mantendo a distância de um metro do cliente da frente que passa na esteira quilos e quilos de arroz e macarrão.

Ele pergunta se ela quer levar um vinho. Ela sorri por baixo da máscara, está querendo me embebedar, que eu sei. Se beijam como se não houvesse o pano. Com a mão espalmada na metade direita da bunda dela, ele escorrega dois dedos para entre as nádegas e dá uma forçadinha. A ponta do indicador entraria inteira no cu se, de novo, um tecido não cortasse o clima.

Foram de carro, porque a lei já permite que se prendam as pessoas que caminharem pela rua sem motivo. Encher a despensa até parece explicação suficiente, claro, mas a regra atual é que apenas uma pessoa de cada família saia de casa a cada vez, o que torna injustificável a presença do casal nas ladeiras do bairro.

No carro, estão menos óbvios. Por trás das janelas filmadas, podem fingir ser um só. Vêm calados o caminho inteiro, ela não faz ideia de que o silêncio dele tem como explicação um tesão repentino, maluco. Não transparece por trás do pouco que a máscara deixa ver do rosto, e da calça jeans, que amassa o pau duro preso na costura do zíper.

A vaga, num canto perto do portão do prédio, dá a bunda para duas paredes ornadas com câmeras de segurança que certamente enxergam o que se passa no entorno do sedan. Mas lá dentro, nos bancos, o segredo continua. E é porque sabe dele que, antes que ela agarre a maçaneta para abrir a porta e descer, ele redireciona a mão dela para o meio das pernas e pede que ela o chupe.

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As luzes de sensor se apagam na garagem. Resta só a luminosidade natural que entra pelos pequenos vitrôs que dão para a rua de baixo. Um feixe se projeta do ombro dela, e vai descendo pela escápula, costelas, cintura, até que passa a brilhar no quadril em movimento conforme ela rebola de excitação pela aventura, e se balança para frente e para trás para dar conta da tarefa de engolir e engolir de novo e de novo o pau dele em um ritmo que só aumenta.

Ele força com a mão a cabeça dela para baixo, e se força, com o apoio dos pés nos pedais, para dentro da boca dela com cada vez mais força e insistência. Vai gozar, ela sabe. Reconhece pela respiração e pela textura na língua, quando se enrijece e alisa. Ajuda com a mão direita em um vai e vem cheio de pressão, e que intromete no boquete um gosto de álcool gel esquisito.

Engole tudo, acostumada à assepsia necessária ao momento no mundo. Repõem as máscaras, pegam as sacolas das compras, e sobem para o apartamento, deixando os sapatos no hall do elevador, em frente à porta de serviço.

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Comer, transar e amar: os melhores alimentos para o banquete sexual https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/01/19/comer-transar-e-amar-os-melhores-alimentos-para-o-banquete-sexual/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/01/19/comer-transar-e-amar-os-melhores-alimentos-para-o-banquete-sexual/#respond Fri, 19 Jan 2018 17:17:48 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2278 Eu faço sexo com um taurino. E sabe qual é o estereótipo das pessoas do signo de Touro nessas sátiras do zodíaco que rolam pela web? Elas adoram comer, transar e dormir, nessa e também em qualquer outra ordem.

Transar com alguém com personalidade hedonista pode ser bem excitante, por exemplo, unindo prazeres: a gula e a luxúria em um só ato (não) pecaminoso, que tal?

Eu, pessoalmente, acho que sexo combina com os acentuados taninos de um vinho tinto e não dá match com sabores adocicados, mas gosto, literalmente, não se discute.

Vamos a uma listinha de alimentos que costumam harmonizar com o sexo, para a próxima vez que você for ao supermercado com segundas intenções.

 

Crédito da foto: Stephane Sarley/divulgação

 

Sorvete/gelo

Poucos contrastes provocam mais os quando o do quente com o gelado. Na hora que a temperatura corporal sobe, entre no jogo com uma língua gelada, ou lambuze e refresque mamilos, umbigo ou clitóris com sorvete e depois sugue com lábios quentes. Bem, não preciso ensinar, é praticamente instintivo.

Só cuidado para não colocar gelo direto nas partes mais sensíveis, porque queima, né? E o aviso vale pra todos as preliminares gastronômicas: não enfie comida em orifícios, por favor, vamos alimentar as fantasias de forma saudável, sim?

Halls preto

Muita gente já experimentou. Fazer sexo oral com halls preto, a mais forte entre os drops que dão sensação de refrescância, tem vários fãs. Mais uma vez é o encontro do hálito geladinho com a genitália quente que mexe com a sensibilidade. Mais uma vez, um aviso prático: melhor chupar a bala antes e o pau/buceta depois. Engasgo não está no roteiro. assopros provocantes, sim.

