X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Um Dia do Sexo (quase) sem obrigação https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/06/um-dia-do-sexo-quase-sem-obrigacao/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/06/um-dia-do-sexo-quase-sem-obrigacao/#respond Sun, 06 Sep 2020 21:54:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3014 Por Dolores

Não tem tanto tempo assim que uma marca de preservativos decidiu que o dia 6 de setembro seria oficializado como Dia do Sexo. Por conta do visual do 6/9, aproveitou a alusão ao me chupa que eu te chupo, e editou o calendário. O poder esquisito que tem o marketing.

Porque, convenhamos, tem pouca coisa pior no mundo do que ter data marcada para transar. Vai ver tem até motel que propõe hora pra trepada, oferecendo promoção pra quem entrar na suíte às seis da tarde e nove minutos. Eu acho broxante.

A parte mais gostosa do sexo pra mim sempre teve relação com o proibido, o escondido. Com a surpresa, com o fazer diferente. Óbvio que dentro de relações monogâmicas e duradouras isso é menos constante, você leitor vai argumentar, mas garanto por experiência própria que não é nada impossível. Há dezenas de maneiras de preservar aspecto tão importante.

Então, é puxado para alguém com essa cabeça achar legal a proposta de agendar sexo. Sim, claro que em aniversários, por exemplo, a gente sempre sabe que vai transar. Mas você há de convir que datas comemorativas em geral guardam bem menos pressão que um marco no calendário que te manda botar o pinto pra fora, virar de quatro, e ainda gozar.

Seria quase como eu e Carmen virmos aqui escrever sobre sexo por obrigação. Ter que forçar a barra duma atmosfera pra criar os contos e as histórias deliciosas que, glofiquemos de pé, nos saem com tanta naturalidade e prazer. Não rolaria.

Porém, porque somos especialistas no assunto, e porque queremos ajudar quem se vê compelido a entrar no jogo do meia nove neste domingo à noite, separo aqui sugestões para ajudar a entrar no clima, caso o clima pareça algo muito distante dado que estamos todos presos dentro de casa há meses, olhando incessantemente para a cara do parceiro.

  • Filme em dupla

Os serviços de streaming têm centenas de opções de filmes e séries em que o sexo é uma constante. Dependendo de como funciona a sintonia de vocês neste aspecto, dá para escolher algo para assistir juntos e criar uma atmosfera sensual. Esqueça aquele jogo bobo que muitas vezes a gente faz como casal, de todo mundo fingir que não sabe que a gente vai transar, sendo que a gente sabe super que a ideia de deitar pra ver esse negócio sempre foi eu sentar na sua cara daqui a pouco. As cartas hoje são bem abertas. Voltando: se vocês são mais tímidos, peguem uma produção mais leve, em que haja uma ou outra cena de sexo mais picante. Se forem do tipo que fala mais abertamente sobre isso, se joguem em algo tão explícito quanto sua relação. E, se entre vocês não há papas na língua, pulem direto para um pornô que agrade aos dois – sim, até no Dia do Sexo é importante lembrar que todo mundo tem que estar confortável com o que se passa na tela e o que se passa na cama. Caprichem na masturbação mútua, brinquem de reproduzir o que a ficção sugere. Com um estímulo destes, até mesmo as obrigações podem ficar gostosas.

Number Sixty Nine (69) Fluorescent Circle or Square Labels

  • Sex shop por aplicativo

Já viu que, entre as opções de restaurante, supermercado, farmácia e loja de chocolate também tem alguns sex shops nos aplicativos de entrega? Pois escolham cada um no seu celular um presente para o parceiro ou parceira, e cliquem para fazer o pedido. A expectativa da entrega, a surpresa da escolha, e o clima que vocês vão criar para abrir as embalagens já vão deixar todo mundo molhado e feliz.

  • Sessão de fotos particular

Separem alguns abajures, acendam algumas velas, e criem uma iluminação diferente em algum cômodo da casa onde haja privacidade. Câmera na mão, é hora da ação. Divirtam-se e provoquem-se posando um para o outro – pode começar com pouca roupa e ir fazendo as peças sumirem conforme a sessão progride.

  • Jantar pelado

Uma garrafa de vinho, um prato fácil de preparar ou algo encomendado, uma playlist boa rolando na TV da sala. Que tal jantarem juntos vestindo absolutamente nada? Conforme o papo e o nível etílico evoluem, dá pra inventar boas provocações e acabar em cima da mesa da sala – só cuidado para não espetar a bunda no garfo.

  • Meia nove inventivo

Por fim, mas não menos importante, uma releitura de um clássico. Quem foi que disse que meia nove só se faz com a boca? Separem o brinquedo sexual favorito do parceiro ou parceira, assumam suas posições do tradicional me chupa que eu te chupo, e, em vez de caírem de boca, façam a estimulação com o vibrador, o masturbador, o sugador, enfim, o que mais gostarem. E, já que não vão estar com olhar assim tão colado nas partes alheias, como estariam no meia nove clássico, aproveitem para apreciar bem a vista, especialmente na hora em que a pessoa de quem você gosta estiver chegando perto do gozo.

Um feliz Dia do Sexo pra vocês!

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O guia definitivo da chupada ideal https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/07/24/o-guia-definitivo-da-chupada-ideal/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/07/24/o-guia-definitivo-da-chupada-ideal/#respond Fri, 24 Jul 2020 22:57:56 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2993 Por Dolores

Detesto cravar que um documento é definitivo porque o mundo dá voltas. Mas, neste caso, em que venho a público lançar o Ultimate Manual Uber Blaster para chupar xoxotas, arrisco dizer que não haverá uma segunda versão, quiçá uma revisão de nada, porque é muito pouco provável que algo significativo mude seja na técnica aqui apresentada (infalível, a melhor, salve salve), seja na anatomia das xoxotas, que desde que o mundo é mundo conservam a mesma aparência, com uma ou outra variação de tamanho, vegetação ou sabor.

Sem mais delongas, este manual surge não só para tentar ajudar você, caro leitor, cara leitora, a parar de sofrer quando chegar a hora de cair de boca em uma mulher, mas principalmente a aumentar o número de moças felizes ao redor do mundo, porque se tem uma coisa que nos deprime é quem não saiba executar direito algo que, convenhamos, nem é tão complexo assim.

