X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Quando a liberdade é outra https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/26/quando-a-liberdade-e-outra/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/26/quando-a-liberdade-e-outra/#respond Wed, 26 Aug 2020 13:07:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3010 Por Carmen

A época era outra, eu era outra. Imagina, troca de casais em um ambiente fechado, com muito suor e outros fluídos. A ideia já me deixava levemente tensa lá atrás.

Mas o mundo era outro, a idade era outra, e eu estava na minha fase mais intensa de experimentação. Tinha pavor de não aproveitar oportunidades na vida. Então, quando C. parou o carro na rua escura de Moema, em frente à casa noturna cafona, eu topei sair do carro e entrar.

 

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Reprodução Édouard-Henri Avril

 

A princípio, parecia somente isso: um lugar como outro qualquer, um karaokê, uma balada do Centro. Comecei a beber vodca com energético como se fosse a última coca-cola do deserto e relaxei.

Teve um showzinho de striptease no meio da pista. OK, era divertido assistir aquela ceninha com ele, mas saquei que aquela era a fase de ambientação para mim. Tinha coisa mais hardcore rolando em outras partes daquela casa.

Passamos pelas suítes, sem realmente parar ou entrar, bancado voyeurs pouco dedicados de algumas transas a dois ou a três.

Depois de passar pela iniciação, eu já estava pronta para o labirinto, onde minha experiência com swing realmente se deu. A sacanagem de pintos anônimos enfiados em buracos aleatórios pelo caminho foi interessante, como se estivesse no trem-fantasma do parque de diversões e figuras inesperadas e grotescas aparecem, mas eu sentia algo a mais além do frio na espinha: a aflição entre as pernas estava ali, me fazendo querer deixar minha roupa pelo caminho, tocar aqueles paus quentes e pervertidos.

Em um canto sem saída do labirinto, encontramos um casal. Não vou saber descreve-los, a luz negra não dava detalhes à visão já turva. C.  estava colado em mim, por atrás. O outro par estava no mesmo tipo de engate, nos aproximamos e nos apertamos em um sanduíche. Meu corpo grudou no da garota, que era mais baixa que eu, enquanto o homem desconhecido explorava em corpo com as mãos. Eu não tinha ideia do que C. fazia com as dele, era muita informação.

Eu me excitei colada àquela mulher anônima. Fui com avidez acariciar seus seios, como uma familiaridade que eu não tinha. Eram bem menores do que os meus. Empolgada, eu meti no nariz em seu pescoço. O cabelo cheirava recém-lavado com shampoo barato, e quando nos soltamos, minhas calças, de algum modo, já estavam no meio das canelas, calcinha junto. O par dela me conduziu para a parede, de costas, notei o movimento de quem coloca a camisinha. Nesses segundos de pausa, travei. EU não queria ser penetrada por esse desconhecido. Estava curtindo mais o fato de me pegar com a garota, uma novidade para mim. Não queria transar com ele e, constatei, sentia também repulsa à ideia de C. comer a menina.

Quando eu comecei a rejeita-lo, a menina falou, pela primeira vez ouvi sua voz: “Amor, me avisa se ela não deixar que eu não deixo também”. Havia regras, era uma troca, afinal.

Meu limite era outro, minha liberdade era outra. Sai do labirinto e fui comer um petit gateau semicongelado com sorvete de creme de péssima qualidade, enquanto C. circulava mais um pouco por lá.

 

 

 

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A sua sorte https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/18/a-sua-sorte/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/18/a-sua-sorte/#respond Thu, 18 Jun 2020 21:38:57 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2960 Por Dolores

A sua sorte é que eu não tenho um pau.

Eu te encurralava, te dominava, te violava no chão igual à música do Chico, se eu tivesse um pau e fosse você do meu lado, igual é hoje em dia, mas quem tem o pau é você.

Eu não ia te deixar em paz. Você não ia ter sossego. Seu dia ia começar bem cedo, na verdade não era nem dia ainda, porque antes do nascer do sol eu já ia me embrenhar pra perto do seu corpo deitado na cama, subir a palma da mão da coxa pra bunda, e, segurando cada banda prum lado, ia me roçar pra você me sentir crescer comigo já lá dentro.

Sorte sua, eu não ter o que bem podia. Não adiantava reclamar, dizer que precisa dormir, que amanhã tem que acordar cedo. E, quando acordasse de verdade, era o meu pau, e não mais o seu, que íamos adorar feito imagem de ídolo, duro e imponente, respeitável em todo o seu ineditismo.

