Hoje só quero prazer
Por Carmen
“Chego às oito”, leio no celular. Sorrio, pensando que esse seu retorno ao escritório, duas vezes na semana, já tem efeito na nossa rotina. Meses enclausurados, de repente, volta a saudade de estar sempre por perto – sem a exaustão nossa de cada dia.
Entro no banho às 19h, ensaboo todo o meu corpo, toco minha vulva delicadamente, para entrar no clima. Depois, escolho a lingerie que você mais gosta: calcinha fio dental e sutiã transparentes. Coloco um quimono aberto, por cima, só para fazer um charme. Passo perfume atrás do pescoço, entre os seios, abaixo do umbigo. Pontualmente ouço o barulho de chave na porta.
A sala está à meia luz, com algumas velas espalhadas, e rock clássico tocando de fundo. Estou sentada sobre a mesa de jantar, as pernas cruzadas, de frente para você e seu sorriso de surpresa boa. Passados os protocolos todos (tirar os sapatos e a roupa, lavar as mãos), você está nu, o pau duríssimo, o beijo afoito.
Abro as pernas, você desce a minha blusa enquanto coloca a mão direita por dentro da minha calcinha. Estou molhada, e você sabe o que fazer. Em silêncio, puxa a cadeira, se acomoda e começa a me chupar. Eu faço carinho no seu cabelo, gemendo baixinho. “Tira”, eu peço, do jeito que você adora.
Você me vira de costas e entra devagarinho. Não demora, eu viro de frente e sussurro “pode gozar”. Estamos os dois excitados com tamanha quebra na rotina dos últimos meses. Gozamos, juntos. E eu nem preciso pedir… Você pega fôlego e volta a me lamber sem preconceitos. Até que eu goze mais uma, duas, três vezes. Feliz, porque viver e amar nunca foi tão urgente.