Meu palpite sempre foi o de que a pornografia neste caso estraga tudo. Discordo quando se alega que é má vontade dos homens (e de algumas mulheres, mas muito mais frequentemente deles) não aprender a chupar uma mina. Todos os que conheci, e que por sorte até que mandavam direitinho na arte, estavam muito abertos a aprender movimentos ou adaptar os já conhecidos, a fim de aproximar ao máximo aquela chupada à que tenho idealizada em meus mais queridos sonhos.

Pois bem. Caneta e papel a postos, é hora de praticar em sete passos.

  1. Há dois componentes fundamentais em uma boa chupada de xoxota: conhecimento e paciência. Falemos primeiro do primeiro. Não dá para chupar uma xoxota sem conhecer sua anatomia. Ela não é como um pinto, que está lá para quem quiser ver, sem muita possibilidade de erro. As vaginas são complexas, mas não de uma maneira inviável, inclusive porque, você é esperto(a) e já sabe, o órgão feminino é idêntico ao masculino na composição – a diferença é que está tudo ali compactado numa área menorzinha. Aproveitando a comparação, se você é um homem basta pensar que, se é na cabeça do seu pau que o prazer maior acontece, o prazer da mulher está guardado no que seria o equivalente dela: a ponta do clitóris. Sim, o clitóris. Este grande alvo de piadas na internet, mas que, no fundo, todo mundo sabe onde fica – o problema mesmo é entender como operar. De todo modo, vale relembrar. “Abra” a xoxota pelos grandes lábios, que é a parte gordinha e externa. Você vai encontrar os pequenos lábios, que são uma versão em miniatura destes em que você acabou de mexer. O grande orifício, onde a gente gosta de introduzir vibradores, dedos, a língua e até mesmo um pau está ali visível e clara. Mais para cima, se você olhar com cuidado, há um buraquinho: é a uretra feminina. O clitóris está acima dela. Ele se parece com um dedinho, e pode ser pequeno ou grande, a depender da mulher. Aliás, um momento de curiosidade: a pornografia (sempre ela) costuma dar preferência à estética das mulheres com clitóris menores, por considerá-los mais delicados e infantilizados. Pois é interessante saber que, quanto maior o clitóris, mais área útil para sentir prazer, o que confere às minas clitorudas uma vantagem.
  2. Agora que você sabe onde está o clitóris, é hora de trabalhar. Vamos partir do pressuposto de que você já cuidou bem desta mulher a quem agora vai chupar. Que deu carinho para ela, tratou-a direito, e que ela está excitada o suficiente para acusar o golpe. Sim, porque não adianta nada chupar uma xoxota assustada. Usando de novo a analogia peniana, conosco não funciona a técnica do “vou fazer crescer na minha boca, quer ver?”. A gente precisa estar com tesão, para que o clitóris fique um pouquinho duro e pronto para a ação. Sim, clitóris também sofrem ereção, não sabia? Então que esta informação – fundamental – fique classificada como número dois.
  3. Comece com lambidas largas, de língua aberta, pelo entorno todo. Sem frescura com pentelhos, real. Ou você é todo depilado da cintura para baixo? Pense que tudo aquilo que alguém se dispõe a fazer com você pode e deve ser retribuído agora, então abstraia dos pelos e bola (ops) pra frente. Lamba generosamente, molhe tudo, demonstre que está curtindo o que está fazendo. Aliás, está aqui um conselho importante: as mulheres costumam noiar que o sexo oral nelas é cansativo para o parceiro ou parceira, e, com isso, não relaxam o suficiente para gozar. Ajude sua mina a ficar tranquila de que, sim, você está feliz com isso, e que vai aguentar até o final.
  4. Sim, aguentar é a palavra. Veja bem: você vai lamber o entorno, começar a explorar os grandes e pequenos lábios, e então vai colocar o clitóris todo dentro da boca. E, quando começarem os movimentos ritmados de verdade, será preciso que você aguente firme, porque pode ser cansativo. Sexo oral nos homens também cansa, guarde esta informação, mas quem aplica não costuma reclamar. Então, seja generoso(a) e aplicado(a). Voltando: com o clitóris todo na boca, explore todo o formato dele, com calma, passando a língua por todas as dobrinhas. Esqueça seus dedos, por ora, nada de ficar enfiando coisas dentro da mulher enquanto está dando sexo oral. Foque no que importa. Brinque com o clitóris até sentir que o grande momento chegou.
  5. Agora é seu momento de brilhar. Mentira. É o momento dela. Você está aí para levá-la ao melhor lugar do mundo, veja o tamanho da sua honra. Encontre uma posição confortável, porque você vai ficar nela por uns bons minutos, talvez até meia hora. Ninguém quer você parando no meio para ajeitar sua perna que está formigando. Comece a aplicar movimentos ritmados e repetitivos. Não, sua língua não é um dedo, então o movimento esperando não é igual àquele que a gente faz com os dedos na hora da siririca. É outra coisa. Experimente, por exemplo, fazer círculos com a língua, sempre para o mesmo lado, primeiro devagarinho e com menos pressão, para depois “apertar” um pouco mais a língua na xoxota e acelerar o ritmo. Se os círculos foram incômodos para a base da sua língua, tente de baixo para cima e vice-versa. Veja o que é mais fácil de manter de modo contínuo, e vá sentindo como a mulher responde. Poucas coisas na vida são tão prazeirosas quanto perceber que a pessoa que se está chupando está chegando perto de gozar.
  6. Por fim, se não der certo na primeira (segunda, sexta, décima) vez, não desanime. Assim como grande parte das coisas no mundo, a chupada perfeita exige prática, então mantenha o foco em se tornar um(a) bom(boa) chupador(a) que a sua hora chegará.
  7. Ah, sim, importante: se você não tem uma xoxota na qual treinar, experimente o que tem em casa. Sério. Vale pegar um mamão quase maduro aberto na metade, uma mexerica, ou mesmo sua própria mão, fazendo um dos dedos de clitóris. Quanto mais você treinar a permanência da língua neste tal movimento repetitivo e tão necessário, mais craque você vai ficar.