Não que a gente fosse se surpreender com o fato de que, azar o seu, agora eu tinha um pau e queria aproveitá-lo direito. Ia se normalizar, o novo membro, mas não sem que antes, de novo, igual à música, eu não te desse perdão.

Abaixa pra pegar coisa no chão, na última gaveta, pra amarrar sapato, pra você ver o que te acontece. Ajoelha na minha frente. Se eu tivesse um pau – e é sorte sua que eu não tenha – era em você que eu testava as descobertas, sensação por sensação, novidade por novidade.

Corpo De Mulher Sexy E Atlético Na Cueca Branca. Fotos, Retratos ...

E eu te acho tão gostoso, tão apetitoso, que, se eu tivesse um pau (azar o seu), esfregava em você inteiro. Não ia haver trégua. Não tinha momento certo. Toda hora era hora de eu ver o que de tão bom parece ser ter um pau e poder encaixá-lo em frestas, molhá-lo em poças.

E, de tanto pensar que ter um pau era sua desgraça, de ter certeza do seu desgosto e asco, quase me perco no devaneio e me esqueço do quanto eu penso, às vezes, que pode ser que sem um pau eu não viva (azar o meu), e que calha de ser o seu a que eu tanto adoro feito imagem de ídolo.

Duro e imponente, ainda que em sua frequência morna do cotidiano, agradeço aos céus que você queira aproveitá-lo direito. Que não me dê perdão. Nem me conceda paz. E, agora de memória fresca e já quase molhada, sei que não havia como não ser sorte se eu pudesse também fazer a você as maravilhas que você faz comigo.

A minha sorte é que você tem tudo de que eu preciso.

 

 

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Ser liberal é ser cúmplice https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/11/02/ser-liberal-e-ser-cumplice/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/11/02/ser-liberal-e-ser-cumplice/#respond Thu, 02 Nov 2017 14:14:06 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2208 Cumplicidade é uma palavra-chave em um relacionamento sexual. E se o casal curte práticas mais  liberais, a cumplicidade pode e deve ser elevada ao quadrado. A etimologia do termo é interessante, vem de “unido, junto” e também de “complicado, enrolado, enroscado”. Não é assim o sexo?

E não podemos esquecer que também é usado nos tribunais, para a ação de colaborar com algo ilícito, com um crime. E não é assim que, muitas vezes, o sexo é julgado?

O depoimento do Danilo – motivado ainda pelo ranking do tesão e a fantasia de ser corno – apresenta um casal heterossexual, liberal, cúmplice. Entre eles, há franqueza, mesmo que, por vezes, doa. Há dificuldades, com aceitação e diálogo. De prazer – a dois, a três, a quatro, em atos de generosidade e conexão.

 

masturbação
Crédito da foto Pinterest

 

“Ontem caí no seu blog e achei bacana a iniciativa do ranking do tesão. Confesso que apesar de adorar listas de gostos culturais (filmes preferidos, álbuns preferidos…), nunca havia tentado formular uma sobre o que me excita. Por isso, tratei sua proposta como um desafio.
Só pra contextualizar, sou homem, heterossexual, 38 anos, num casamento de sete anos (somado ao namoro, uma relação de 12 anos com a mesma parceira). Nesse meio tempo, tivemos percalços e experiências.
Ao descobrir que ela me traiu com outros homens, há uns dois anos, por sentir-se insatisfeita sexualmente, senti-me na obrigação de revelar a ela que eu também já havia dado minhas ‘puladas de cerca’ – algo que, pelo meu comportamento pacato, ela jamais suspeitou.
Choramos muito, brigamos muito, ficamos magoados, mas superado o problema, nossa cumplicidade aumentou.
Fizemos algumas experiências juntos – impensáveis cinco anos atrás. Dois ménages femininos (com garotas de programa – um delicioso e outro curioso), um ménage masculino (com um cara que ela escolheu – um desastre que quase custou o casamento) e duas trocas de casal (a primeira ruim pra ela e boa pra mim, a segunda exatamente o contrário).
Dito tudo isso, faço a lista do que me dá tesão:
1. Trocar provocações de adultério ao transar com minha mulher, perguntando se ela curtiu o pau de outros caras, ela me questionando se gostei de penetrar outras mulheres.
2. Transar com uma mulher madura (acima dos 45), casada e mãe, que num misto de medo e excitação, trai o marido pela primeira vez.
3. Fazer sexo oral a minha companheira com outra mulher a chupando ao mesmo tempo (uma língua no clítoris, outra na vagina e as duas línguas se encostando).
4. Transar com uma mulher enquanto o marido/namorado dela nos observa, como um expectador silencioso, enquanto eu a seduzo, beijo e possuo na cama.
5. Ver minha mulher transando com outro homem enquanto seguro a mão dela, e ela sempre me olhando nos olhos, apaixonada por mim.
6. Transar com outra mulher enquanto minha esposa assiste, me dizendo o que fazer, como devo penetrá-la, beijá-la.
7. Participar de uma troca de casal, onde posso ver minha mulher com a outra e depois trocar olhares com ela enquanto transamos com o casal.
8. Espiar uma mulher, preferencialmente conhecida (amiga, colega de trabalho) se masturbar, e/ou poder assistir um show de masturbação feminina particular, só pra mim.
9. Descobrir os hábitos sexuais e fantasias de conhecidas (amiga, colega de trabalho), como desejos realizados e não, frequência e maneiras de masturbação.
10. Acordar e perceber que estou recebendo sexo oral de uma mulher.
Alguns dos itens eu realizei, outros permanecem apenas como fantasias – e talvez permaneçam assim para sempre.”

