Não transo, mas me considero sexualmente saudável
Por Carmen
“O negócio é o seguinte: não transo há anos, já deixei de contar os meses desde que vi um pinto ao alcance de mão, mas me considero sexualmente saudável.
E tem mais, tenho preguiça de Tinder e afins, não sou uma grande fã de vibradores, mas gozo bastante. A masturbação básica, movida a fantasias diversas, me satisfaz fisicamente, me sacio. Amo meu corpo, adoro meus orgasmos.
Não vou entrar na seara da realização emocional. Aos 44 anos, nunca tive relacionamentos muito duradouros, mas fica uma dica: aprendi a não precisar de outra pessoa para me completar, ser feliz e o escambau. Foi a duras penas que cheguei a esse entendimento, é verdade. Não glamorizo a jornada, mas recomendo. Tenho amigos maravilhosos com quem tenho conexão profunda, e estou bem.
Não foi algo planejado passar anos sem transar. E continua não sendo. Se amanhã eu me vacinar e o mundo se parecer minimamente com o que conhecíamos, quem sabe me animo e chamo aquele colega de trabalho que nunca encontrei pessoalmente, mas falo todo dia, para uma cerveja na Vila Madalena. Pode ser que role sexo depois. Pode ser que não.
Tem dias que bate a falta de um corpo quente e pulsante sobre o meu. Dos olhares, da troca, do sentir-se desejada. Nem sempre sou a pessoa mais bem resolvida do planeta. Mas quem é?”