Boa sorte!

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Sobre gostar também de meninas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/28/sobre-gostar-tambem-de-meninas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/28/sobre-gostar-tambem-de-meninas/#respond Sun, 28 Jun 2020 17:47:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2966 Por Dolores

A Bruna foi a primeira pessoa por quem me apaixonei na vida. Entre a parte da frente e as duas quadras imensas nos fundos do terreno, havia quatro construções, ocupadas por escritórios variados, banheiros, um estúdio de balé, secretaria, a cantina, salas de aula e um pequeno pátio. E foi na escada que levava a um quartinho da escola que ninguém nunca soube o que tinha dentro que eu dei meu primeiro beijo.

Tecnicamente não teria este nome, para dizer a verdade. Porque só a minha boca se mexeu, e nem nos lábios dela eu encostava – beijei o antebraço da Bruna aos seis anos de idade. Ela deixou porque éramos melhores amigas, acho, ou porque eu pedi com jeito, ou talvez tivesse pena de mim.

A Bruna e seus imensos olhos azuis pousados cheios de compaixão na minha cara de quem, cega, ama e se entrega. Depois disso passei muitos anos só beijando e transando com meninos, daí vieram os homens, e só com 20 e poucos, numa viagem a Porto Alegre, revivi o frio na barriga que a Bruna me dava.

Aleteia veio da Espanha, era bailarina e bebia uísque. Foi para o meu quarto do hotel, depois do jantar de confraternização entre sua companhia e os jornalistas que viajaram para assisti-la dançar. Ela tinha cheiro de rosa. A Bruna tinha gosto de chocolate.

Sempre achei a parte mais complicada da bissexualidade esse prólogo antes de entender que podia chegar nas garotas sem levar em troca uma cara de incredulidade. Tomar toco todo mundo toma, faz parte do jogo da sedução, mas o espanto e o quase nojo com que algumas olham machucam mais fundo. É como se não perdoassem a ousadia de uma mina considerar que elas também possam gostar de minas.

Revealed: The 5 Health Benefits Of Chocolate

Tem outra etapa chata, mas essa mais introspectiva que a outra – fora a vantagem de que ela acontece por um tempo e, depois, você a vence e nunca mais tem que encará-la. Não sei se é assim para todo mundo. Comigo, foi preciso falar bastante disso na análise até entender que o desejo que eu sinto por outras mulheres não tem, além de nada de errado, qualquer tipo de recalque.

Algo como compreender que esta vontade não passa nem de perto pela minha sexualidade com os homens, não é influenciada por ela, não se confunde em parte alguma. Levou tempo, consumiu anos de sessões, mas se mostrou muito útil, esse entendimento.

Foi nesse período que vieram, então, outras flores e doces, em noites com menos noias e mais leves. Descobri que gosto mais de meninas de um tipo físico em particular. Que eu tinha uma musa. E que a liberdade de poder vivenciar a sexualidade sem vergonhas não tinha preço.

Fazia tempo que nada extraordinário acontecia, quando reconheci, em outros olhos grandes, o mesmo verão que eu via no rosto da Bruna quando a gente ficava na escadinha rumo ao desconhecido, na escola da Vila Mariana. Um almoço em um sábado bonito, tinha música tocando, grupos diversos de conhecidos espalhados em mesas e cadeiras pelo salão.

Eu soube desde o minuto um no que aquilo ia dar. Uma garrafa de vinho branco gelado depois, o tempo correndo, e ela precisava ir embora, outros compromissos, explicou. No banheiro, nos esprememos em uma cabine, as taças apoiadas sobre o tampo de cerâmica da caixa do vaso.

O melhor beijo, mais gostoso que o braço de cacau da Bruna, que qualquer buquê, que todas as outras bocas, quem sabe. Ela abriu o primeiro botão do meu vestido para fazer caber a mão lá dentro. Segurou um peito, depois afundou a cara entre os dois, ao mesmo tempo em que já empurrava minha calcinha pernas abaixo.

Encostei-a na outra parede da cabine, a parede dela, porque sabia que em breve a perderia. Segurei sua cabeça entre as mãos, lambi sua boca, para então afundar a língua entre seus dentes, quero engoli-la. Ela é pequena. Ela cabe inteira no meu domínio.

Minha calcinha cai no chão, eu baixo a cabeça para olhar, e ela surge em meio às minhas coxas. Com o dedão se enfia na minha xoxota, com a língua lambe meu clitóris em círculos e de vez em quando olha para cima.

Nunca mais nos encontramos. Eu culparia a pandemia, ela diz que eu enrolo para marcar um novo encontro. Outro dia brincamos de o que você levaria para uma ilha deserta se pudesse passar lá sua quarentena. Na resposta dela havia livros e álcool. Na minha tinha chocolates, rosas e ela.

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‘Só vou a médico gay’ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/06/so-vou-a-medico-gay/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/06/so-vou-a-medico-gay/#respond Mon, 06 May 2019 19:17:20 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2634 Por Carmen

“Eu moro em Nova York há 12 anos e sou gay. Foi aqui, longe da família e dos colegas, que eu passei a viver minha sexualidade de forma natural. Isso acontece com muitos brasileiros que moram fora.

Sempre experimentei muito, conheci muita gente. Nos últimos anos, tudo ficou mais prático com o Grindr (aplicativo de encontros voltado ao público homossexual). Para ter uma ideia, já transei com dois caras do meu prédio. Quando isso aconteceria? Nas viagens de 15 segundos no elevador, as pessoas mal se olham, muito menos sabem qual é a da outra.

 

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Crédito da foto Pinterest

 

Um desses vizinhos, do 4º andar, desceu até meu apartamento em um início de noite de quarta-feira, depois de meia hora de conversa no app. Ofereci uma bebida, mas ele queria resolver as coisas logo. Foi a eficiência em pessoa: exímio beijador, falou as sacanagens certas, gozou e me fez gozar, e ainda me ajudou a limpar tudo – 20 minutos depois já subia pelo elevador.