Morango

A cor, o formato, aquele biquinho…tudo é sensual no morango. E ainda é fácil de comer, não precisa cortar ou descascar. Perfeito para levar para o quarto.

Cereja

Mesmas características do morango. O charme está em segurá-la pelo cabinho e dar mordidinhas sugestivas. Um pouco mais adocicada, pra quem prefere esse sabor no momento de alta libido.

Chantilly

Tão clássico no erotismo quanto o filme “Garganta Profunda” (1972).  Opte pela versão industrializada, mais firme e fácil de aplicar precisamente naquele pedacinho do corpo que você pretende lamber (ou ter lambido).

Geleia/doce de leite/leite condensado

Tudo que é pastoso, cremoso deixa…melado. E quanto mais melado no sexo, melhor, não? E como “adocica, meu amor, adocica”!

 

 

 

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Dá para fazer sexo oral com aparelho nos dentes? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/01/10/da-para-fazer-sexo-oral-com-aparelho-nos-dentes/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/01/10/da-para-fazer-sexo-oral-com-aparelho-nos-dentes/#respond Wed, 10 Jan 2018 15:23:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2264 Marisa me conta que está pensando em colocar aparelho nos dentes, mas só não se decidiu ainda por um motivo: sexo oral.

“Vou ter de ficar um ano ou mais sem chupar o pau do meu namorado? Não quero! E se fizer, vai que na hora o aparelho arranha ou enrosca na pele? Vira uma tragédia!”, comentou comigo.

 

aparelho dentário
Crédito da foto Pinterest

A preocupação dela me lembrou do meu dilema adolescente, quando, aos 13 anos, achava que só poderia beijar na boca quando tirasse o aparelho.  Mas a dúvida tem fundamento. De fato, a glande peniana é extremamente delicada e sensível e um machucado ali é complicado e dolorido.

Mas existem diversos tipos de aparelho e se Marisa foi com mais jeitinho e menos afoita, pode mandar ver no boquete.

Quando os brackets (os famosos ferrinhos) estão do lado externo da arcada o risco é minimizado, porque essa parte dos dentes não costuma encostar no pênis. Agora, se foram colocados na parte interna, como às vezes acontece, fica um pouco mais perigoso, mas nada que não dê pra ser testado com calma, pra encontrar um modo mais seguro.

Os aparelhos ortodônticos mais modernos, chamados alinhadores transparentes, tipo o Invisalign, são os mais tranquilos. “No sexo oral, funcionam até como uma capa protetora”, explicou uma amiga que usa. Mas se forem retirar, é preciso certa atenção com os pinos que são fixos na superfície dos dentes e servem para encaixar a placa de acrílico.

Aparelho que aumenta o prazer. Será?

No universo do sexo, o verbo é sempre “aumentar”. Aumentar a libido, a frequência, os seios, o pênis…

E para aumentar o prazer no sexo oral, Kuang-Yi Ku, um dentista de Taiwan, criou um aparelho que também é um brinquedinho sexual: além de alinhar os dentes, estimula mais o órgão genital durante a chupada.

Também se trata de uma placa móvel transparente, mas tem algo a mais: bolinhas macias na superfície que fica no céu da boca. A versão para as mulheres funciona como uma capa para a língua, também coberta pelas esferas.

Mas o chamado Fellatio Modification Project é ambicioso: futuramente a ideia é implantar as bolinhas no direto no palato. Outra piração do dentista asiático é a cirurgia que modifica a estrutura da boca e a posição do maxilar, deixando-o mais protuberante, para que seja possível engolir mais profundamente um pau, sem ânsia de vômito.  Seria a medicina a favor da garganta profunda. Quem quer ser a cobaia?

