X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Ainda não transei em 2021 https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/01/02/ainda-nao-transei-em-2021/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/01/02/ainda-nao-transei-em-2021/#respond Sat, 02 Jan 2021 16:15:30 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3095 Por Dolores

Eu não transo desde o ano passado. Em 2021, ainda não vi, além de mim mesma no espelho, ninguém pelado pessoalmente. Não encostei em nenhuma viva alma, exceto no porteiro Alfredo, sem querer, inclusive pedi desculpas logo em seguida e ainda ofereci álcool gel, porque, né, distanciamento social bombando.

Ainda não transei, desde a virada. Tomei champanhe em casa mesmo, de branco, porque tradições são importantes, e desde ali ainda não descolei ninguém que me comesse, ou que eu pudesse comer, em algum momento deste novo ano.

Tá ficando complicada, essa seca. É possível dizer que estou subindo pelas paredes? Sim. Que tragédia.

Em qualquer resposta atravessada que eu venha a dar na internet, por exemplo, e pela qual alguém virá me chamar de mal comida, como sempre, desta vez, excepcionalmente, talvez exista um fundo de verdade. E olha que estar sendo mal utilizada era inclusive melhor do que não utilizada completamente, como é o caso.

Sim, eu sei que 2021 só teve até agora dois míseros dias. Que não há motivo para pânico ou drama.

Mas é que 2020 deixou todo mundo traumatizado. Um ano para o qual a gente tinha feito um monte de planos, eu mesma tinha uns bons ménages agendados, escapadinhas maliciosas, almoços executivos, e não pude colocar nada em prática. Ano passado, só teve papai e mamãe, boquete entediado e, quando muito, umas cavalgadas de costas.

Esse ano, eu tô só a Regina Duarte: cheia de medo. Medo do sexo protocolar, sim, mas mais medo ainda do sexo que não vai acontecer nunca mais. E se a gente passar 2021 inteirinho de novo preso em casa? E se a gente não puder flertar com mais ninguém na rua, ou se não tiver mais jeito de levar estranhos para a cama?

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(Foto: Pinterest)

Enquanto escrevo esse texto, aliás, eu poderia estar transando. Na meia hora que levo para construir estes parágrafos, dava para gozar na boca de alguém, virar de quatro, e finalizar com todo mundo gozando juntos de novo. E não necessariamente nessa mesma ordem, vale dizer, ou mesmo seguindo essa sequência fixa.

De todo modo: é 2021, e eu ainda não transei com ninguém. Prometi a mim mesma hoje pela manhã, pelada em frente ao espelho do quarto, que tentarei manter a calma, a paciência e o foco. Meu reflexo nu me ofereceu um abraço caloroso.

A calcinha vermelho rubi atolada na bunda que escolhi para usar na virada deve ajudar de alguma maneira – não é possível que nem as simpatias funcionem mais nessa vida. Enquanto isso, sigo na contagem de dias, e, no melhor estilo Neymar e Bruna, morrendo de saudades do que a gente não viveu ainda.

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O vizinho da 20B https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/10/23/o-vizinho-da-20b/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/10/23/o-vizinho-da-20b/#respond Fri, 23 Oct 2020 14:32:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3043 Por Dolores

Uma vida toda tendo vizinhos sem graça. Talvez eu tenha morado nos prédios errados por todos esses anos, ou quem sabe fosse culpa dos bairros. Ouvi dizer que tem muito velhinho na zona Sul, e que perto do centro é só homem gay. E como não tenho tesão em nenhum dos dois, infelizmente, acabou que passei décadas sonhando com um vizinho gostoso, e tendo que me conformar com o seu Arthur do 92.

Daí que vim passar uma parte da quarentena em outra cidade, fugir um pouco do confinamento sufocante do minúsculo apartamento na capital, e aluguei um lugar confortável no litoral. A casa fica dentro de um condomínio a três quadras da praia, tem crianças jogando bola nas ruas fechadas. E tem também o cara da 20B. O primeiro vizinho gostoso da minha vida.

A 20B fica de frente pra minha casa. Temporariamente minha, né. Mas é que já me sinto tão à vontade por essas bandas, até dei pra andar sem sutiã quando o dia está quente e passo a manhã toda na areia, volto pra cá só pra hora do almoço e de novo caio no mar. E foi numa dessas que um dia vi o 20B me espiando.

Não foi esquisito. Ele não estava escondido, e era um dos dias em que eu não faço questão de me esconder – ou seja, tudo combinando. Passei pela janela da sala, ele passou pela dele, eu vi que ele via, ele viu que eu vi. Mas foi só, e demorou até acontecer de novo.

Ontem fez muito sol aqui. Ignorei todas as reuniões do trabalho. Avisei que estava com dor de garganta e que precisava descansar. Fui pra praia logo cedo, entrei no mar várias vezes, não senti qualquer culpa pela mentira. Na volta, a alegria pela pele quente e pela água gelada me levaram à porta do 20B.

Ele perguntou quem é, quando toquei a campainha. Abriu de cabelo molhado, acho que saído do banho. Tão limpo, e eu tão suja. Pensei que queria enchê-lo de areia também. Ele elogiou meu biquíni, perguntou se podia ajudar. Respondi que não queria almoçar sozinha de novo. Mandou entrar.

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(Reprodução Pinterest)

Ninguém disse mais nada. O biquíni, tão lindo como ele tinha dito, caiu primeiro com a parte de cima no chão. Ele esfregava com força a barba comprida pelos meus peitos, vindo da lateral das costas até chegar aos mamilos, que chupou primeiro devagar e depois com bastante pressão. Quase doeu.

Com as mãos abertas e paralelas, desceu simetricamente pelo quadril e veio descendo a calcinha, que se enrolou até encostar nos meus pés. Usando o polegar e o indicador, abriu minha buceta até conseguir enxergá-la com nitidez, encostando então só a ponta da língua no lugar exato que buscava desde o começo.

Paciente, me esperou gozar ainda de pé. Quando olhei pra baixo, o pau já estava inteiro para fora do calção, molhado de expectativa. Soltei o que faltava do biquíni, e me ajoelhei ainda mais baixo que ele, para, com a bunda empinada pro alto, lamber um fiozinho que se esticou enquanto eu afastava a boca pra me dirigir ao sofá.

Ele deve ter achado a bunda tão bonita quanto o biquíni. Porque me posicionou com ela de novo para cima, o braço do sofá escorando minha barriga, minhas mãos espalmadas da janela da sala, aquela mesma pela qual nos vimos a primeira vez.

Enquanto gozava de novo, desejei poder estar nos dois lugares ao mesmo tempo: ali, com ele entrando em mim por trás, e lá em casa, a minha casa temporária, só pra poder espiar o casal no 20B transando feliz numa tarde quente de sol.

 

 

 

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Um conto erótico-gastronômico https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/29/um-conto-erotico-gastronomico/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/29/um-conto-erotico-gastronomico/#respond Fri, 30 Aug 2019 00:37:04 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2738 Por Dolores

Fazia menos de 24 horas que eu tinha levado um pé na bunda homérico, daqueles de deixar a marca do sapato impressa nas calças. Eu não queria dormir chorando de novo, eu não queria chorar nem queria dormir, na verdade, mas nenhuma das amigas podia sair hoje. Todas ocupadas com namorados, filhos, ou ocupadas com nada, mas sem vontade de botar a cara pra fora. Eu estava sozinha nessa.

Ignorei todas as garçonetes, não queria nenhuma garota naquele momento em que ainda digeria ter sido trocada por uma mulher mais jovem e bem-sucedida. Mirei os olhos azuis de barba cheia e sorriso meio torto, estiquei a mão pra cima, você pode me trazer um mojito, por favor?

