Uma masturbação a dois
Por Carmen
Noite dessas estava te olhando saindo do banho. Você distraído com o cansaço depois de um longo dia, eu na cama (os olhos escondidos por trás de um livro qualquer). Acho bonito quando te vejo assim, o corpo nu, movendo-se pra lá e pra cá com a naturalidade dos pequenos gestos do cotidiano.
Gosto de observar você escovar os dentes, a porta do banheiro entreaberta, e o reflexo do seu pau pelo espelho. Sinto certo frisson no ar, porque penso no que ele – junto contigo – são capazes de me fazer. Olho pra você e vou ficando excitada com cada detalhe da sua anatomia: o bumbum redondo na medida, o pinto delicioso, os pelos ao redor dele, escancarando meu desejo por tudo em você.
Algumas vezes isso basta para que eu durma mais leve, sentindo seu corpo quente ao lado do meu. Outras, acordo no meio da noite, te abraço pelas costas e coloco minha mão gentilmente dentro dos seus shorts de dormir. Começo a te acariciar enquanto você ainda dorme. Até sentir o seu tesão (primeiro, levemente molhado, depois, cada vez mais duro e deliciosamente grande). Devagarinho sinto que o seu cansaço vai ficando menor que a vontade de transar.
Mas hoje, em especial, peço pra você mesmo continuar… Coloco a sua mão sobre seu pau, te ajudo a mexer nele; nossas mãos juntas. Pra cima, pra baixo, mais rápido, depois devagar. Um pouco mais apertado, até eu te soltar. “Se masturba pra mim, quero te olhar…”, digo baixinho. Você sorri um sorriso encantador.
Então acendo a luz de cabeceira, pra poder olhar dentro dos seus olhos. Você transborda – a boca entreaberta, linda, o peito um tanto apreensivo, com os braços e as mãos acariciando o próprio corpo, o pau, tudo ao redor dele.
Chego mais perto, para que você sinta a ponta dos meus seios, e sussurro: “Continua”. Você ali, deitado de olhos cerrados num prazer sem fim. Com meu corpo junto do seu, meus beijinhos na tua orelha, descendo para o pescoço e a dobrinha feita só pra eu sentir teu cheiro de mar. Não conto o tempo no relógio.
E você embarca nesta minha fantasia, sem me tocar. Eu gemo de leve no teu ouvido, faço você perceber que estou com a mão na minha buceta. Mas esta noite, teu prazer será o meu. “Quero te ver gozar”, autorizo.
Você se toca cada vez mais rápido. Repete meu nome, madrugada lá fora. E goza num silêncio nosso. Intenso. Eu coloco a minha mão encharcada no teu pau, do jeito que você mais gosta, e te beijo. Você pulsando. “Durma bem”, desejo meu melhor desejo.
Depois me masturbo mais um pouquinho e paro. Quero sonhar com você escovando os dentes distraído, mais tarde olhando e gemendo pra mim. Adoro ver você se masturbar só pra mim. Há beleza nessa simplicidade do dia a dia. (E ao amanhecer, estarei pronta pra você me fazer gozar, da maneira que escolher começar mais um nosso dia.)