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O tesão tem razões que a própria razão desconhece https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/10/28/o-tesao-tem-razoes-que-a-propria-razao-desconhece/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/10/28/o-tesao-tem-razoes-que-a-propria-razao-desconhece/#respond Sat, 28 Oct 2017 13:07:27 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2203 Parece até discussão política, de tantos comentários acalorados que gerou. Ao publicar o ranking do tesão do Rafa, um adepto do cuckold – tara por ver sua mulher transando com outro – eu abri a caixa de pandora.
O fetiche está entre os mais comuns do brasileiros e vários vieram me contar suas experiências e, acima de tudo, refletir sobre o que lhes causa tanto tesão nessa fantasia.
cuckold
Crédito da foto Pinterest
A maioria discorda desta blogueira que aposta no orgulho da posse, em oposição ao desapego na relação, como o motor para subir os paus desses homens que curtem saber, ver, fazer sexo com a parceira que o “traiu”.
“A minha fantasia passa muito mais pelo prazer projetado nela. Imaginá-la se entregando sem freios, fodendo com outro na minha frente, sendo mais verdadeira do que o comportamento imposto pelo ‘normal’!”, conta Alex, que fala abertamente com a parceira sobre praticar cuckold, mas ela, porém, não gosta ou não tem coragem de realizar a fantasia.
“Eu já traí, fui traído, e sempre tem um componente de hipocrisia nas relações. Seria o corno livre de uma vez?”, discorre. Sensacional, Alex! Mas, para mim, a reflexão seguinte dele é, de longe, a mais interessante: “Outro ponto é a realização de uma certa bissexualidade. Beijar a boca que chupou rola, comer a boceta esporrada e talvez, quem sabe, lamber a boceta esporrada. Para isso, tudo isso me aproxima do sexo com um homem. “Não é o suficiente para sentir atração por outro homem, mas a sua mulher impregnada de outro macho pode ficar ainda mais atraente”.
Já o João conta que descobriu por acaso que se excitava com o relato de transas da namorada. “Uma vez, ela quis me confessar algo,  que um velho amigo a havia convidado para tomar vinho na casa dele. Ela começou a me contar, eu fui especulando, já com tesão, e ela acabou me confessando que foi pra cama com o amigo. Ela provavelmente achava que eu iria ficar bravo, terminar tudo naquele momento mas, na verdade, estava excitado com a história e pedi que me contasse mais detalhes sobre a transa.  A transa dela rendeu ótimos momentos de prazer para nós dois”.

Ele revela a encenação que gostaria de fazer: “No trabalho, uma das funcionárias contava que uma amiga, vizinha de rua, era casada, mas o marido estava doente.  Essa amiga trazia o amante em casa e transavam na frente do marido.  Suspeito que essa história era fantasia da própria colega que narrava. O fato é que eu fiquei com tesão ao me imaginar no lugar do marido, vendo sua esposa transar, passar por ele respingando esperma do amante, depois de múltiplos orgasmos com o outro. Quero me passar por marido doente, impotente, e ver minha esposa me traindo na minha frente. Depois quero transar bem gostoso com ela, rememorando a traição”.

Por fim, o Breno ficou irritado com a minha recomendação sobre sexo seguro em meio ao texto sobre cuckold. Me chamou de “Greenpeace” (achei engraçado) e de “broxante” (menos divertido).

Breno, assim como você não concorda com a minha análise e acha que o cuckold é apenas uma situação de total submissão do homem, eu não concordo com você de que a lembrança sobre sexo protegido e saudável  — no meio de um texto ou de uma transa – elimina a excitação. Vamos concordar em discordar? 😉

 

 

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Ele gosta de ver a mulher com outro – e não é o único https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/10/24/ele-gosta-de-ver-a-mulher-com-outro-e-nao-e-o-unico/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/10/24/ele-gosta-de-ver-a-mulher-com-outro-e-nao-e-o-unico/#respond Tue, 24 Oct 2017 12:23:24 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2199 Teve gente que entrou na brincadeira do ranking do tesão. Adorei. É sempre interessante assistir a um desfile da variedade da psique e do comportamento (sexual) humano.

A lista abaixo é do Rafa. Casado há 11 anos, ele a chamou de “não convencional”.