O do 1º andar foi menos casual, mas hoje, ele está casado e se tornou o meu médico para check-ups anuais. Eu me recuso a me consultar com médicos que não sejam gays. Só quem é homossexual sabe. Não quero ser julgado pelo meu estilo de vida. Eu mesmo já me julguei muito na vida e não preciso mais disso.

Ao contrário de muitos gays nova-iorquinos, eu não faço uso de PrEP, a profilaxia pré-exposição ao HIV. Tentei, mas não me adaptei à medicação que, inclusive, já está disponível no Brasil. No final, acho até melhor não desfrutar dessa liberdade sexual toda. Não que não seja bom penetrar sem a camisinha, mas sentir um pouco de medo, saber que não somos invencíveis, faz a gente valorizar nosso corpo, nossa saúde, nossas emoções até. A única dificuldade é convencer os caras a usarem preservativos. Tomando remédio para prevenção diariamente, ninguém quer mais.”

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Quantos carimbos tem o seu passaporte sexual? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/04/03/quantos-carimbos-tem-o-seu-passaporte-sexual/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/04/03/quantos-carimbos-tem-o-seu-passaporte-sexual/#respond Mon, 03 Apr 2017 17:15:22 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2014 Ler a continuação do relato da “volta ao mundo em 20 paus” do Fernando é equivalente a sentar numa mesa de bar com ele e deixar-se levar pelos estereótipos sem julgamento, rir, ficar com vontade de pegar o primeiro avião e se jogar em uma aventura sexual bem longe de casa.

“Passados mais de dois anos vivendo no exterior, posso dizer que experimentei, no mínimo, 20 nacionalidades. Ao que me lembro, provei: alemão, americano, argentino, colombiano, cubano, escocês, espanhol, filipino, francês, grego, húngaro, inglês, israelense, italiano, jordaniano, letão, libanês, maltês, polonês, sérvio, sírio e turco. Ufa!

Se você já ouviu falar da boa pegada dos italianos, saiba que é verdade. Esses estão no topo da minha lista. Eles adoram brasileiros e vice-versa porque são os que mais se aproximam da nossa latinidade, até mais que os espanhóis. Mesmo que você não entenda, ouvir o italiano sussurrando no seu ouvido enquanto você aprecia um belo dum cazzo é uma experiência que supera qualquer iguaria culinária italiana. Em uma viagem a Roma, cheguei a receber mais de 100 mensagens em um período de duas horas. Não tô brincando, não.

Alemães também são incríveis, mas os melhores mesmo estão em Berlim, que está simplesmente abarrotada de gays. Mas ali a pegada é hard, BEM hard. Eu amo pornografia, e sempre assisti a filmes pornôs vindos de lá e ficava fascinado com a liberdade sexual e a perversão sem limites que eles têm. Em Berlim é você que impõe os limites, senão vai longe. E ali posso dizer que provei de tudo, exceto aquilo que realmente não era para mim. Alemães adoram couro, vinil, S&M e fist fucking, que via muito nos filmes. Essa foi a experiência mais surreal que tive. Ninguém colocou uma mão inteira em mim (não teria tanta flexibilidade, nem se fizesse anos de ioga), mas minha mão foi a fundo num alemão que urrava de prazer. Para mim, nada demais, apenas uma experiência extra. E foram diversas outras: sexo no meio da pista de dança, sexo com dildos, grupos, com os pés (sim, com os pés é possível fazer algumas coisas), enfim, foram tantas que quando surgia um convencional até achava estranho.

Escoceses são surpreendentes também, e é incrível ver como eles conseguem manter uma boa atividade sexual mesmo depois de litros de álcool (como bebem!), e são melhores que os vizinhos ingleses, ao meu ver. No entanto, não são muito atraentes para mim. Eu já fui do perfil que gostava de gringos loirinhos e branquinhos, mas foi só mudar para a Europa que percebi que meu gosto é muito mais amplo e meu tesão mesmo está nos homens do Mediterrâneo e nos do Oriente Médio. Não há nada mais sexy para mim do que um homem de cabelos escuros, sobrancelhas grossas, cara quadrada, pele bronzeada… E os gregos saem à frente. Li recentemente que a Grécia é o país mais sexualmente ativo em todo o mundo. Conheci alguns, e tive o prazer de provar uma iguaria rara: um grego ruivo. Quando ele me disse que era de lá, não pude acreditar, pois para mim era alemão ou britânico, mas a pegada grega é espetacular. Porém, o beijo grego não é a especialidade deles: quem manda bem nisso são os franceses. A pegada francesa não é tão boa quanto a italiana ou a grega, mas eles sabem ser tão perversos quanto os alemães. E sentem muito tesão no cu, pois a maioria quer ficar de quatro para levar uma linguada. E se quer pegar um francês com pegada MESMO, procure um do sul. Pelo menos as minhas melhores experiências foram de abaixo de Paris.

 

Crédito da foto eroticmalephotography.tumblr.com

 

E já que falei do Oriente Médio… E os árabes? Pois bem. Esses são um dos que mais me atraem fisicamente. Confesso que também gosto de assistir filmes com temática árabe. Uma coisa que eu não sei se é mito ou foi só uma experiência minha é que o tamanho do pau dos árabes – não é aquilo que eu imaginava. Estive com um libanês delicioso e com uma pegada incrível, mas o tamanho do pau era médio. O mesmo com os jordanianos que conheci. Em relação aos árabes, é 8 ou 80: são excelente ou muito ruins. Um dos jordanianos era muito ruim, coitadinho, ele ficava com a boca aberta fazendo círculos com a língua, e nem um boquete direito ele fazia. Claro que dei uma reviravolta que assustou o moço de tal forma que ele nunca mais respondeu as minhas mensagens.

Já os turcos… O último que conheci foi um de 1,92m  de altura, que também não era bom de beijo, mas quem se importa quando se tem um turkish delight de quase dois metros na sua cama, tão grande que nem cabia inteiro nela? Por mais que a Turquia seja conservadora com a homossexualidade, os gays de Istambul, pelo menos, conseguem se divertir. E o pau turco é maior que o libanês ou jordaniano.