Achei que a ideia ia ser ficar bêbada à mesa até a hora em que o garçom encerrasse o expediente. Talvez ele me carregasse para casa com uma mão socada na minha bunda e a outra abrindo a porta do carro dele, ou pode ser que ficasse com pena e me enfiasse a cabeça debaixo da torneira industrial da cozinha.

Mas foi com o cara que me perguntou se o sagu com creme inglês da sobremesa valia a pena que eu decidi ir mesmo embora, e isso bem antes de o restaurante fechar. Eu que chamei o Uber, ele que decidiu para onde, e achei meio tesudo o fato de ele escolher ir para a minha casa sem que eu o tivesse convidado. Ousado, deve ter um pau gigante.

Ele me empurrou porta adentro, ralando meu braço sem querer num preguinho exposto no batente da entrada. Devo ter reclamado, porque ele percebeu o risco na carne, e, enquanto ficava vermelho ganhando ares de ferimento e não de marca antiga, ele abriu bem grande a boca e lambeu o sangue que subia à superfície.

Beijo com gosto de ferro. Meus travesseiros com cheiro de camomila. A luz completamente acesa, e todos os sentidos estimulados ao mesmo tempo deixavam os dois em estado de alerta. Só baixei a guarda quando a mesma boca mordeu a nuca bem na raiz primeira dos cabelos. Todos os poros à mostra, e uma torneira industrial aberta, só que agora no meio das pernas.

Ajoelhei no chão. Agora eu quero te agradar. Você já tinha minha atenção, agora você tem minha língua. E ela vai circular, envolver, sugar e vibrar em toda a extensão do seu pau antes de você enfiá-lo em mim com toda a força que esses braços firmes e essa barriga dura me dizem que você tem.

Eu já nem me lembrava mais exatamente do que tinha antecedido aquela trepada boa com um completo desconhecido, havia uma vaga memória da pergunta sobre o sagu e o trajeto da Paulista até Moema, e foi quando ele pediu a chave porque precisava resolver um negócio. Imaginei que fosse conceder a gentileza de arrumar o preguinho exposto, e estendi a tetra explicando que era preciso também virar o ferrolho para a direita.

Em menos de cinco minutos escuto a porta bater de volta, o sino pendurado sobre o olho mágico badala, agudinho e irritante. Mas que caralho este homem está fazendo. Na sombra da luz do corredor que iluminava de leve o quarto agora apagado, depois de duas camisinhas usadas e um leve pudor sem motivo, ele surge de mãos dadas com outro homem, e se aproxima da cama. Avisa que trouxe um amigo, e que talvez eu o reconheça.

Estou pelada e suja. O garçom de olhos azuis, barba cheia e sorriso meio torto avisa: “Cheguei. Tenho fome”.

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Beijo de descarga elétrica, cama na certa! https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/12/19/beijo-de-descarga-eletrica-cama-na-certa/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/12/19/beijo-de-descarga-eletrica-cama-na-certa/#respond Sun, 20 Dec 2015 00:13:28 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1573 Do nosso leitor Vitor, para inspirar a noite de todos.

 

 

***

 

 

Como era de costume, passei aquele dia no bar após o trabalho e pedi uma dose de uísque. Fiquei esperando o clima do lugar esquentar. Como sempre acontecia, música boa, muita bebida e um público feminino maluco, mas comportado até a meia-noite. A partir de então, o juízo delas ficava na bolsa e elas não raciocinavam mais. Essa era a perspectiva da noite. Distraído, ouço uma voz chegando ao meu lado:

 

– Quer participar do clube do uísque? Você compra a garrafa e ela fica guardada aqui para quando você voltar. Como isso é uma coisa que você faz sempre, vai ser mais vantajoso para você.

 

Quem falava comigo, descobri depois, era a Cris, loira com um corpo escultural com tudo na medida certa. Grande batalhadora, trabalhava com promoções e eventos. Estava ali para divulgar o clube do uísque. Pela minha secada no corpo dela, ela já tinha percebido que a única vantagem que eu queria ter era ela, não o uísque. Não conseguia desviar os olhos do seu decote. Algum problema com isso? Com certeza não, senão seu sorriso não teria vindo. Não precisei responder, a garrafa estava encomendada.

 

Crédito suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxxel.tumblr.com

 

O clima dentro do bar esquentou muito e com ele aumentou meu ritmo na descida do nível da garrafa de uísque. Como esperado, à meia-noite o bicho começou a pegar e eu só mirava a Cris. De repente, ela sumiu. Eu fiquei puto. Mas, na realidade, tinha acabado o seu expediente e, em vez de ir embora, lá estava ela num canto do bar com uma calça jeans colada revelando todos os contornos do seu corpo escultural. Fiquei louco.

 

Levantei na hora, fui ao seu encontro e a chamei para dançar. Ao mesmo tempo que ela desviava sua boca da minha, num jogo de sedução, seu corpo roçava no meu me deixando louco de tesão. Uma hora ela cedeu e nos beijamos. Foi daqueles beijos explosivos, que dão choque em alguma coisa dentro do corpo, parece que temos de transar naquele exato minuto. Pouco tempo depois nos beijando, estávamos os dois loucos para transar. Então, perguntei:

 

– Para onde nós vamos agora?

 

– Para onde você quiser!

 

A curta viagem no carro até o motel foi alucinante, ela abrindo minha calça e me chupando louca, parecia que o mundo ia acabar. Quando chegamos na cama, a roupa foi embora em um segundo e pude ver o que era aquele corpo, sua cintura zerada, bunda perfeita que parecia um sonho. Quando entrei na sua boceta molhada, ficamos alucinados como se fosse a última vez que transaríamos na vida. Foi quando virei seu corpo de costas para a comer de quatro (minha posição preferida) e ela rebitando a bunda, gemeu:

 

– Me fode,  Vitor!

 

Crédito suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxxel.tumblr.com

 

O ritmo ficou alucinante, agarrei e puxei forte seu cabelo e, depois de várias bombadas, gozamos exaustos. Ainda adormecido senti um perfume chegando ao lado como despedida. Ela ia trabalhar logo cedo. Mas, numa olhada para mim, estendido pelado, reparou que meu pau estava duro novamente.

 

Dando o mesmo sorriso maroto da noite anterior, tirou a calcinha rendada e a calça, passou a perna por cima de mim e, depois de se encaixar no meu pau duro, fez seu movimento de sobe e desce com as mãos apoiadas em meu peito, de uma forma que eu não pudesse nem me mexer. Ritmada e competente, olhando fixo nos meus olhos, me fez gozar gostoso, sem eu ter o que fazer a mais para retribuir. Ela estava com pressa. Se limpou com o lençol, vestiu a calcinha e a calça, mandou um beijo de longe. Cacete, que delícia!

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Você conhece Laura, a nossa musa? Ela voltou https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/09/05/voce-conhece-laura/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/09/05/voce-conhece-laura/#respond Sat, 05 Sep 2015 23:52:53 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1399 Por Diana

 

 

Faz um tempo que não falamos sobre Laura, minha amiga das festas de sexo vip e afins (se não se lembra dela, leia os quatro capítulos da Festa do Sexo aqui, aquiaqui e aqui). Ela anda meio quieta. Depois de muita badalação, Laura foi vítima de um problema que acomete homens e deuses: se apaixonou por um parceiro casado. E o coração partido da minha amiga não está para sexo grupal no momento.

 

 

 

Não que Laura esteja na seca. Veja bem, alguém que conhece os prazeres que ela experimentou não vai conseguir se satisfazer sozinha por muito tempo. Fato: a certa altura, Laura não aguentava mais ver pornô duas vezes por tarde, já não tinha vibrador que aguentasse, e vivia com câimbras na mão direita você-sabe-muito-bem-porque. Era hora de tomar uma providência. E eis que o momento do “basta” chegou, numa noite qualquer.