1.Ver a parceira de lingerie em ocasiões cotidianas, como em casa, ao longo do dia, apenas porque se sente bem em ficar só de calcinha.
2.Sentir o cheiro de sexo nela logo após ela ter transado com outro.
3.Ouvir dela frases pornográficas, que demonstrem vontade de transar e relatos de como transou ou gostaria de transar com outro parceiro.
4.Vê-la transando com outro parceiro.
5.Sentir a lubrificação dela com a mão.
6.Ver e sentir sua boca e boceta após ter levado uma gozada de outro.[lembrete da blogueira: a prática de sexo casual sem proteção não é segura!]
7.Observar seu corpo nu, principalmente quando exibe sua bunda ao estar na cama numa posição que a destaque.
8. Acariciar sua pele de leve.
9. Sentir sua língua começando de leve por várias partes do corpo e no pau, terminando com um gostoso boquete.
10. Ser masturbado por ela.
Cuckold
Crédito da foto Studio Lux
A questão é que o fetiche de Rafa é mais comum do que, talvez, ele imagina ao descrevê-lo ainda como “inusitado”. Segundo o site SexLog, rede social que reúne pessoas que querem realizar suas fantasias sexuais, a busca por cuckold, em outras palavras, a tara em ser corno, é uma das mais pesquisadas, ficando em primeiro lugar entre homens do Sul e do Sudeste.
A ideia é imaginar, saber, ver ou até participar como submisso de uma transa de sua parceira com outro e sentir muito tesão com isso. Pode parecer desprendimento, mas, sob a minha ótica, a possessividade tem um papel fundamental aí. “EU estou entregando minha mulher a outro”. “Esta mulher tão desejada por outros é MINHA”.
A parte mais curiosa é o nome cuckold, em inglês, deriva de cuckoo, o pássaro cuco, que deixa a fêmea chocar ovos de outro macho em seu ninho. É a criatividade do vocabulário sexual.
E a cumplicidade de realizar a fantasia juntos acaba fazendo bem aos casais que a curtem. “Nossa relação é intensa, boa demais, cheia de prazer”, conta o Rafa. Se os dois curtem, então, que os três se divirtam!
Você é adepto do cuckold? Conta para mim: carmenfaladesexo@gmail.com
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Duelo de corpos e o tapinha que dói https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/15/duelo-de-corpos-e-o-tapinha-que-doi/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/15/duelo-de-corpos-e-o-tapinha-que-doi/#respond Fri, 15 Sep 2017 18:15:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2158 “Me casei nos meus tenros 23 aninhos com meu primeiro amor e, pra minha tristeza sem fim, fiquei viúva quando estava pra completar apenas quatro anos de casamento. Você pode imaginar como fiquei arrasada, prostrada, em profunda depressão. Até que, aos poucos, fui me reerguendo. Comecei buscando um hobby que há muito tempo eu secretamente desejava, mas pelo ciúme do meu marido de me ver dançando com outros homens, me privei desse desejo.

Entrei em uma escola tradicional de dança e me encontrei. Fazia todas as modalidades possíveis e imagináveis, mas a dança de salão era a que mais me atraía. Percebi o quanto eu gostava de ser conduzida por homens pé-de-valsa e, mais ainda, quando eles eram atraentes, cheirosos, volumosos – é, dava pra sentir o volume genital quando a gente dançava ritmos calientes. Que delícia roçar sem querer, perceber a excitação do outro. Me vi uma mulher com muita paixão ainda pra viver, apesar do grande amor que havia partido tão jovem, no auge do nosso casamento.

 

BDSM
Crédito da foto: dominador.org

E os professores, então? Aqueles homens maravilhosos, musculosos, alguns mais baixos, outros mais altos, alguns asiáticos, outros nordestinos, uns eram branquelos e esses eu gostava menos, mas os negros eram os que eu faria de tudo pra abocanhar. E havia o mouro, sedutor, bigode, magrelo, mas com uma sensualidade que eu pensava ‘como?’, e que sorria pra mim como se estivesse preparado pra entrar na tenda e fazer mil e uma noites de amor. Cada professor me causava algum tipo de fantasia – e minhas noites eram menos solitárias, ao menos ali na minha cama, nua, me tocando tão profundamente que parecia estarem ali comigo, às vezes todos ao mesmo tempo, se revezando.

O mouro foi se aproximando cada vez mais. Me tirava pra dançar primeiro e, depois de dar o giro pela sala – eram sempre menos homens disponíveis em sala de aula do que o número de mulheres –, dava um jeito de me tirar pra dançar de novo. Era sempre em três tempos: um, dois, três. Três momentos distintos da aula em que ele criava situações pra me tirar pra dançar. Fui me deixando levar, me envolvendo. Era salsa, gafieira, forró. Adorava essas três modalidades. Cada uma com suas muitas possibilidades. E, em uma delas, o ritmo nos levou até meu apartamento. Entramos os dois excitados – eu ainda mais curiosa pra saber como seria a nossa performance fora da pista, qual seria nosso ritmo carnal. Coloquei um som, ele abriu a garrafa de vinho e começamos grudados um no outro, de cima abaixo, cada um bebericando sua taça, entrelaçados por nosso braço oposto. Que tesão! O beijo daquele cara era fenomenal, fiquei no ponto pra dar e comecei a abocanhar aquela boca ornada pelo bigode. Larguei minha taça na mesinha lateral e arranquei a camisa dele. Que peitoral! Ele era mais baixo do que eu, mas cada músculo daquele corpo compensava nossa diferença de altura.