Já o sírio foi uma grande surpresa. Ele tinha uma certa dificuldade em se expressar no inglês e era meio relutante em trocar fotos (sem um número mínimo de fotos não rola), mas ele acabou cedendo e mandou algumas. Uau. Lindo. Chegou muito desconfiado e não sabia o que fazer, e eu aos poucos fui desinibindo a pessoa até que, de repente, eclodiu um furacão sexual árabe, com direito a posições das mais diversas. Quem diria.

Ainda quero aproveitar mais. Tenho planos de usar o Grindr quando fizer um passeio pela Escandinávia, para usufruir daqueles loiraços lindos e grandes. Ouvi dizer que os suecos são sucesso no tamanho do pau. E por falar em tamanho, eu me surpreendi com um mocinho da Letônia que encontrei poucas vezes. Além de grande, tinha um pau cinematográfico. Até pedi uma foto e guardei de recordação. Pena que nunca mais o vi.

Pensando em todas essas experiências geográficas que estou tendo, fica difícil querer voltar para o Brasil… Eu adoro a pegada brasileira, principalmente dos cariocas, mas uma vida sexual multiétnica ainda é muito mais divertida e interessante. São rostos, corpos, gostos e membros diferentes, e cada um com o seu jeito peculiar de ser, de fazer e sentir. Quer pegada boa? Procure um italiano. Quer perversão? Busque um alemão ou francês. O convencional? Escolha um de Malta (onde moro atualmente). O importante é experimentar. E eu farei isso o máximo que puder, pois ainda quero experimentar a África e mais das arábias.”

Quero continuar viajando, mais alguém pra contar uma aventura internacional pra carmenfaladesexo@gmail.com?

 

 

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A jornada do prazer gay através das décadas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/03/29/a-jornada-do-prazer-gay-atraves-das-decadas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/03/29/a-jornada-do-prazer-gay-atraves-das-decadas/#respond Wed, 29 Mar 2017 19:07:36 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2011 “O mundo gay sempre esteve à frente no quesito ‘caça’. Muito antes de a tecnologia despontar como um instrumento essencial em busca de prazer e diversão, gays sempre deram um jeito buscar o outro por diversos meios. Lembro que, durante a minha adolescência, nas minhas descobertas, eu me arrisquei a ir a uma banca de jornal no centro de São Paulo (porque no bairro não podia e não tinha) e comprei uma revista, digamos, ‘temática’. E eis que lá estavam ou os anúncios com descrições e fotos ora comportadas ora picantes, ou até mesmo um tipo de classificados para os mais discretos, com um endereço de caixa postal para troca de cartas, fotos ou até mesmo para organizar um encontro.

E eu, com apenas 14 anos, corri o risco e mandei algumas cartas para alguns dos anúncios, mas é claro que não conheci ninguém – muitos não respondiam, e aqueles que respondiam me alertavam a não fazer isso, pois eu era uma criança e isso podia ser um risco para a outra pessoa ser acusada de pedofilia. Enfim, aventuras e descobertas.

Alguns anos depois, eis que surge um tal de Disque Amizade. Bastava discar um número de três dígitos para falar com todas as pessoas possíveis, e eis que no meio dessa fauna havia alguns gays perdidos. E foi aí que surgiu o meu primeiro encontro. Um desastre, claro, afinal eu tinha experiência zero e o cara não era nada daquilo que havia descrito.

Em seguida, veio o boom do cruising: o bate-papo, esse sim uma mão na roda, não somente um, mas vários saltos à frente na pegação. O bate-papo reinou no final dos anos 1990 e foi até meados dos anos 2000. Eram salas e mais salas de machos procurando por coisas diversas, de sessões de sadomasoquismo a um namorado, um boquete a um cinema, um gangbang ou a uma ‘foda amiga’ (aquele que pode ser seu amigo, mas te fode de vez em quando, no bom sentido, claro).

 

Crédito da foto eroticmalephotography.tumblr.com

 

E eis que o universo gay dá a sua tacada de mestre no fim dos anos 2000, mais exatamente em 2009, quando a tecnologia dos smartphones estava a todo vapor, e eis que surge o aplicativo mais revolucionário do mundo em termos de pegação e sexo fácil: Grindr.

Quando soube da eficácia do brinquedinho, logo troquei o meu simplório celular Nokia de poucas habilidades por um iPhone, e que nem era do modelo mais avançado, simplesmente aquele 3GS. O importante era saber que o Grindr funcionava. Assim que o tirei da caixa, instalei prontamente o WhatsApp e o Grindr. E eis que um universo de diversão se abriu ali na palma da minha mão. Eu encontrei a chave para o prazer fácil.

O primeiro foi um vizinho da rua de trás, quando eu ainda morava na zona leste de São Paulo. Meses depois, quando me mudei para a região da Avenida Paulista, eu tinha tantas, mas tantas opções que poderia escolher quem eu quisesse, na hora que eu quisesse, a qualquer momento. Eu podia sair de madrugada às 4 horas da manhã de uma terça-feira para conhecer alguém. Eu poderia transformar o meu domingo modorrento em uma orgia ao ser convidado por um grupinho de folia sexual num apartamento de luz vermelha na Rua Augusta.

E eis que eu fui usando o brinquedinho quando ainda morava em São Paulo, e ligava em qualquer lugar que eu fosse: ABC, zona norte, casa da família na zona leste, reunião de trabalho na Berrini, ou em viagens ocasionais.

Mas o aplicativo me ofereceu uma gama infinita de possibilidades e gostos e prazeres e experiências quando eu saí do Brasil. A diversão ficou globalizada. Morando na Europa, eu tive a chance de ter 5, 10, 15 nacionalidades ali na palma da mão. Era como estar em uma daquelas feiras gastronômicas ou wine tasting, em que você saboreia cada prato e pode comparar um com o outro.

É melhor que o Brasil? Sim, embora eu sinta falta da pegada brasileira de vez em quando. Mas as experiências sexuais multinacionais me proporcionaram prazeres diversos que no Brasil a gente não encontra, a não ser que você ache um gringo perdido por ali e, mesmo assim, vai ser um momento único e pronto, depois volta-se à realidade.