 

 

O problema é que ela não estava disposta a se produzir e sair à caça de um novo parceiro. E também não estava a fim de tentar um Tinder. Os padrões dela são altos –depois do estilo de vida pré-paixão, não dava mais para ficar passando tela para cá e para lá para ver pretês no telefone.

 

 

Não, seria preciso outra solução, movida a contato humano. Apostou na honestidade. Chamou um amigo para almoçar e soltou um “preciso dar” no meio da cozinha. “Me arrume alguém.” Ele, a princípio, não acreditou. “Duvido”, disse rindo, “que se eu arrumar um gato para simplesmente bater na sua porta e comer você a senhorita tope”.

 

 

“Pois experimente”, respondeu ela, já salivando. “Hoje a noite, vou deixar a porta aberta. Você sabe meu gosto. Pode dizer para ele ir me encontrar no quarto.” O amigo foi embora fazendo promessas e jurando que conhecia o candidato perfeito. Laura acreditou e se animou. Tomou um banho, abriu um vinho e vestiu uma camisa de botão de seda branca sem nada por baixo. Quando a noite caiu, ela já estava pronta e quase impaciente.

 

 

Sete. Oito. Nove horas. Nada.

 

 

Laura pensou em telefonar para o amigo, mas achou melhor não. Se for para rolar, que role sem pressão, concluiu. Assim, serviu mais um pouco de vinho, pegou um livro e subiu para o quarto. Nove e meia. Dez. Duas taças de vinho depois, ela começou a ficar sonolenta. Onze. “Que (não) se foda”, pensou. “Deu errado.” Fechou o livro e apagou a luz, se deitando de bruços, a cara no travesseiro. A mão apertava a xoxota, mas ela não quis nem se masturbar. Era um poço de mau humor.

 

 

Não se sabe quanto tempo depois, Laura acordou de um sono leve ao ouvir passos na escada. Ficou só ouvindo, sem tentar entender o que se passava. A porta do quarto abriu devagar, com seu velho rangido baixo. “Desculpe o horário”, disse o estranho na porta. “Laura? Posso entrar?”

 

 

Minha amiga se sentou na cama, ainda confusa. Olhou para o vulto e percebeu aos poucos seus contornos. Era alto, magro, tinha a barba bem aparada e o cabelo castanho um pouco comprido, até o queixo. Minha amiga nunca havia visto o sujeito na vida. Ele não se movia, na expectativa, e apenas olhava Laura sentada na cama. Deve ter vislumbrado a silhueta dos seios pequenos da minha amiga através do tecido fino da blusa, no mínimo.

 

 

Laura já se lembrava do se tratava, mas demorou a responder. Ficaram os dois se olhando uns dois minutos, ela na cama, ele na porta, a luz baixa permitindo que os olhos se encarassem. “Entra”, disse ela, afinal. Mas não fez nenhum gesto de acolhida. Sorriu e voltou a se deitar como estava –de bruços, a mão na xoxota, a blusa branca de seda cobrindo só até a metade do bumbum. E fechou os olhos.

 

 

O prometido não precisou de outro convite. Chegou perto da cama e tocou nos pés de Laura. Se sentou e começou a fazer uma massagem leve no pé direito, depois no esquerdo, com as duas mãos. Foi subindo a massagem até a panturrilha; ao mesmo tempo beijou a parte detrás do joelho dela, um beijo molhado e lento.

 

 

 

No começo ela não se mexia, mas a massagem a deixou com calor. Laura tentou tirar a blusa, mas ele não deixou. “Calma”. A massagem continuou pelas coxas. Ele fez uma pausa e ao se sentar de novo na cama Laura percebeu que o estranho estava nu, de pau duro, olhando para ela. Ele voltou a pegar na parte de trás das coxas e a beijar suas pernas, subindo até a linha do bumbum. Laura sentia a buceta tensa, a pressão familiar do tesão já voltava; abriu um pouco as pernas e, com a mão com que ainda se apertava, enfiou um dedo em si mesma lentamente.

 

 

O estranho viu o movimento ritmado do dedo dela, mas não se apressou. Observou a cena por alguns instantes e deu uma lambida delicada no ânus de Laura. Pega de surpresa, ela interrompeu o toque e segurou o lençol. O moreno não perdeu tempo e assim que o dedo abriu espaço passou a lamber também a buceta de minha amiga por trás.

 

crédito: suckmypixxxel.tumblr.com
crédito: suckmypixxxel.tumblr.com

 

Laura já levou muita chupada de qualidade na vida, mas aquela tinha um toque especial. Ela não conhecia o autor –sabia apenas que era de confiança e fora arranjado por um de seus melhores amigos. Não sabia sequer o nome dele. Definitivamente não sabia o que ele iria fazer. Era muito proibido, e muito quente.

 

 

Para incentivar o estranho, Laura ficou de quatro e abriu mais as pernas. A língua dele claramente sabia o que fazia. Ela não se virou nem abriu os olhos, nem quando ouviu o ruído conhecido da camisinha. O moreno continua lambendo a buceta e o cuzinho de Laura, alternado a língua e o dedo, e bebendo a excitação dela com vontade. Quando sentiu uma pausa, Laura ficou mais excitada ainda: sabia o que estava por vir.

 

 

O estranho segurou seus quadris e começou a comê-la por trás, gemendo de leve. Laura pensou que estava no meio de um dos sexos mais animalescos de sua vida. Ninguém se conhecia, ninguém queria nada além de estar ali, dando, comendo, sem expectativas, sem necessidade de convencimento. Nem festa de sexo era tão livre e carnal. Não houve muito tempo para pensar, porém. Os dois gozaram bem rápido, coisa de uns cinco minutos. A excitação com o esquema era grande demais para que alguém conseguisse se segurar.

 

 

Depois do orgasmo, ela conta que houve 30 segundos de constrangimento. Laura abriu os olhos, se virou na cama e olhou o cara de novo. “Oi”. E riu. Ele riu também, e se apresentou. “Sou Carlos, e não acredito que isso acabou de acontecer.” Os dois ainda conversaram um pouco, mas sem explicações excessivas. Ainda trocaram telefones, mas Carlos decidiu não passar a noite ao lado dela.

 

 

Laura dormiu melhor do que havia dormido nos últimos meses. E, sim, viu Carlos de novo. Uma conexão sexual daquelas que não podia ficar em uma trepada só. A ligação acabou terminando do mesmo jeito que começou –sem laços, convencimento ou explicações. Mas só depois de muitos meses de gozos ocasionais. E por que não?

 

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Janela indiscreta https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/04/04/janela-indiscreta/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2015/04/04/janela-indiscreta/#respond Sun, 05 Apr 2015 00:34:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1205 Pela janela da cozinha, o nosso leitor M. acabou tendo uma experiência gostosa enquanto lavava a louça. Boa noite e divirtam-se!

 

 

***

 

 

Era um noite daquelas bem normais. Como de costume, perto das 19h, ia para a cozinha lavar a louça e preparar algo bem leve para o nosso jantar. Minha mulher normalmente ficava na sala. Conversávamos em voz alta, eu na cozinha e ela fazendo algo na casa. Moro no segundo andar de um prédio e, à minha frente, há um pequeno conjunto de sobrados de dois andares. Naquela noite comum e quente, resolvi abrir a janela da cozinha enquanto lavava a louça.

 

 

Como se fosse uma miragem, surgiu na janela do sobrado em frente um vulto que me chamou a atenção. A pessoa passava bem rápido, de um lado para o outro. Na hora senti um arrepio espinha abaixo, chegando nas minhas bolas, que imediatamente ficaram rígidas, subindo alguns centímetros pelo meu pau. Ainda não sabia se era um homem ou uma mulher, mas aquilo me deixou excitado. Sempre gostei de observar, mas nunca tinha tido essa oportunidade.