 

 

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A trajetória de experimentação e prazer de cada um https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/06/09/a-trajetoria-de-experimentacao-e-prazer-de-cada-um/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/06/09/a-trajetoria-de-experimentacao-e-prazer-de-cada-um/#respond Fri, 09 Jun 2017 13:10:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2074 Ao ouvir e ler tantas histórias sexuais, eu me pergunto como funciona, na cabeça e no corpo de cada um, o rompimento, em geral gradativo, dos limites da experimentação e do prazer.

Porque no curso natural da vida sexual, você não começa fazendo de tudo na cama. Você vai testando, quebrando tabus e vencendo barreiras do desconhecido. É assim desde o primeiro beijo e da primeira masturbação.

Cada um tem uma trajetória muito particular e única. Eu, por exemplo, experimentei algumas práticas, mas não me tornei adepta. Outras, incorporei à minha vida sexual. Tem ainda aquelas em que tenho curiosidade, mas ainda não criei a chance  de tentar. E tem as que simplesmente não me atraem – pelo menos, por enquanto.

Conversei com uma moça adepta da troca de casais, do sexo em grupo, da dupla penetração, tudo ao mesmo tempo. Ela conta com a naturalidade com que eu faço um papai-e-mamãe.

Qual teria sido o caminho dela até chegar a esse momento, em que participa de festinhas com conhecidos de longa data, não sente dor ou dificuldade na penetração anal, não se incomoda de ver o namorado com três mulheres ao mesmo tempo?

Bem, vou deixar minhas reflexões e contar a história dela:

 

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Adoro swing. Sempre que posso aproveito as oportunidades, me divertindo com amigos e amigas, curtindo os momentos bons que a vida me reserva.

Naquele dia, a nossa festinha já estava rolando desde o início da tarde, quando a diversão tinha começado, depois da praia. Éramos quatro casais, todos amigos e que se conheciam há algum tempo. Nos dávamos super bem!

A casa, que ficava numa praia reservada e tranquila, estava toda pronta para receber os convidados. O casal anfitrião sempre caprichava, deixando os ambientes aconchegantes para as nossas brincadeirinhas. Todos estavam na sala, que tinha o estilo loft, com seu enorme espaço preenchido por tapetes e almofadas confortáveis, que ajudavam muito na hora da diversão. Eu amo ficar assim, num ambiente único, vendo e sendo vista. Me excita. Naquele dia não foi diferente.

Eu estava ali, de quatro no tapete enorme, chupando um amigo que estava em pé na minha frente. De repente, os outros dois amigos me cercaram, oferecendo as suas rolas duras. Não pensei duas vezes, caí em cima, me revezando nas chupadas naqueles três homens. Estava adorando! Experientes, eles trocavam de posição de vez em quando, passando a lamber meu corpo inteiro. Olhei para o outro lado da sala e vi que meu namorado estava sendo devorado pelas três amigas e pela sua cara estava amando.