Aguarde a continuação, Carmen, vou contar sobre as 20 estampas o meu passaporte sexual já tem ;-).”

 

Faça como o Fernando, conte suas experiências picantes para a amiga carmenfaladesexo@gmail.com

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Insônia e algo mais em Porto Seguro https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/02/24/insonia-e-algo-mais-em-porto-seguro/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/02/24/insonia-e-algo-mais-em-porto-seguro/#respond Fri, 24 Feb 2017 22:15:52 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1984 Se tem um lugar de muitos prazeres nesta época do ano, é a Bahia. Com vocês, uma história de insônia, axé e sexo oral em Porto Seguro.

“Eu tinha 18 anos de idade e viajei com meus pais para Porto Seguro, na Bahia. O ano era 1999. Naquela época, era a cidade que todos queriam estar. O axé dominava todas as paradas de sucesso e era praticamente obrigatório saber as coreografias da época. Era em Porto Seguro que aprendíamos tudo com aqueles dançarinos lindos da barraca Axé Moi.

 

Crédito da foto: eroticmalephotography.tumblr.com

 

Com aquela idade, eu já tinha tido minha primeira aventura sexual. Embora tímido, era bem seguro do que gostava e do que queria. E era discreto, muito discreto. Minha rotina se resumia a ir pra praia. Como sou de uma cidade que não tem mar, as férias escolares tinham que ser em cidade com praia e toda a família curtia. Todos os dias envolviam muito protetor solar, areia, peixe e mar. Aquela zona gostosa. De noite, bater perna pela cidade, comer uma pizza, ficar na pousada participando de alguma atração para hóspedes.

Em uma daquelas noites quentes, estava no meu quarto já de madrugada e não conseguia dormir. Rolava pela cama e o sono não vinha. Dividia o quarto com minha irmã, que estava desmaiada depois de um dia de sol. Decidi ir para o carro e escutar música. Havia comprado um daqueles CDs piratas da época, com 14 músicas de pop/rock, com a música “It Feels so Good”, da Sonique, que bombava em todos os lugares.

Depois de um tempo no carro, resolvi dar uma caminhada pela pousada. Estava tudo muito escuro e quieto e resolvi sair um pouco da área para ver o que tinha lá fora. Ao passar pela guarita, notei que o cara que ficava ali era atraente. Não lembro muito bem de detalhes, mas vi que era um homem moreno forte e bonito, que estava ali com cara de tédio, lendo alguma revista. Na minha caminhada, comecei a mentalizar maneiras de como poderia puxar assunto com ele. Só para distrair.

Ao voltar e passar pela guarita, perguntei a ele alguma coisa sobre quantos carros por família eram permitidos no estacionamento e sobre coisas aleatórias que não faziam o menor sentido. Ele nem notou que minha abordagem era para vê-lo mais de perto. Ao voltar para o carro, não podia esconder o quão excitado eu estava de ter gostado do que tinha visto.

Dentro do carro e ouvindo música novamente, o tesão e os hormônios começaram a tomar conta de mim. Não conseguia parar de pensar naquele homem que estava a poucos metros de mim. Comecei a pensar que seria uma bela aventura sexual eu me aproximar da guarita de novo e propor algo. Mas tinha medo. Um medo misturado com adrenalina e tesão. Estava naquela fase da juventude que não saía do banheiro e tinha a chance de quem sabe colocar em prática uma fantasia.

Ainda no carro confabulando e planejando algum tipo de abordagem, decidi agir. Estava tremendo. Ao mesmo tempo sabia que o cara poderia simplesmente me mandar à merda. No caminho até a guarita, continuava tremendo. Aquela tremida gostosa, potencializada pelo desejo. Ao me aproximar da guarita, fui direto:

– Posso chupar seu pau?

– O quê?

– Posso chupar seu pau?

Ele deu uma risada e perguntou se eu era veado. Imagina! Falei pra ele que não, que só estava experimentando. Não sei com qual cara eu estava na hora e não sei o que passou pela cabeça dele ao ver um moleque adolescente com cara de nerd fazer aquela pergunta. Em seguida, me respondeu:

– Espera aí que preciso chamar meu parceiro porque não posso deixar o posto sozinho.

– Beleza, eu disse, com a voz um pouco mais grossa para impor respeito.

Depois de se comunicar pelo rádio, seu parceiro chegou e ele saiu. Fomos caminhando pela pousada, sem dizer nada. Continuava tremendo. Não estava frio, mas parecia. Ao chegar em uma parte onde tinha um matagal que dava pra parte de trás dos quartos, entramos. Caminhamos um pouco e logo ele parou. Pediu para eu agachar e tirou pra fora.

Com aquela idade não tinha visto muitos ainda, mas até hoje me surpreende. Não sei se era porque eu era relativamente jovem, mas aquele pau era enorme. E estava mole. Tinha aquele cheiro de ter estado na cueca há algum tempo. Coloquei na boca e ele começou a crescer. Era volumoso, com muitas veias. Conseguia pegar com as duas mãos. Eu chupava como se não houvesse amanhã. E o cara estava se amarrando. Depois de alguns minutos, escutamos um grupo de jovens passando pela parte com calçada. Logo paramos e ficamos sem nos mover. Tensos. Sem fazer nenhum barulho. Ele em pé e eu agachado. Nessa hora imaginei que poderia ser algum conhecido. Congelei. Mas meu pau estava latejando de tanto tesão.

Quando enfim atravessaram, continuei meu trabalho. Sabia que aquilo tinha nos deixado tensos e logo ele ia encerrar. Chupava e me deliciava com aquela rola enorme e veiuda. Com muito cheiro de pau. O cara da guarita começou a movimentar-se dando a entender que precisava voltar para o seu posto. Nessas horas eu queria estar sozinho em um quarto ou ter um local disponível para continuar sem ser interrompido.

Ele logo falou que precisava ir e guardou a rola na cueca. Fechou a calça. Tentou disfarçar o volume antes de iniciar a caminhada. Mas era difícil. Caminhamos juntos e num dado momento me despedi, dirigindo-me para o meu quarto. Lá chegando fui direto pro banheiro, maravilhado, pensando na loucura que tinha feito. Bati uma punheta gostosa e logo fui dormir. Dormi sem problemas dessa vez.