 

 

Fiquei ali congelado por alguns minutos até perceber que aquilo que me deixava excitado era uma linda mulher de uns 40 anos, loira, magra da cintura para cima e excitantemente avantajada nos quadris. Da minha janela, não conseguia observá-la de corpo inteiro, mas o que conseguia ver me excitava muito. De congelado passei para hibernado. Não via mais nada à minha volta, já tinha esquecida da minha mulher, da louça, da vida.

 

 

Para meu espanto, a mulher parou na janela e começou a me observar. Tentei me esconder, mas ela viu que eu a observava excitado. Muito surpreso, percebi que ela estava se mostrando para mim. Meu pau já latejava, e dali em diante tudo pareceu surreal. Ela começou a se despir, tirou a blusa e exibiu uma lingerie preta, muito pequena. Com cara de safada, sabendo que eu não poderia fazer nada, ela se abaixou e retirou de uma só vez a saia e a calcinha minúscula. Meu pau gritava. A moça da janela dispensou a saia e ficou apenas com a calcinha na mão. Ela queria me deixar louco. Pegou a calcinha e a cheirou como se cheirasse uma flor num campo de primavera. Eu me segurava para não cair.

 

 

Me olhando daquela maneira “me come”, ela arrancou o sutiã e deixou à mostra aqueles mamilos rosados e duros. Bem devagar, ela foi se afastando da janela ao ponto de eu conseguir vê-la de corpo inteiro. Tão lentamente, ela virou de costas e abaixou, ficou literalmente de quatro, mostrando aquela bunda linda. Quando meu pau estava prestes a explodir, surpreendentemente ela sumiu da janela. Do jeito que veio foi embora. Como num passe de mágica, ela sumiu, me deixando de pau duro…

 

 

Красота

 

 

Pensei comigo: o que fazer? Fui até a sala já de pau na mão, minha mulher não entendeu nada. Como um animal, a joguei de quatro no sofá, levantei sua saia e a lambi. Depois, a soquei de uma vez só, cinco estocadas com muita vontade. Ela gritava de tesão. Mais cinco estocadas e gozei. Até hoje ela não entende o que aconteceu, mal sabe que aquele animal estava pensando na vizinha do rabo gigante, que me faz lavar a louça todos os dias no mesmo horário, como se fosse uma sessão de cinema imperdível.

 

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Homem + mulher + homem https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/11/20/homem-mulher-homem/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/11/20/homem-mulher-homem/#respond Fri, 21 Nov 2014 02:13:18 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1000 Recebemos esta história bem legal de um casal do sul de Minas Gerais, que queria realizar a fantasia de sexo a três convidando um homem desconhecido. Pois bem, foi o que fizeram. Depois, cada um escreveu a sua versão para aquela noite gostosa. Dê uma olhada nas duas versões!

 

 

 

***

 

 

 

Relato dela

 

 

Fernando passou os últimos três anos tentando me convencer. Devagar, fui entendendo a ideia, às vezes difícil de assimilar por nós mulheres, de que a aventura seria apenas diversão, nada mais. Apesar de considerar extremamente excitante a fantasia de sexo a três, estava ainda presa a pudores e receios. Casada há 13 anos com um homem maravilhoso, companheiro e cúmplice, sempre me senti plenamente realizada no sexo. Sempre fizemos tudo o que dava vontade, temos muita confiança um no outro. Mas eu ainda pensava que a inclusão de um parceiro a mais numa transa poderia ficar apenas no campo da imaginação.

 

 
As conversas evoluíram, a vontade de realizar a fantasia foi aumentando, e Fernando nos cadastrou no sexlog. Depois de muita insistência do meu amado, acabei me rendendo a incluir fotos sensuais nossas, numa página onde antes apenas havíamos postado um convite a homens solteiros ou casais liberais que se interessassem por um encontro real e ménage masculino. Somos héteros, temos ambos 1,75 m de altura, morenos claros. Logo nossas fotos começaram a receber comentários no log (me encaixo no padrão de preferência nacional de bumbum grande) e candidatos foram surgindo…

 

 
Foi assim que conhecemos um rapaz bem interessante. Adotava o codinome de um famoso pirata e a descrição de ser um rapaz alto, como eu gosto. Parecia bem nas fotos do log, que, porém, revelavam pouco. Quando decidimos ter uma conversa com câmera, pude ver detalhes que despertaram maior interesse. A conversa foi boa, combinamos uma saída juntos, nós três, para uma pizza. Se rolasse a química, quem sabe, poderíamos agendar a tão sonhada façanha do sexo a três. Na data do encontro, senti a excitação aumentando a cada hora que passava. Nunca tinha feito algo assim… imagine, falar de coisas assim com um desconhecido! À noite me preparei para sair tentando me acalmar –vai ser uma conversa, só isso, dizia para mim mesma.

 

 
Fernando e eu fomos curtindo a breve viagem para o nosso encontro com “o pirata”. Rimos, ouvimos música e, ao chegarmos ao ponto de encontro combinado, ligamos para o amigo. Dez minutos depois, surge o carro prata em que ele disse que estaria.
Vi o rapaz descer do carro e vir até nós. Um moço alto, magro, bonito, ainda vestido com o uniforme de trabalho. Abri a porta do nosso carro e desci. Vi seus olhos (nossa, não tinha conseguido ver direito pela tela do computador… eram lindos olhos verdes!) e neles percebi uma certa surpresa: acho que ele me achou mais bonita do que imaginava. Abriu um sorriso simpático e naquele momento estava quebrado o gelo.

 

 
Fomos os três para uma pequena a aconchegante pizzaria. Era uma terça à noite, o lugar estava quase vazio. Tínhamos o ambiente perfeito para uma conversa bem franca. O pirata era um tipo agradável, de conversa ótima. Logo Fernando e ele estavam falando e rindo alegremente sobre o pessoal do log, sobre coisas do trabalho, sobre futebol… e eu aproveitava o clima de descontração para observar os dois e pensava: que sortuda eu seria de ter dois machos tão atraentes comigo na cama.
Eu sabia que, na conversa, sinais seriam dados e a informação teria que ser transmitida sobre a química… de minha parte a atração necessária já existia.

 

 

 

Crédito Fangs and blood / suckmypixxxel.tumbrl.com

 

 

Gostei do garotão de 30 e poucos, alto, magro, bonito e de boa conversa. E parecia que ele estava bem à vontade conosco. Pizza já terminada, conversávamos sobre a nossa ideia de um encontro ideal e como ele deveria ser. Nesse momento eu disse: “Acho que uma ida a um motel pra curtir a três deveria ser bem sem pressa, num dia em que ninguém tem nenhum compromisso depois”. A resposta veio rápida: “Estou muito tranquilo hoje, começo a trabalhar só amanhã às 10 da manhã.” Eu sorri, olhei para o Fernando –que ergueu a sobrancelha de modo significativo– e perguntei a nosso mais novo amigo: “Você está me provocando?”

 

 

 

Ele então me encarou, olhou bem nos meus olhos e disse : “Sim, estou louco para realizar a fantasia de vocês”. O corpo fala e responde rápido. A umidade que vinha sentindo durante a noite toda em minha tanguinha fio dental se converteu, em fração de segundos, numa calça jeans encharcada, numa excitação tamanha, como nunca sentira antes. Os dois homens me olhavam, à espera de uma resposta. O que eu pensei que seria apenas um encontro para conversar estava se convertendo numa possibilidade de realizarmos, naquela noite mesmo, a nossa primeira vez a três!

 

 
Percebi a excitação fervendo e borbulhando nos olhos do meu marido. Tive naquele olhar a resposta, sabia o que ele estava pensando… por que deixar o momento passar? A vida é uma só! Deixei o desejo falar mais alto. Resolvi desfrutar do momento e do privilégio que estava tendo. Quando respondi que sim, nosso amigo pirata deu sinais de ansiedade. Pedimos a conta na pizzaria e, 30 segundos depois, ele se queixou de que a conta estava demorando demais… Fernando e eu rimos com cumplicidade, percebendo a pressa do rapaz! Fomos para o carro.