De repente estávamos nus, dançando na sala do meu apartamento, ele de pau 90 graus. Prensei aquilo maravilhoso com minhas pernas e ele enlouqueceu. Tudo corria bem, numa cadência fluida entre forte e fraco, suave e intenso. Ele ensaiou uma pegada mais grave que partia do meu pescoço e pegava meu cabelão. Até aí, delícia. Pela nossa levada, resolvi colocar um tango, só pra ver o que saía. Nossa! Tango, ah, a dança do acasalamento, a dança do duelo de corpos que querem se possuir, se penetrar, se comer, se aprofundar. Aquele baixinho, de repente, me puxou para o chão. Fui. No meu tapete felpudo de poliéster da melhor qualidade, fizemos um sexo semisselvagem. Havia ternura, havia tesão, havia pau na buceta, mão na buceta, mão no rego, dedos suaves no cu – meus e dele, no meu, no dele. Tesão. Demos uma. Demos duas, praticamente sem pausa. Que homem! Ele se animou. E quando eu estava pra gozar mais uma vez…

…um tapa. Eu. Levei. Um. Tapa. Na bunda? Não. Levei um tapa. Na cara. O cara me deu um tapa na cara. Fiquei em choque. Não entendi. Pensei, será que é assim agora? Desacreditei. No tapa. Que aquele cara me deu. Sem nenhum aviso prévio. Levei um tapa. Tesão sumiu na hora. Mas fiquei ali, fingindo. Segui a transa. Não dei um piu. Sobre o tapa. Tapão na cara. O professor sem noção que me deu um tapa na cara sem nenhum aviso prévio.

Amigo, faça isso não. Tapinha não dói, mas tapinha você dá com quem já 1) disse que gosta; 2) sabe que gosta; 3) tem certeza que gosta. Se liga!”

Você gosta de tapinha? De tapão? Na bunda? Na cara? Dar ou receber? Conta para mim, vai, não dói nada. 😉

 

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A viúva negra de Varsóvia https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/07/a-viuva-negra-de-varsovia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/07/a-viuva-negra-de-varsovia/#respond Thu, 07 Sep 2017 14:24:30 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2151 “Estávamos viajando a trabalho quando nos conhecemos na Polônia, cada um a serviço de seu país. Eu, do Brasil; ela, da Colômbia. Nossa comitiva era feita de representantes da América Latina para uma reunião sobre os rumos do Mercosul.

Ela falava em perfeito português, o que observamos enquanto ela nos questionava alguns pontos da nossa apresentação. Fiquei impressionado. Meu portunhol só não ficava devendo no sotaque: eu cantava e imitava o jeito argentino-italiano de falar e corria atrás das correções em tempo real. Perdón, perdón!, era o que eu repetia sem parar.

Mas aqueles lábios carnudos, aquela maquiagem perfeitamente exagerada, aquele perfume marcante, aqueles cabelos fartos e pesados e longos, aquela mulher me fazia querer falar e falar e falar meu horroroso portunhol. Tudo pra ter a atenção dela, a tréplica dela, as correções delicadas que ela fazia com meus falsos cognatos.

Meu relacionamento aberto me dava muitas possibilidades. Veja, eu amo a mulher com quem me casei – no papel, sim, apenas por questões burocráticas da vida civil. Mas desde sempre entendemos que nossa relação seria livre, leve, solta, amarrada, junta e misturada. Alguns tropeços aqui e ali. Alguns erros na escolha de quem levar pra cama. Alguns vacilos na entrega emocional. Mas tudo acertado e ajustado com o tempo.

E eu estava ali para a apresentação de um relatório que me tirou da rotina de 7 horas mais 1h de almoço. Estava exausto. Agora era o grand finale, o ápice de 30 dias de pesquisa e reuniões sem fim. De happy hours canceladas. Fodas (com minha esposa) adiadas. E a viagem à Polônia me trouxe um tesão na hora. Eu sabia que encontraria deliciosas oportunidades pra gozar sem compromisso.

O compromisso se limitava a fazer o serviço direito, aplicar minha vasta e constante experiência. A verdade é que eu me orgulhava de ser um bom chupador. Tenho muitas amigas na repartição que reclamam de homens que não entendem nada de buceta. Sempre fique atento às histórias pra testar na cama meus aprendizados. Ah, como sou grato a elas!

Agora eu estava em silêncio, hipnotizado por aquela boca que eu só pensava em enfiar minha língua – e minha piroca. Senti meu pau entumecer. Segurei a onda, aquele não era o lugar pra isso. Fim da reunião, fomos levados de volta ao fretado da comitiva. Ar condicionado, bancos enormes e confortavelmente acolchoados, parecia classe executiva. Me sentei no fundão, ainda excitado pelos estímulos externos.