Depois de muitas chupadas e lambidas, puxei os amigos para o quarto. Aquilo era o que eles queriam. Eles já me conheciam, sabiam que eu era gulosa e que queria pegar os três ao mesmo tempo. Fomos pra cama, onde continuei a chupar aquelas picas, que estavam cada vez mais duras e babadas. Eles continuavam a me chupar inteira. Pedi pra eles colocarem as suas proteções, o que fizeram rapidinho. Um dos amigos deitou na cama. Acho que ele esperava que eu sentasse de frente, mas não foi isso que fiz! Sentei sim, mas de costas para o cara, enfiando devagar a sua rola no meu cuzinho. Sentadinha assim, chamei meus outros dois ficantes pra participar da diversão. Um deles veio pela frente, encaixando seu pau na minha xoxota e começando a enfiar gostoso.

Os dois me penetravam, no começo devagar, depois forte, do jeito que eu gosto. Claro que a essa altura o outro amigo já tinha me oferecido seu pau, que eu tratava com chupadas safadas e molhadas. Ai….como gosto disso, pensei feliz da vida! Nossa tarde tinha sido perfeita.”

Mande suas opiniões sobre sexo pra gente conversar! Sempre rende um bom papo! O e-mail é carmenfaladesexo@gmail.com

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As virgens voyeurs https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/19/as-virgens-voyeurs/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/19/as-virgens-voyeurs/#respond Wed, 20 Jul 2016 00:18:01 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1777 Ninguém podia imaginar que eram todas virgens: Alessandra, 26, Julia, 28, Carolina, 36. Por que, afinal, todo mundo acha que tem um radar de virgens? Por que, afinal, todo mundo acha que se deve dar antes dos 18 anos? Mas elas não haviam escolhido isso. Estavam loucas pra experimentar a coisa toda, não podiam mais esperar – elas queriam saber o gosto do sexo depois das passadas de mão, dos beijos engolidores, da calcinha molhada de excitação.

Alessandra trabalhava em uma redação de jornal, cobria generalidades, fumava demais, sentia demais. Tomava antidepressivos. Julia terminava uma pós-graduação em psicologia social e não entendia a razão dos amigos de Alessandra não seguirem em frente depois das carícias das festas de fim de ano a que ia como convidada. Carolina, administradora de empresas, tímida demais, calada demais, só se permitia os avanços com um copo de vinho verde na mão em baladas de viagens fora do país.

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Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

As três amigas conheceram Flavia, 32, num boteco pé-sujo. Era happy hour e a noite passava lenta, em meio aos tantos copos de cerveja:

– Meninas, meu primo acabou de me mandar uma mensagem bizarra, mas acho que eu tô a fim. Ele vai a um clube de suíngue em Moema. Vamos comigo. Sério, vamos comigo.

O sexo ainda se mostrava àquelas garotas como algo distante, performático, um experimento a ser analisado em perspectiva. Toparam na hora. Era quinta-feira.

Flavia usava uma roupa colada, era do tipo que gostava de não usar calcinha por debaixo da calça “pra não marcar”. Fazia questão de andar sempre de salto agulha, se achava baixinha, precisava do contraponto, queria olhar de igual pra igual e, se pudesse, de baixo pra cima. Camisa de algodão com elastano, o corte vestida suas curvas magras e marcava o peito empinado – era impossível saber se era ou não natural. Beijou o dito “primo” com uma sensualidade esquisita e o apresentou às três recém-amigas.

O cheiro de sexo era gritante, exagerado, excitante ao entrarem naquele lugar. Uma espécie de hall oval era o primeiro ambiente antes dos demais: um assento como uma cama redonda era onde se assentavam homens e mulheres ofegantes, como se estivessem dando um tempo até se recuperarem para o próximo round.

Flavia liderou o grupo e seguiu adiante, e foi aí que o “primo” não se importou mais: colocou a mão na bunda dela e a guiou até a próxima sala. As meninas nem se olhavam, tentando controlar a tensão. Apenas seguiam em frente, desviando de homens mais velhos tarados e desinteressantes – sobretudo, desinteressantes. Flavia as hipnotizava e elas mal poderiam prever o sexo voyeur que estavam prestes a experimentar.