 

 
O pirata se surpreendeu um pouco com a minha decisão de ir com ele atrás. Mas a surpresa aumentou ainda mais quando o agarrei e beijei sua boca com vontade! A partir daí, o calor tomou conta de nós. Beijos, carícias… fui abrindo os botões da minha camisa e aos poucos meus seios ficaram ao alcance do pirata, que avançou com as duas mãos, abaixou meu sutiã e os colocou na boca com apetite voraz. Minhas mãos aí já percorriam a sua virilha e, abrindo o zíper de sua calça, liberei seu pau superereto. Que sensação! Tesão total!

 

 

 
Tinha na minha bolsa, ali ao lado, um tubo de lubrificante. Rapidamente o peguei, molhei com ele minhas mãos e passei a acariciá-lo, enquanto ele lambia meus peitos, levando-me a gemer alto de prazer. Logo chegamos ao motel e, enquanto nosso amigo tomava um banho, Fernando e eu tiramos nossas roupas. Ao sair do banho, nosso amigo me viu de quatro, chupando meu marido que estava deitado na cama. Com minha mão direita, agarrei o pau do pirata, enquanto continuava chupando a delícia de marido que eu tenho… e a brincadeira começou.

 

 

 

Trocando posições, carinhos, beijos, lambidas e tudo o que tínhamos direito, passamos três horas naquela suíte de motel e, confesso, não vi as horas passarem. Parecia surreal ter dois machos ali, cada um com um dos meus seios na boca, e no momento seguinte um me comendo por trás enquanto eu chupava o outro… Loucura, luxúria, parecia que eu estava sonhando! Ao final, vi os dois gatos gozarem muito. Mas a sensação que ficou para mim foi de que fui eu a que mais recebeu, mais aproveitou. Delirei, fui às estrelas várias vezes naquela madrugada.

 

 

 

***

 

 

Relato dele

 

 
Meu nome é Fernando, tenho 45 anos, moreno claro, 1,75 m, casado há 13 anos com Cláudia, 38 anos, morena bem clara, alta, bumbum grande, coxas grossas. Somos um casal muito apaixonado um pelo outro e muito afinados em tudo. Nossa vida sexual é muito boa e costumo dizer que hoje temos uma vida melhor do que tínhamos no início do casamento. Curtimos muito filmes e brinquedinhos eróticos. Cláudia, particularmente, gosta muito de assistir a cenas de trios (com dois homens e uma mulher) e sempre percebi que isto a excitava muito.

 

 
Percebendo isso, comecei, há três anos, a conversar sobre fantasias sexuais e sobre a possibilidade de realizá-las. A princípio Cláudia não entendeu bem e achou que isto poderia ser algum problema em nosso relacionamento, porém, depois de muito conversarmos, ela compreendeu tratar-se da realização de fantasia que muito a excitava. Vencida esta etapa, fizemos um perfil em um site de casais liberais e postamos algumas fotos nossas. Através do site conhecemos muitas pessoas e conversamos com alguns homens com câmera. Esta experiência nova para ela despertou, ainda mais, o desejo de realizar a fantasia do ménage masculino e uma DP (dulpa penetração).

 

 
E foi assim que conhecemos o “pirata”, um rapaz do site com quem marcamos um encontro para comer uma pizza, nos conhecer e ver se “rolava química” para um encontro real. O encontro seria em uma cidade diferente da nossa para preservar o sigilo. No dia marcado combinamos que iríamos preparados para uma conversa, mas, se ela sentisse vontade e “rolasse a tal química”, poderíamos realizar o trio. Também tínhamos combinado que, se fosse acontecer o encontro, iríamos, os três, no nosso carro e eu deixaria que ela fosse com ele no banco de trás para começar um “quebra-gelo” e um “aquecimento” até chegarmos ao motel.

 

 
E assim aconteceu. O “pirata” deixou seu carro em um posto de gasolina e fomos no nosso carro para o motel, os dois no banco de trás. Enquanto eu dirigia podia ouvir o som da “pegação” atrás. Arrumei o espelho retrovisor de forma a possibilitar uma pequena visão daquilo que rolava. Pude ver quando o “pirata” atacou os seios de minha esposa enquanto ouvia seus sussurros de prazer. Confesso que senti um misto de ciúmes e tesão, com predomínio do tesão, o que me fez ficar com o pau super ereto.

 

 
Chegamos à suíte do motel e, enquanto o pirata tomava seu banho, comecei a dar gostosos “amassos” na minha mulher, que estava prestes a ser a principal personagem de um delicioso trio. Cláudia, aproveitando a empolgação, me colocou sentado na cama do motel e começou a fazer aquela deliciosa chupeta que só ela consegue fazer. Logo o “pirata” chegou e ela, mais do que depressa, começou a dar conta dos dois machos com uma desenvoltura que nem parecia ser sua primeira vez em um trio. Enquanto mamava um pau, fazia carícias no pau do outro e fazia rodízio para não deixar nenhum dos dois na vontade.

 

 

Crédito Just Some Sex / suckmypixxxel.tumbrl.com

 

 
O “pirata”, por sua vez, retribuía dando um trato bem gostoso em minha gata. Enquanto ela mamava meu pau, ele chupava sua buceta, seu cuzinho e fazia carinho em suas deliciosas coxas grossas. Depois de nos revezarmos algumas vezes nesta posição, resolvemos chupá-la os dois juntos. Enquanto eu mamava o seio direito, o pirata mamava o esquerdo e nossas mãos percorriam o corpo de minha gata procurando dar muito carinho a ela. Logo deixei de cuidar dos seios dela e desci com minha boca para sua deliciosa buceta cor de rosa. Foi muito excitante ouvir seus gemidos de prazer enquanto era o objeto alvo de nossas bocas e mãos.

 

 
Já estávamos muito tempo nesta “ralação” quando sugeri que o “pirata” comesse minha gata. Então, Cláudia se colocou naquela posição que é predileta. Ficou de quatro exibindo sua bunda grande e suas coxas grossas para o “pirata” que já se encontrava super excitado, doido para penetrá-la. Nesta hora, ela lembrou que tinha trazido um plug anal que possui uma pedra vermelha, como se fosse uma joia, e pediu que eu lubrificasse bem seu rabinho e o introduzisse para deixar a bunda mais bonita para a penetração do “pirata”. Isso me excitou muito! Mais do que depressa lambuzei seu cuzinho com bastante KY e introduzi a joia nele arrancando pequenos gemidos de minha linda bunduda.

 

 
O “pirata” então começou a usufruir de sua buceta, que estava bem apertadinha por causa da joia que estava no seu cuzinho. Enquanto ele comia, ela me chupava vorazmente. Era a primeira vez que Cláudia fazia sexo com dois homens e ela fazia aquilo com tanto prazer que nos deixava extremamente excitados. Depois mudamos de posição, ela se colocou deitada de costas e, enquanto eu metia meu pau em sua boca num vai e vem enlouquecido, o “pirata”, levantado suas pernas e colocando seus pés sobre seu peito, começou a comê-la na famosa posição “frango assado” dando estocadas firmes e fortes.

 

 
Ficamos umas 3 horas desfrutando deste trio, que terminou com todos gozando muito. Foi uma experiência muito boa para todos! Apesar de ter sido maravilhoso, não rolou a DP (dupla penetração), que era parte de nossa fantasia. Isto deixou em nós um gostinho de “quero mais”. Agora, enquanto lembramos do acontecido, já estamos pensando em como seria uma segunda vez onde terminaríamos realizando a tão fantasiada DP. Alguém se candidata a nos acompanhar nesta aventura de prazer?

