O dia que me peguei fazendo manutenção do sexo
Por Carmen
Sexo precisa de treino, dizem sempre os sexólogos. Muita gente sabe, na prática, que quanto mais se faz, mais se quer fazer. Mas como manter o ritmo nessa academia quando o desejo de dormir em vez de malhar é maior, quando a naturalidade do tesão é soterrada pelo próprio relacionamento?
Dedicação, esforço, manutenção. Se não parecem palavras associadas ao sexo, talvez seja hora de repensar.
Em inglês existe a expressão manteinance sex (sexo-manutenção), que sempre me pareceu uma descrição patética, triste para o sexo entre casais de longa data, em um relacionamento morno. Vinha à mente uma transa sempre igual, mecânica, apenas para cumprir a função. Mas depois de umas duas semanas transando sempre de conchinha, sem oral, sem provocações sensuais, minha pergunta foi: e se for manutenção? Qual é o problema? Nem sempre estamos em uma fase de longas sessões na cama (fora dela, então, menos ainda), de agarração cheia de eletricidade. Qual a opção? Parar totalmente de transar, ficar no escuro, dar chance para a intimidade apodrecer na geladeira, esperando o retorno da energia, do calor?
Vamos acender a fogueira, minha gente. Mesmo que seja com gravetinhos, mesmo que seja branda. Mais cedo ou mais tarde, o fogo pega, salpica, explode, ilumina. É o ciclo da natureza.