Timing é tudo
Por Carmen
Tenho pensado na questão do timing no sexo, desde que a Dolores matou a pau quando escreveu sobre a hora certa para se chupar uma xoxota, lembrando que tem gente que considera cair de boca apenas uma preliminar e finge não saber que o oral pode e deve ser a finalização, especialmente quando um já gozou e o outro ainda não.
Mas acho que falar de timing para certas questões do ato sexual vai além. Óbvio que cada corpo é único e se excita e gosta de coisas diferentes, vou falar, portanto, de algo relacionado à minha experiência, mas sei que não estou sozinha nessa.
A começar pela atração. Você deseja alguém que conheceu. Até conhecer demais. Perdeu o timing. Vai dizer que nunca rolou?
Na cama, uma das coisas mais difíceis é entender o momento do outro. Tem dias que meu companheiro curte que eu pegue suas bolas, em outros, mal posso relar. Por outro lado, eu posso amar ou odiar a fricção do meu clitóris. Depende do grau de excitação em que me encontro, se já gozei ou não, do período do mês, do meu humor. Sim, é um desafio. Saber ler sinais e, principalmente, ouvir, é importante para que alguém não se esquive do seu toque por uma questão de erro de timing.
Sexo oral é um pouco mais fácil, porque é tão, mas tão bom, que mesmo que eu esteja seca e estranhe o toque da língua porque ainda não estou no ponto, logo a saliva entra no jogo e os demais fluídos acompanham.
A dica de ouro é que meu corpo precisa ansiar, desejar, antes de receber. Se não, não dá o devido valor. Corpinho mimado esse meu.