No dia seguinte, o meu último na pousada, procurei o cara da guarita novamente. Não estava. Hoje, mais de quinze anos depois, ainda guardo na memória essa loucura. Nunca mais tive coragem de fazer algo parecido”.

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Experimente algo novo no Carnaval https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/02/14/experimente-algo-novo-no-carnaval/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/02/14/experimente-algo-novo-no-carnaval/#respond Tue, 14 Feb 2017 10:11:09 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1973 Ah, o Carnaval…Chovem histórias como confete e serpentina…

“Estava eu sentado no meio fio depois de uma balada de carnaval. Eram 4h da manhã
e tinha sido gentilmente expulso do local por causa do horário. Era uma balada de
salsa e todo aquele movimento de corpos tinha me deixado animado. Mesmo assim,
saí no zero a zero.

Estava sem cartão e logo percebi que tinha gastado todo meu
dinheiro comprando drinques, inclusive o dinheiro do táxi. Era uma época pré-Uber
e precisava de dinheiro para voltar para casa. Já tinha me convencido de que iria
esperar o transporte público abrir em duas horas. Sem muito o que fazer, fiquei
sentado mexendo no celular, sem muita perspectiva. Estava um friozinho gostoso,
típico daquele que geralmente aparece nas altas horas.

Depois de alguns minutos esperando, um carro parou. Era um táxi. Pediu para eu me
aproximar e perguntou se eu estava esperando transporte. Respondi que sim, mas
tirei as moedas do bolso e disse que não tinha como pagar. Tinha uns R$ 6 em
moeda. Senti uma certa vibe no cara e já imaginei milhões de coisas. Obviamente a
última resposta seria dele. Depois de perguntar três vezes se eu não tinha realmente
mais nada no bolso, ele me ofereceu a corrida. Um pouco hesitante, entrei no carro.

A conversa logo engatou. Me perguntou qual balada tinha ido, sobre meus amigos,
trabalho, estudo. A conversa era boa, mas sentia que ele olhava muito para mim
enquanto eu falava. Mesmo dirigindo, fixava o olhar em mim. Logo percebi um certo
interesse, apesar de ter mencionado que era casado.

Aos poucos, fiquei mais à vontade, e ele também. Notei que suas coxas eram
bastante grossas e isso me deixou excitado. Era um cara grande, desses que nunca
malhou mas que são musculosos. Tinha uma barba por fazer e um cabelo raspado.
Resolvi partir para cima. Vi que perto da marcha ele tinha aquelas bolinhas de
exercitar a mão. Fui alcançar o brinquedo e esbarrei com vontade em sua coxa. Ele
não disse nada e continuou a conversa. Resolvi brincar com a bolinha enquanto
deixava a mão apoiada em sua coxa… em um movimento que poderia por tudo a
perder, caso ele se sentisse constrangido. Não sentiu. Deixou minha mão apoiada e
continuou a mirar-me com curiosidade. Me perguntou se eu já tinha saído com
homens e eu disse que não ligava muito se era homem ou mulher. Disse que me
sentia livre assim. Ele falou que nunca tinha feito nada com homens e que nunca
nenhuma situação tinha acontecido que possibilitasse isso.

 

Crédito da foto: eroticmalephotography.tumblr.com
Crédito da foto: eroticmalephotography.tumblr.com

 

Continuamos a conversa e minha mão continuou apoiada. Eu estava tremendo de
tanto tesão (e tensão) por causa daquela situação. Tentei mover minha mão, mas ele
não deixou. Talvez tinha atingido seu limite. Fiquei na minha, levando a conversa,
com a mão de volta à coxa. Depois de uns vinte e cinco minutos, estava quase
chegando em minha casa. Falei para ele que podia parar em um estacionamento do
lado, que ficava bastante vazio. Ao parar o carro, eu estava explodindo, querendo me
aliviar de qualquer forma. O taxista me pediu as moedas e eu entreguei. Ele contou
todas e perguntou novamente se eu não tinha mais dinheiro. De novo, disse que não.
Queria usar o famoso clichê e perguntar se poderia pagar com o corpo. Felizmente
me segurei e me preparei para sair. Senti que ele queria fazer algo, mas toda a sua
experiência de vida impedia. Todo aquele medo do desconhecido limitava suas
ações. Continuava me olhando e me perguntando coisas aleatórias sobre minha vida.

Depois de um tempo parados, resolvi colocar minha mão de novo em sua coxa e
perguntei se ele não queria experimentar algo novo. Nesse momento pulei para
cima dele e sentei em seu colo, tentando aproximar os corpos e as respirações. Ele
ficou sem saber o que fazer e me perguntava a todo momento o que eu estava
fazendo. Eu ignorava, apenas tentava aproveitar um pouco mais daquele corpo.

Passava a mão por todo o seu braço e tentava chegar mais perto, embora ele se
esquivasse. Novamente me perguntava o que estava fazendo, alguém iria ver. Não
deu resultado. Voltei para o meu papel de copiloto e saí do carro. Pela janela,
agradeci a corrida e voltei para casa caminhando. Estava explodindo de tanto tesão.

Sabia que nunca mais iria ver aquele cara, mas tinha que me livrar daquela ereção
de qualquer forma. E assim o fiz. Bati uma punheta com a memória daquela noite
fresca na cabeça, assim como o cheiro do taxista que ficou em meu corpo.”

 

Revele suas aventuras eróticas de Carnaval para carmenfaladesexo@gmail.com

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Leonardo Vieira, você nunca foi tão sexy https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/01/11/leonardo-vieira-voce-nunca-foi-tao-sexy/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/01/11/leonardo-vieira-voce-nunca-foi-tao-sexy/#respond Wed, 11 Jan 2017 12:59:33 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1948 Nos anos 1990, eu fui uma das muitas adolescentes que suspiravam pelo Leonardo Vieira. O ator explodiu em uma novela das oito, na época em que novela das oito bombava muito, e eu cai de amores pelas covinhas e pelos olhos levemente rasgados dele. Ele povoava meus sonhos românticos e eróticos.