O primo chafurdava suas garras por sobre as nádegas dela até que ela, excitadíssima com a plateia de garotas, tirou a calça, já na entrada de uma das salas com paredes de vidro – as salas de voyerismo. Os dois tinham uma espécie de dança de acasalamento absurda, os movimentos de ir e vir eram altamente excitantes, nada ali era feio de se ver, não havia cotoveladas, mau jeitos, cara amassada, pinto torto. Tudo era simétrico, tudo fazia sentido, eram verdadeiros pros na arte do exibicionismo. Julia não se aguentou: enfiou a mão dentro da própria calcinha e começou a se masturbar. Não tirava o olho do casal e a mão da própria chana. A respiração forte; o prazer, latente. Um cara reparou nela e veio por trás, a encoxou como um macho que cobre a fêmea, ela fechou os olhos e deixou a coisa fluir.

Flavia e Denis – este era seu nome – agora faziam uma espécie de balé delicioso. Quando ela se agachou pra chupá-lo a partir das bolas, Denis olhou em direção a Alessandra e fez um único gesto de venha até aqui. Ela não obedeceu. Quase caiu pra trás de pavor com o convite. Ficou ali firme, molhada por dentro, seca por fora. Não tinha coragem. Carolina se precipitou, num misto de cobertura pra amiga e vontade pessoal, e ele acenou que sim. Enquanto ele a beijava o mais francês dos beijos, arrancou-lhe o top e depois a saia-lápis. Passou as mãos por ela inteira, beijou seu pescoço. Flavia se levantou e o usou como uma espécie de pole humano. Denis deixou Carolina delicadamente de volta na plateia de 15, 20 pessoas que se masturbava ou se pegava – caso de Julia, que já havia gozado algumas boas vezes com o misterioso que a encoxou por trás. Denis pegou Flavia no colo e a levou mais ao centro da sala. Acenou aos demais ao redor que entenderam um código próprio de habitués. O ápice? Cerca de 7 ou 8 homens gozaram sobre ela. O show, de mais uma quinta-feira estava, afinal, cumprido.

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G. de sexo – parte 2 https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/10/14/g-de-sexo-parte-2/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/10/14/g-de-sexo-parte-2/#respond Wed, 15 Oct 2014 00:05:21 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=940 A continuação da trilogia do nosso leitor Robin.

 

***

 

Tarde de sábado, quase noite. O verão se encerra e o clima na capital paulistana já não sufoca, embora meteorologistas, jornalistas e todos os especialistas apontem a falta de chuva como um sério problema. Enquanto aguardo sua chegada, penso que os líquidos que me interessam são outros.

 

 

Nosso encontro, reencontro, para ser mais preciso, fora marcado após intensa troca de mensagens por e-mail, celular e outros aplicativos. Em breve, após 17 anos, G. subiria as escadas do metrô República, local que eu escolhera em razão das múltiplas possibilidades que seu entorno oferece.

 

 

E na hora prevista lá estava ela: vestida como eu escolhera, a minissaia lembrava o traje com o qual a vira pela primeira vez, no momento em que ela entrara num ônibus que nos levaria ao Rio de Janeiro. Apesar dos anos passados, a memória não se esvaíra, certamente devido ao tesão que toda a situação despertava.

 

 

Não houve pudor necessário: o cumprimento dado foi um longo e ardente beijo. Nossos corpos se tocaram e minhas mãos correram suas costas, desceram pela bunda e subiram por suas coxas, sentindo, desde então, a umidade que já marcava sua calcinha. Com meu pau duro sob a calça, virei-a abruptamente e, apertando seus seios, mordi seu pescoço. “Vamos”, lhe disse, “senão logo seremos presos por atentado ao pudor”.

 

 

Ali perto, Bill Evans era homenageado pelas cordas do piano. Pedi um Bourbon e ela, Whisky Sour. Tínhamos assuntos para por em dia: os estudos que realizáramos nos últimos anos, os casamentos, filhos, trabalho. E sexo: ela declarara suas fantasias, a relação asfixiante com o ex-marido, as noites de calor em que ocultara o tesão e reprimira seus desejos, os longos dez anos de uma vida sexual marcada pela rotina e pela negação.

 

 

“Primeiro quero você, depois muitos homens me matando de tesão”, fora sua senha, pelo telefone, dias antes daquele reencontro. Agora, sob a toalha da mesa, nossas mãos corriam nossos corpos: meus dedos penetravam sua buceta, trazendo à minha boca seu líquido e seu gosto. Abri meu zíper e deixei saltar uma pica sedenta, rija e molhada. Surpresa com minha ousadia, ela quase implorou: “Vamos sair daqui, quero ser fodida logo”. O hotel, sem qualquer luxo ou conforto para além daquele necessário a quem só quer trepar, estava ali ao lado.