 

 

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A uruguaia https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/09/27/a-uruguaia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/09/27/a-uruguaia/#respond Sat, 27 Sep 2014 16:22:31 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=882 Mais uma história de Cigano, colaborador assíduo deste blog desde que ele foi criado. Bom sábado a todos!

 

 

***

 

Crédito suckmypixxxel
Crédito suckmypixxxel

 

É muito comum eu viajar a negócios para várias partes do Brasil. Uma dessas viagens foi a Porto Alegre. Como de hábito, me hospedei em um hotel comercial não muito badalado, onde eu já era bastante conhecido, o que facilitava a minha vida, pois sempre conseguia apartamentos na posição que mais me agradava, além de gozar de muitas facilidades, nem sempre disponíveis para hóspedes desconhecidos.

 

E lá estava eu, sentado no lobby, vendo um jornal na TV e fazendo hora para ir ao bar e depois jantar, quando veio sentar em outra poltrona uma hóspede muito elegante, alta, belo corpo, discretamente maquiada e penteada, irradiando simpatia. Sorrimos um para o outro, mas mantive uma atitude discreta, pois não sabia nada a respeito dela, que eventualmente poderia estar esperando alguém.

 

Os minutos foram passando, e o programa da TV mudou para uma novela tipo mexicana, ocasião em que fiz um comentário criticando o mau gosto de trama, no que ela emendou com um comentário bastante crítico também, queixando-se de que no Uruguai (onde mora) também passa a mesma novela –e que ela também detestava assistir.

 

Perguntei se ela estava esperando alguém e ela me disse que não, que tinha descido para jantar, mas que não ia esperar por seus pais, que já são velhinhos e costumam tomar apenas um chá, no apartamento em que estão hospedados. Comentei que eu também estava sozinho e convidei-a para me acompanhar durante o jantar.

 

No restaurante sentamos em uma mesa no meio da multidão, pois embora apreciasse o “material”, não pretendia forçar qualquer barra. E o papo foi muito gostoso, pois Vania era uma mulher inteligente e culta, com quem era muito agradável conversar. Após o jantar, como eu queria continuar na companhia dela, a convidei para darmos uma volta a pé pelas redondezas, pois conheço muito bem a área.

 

Nosso passeio foi tranquilo. Estávamos muito próximos. Algumas vezes as mãos se tocavam e, em outras, minha mão tocava na coxa dela. Ela falseou o pé em algum buraquinho na calçada e eu a amparei, mas aconteceu que minha mão foi direto a um dos seios, enquanto a outra segurava-a por trás, pela cintura. Foi um acidente, mas nenhum dos dois mudou de posição. Ao contrário, ela virou de frente para mim, levantou um pouco o pé e apoiou-se em meus ombros, e ficamos alguns segundos agarrados, nos encarando, nenhum dos dois sabendo qual seria o passo seguinte.

 

Arrisquei um beijinho suave em seus lábios, perguntando se estava doendo muito o tornozelo, e ela perguntou: Que tornozelo? Achei que a guerra estava começando e dei-lhe um novo beijo, mais demorado e quente, o qual foi muito bem recebido e retribuído, encostando aquele belo corpão em mim. Passei a acariciar suas costas, ao mesmo tempo em que falava algumas palavras quentes em seu ouvido. E o esfrega começou.

 

Continuamos nos beijando e nos acariciando e ela se colou muito bem em mim, sentindo a pressão que meu membro fazia em suas coxas. Ela estava gostando muito, pois começou a mexer suavemente, apimentando o contato que estávamos tendo. Como ela tinha torcido o pé convidei-a a voltarmos para o hotel para que eu fizesse uma massagem em seu tornozelo. Entramos no hotel com ela mancando e se apoiando em meu braço.

 

Fomos para o meu apartamento, fiz ela se sentar na cama e sugeri que tirasse a meia-calça, para que eu pudesse avaliar o inchaço do tornozelo. Que par de coxas! Comecei a fazer uma massagem no tornozelo e, já que não havia estrago algum, a mão começou a subir pela barriga da perna. Seus pés, muito lindos e bem tratados, foram acariciados e beijados com muito ardor. Sou tarado por pés.

 

Para começar a rolar na cama foi um pulo. A respiração dela já estava a mil. Então, começamos o desmonte. Primeiro as blusas, depois a saia e a calça, em seguida o sutiã, e em pouco tempo a calcinha e a cueca. Quem tem dez dedos, uma língua e um pau (e sabe usar cada um deles) pode se divertir e dar prazer a qualquer mulher, principalmente quando a dita é um avião como Vania. As carícias começaram descendo dos lábios para o pescoço e os seios, em seguida a barriga e o umbigo, e um primeiro contato com o monte de vênus, com pelos bem aparados e cheirosos, pedindo para também ser incluído no trabalho.

 

O clitóris era bem pronunciado, um pequeno pauzinho com glande e tudo mais, que já estava inchado e durinho, pedindo para ser chupado. Caprichei nele e senti que o primeiro orgasmo já ia acontecer. Coloquei um dedo em sua vagina e comecei a masturbá-la. Ela estava alucinada, rebolando e pedindo mais.

 

Gozou. Ficou como que desmaiada por alguns instantes, até que recobrou a fala e me agradeceu pela grande gozada que havia dado. Falou que estava havia vários meses sem contato com homem, desde que acabara o relacionamento com seu namorado, e que quando começamos a conversar ela me elegeu para ajudá-la a tirar o atraso. Para isso, simulou a torcida do pé.

 

Eu continuava em ponto de bala e foi sua vez de me acariciar. Começou por me dar um banho de língua, caprichando no pau, que engoliu com vontade, incluindo os testículos, que estavam carregadíssimos, pesando cada um meia tonelada. Consegui me segurar, pois não podia decepcionar a moça, que merecia muito mais pica. Partimos para um 69.

 

O 69 propicia aplicar toda a tecnologia francesa, começando com o “picotê”, pequenas chupadas e mordidinhas no clitóris, passando para a “petit lambage”, que é a chupada e a lambida dos grandes lábios por dentro e por fora, e progredindo para a “grand lambage”, que atinge os pequenos lábios, com consequente penetração da língua em forma de U, tudo isso acompanhado de um dedo polegar enfiado no cuzinho, enquanto a outra mão massageia os seios.

 

Se a mulher não delirar, é caso perdido. Quando o cuzinho começou a piscar no meu dedão, senti que ia acontecer um tsunami. Uma grande explosão aconteceu nos dois, e gozamos juntos, cada um saboreando o néctar do outro. Podia morrer feliz naquele momento, pois era a perfeita sensação do nirvana. Mas, após um banho em conjunto, estávamos novamente em ponto de bala.

 

Começamos a variar as posições, experimentando trepar em conchinha, que me permitia mordiscar seu pescoço e orelhas, acariciar seus seios e masturbá-la, ao mesmo tempo em que enfiava tudo o que tinha direito. A trepação correu solta, cada um tentando dar mais prazer ao outro. Quem é bom de cama sabe que ver e sentir o parceiro gozando é tão gostoso quanto gozar. Passamos momentos maravilhosos até meia-noite, quando demos a saideira e ela foi embora, pois seus pais estavam hospedados no mesmo hotel e ela tinha que manter as aparências.

 

Nunca mais nos encontramos, que pena…

 

 

 

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O dia que mudou nossas vidas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/09/17/o-dia-que-mudou-nossas-vidas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/09/17/o-dia-que-mudou-nossas-vidas/#respond Wed, 17 Sep 2014 21:28:13 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=829 História enviada por nosso leitor Juca, bem escrita e de mexer com os nossos (pre)conceitos, para entreter todo mundo. Esperamos que goste.