Senti um calafrio quando a vi subir as escadas e aparecer no corredor. Sorriso farto. Peitos fartos. Quadris fartos. Eu não estava me aguentando de tanto tesão. Mandei todos os pensamentos positivos pra que ela se sentasse do meu lado, só pra ver se funcionava. Quase. Ela sentou-se na mesma fileira, mas do lado oposto.

 

pegada
Crédito da foto: Collected Sex

 

Busão partiu para nosso próximo rumo. Varsóvia ao meio-dia era como uma cidade grande qualquer: agitada, lotada de carros, muito trânsito na região central.

Já com uma fome de leão, resolvi me distrair com meu tablet. Comecei a navegar e concentrar meu foco ali, quando percebi alguém se acomodando ao meu lado. Foram segundos entre a torcida pela colombiana e a realidade da argentina que, de fato, foi a que sentou-se ali. Tudo bem. Vida que segue. Não se pode ter tudo. E…

– Su nombre?

– Ah, olá, que tal! Sou Vila. E vos?

– Soy Catarina, de Argentina. Usted é brasileño, verdad?

Eu ainda não tinha reparado nela. Uma mulher longilínea, perfil mais moderninho, bem menos curvas, cabelos curtos e geométricos, mais interessante que gostosa. Simpática e boa papo. Ela roçava a perna dela em mim e recuava. Dava risadas enquanto apertava suavemente meu braço. Até que se inclinou sobre mim pra me mostrar algo na rua. Reparei que tinha peitos deliciosos. Eu estava faminto. Almoço. Buceta. Peito. Boca. Trânsito. Resolvi encará-la. Reparar nos sinais. Sua pele coberta de sardas suaves. Olhos esverdeados que se esquivavam quando encontravam os meus. De repente, a mão que apertava meu braço ficou um tempo a mais. Retribuí: agora era minha mão direita que se apoiava em sua perna, suave e rapidamente, testando os limites. Até onde aquela dança nos levaria?

Já no restaurante, a fila de saída do ônibus contribuiu pra me localizar entre a colombiana e a argentina na enorme mesa da comitiva. Aquela me trazia meus sonhos eróticos impossíveis, enquanto esta me dava a possibilidade real de uma foda internacional. A colombiana não me dava a menor bola. Enquanto a argentina puxava papos sobre o que você quisesse e animava a conversa ao redor. Comemos, bebemos vinho branco. Voltamos ao fretado para os mesmo lugares.

Ela nem esperou o veículo dar partida e, um pouco inebriada, me convidou pra subir ao seu quarto no hotel em que estávamos todos hospedados. Rindo, disse que queria me mostrar uns relatórios.

– Eu adoro um relatório, respondi, facinho.

A dança dos toques e apertos e sorrisos e risadinhas continuou até que no lobby, ela me puxou pelo braço. Seguimos por um corredor lateral e, já no elevador, ela me agarrou. Aquelas pernas longas… com uma delas, se equilibrava, enquanto me prensava com a outra, como um bote em um duelo de tango. Nos atracamos ali até o elevador parar no 11o andar. Altiva, me guiou até seu quarto. Na entrada, uma pausa desajeitada: ela não encontrava o cartão que liberava a porta.

– Tranquilo, eu dizia, em bom portunhol, no passa nada!, emendando com uma passada suave de mão na bunda dela, subindo pelas costas até a nuca.

Ouço o barulho do elevador e, quando olho, a colombiana! Seu olhar fulminante me confundiu, ao me ver em situação duvidosa com a argentina. Dei de ombros, como se eu dissesse claramente que se ela tivesse me dado alguma abertura, estaríamos os dois na porta dela.

Cartão a postos, entramos. Ah, aquela argentina! Buceta lisa, barriga lisinha, pele lisa, que pele, que pele! Minhas mãos brutas deixaram vergões e roxos por aquelas pernas, quadris, bunda. Enfiava meu pau com força, enquanto ela me indicava que era isso que ela queria: violência! Me chupou como uma cadela. Me dizia palavras que ainda não faziam parte do meu vocabulário. Palavrões que, só depois, reconheci alguns na boca dos cabróns nos personagens de “Narcos”. Cada palavra daquela me deixava de pau duro, de pau gigante. Gozei naquela boca duas vezes. Passamos a tarde nus naquele quarto de hotel, bebendo água de coco com vodca, dançando salsa e fingindo passos de tango. Caímos em sono profundo pra, no meio da madrugada, ela me enxotar dali.

– Soy viuda. Viuda negra. Sale de aquí ahora!

