Impressões sobre a cadeira erótica
Por Carmen
A primeira vez que vi uma cadeira erótica, meio que soube do que se tratava intuitivamente, sem nunca ter ouvido falar. Não precisava ser gênio, estava no meio da suíte do motel, entre a banheira de hidromassagem e a cama redonda. Já decifrar para qual posição ou posições ela nos convidava foi mais complicado. Era uma poltrona estreita e comprida, levemente acolchoada em couro sintético preto e com uma concavidade no meio. Talvez para ficar de quatro, mas mesmo assim…
Acabei não usando nesse dia nem nas outras ocasiões que uma escultura abstrata do gênero se encontrava no recinto. Hoje me arrependo de não ter explorado a oportunidade, mas confesso que nunca mais pensei nesse mobiliário sexual até ler uma notícia de que a atriz inglesa Cara Delevingne e a namorada, Ashley Benson, foram flagradas saindo de uma loja com uma cadeira erótica de quase US$ 400. A reportagem dizia que o modelo estava disponível na Amazon. Que o marketplace vende até rocha lunar é fato. Mas não tinha me tocado que havia mercado para o varejo de poltronas para fazer mais do que sentar.
Fui verificar a popularidade desse móvel. Muita gente não conhece. Imagina uma cadeira onde há um dildo acoplado. Uma amiga confessou a mesma dificuldade minha de entender a forma mais efetiva de usar. Descreveu a cena no motel como “pastelão”
A ideia geral é dar suporte para aquelas posições que cansam ou não encaixam direito. É uma praticidade e pode ser um apetrecho bacana para melhorar estímulos, conexão dos corpos e orgasmos. Algumas têm uma aparência de cadeira ginecológica, de massagem ou de dentista. Mas outras até que podem virar artefatos de fetiche e possuir tiras para amarração, por exemplo.
Fiquei com vontade de fazer um test-drive. Comprar e colocar junto com aquela esteira ergométrica que só ocupa espaço não vai rolar, porque não acho que orna com a decoração lá de casa, afinal, mas vou investir em suítes de motel com esse adicional.