 

***

 

Por Juca

 

Crédito suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito suckmypixxxel.tumblr.com

 

Cris e eu namoramos há quase três anos. Nos conhecemos maduros, depois de casamentos desfeitos e numa fase boa da vida, em que começamos a nos livrar de amarras. Começamos tímidos e fomos aos poucos aumentando a intimidade, experimentando mais e, a cada vez, aumentando o tesão um pelo outro. Quase sempre, eu adotava a posição de trazer novidades, me mostrava mais aberto. Mas ela, que é do signo de gêmeos, normalmente quieta, algumas vezes se tornava ousada.

 

Muitas ideias me passavam pela cabeça. Eu jogava uns verdes, ela pegava alguns, às vezes dava de desentendida. Mas sempre me surpreendia com realizações sensacionais. Lingeries, depilações, lugares inusitados, acessórios –muita coisa boa. No entanto, qualquer conversa que insinuasse mais pessoas por perto ela descartava de modo direto.

 

Um dia, Cris foi convidada para a despedida de solteira da Sil, numa casa tipo clube das mulheres. Sil é uma amiga super liberada sexualmente. Surpreendeu a todos com a notícia do casamento. Fazia parte de um grupo de amigas inseparáveis –se identificavam no Whatsapp como “As cafajestes”– e, dizia a lenda, se divertiam muito por aí. Cris não fazia parte do grupo, mas era amiga das meninas, uma espécie de quinta mosqueteira.

 

De cara, estranhou a ideia, achava que seria como filme pornô ao vivo. Eu coloquei pilha para ela ir, brinquei que todo mundo torce o nariz para pornô, mas acaba querendo dar uma olhadinha. Vá, relaxe e se divirta, curta suas amigas. Ela acabou topando. Bom, para falar a verdade, eu achava que podia ficar interessante pra mim e a convidei para vir à minha casa depois, achei que chegaria inspirada. Inspirada foi pouco. Ela chegou mudada.

 

Chegou tarde, umas duas horas depois do previsto. Entrou, me deu um beijinho e correu para o chuveiro. Tomou um banho, escovou os dentes e bochechou um listerine, incomum pra ela. Saiu enrolada na toalha e só então veio me contar como foi. Estava superexcitada e contou que a Sil surpreendeu a todas. Produziu um show especial com os go go boys. Criou um figurino próprio e chamou um coreógrafo para prepará-los.

 

Música e iluminação especiais, totalmente fora do estereótipo destes shows, moderno, clean. Fiquei imaginando. Contou que os caras dançavam bem perto das meninas, ficavam de sunga rebolando a uns cinco centímetros do rosto delas e, quando davam mole, apalpavam mesmo. Meu sangue foi subindo e perguntei: e você aproveitou também?

 

Fiquei superenvergonhada, respondeu. A mulherada toda do trabalho lá, vai rolar muita fofoca, fiquei na minha, uma das mais comedidas. Só dei umas dançadinhas com um negão atrás de mim e pronto. Uau! Fiquei de cara. Mas Cris não perdeu tempo, foi avançando, me agarrou cheia de vontade e transamos gostoso. Estava, como disse um amigo sobre a mulher que veio do show do Sidney Magal, super cevadinha. Gozou rápido, num papai e mamãe básico, o que não é comum. Geralmente chega lá quando faço um bom trabalho de língua e dedos. Quando terminamos eu estava surpreso.

 

– Nossa, como esse show mexeu com você!

 

Ela ficou vermelha e percebi que continuava excitada. Os bicos dos seios estavam enormes.

 

– Aconteceu mais alguma coisa que você não me contou? Quer contar?

 

Percebi que estava com a língua queimando de vontade de falar, mas em dúvida se devia. Sabe que sou supercurioso e adoro suas histórias, mas parecia que a coisa era forte.

 

– É… teve mais sim. Quando acabou a festa e todo mundo foi embora, Sil pediu que “As cafajestes” e eu saíssemos com ela. Entramos em um carro que ela tinha mandado esperar, demos uma volta no quarteirão e voltamos à casa de shows. Entramos e fomos a um espaço reservado. Havia mais uma hora de show privado, somente oito dos go go boys e nós cinco. Oito para cinco.

 

Eu ouvia gelado. Ela continuou:

 

– Antes de entrarmos, Sil fez que ficássemos todas de lingerie e entregou uns hobbies de seda para usarmos. É a lembrancinha da festa, falou. Dentro do ambiente escuro e pequeno para tantas pessoas, olhou para mim e disse: Eu vi muito bem do que você gostou mais no show, aliás conheço suas taras. Como é a mais tímida, eu vou lhe dar um presente.

 

– Quando ela acabou de falar o rapaz negro já estava atrás de mim. Me pegou de jeito, sem deixar reação, desamarrou o hobby e o escorregou para o chão. Fiquei totalmente em transe, com ele se esfregando em mim, percebi no ato que estava com o pau enorme bem duro empurrando minha bunda. Antes que eu respirasse, outro dançarino veio pela minha frente e me beijou na boca. Um beijo molhado e demorado, eletrizante. Já nem entendia bem o que estava acontecendo, que mãos eram aquelas me tocando, que respirações eram aquelas. Quando consegui abrir os olhos, todas as meninas já estavam atracadas com os caras. Sil no meio de três, chupando um.

 

Eu ouvia mudo, sentindo o corpo gelado. Havia mais:

 

– Transei com os dois. Primeiro um me penetrando e outro acariciando, depois o contrário. Depois eu chupando um e o outro me comendo, e por aí foi. Depois começaram as trocas. Não quis mais ser penetrada, mas chupei mais três. Vários me chuparam, perdi a conta. Sil transou com todos. Eles a carregavam como se fosse uma rainha. As meninas trocavam rápido de parceiros e também se tocavam. Tudo isso em uma hora, o tempo que podíamos ficar naquele bacanal.

 

Você chupou mais caras em uma hora do que em toda a sua vida, balbuciei. Depois fiquei paralisado, não entendia se aquilo era verdade, não queria acreditar no que ouvia. Totalmente zonzo, puto da vida, indignado, sabe lá. Só que de pau duro, muito duro.

 

Cris não hesitou. Falou: Não gozei naquela hora, só quando cheguei aqui. Quero gozar muito mais. Então me devorou. Adorei ser devorado por aquela mulher totalmente fora de si de tesão.

 

Eu, que alimentava fantasias e pensava que aos poucos levaria Cris comigo, fiquei para trás. Ela foi muito à frente e veio me buscar. Me leva a lugares que não podia imaginar. Nossas aventuras são incríveis. Adoro essa mulher que não para de me surpreender.

 

 

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Quando uma fênix me matou na cama https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/03/27/quando-uma-fenix-me-matou-na-cama/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/03/27/quando-uma-fenix-me-matou-na-cama/#respond Thu, 27 Mar 2014 11:40:07 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=602 por Billy

 

image

Quando terminei o “Fim de partida”, de Beckett, e acomodei o livro ao meu lado na cama, tive a sólida consciência de que nada mais aconteceria naquela noite nublada e fresca de domingo – afinal, concluir qualquer obra de Beckett já é uma considerável aventura.

 

Mas… ledo engano.

 

Ao dar a espiada de praxe no celular, também ao meu lado da cama, vi, no canto esquerdo alto da tela, aquele iconezinho maldito, a chaminha branca que de fato arde, que carrega alguma ligação mística com o órgão reprodutor (refiro-me ao masculino) – a notificação do Tinder.