Me masturbei ainda no meu quarto sozinho, pensando naquela frase.”

 

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Mega-Sena do sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/07/31/mega-sena-do-sexo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/07/31/mega-sena-do-sexo/#respond Mon, 31 Jul 2017 17:32:34 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2113 Estávamos aproveitando a happy hour da sexta-feira com cerveja e chips de batata doce, enquanto falávamos sobre a Mega-Sena acumulada em mais de 100 milhões de reais, depois que ninguém acertou o sorteio dos 90 milhões. Ficamos ali fantasiando o que faríamos com aquele tanto de dinheiro. Viajar pelo mundo, comprar um imóvel pra cada um da família, nunca mais trabalhar, montar startups, investir em ONGs protetora dos animais, se tornar vizinha do Matt Damon, frequentar a mesma aula de ioga da Angelina Jolie. A lista era basicamente aquela de sempre, nada muito diferente do que qualquer desejo mortal e inalcançável. Até que Marcia fez uma proposta:

– Vamos fazer outro tipo de lista agora e vamos pensar em cada foda ruim que a gente já teve na vida. A pior que a gente teve ou o que deu errado e que poderia ser evitado.

Não entendemos direito qual era o rumo daquela proposta em relação à Mega-Sena, mas falar sobre foda ruim sempre rendia boas risadas pra uma mesa de bar. Pedimos mais uma rodada de cerveja de trigo e começamos.

 

mulher nua
Crédito da foto: eroticphotocollector.tumblr.com

 

1) O cara me chamou de outro nome e me desconcentrei. Ele acabou gozando mesmo assim, saiu da cama e não voltou mais;

2) Quando ele tirou a roupa, perdi o tesão. Não tinha o que ele fizesse que me trouxesse de volta. A sorte foi que ele gozou rápido;

3) Depois de algumas taças de vinho, o cara que eu mal conhecia queria que eu desse o cu. Nem a pau. O cara nem tentou sacar o que poderia funcionar ali para os dois, gozou logo e ficou achando que tinha sido estrela;

4) Uma vez a gente tava ali num rala e rola legal quando o cara, do nada, me virou de costas, completamente fora de propósito, quebrando meu clima. Gozou furunfando em mim por trás sem penetração. Tipo uó;

5) Na festa de formatura, todo mundo já muito bêbado, me peguei com esse cara. Fomos pra um dos banheiros e ele me colocou em cima da pia. Tudo parecia caminhar pra essas fodas excitantemente trash, quando ele já foi gozando com minha calcinha ainda no meio do caminho.

Marcia fez uma média aritmética de todas as histórias que foram surgindo – muito mais do que os exemplos acima – e disparou:

– O problema da foda ruim, ao menos pras mulheres desta mesa, não tem outra raiz a não ser a ejaculação precoce, que mais deveria ser chamada de ejaculação egoísta. E se a gente pudesse resolver o grande problema da foda ruim, o que vocês fariam?

a) Eu criaria grandes campanhas de saúde com um passo-a-passo de como dar um bom boquete. Seria distribuído em cada saída de balada, estaria nos balcões de cada centro turístico. Utilidade pública, minha gente!

b) Ah, eu criaria um aplicativo baseado em avaliação pra critérios como “empatia da foda”. E se o cara tivesse reviews negativos no caso de ter gozado sem tentar fazer a mulher gozar, seria banido!

c) Homem com nojinho de xota sofreria internação compulsória. Teria de escrever em uma lousa mil vezes a hashtag #xotamaravilhosa. Chamaríamos a Sarah Sheeva pra ser a madrinha do programa, que entrevistaria os caras que passaram pela linda conversão.

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Diário de uma adolescente: beijo triplo e relacionamento aberto https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/07/11/diario-de-uma-adolescente-beijo-triplo-e-relacionamento-aberto/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/07/11/diario-de-uma-adolescente-beijo-triplo-e-relacionamento-aberto/#respond Tue, 11 Jul 2017 20:47:07 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2100 Eu lembro a primeira vez que vi um casal gay andando de mãos dadas na rua. Era 1994, eu era adolescente e estava em São Francisco, na Califórnia, que, na época, era famosa como cidade liberal, gay-friendly.

Anos mais tarde, quando a cena se tornou corriqueira na Avenida Paulista e outros cantos de São Paulo, me recordei de como eu tinha sentido orgulho do mundo que eu presenciava nascer, onde as pessoas eram livres para amar quem quisessem, serem quem desejassem. Isso fazia muito sentido e era bom testemunhar essa mudança. Ali, eu me enxergava como espectadora, não conseguia entender que uma sociedade mais igualitária tinha um impacto direto na minha vida como mulher heterossexual, solteira, latino-americana.