 

 

Subimos as escadas até o primeiro andar, sem parar sequer para mais um agarrão em lugar proibido. Queríamos chegar logo, tirar a roupa e saciar a vontade. E assim fizemos, deixando pelo quarto as roupas espalhadas, os aromas do sexo, os ecos do gozo. Mas a noite não se encerraria ali: G. havia me declarado o desejo de ver muitos paus a rodeá-la, podendo chupá-los e segurá-los aleatoriamente, até se ver banhada em porra. “Uma fantasia que jamais contei ao meu marido. Imagina, quando falei em troca de casais ele já achou um absurdo”, ela confessara.

 

Crédito suckmypixxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxel.tumblr.com

 

Naquela noite eu realizaria sua fantasia, já tendo pesquisado e visitado previamente alguns lugares onde se praticam swing e gang bang. Antes de nos dirigirmos a um cine pornô nas imediações, ainda pude gozar naquele cu onde, muitos anos antes, eu deixara minha porra ao longo de uma deliciosa semana.

 

 

Ansiosa, G. pouco demorara no banho e, ao sairmos, mais que perfume era o cheiro de sexo que exalava de seu corpo. Vestido curto, preto, num tecido que imita o couro, com as costas quase totalmente à mostra. Salto alto, vermelho. “Sem calcinha”, eu pedira. Tomamos um táxi e, antes de irmos ao bar, fiz-lhe uma primeira surpresa: “Vamos pegar um amigo aqui perto”. Excitada, olhando-me com cara de puta, G. abaixou-se no banco e passou a beijar meu pau sobre a calça, deixando-o, uma vez mais, teso. “Obrigada”, ela disse, enquanto me olhava lá de baixo.

 

 

Pouco tempo depois R. já estava no carro e, sem qualquer rodeio, pegara a mão de G. e colocara sobre seu pau, também duro. G. se excitava cada vez mais e nós três tentávamos disfarçar a putaria e segurar a vontade de trepar ali mesmo, no banco traseiro do táxi. Resolvemos então pular o bar e fomos direto para o cine pornô. O taxista, ao desembarcarmos, disse com olhar lascivo: “Divirtam-se, a noite está bem agradável”.

 

 

Daí em diante fica difícil narrar qualquer coisa que não seja uma profusão de cheiros, sons e imagens luxuriantes: corpos misturados, o telão com casais trepando, pessoas desconhecidas que se tocam, se beijam, se comem. Pedindo que eu a acompanhe pelos diferentes cantos, G. se delicia: agachada, chupa um, dois, três paus ao mesmo tempo.

 

 

Não muito longe, vejo R. sentado numa poltrona, sendo cavalgado por uma morena esguia que se move sobre ele, ao mesmo tempo em que é penetrada por trás por um negro que a chama de “minha puta”. Outro homem, já um pouco idoso, pede licença a G. e se deita sob ela, chupando sua buceta. Aproximo-me de outra garota e rapidamente ela se agarra ao meu pau, chupando-o profundamente. G. se levanta e sussurra em meu ouvido: “Quero um monte de macho me rodeando, foi pra isso que você me trouxe aqui”.

 

 

Despeço-me da minha parceira beijando sua boca que exala cacete e passo a percorrer o ambiente, chamando os homens para o convite de G. Rapidamente uma roda se forma e minha amiga, jogando longe seu vestido, mostra seu corpo e implora que o banhem em porra. Um a um, sete machos gozam sobre ela, encharcando seus seios, seu rosto, seu cabelo castanho claro que escurece e se emaranha com o esperma recebido.

 

 

G. suga a porra que a banha, recolhe-a nas mãos e lambe os dedos, ao mesmo tempo em que goza esfregando sua buceta com a outra mão. Só então eu me aproximo: puxo-a pelo cabelo, ainda agachada, e ordeno: “Abre a boca, quero gozar toda minha porra no fundo da sua garganta”. Obediente, ela recebe meu leite, engole-o e mantém meu pau em sua boca até senti-lo adormecer.

 

 

Saciados, é chegada a hora de partir. Agora sim, um bar, uma cerveja. R. profere então nossa frase-síntese daquele momento: “A noite já está quase acabando, o que significa que o domingo vai ser de putaria”.

 

 

[continua]

 

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