 

Eu recebera uma mensagem de uma garota de quem, num desses preguiçosos movimentos dominicais, entre um bocejo e outro, havia gostado. Era a, hum, batizemo-la Priscylla, e as fotos a credenciavam como o diabo gosta: a primeira era só de rosto e em P&B, revelando lábios polpudos um pouco entreabertos, olhar desafiador, cabelos escuros se derramando numa face (que parecia) bonita. A segunda, mosaico da mocinha tocando violão e cantando, já mais à vontade, de vestidinho, desvendando uma pele bronzeada. A terceira, a fatalíssima auto foto em pleno banho de sol, com o rosto em primeiro plano e, lá atrás, uma única nádega muito bem apanhada, sabendo a firmeza (a outra estava escondida pelo rosto em primeiro plano); e, mais atrás ainda, pezinhos indolentes cruzados. E a quarta, o arremate final, a inevitável foto “selfie” feita com o celular no espelho, trazendo-a embrulhada num vestido bem curto, a pele novamente temperada pelo sol, pernas bem feitas que se sublinham na multidão, sapatos dourados com saltos bastante altos… enfim. Estendo-me nesses pormenores para que vocês entendam o que se deu a seguir.

 

O fato é que, após trocar algumas palavras rasteiras com Priscy – descobri que ela é empresária e que estamos a apenas um perigosíssimo quilômetro um do outro –, ela me convidou a ir visitá-la, assim, de sopetão. Vi que era sério quando ela escreveu “não tem cerveja, mas tem um prosecco no congelador”. Então avaliei os riscos: não fazia ideia de quem era a garota, evidentemente era uma tremenda fria, eu seria certamente assaltado, provavelmente currado e, com muita sorte, escaparia de ser fatiado e virar ração de rotweiller. Mas, nessas horas, todos sabemos de onde vem a voz de comando: claro que é lá de baixo, agudinha e abafada pela cueca. De modo que tomei uma ducha, meti-me em jeans e camiseta, deixei celular e cartões em casa e saí, ávido.

 

Eram já umas 23 e pouco e resolvi ir caminhando, mesmo, para que a fresca da noite aliviasse minha tensão. E depois de uns dez minutos lá estava eu no endereço que ela havia me passado, sobressaltado em frente a um prédio grande e moderninho. Apresentei-me ao porteiro torcendo para que ele dissesse que não tinha ninguém com aquele nome, que era tudo um delírio, mas não; logo ele abriu o portão para mim e indica o elevador – “tal andar, à esquerda”.

 

Lá chegando, respiro fundo e toco a campainha, sem mais aquela. A porta é aberta por uma mocinha espevitada, medindo um metro e cinquenta e algos, bastante desenvolta e à vontade nos trajes caseiros: shorts jeans curtíssimos, blusinha cheia de fendas e, importante observar, descalça, com pezinhos pequenos e bonitinhos. O resto dela também não era nada, nada mau: pele bem morena, desse tom particular de nossas fêmeas nativas, entre o doce de leite mineiro e a casca do cupuaçu; longos cabelos lisos e levemente clareados; cheia de formas, mas nada gorda; sorriso cativante e convidativo, que se abria para dentro de bochechinhas sapecas; e olhos que, logo no primeiro momento, dardejaram provocação e desafio.

 

Não esperava por nada daquilo, e fiquei desconsertado. Mas a naturalidade com que ela me recebeu e conduziu por seu dúplex pequenino e “mignon” até a varanda, onde ela havia instalado uma rede, aos poucos me reconsertou. Depois de resgatado o prosecco do freezer, ali nos sentamos, taças às mãos, dois pássaros noturnos empoleirados naquela insólita situação. Conversa fiada vai, conversa fiada vem, e eu, mais tranquilo mas ainda encabulado, emborcava o espumante com deselegante rapidez.

 

Mas logo me certifiquei de que ela era mesmo o que parecia. Fui ficando mais seguro, e, depois de um momento em que ela se levantou para fazer não sei o quê e empinou uma bunda imperial a cinco centímetros do meu nariz, trouxe-a de volta à rede e a beijei.

 

Mais uma surpresa: o beijo era ótimo, lento e sôfrego na medida, lábios macios e língua cônscia de seus deveres. Mas a rede estava desconfortável, e logo migramos para o sofá. Eu não tinha ideia de onde aquilo iria parar, apenas me deixava levar. Me levou de fato, pouco depois, “lá para cima”, para a espécie de mezanino onde ficava a suíte. Logo que chegamos ela já se livrou, por conta própria, do shorts e da blusa, e foi quando procurei de verdade por algum gorila fantasiado ou pelo saudoso Ivo Holanda.

 

Porque, não obstante ser Priscy uma delícia imerecida, não obstante seus seios de tamanho digno e durinhos, não obstante ser toda bem apanhadinha, quando ficou de costas para mim eu vi, juro que vi, sobrevoando o céu crepuscular da pele dela, um grandioso e escuro pássaro: claro, ela havia me falado dela, era a imensa tatuagem de “Fênix” que fizera havia alguns anos. A cabeça aquilina surgia na região austral das costas, e o corpo formidável, com asas semiabertas, estendia-se justamente pela nádega – e que nádega! – que naquela foto saíra oculta, e o resto da ave ia pela coxa.

 

Aquilo me desnorteou, e ativou mecanismos ocultos que jamais acreditei existirem em mim. Beijamo-nos um pouco mais, mas logo tratei de virá-la de costas e, ora contemplando aquela quimera noturna, ora enterrando a língua na fenda daquele magnífico “derrière”, tive a impressão que minha calça iria estourar.

 

Livrei-me dela e chupei-a por mais alguns minutos, até que um pezinho voluntarioso se chocou contra o meu peito, empurrando-me para trás; assim ela me ergueu, tirou minha cueca e, meio ronronando, colocou-me na boca, lenta e habilmente. Mas eu não aguentaria muito daquilo, e logo também a manuseei. Coloquei-a de lado, afastei-lhe as pernas e, vagarosamente, avancei naquele território úmido e acolhedor.

 

A essa entrada se seguiu um gritinho bem agudo dela, que depois novamente me empurrou para me deitar de costas e ficar em cima de mim. Então ela me cavalgou noite adentro, até as zonas desconhecidas da diluição feminina; e minhas palmadas naqueles dois tambores da bunda dela davam o ritmo desarranjado de tudo aquilo, junto com o nhéco-nhéco da cama. Assim ficamos, dois desconhecidos um para o outro, reunidos na cerimônia do coito, eu empenhado em fazê-la gozar, e ela, aparentemente, idem – e de fato, mais um mini-milagre nessa noite irreal, gozamos juntos, numa catarse que, ao menos para mim, foi sem precedentes.

 

Se a aventura tivesse se encerrado aí, juro que já me consideraria o mais feliz dos homens num raio de muitos quilômetros; porém, havia mais. Após uma justificável troca de afagos verbais, durante algo como quarenta minutos, novamente cedi aos encantos daquela ave fantástica.

 

Dessa vez, coloquei-a de quatro para perfurá-la; mas a “Fênix” apenas ia e vinha, indiferente às minhas desesperadas investidas, como se estivesse completamente consciente de seu poder sobre mim, e como se zombasse de meus esforços. Quanto a Priscy, ela estava alheia lá do outro lado da cama, gemendo cada vez mais, mordendo os lençóis e com a mão enterrada na minha cintura, como se me ajudasse a ferir a “Fênix”. Em vão, porque essa ficou imóvel, apenas me observando, até que, exausto, tombei para o lado como um pinheiro sem vida e sem folhas, ensopado pela seiva do suor.

 

Eu estava entregue. Num último gesto de rendição, sussurrei para Priscy que não iria gozar, ao que ela respondeu, desafiadora: “Não, é?”. E logo se enrodilhou toda lá para perto da minha cintura, recomeçou a me chupar, e me chupou, chupou até que de fato eu gozei; e, estranheza das estranhezas, logo depois disso, como ela estava deitada de lado, virada de costas para mim, juro que vi um daqueles olhinhos escarnecedores do pássaro piscando muito rapidamente, uma piscadela condescendente, que deixava bem claro quem detinha a soberania naquela noite tão improvável.

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