Foi no ano passado que eu presenciei uma nova revolução. Da mesma forma como havia acontecido antes, já ouvia falar da liberdade sexual dos adolescentes. De como eles experimentavam muito mais, de como se relacionar com pessoas do mesmo sexo, em algumas rodas, era tratado como parte da descoberta típica da idade. Eu ouvia e achava o máximo, até porque não me sinto tão distante assim dessa geração (por alguma falta de lógica do tempo, eu me sinto muito mais próxima deles do que eles de mim — risos).

Pois eu estava na linha verde do metrô, horário de saída dos colégios e faculdades. Entrou no um grupo de quatro, eu chutaria entre 16 e 18 anos. Um garoto andrógeno e três meninas, mochila nas costas, várias palavras por segundo. Uma delas estava contando sobre um dilema qualquer de relacionamento amoroso: dela com uma menina. Ela contava com naturalidade, os outros palpitavam como mais naturalidade ainda. Não havia intenção de chocar os demais ocupantes do vagão – que se estavam ouvindo como eu, não expressaram nenhuma expressão de aprovação ou reprovação.

Mais uma vez, fiquei assistindo com interesse a esse timelapse das gerações, das décadas, da vida. E, por fim, hoje recebo o e-mail da Soraia, uma garota de 18 anos, que traduziu em um discurso prolixo como é ser jovem e fazer sexo em 2017. Seguem trechos:

 

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Por mais que não tenha vivido todo tipo de experiência ainda, tenho um relacionamento aberto e acho válido compartilhar.  Perdi minha virgindade aos 16, com um cara com quem eu não tinha intimidade, bêbada (não o suficiente para esquecer de tudo), mas não estava no meu completo juízo. Enfim, deu no que deu e por mais que muitas vezes eu tenha  me achado uma vagabunda por ter feito isso, nunca me arrependi. Não me arrependi e também transei muito nesse período que perdi a virgindade até finalmente transar com o Edson, por quem tenho uma paixonite. Quando finalmente transamos, foi em uma tarde, ele mora em uma cidade vizinha, eu inventei uma desculpa e fui pra casa dele. Acho que nunca sentei e rebolei com tanto tesão como naquele dia. Quando terminamos eu fiquei deitada, sem fôlego, olhando o nada, ele se levantou e acho que essa foi uma das cenas mais lindas que já vi, aquele menino pelado na minha frente, depois de ter gozado muito comigo.”
“O sonho dele era fazer um ménage, e resolvi contar que eu já havia pego uma amiga nossa, que ele também já havia pego, a Luiza. Não só a peguei, como a masturbei e a chupei muito. Nós duas mantínhamos isso em segredo. Muitos já desconfiavam que ela era lésbica, ou bi, mas ninguém nunca confirmou, ultimamente ela está se abrindo mais sobre isso. Eu e a Luiza resolvemos finalmente conversar sobre o que tinha rolado entre a gente, porque sempre ficava um receio. A gente agia normalmente uma com a outra, mas quando o assunto era sexo, ficava sempre um clima. Não queríamos assumir o tesão que a gente sentia por outras mulheres, o sexo lésbico, ela foi a primeira em que eu beijei e eu também fui a primeira dela.”
“Rolou um beijo triplo, não era o primeiro dela e nem dele, mas era o meu, foi sem dúvidas a melhor coisa que fiz na vida! Depois de muitas mãos envolvidas, eu não resisti em ajoelhar e bater um boquete pra ele, já que a gente já se conhecia muito bem. Paramos por aí, e a possibilidade de rolar mais coisa é grande num futuro próximo.”
“Não pretendo assumir que sou lésbica ou bi, até porque o quanto eu gosto de um pau entrando, não tem explicação. E ainda sou apaixonada pelo Edson, sofro muito, sempre sinto ciúmes, quero mais que sexo e amizade e não sei se passaremos disso, mas com certeza todas as experiências foram sensacionais. Ele ainda me dá um tesão que não alcanço com mais ninguém, várias vezes  estamos sentados abraçadinhos na sala de aula, por exemplo, e eu estou fazendo um carinho na coxa dele, ou mesmo no pau, disfarçando pra ninguém perceber. Várias vezes, em festas, no meio de shows, faço isso, parece que é um imã, e minha mão vai direto. E é tão bom quando ele olha e diz ‘para, como vou ficar aqui de pau duro’, eu faço uma cara de safada e digo que assim que eu gosto, e sei que ele gosta também.”

 

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