 

Crédito da  foto instagram/leonardovieiraator
Crédito da foto instagram/leonardovieiraator

 

Não lembro bem quando ouvi a primeira fofoca de que ele era gay, mas minha paixonite platônica já estava controlada o suficiente a ponto de eu simplesmente pensar, resignada e sarcástica: “É, não vai rolar mesmo”.

O tempo passou, Leonardo deixou a Rede Globo, eu parei de assistir à TV aberta e ele saiu do meu radar até esta semana, quando começou a pipocar nos portais a foto do Leonardo beijando um cara.

Fui ver e tudo que enxerguei foi uma cena de molhar calcinha e melar cueca: dois caras lindos, com corpos malhados, sem camisas (quando o Leonardo ficou tão forte?), mão na cintura, olhos fechados, provavelmente uma despedida depois de muita curtição.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Minha vontade era estar ali, no sanduíche com aqueles dois gostosos. Mas fiquei feliz em ver que o Leonardo estava bem, depois de tantos anos sem me ligar nele.

Mas claro que o moralismo, o preconceito, a intolerância, a patrulha iriam vir de forma virulenta. Parece até roteiro batido de filme (ou novela!): quando tudo vai bem, a vilania apronta, para tirar a paz e a harmonia do(a) mocinho(a). Mas o herói se saiu bem dessa batalha. A carta-manifesto publicada pelo ator é de uma sinceridade e simplicidade comoventes, só tem coração ali. Não tem marketing, gerenciamento de crise, consultoria de imagem.

E eu só queria dizer que, para mim, a postura, o discurso, a alma exposta nesse episódio só fazem com que eu ache o Leonardo Vieira ainda mais bonito e sexy do que eu achava há 20 anos. Ser quem você é, sem vergonha, sem medo da opinião alheia, é o que faz dele uma pessoa admirável, linda e desejável (apesar das covinhas e o físico ajudarem muito ;-)).

Léo, respeito muito quem você é, mas, just in case, meu e-mail é carmenfaladesexo@gmail.com, tá? 😉

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Banheiro da balada: onde tudo é apertadinho https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/11/08/banheiro-da-balada-onde-tudo-e-apertadinho/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/11/08/banheiro-da-balada-onde-tudo-e-apertadinho/#respond Tue, 08 Nov 2016 17:38:12 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1896 Tem umas festas que ficam na memória para mim, seja pelo set de músicas, pela risada com os amigos, ou pela atmosfera sexy.

Fim de ano chegando, tempo de celebrar, e me recordo da balada incrível que fui nos últimos dias de 2015, em uma das casas com mais personalidade da Vila Madalena. Na mesa, um pernil desfiado de comer lambendo os dedos; no jardim, música brasileira e um povo sexy da porra.

Uma amiga ficou tão inebriada pelo clima hedonista que arrancou a roupa na pista de dança. E nem tinha bebido mais do que duas Heinekens. Eu confesso que levantei a saia, mostrei a calcinha, mas parei por aí.

Flerte e pegação estão em casa numa balada. Mas transar, de verdade, com boquete, penetração e o escambau, é mais raro, né? Eu e Diego sempre falamos de transar nos banheiros dos bares, mas nunca ficamos bêbados o suficiente. Nossa transa acaba rolando numa rua escura, no banco do passageiro  (eu sei, eu sei, adolescentes e inconsequentes).

Aí chega mais um relato do blogueiro Homo Sapiens Sampa, que apronta muito pela noite LGBTQ paulistana.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

“Sexta-feira não é meu dia predileto pra balada forte, em geral estou bem cansado do batidão do trabalho. Mas como viajaria no sábado, acabei indo para mais um momento de pegação e música eletrônica.

A noite transcorria da mesma forma como as demais: uma cerveja para abrir os trabalhos, a sintonia progressiva com o som.  Saindo pra tomar um ar, passo por um baixinho de calça jeans apertada, malhadinho. Nós nos olhamos, trocamos rápidas palavras e começamos a nos tocar. As mãos passavam pelo corpo um do outro como se estivessem buscando tesouros escondidos (e acredite, eles existem!).

Sabe o que quero dizer quando alguém é muito ‘gostosinho’? Esse rapaz fazia uma linha mais mignon e me despertou uma fúria erótica. Deslizava minhas mãos pelo peito, barriga, o abraçava forte, até que cruzei a fronteira da sua calça jeans e fui direto à bunda.

Uma bundinha gostosa, redonda, pequena. Não conseguia tirar as mãos de lá. Meu pau duro (ainda dentro da calça) tocava o dele (também dentro da calça) e esfregávamos nossos corpos suados.

Pouco tempo depois ele me puxou e me levou em direção ao banheiro. Eu já imaginava o que estava por vir e pensei comigo: ‘Onde consigo uma camisinha?’ Só que ele foi me guiando e, de repente, já tínhamos entrado em uma cabine, ele abriu minha calça e começou a punhetar meu pau babão.

Eu me encostava na parede da cabine e curtia o momento inusitado. Até o ponto em que o virei para sentir sua bunda; comecei a roçar meu pau ali imaginando que não daria pra ir muito além sem proteção.

Qual não foi minha surpresa quando ele levou a mão a um bolso da sua calça e sacou de lá uma camisinha e um sachê de gel?

Foi uma cena linda ver aquela bundinha se mexendo, indo e vindo sobre o meu pau, ao mesmo tempo em que o escutava gemer de tesão. Ele também tinha um pau gostoso, grande, e batia uma punheta pela frente, enquanto curtia meu pau por atrás.

Nós estávamos quase pra gozar quando um segurança bateu forte na porta, nos lembrando sutilmente que havia outras pessoas que também gostariam de utilizar a cabine. Tomei um certo susto e aí já era impossível gozar. Tirei a camisinha, vestimos a calça e saímos tranquilamente. Nos despedimos com um abraço curto, algumas palavras e um sorriso de canto de rosto. Tudo muito simples, sem drama, só prazer.”

Conte sua aventura erótica, vou adorar ler e publicar: carmenfaladesexo@gmail.com

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