Por que homens poderosos abusam sexualmente?
Por Carmen
O poder corrompe.
A falta de poder tira voz, liberdade, decisão.
Buscamos cada vez mais o empoderamento feminino, sexual, etc. e isso é BOM.
No oposto, o que acontece com esses homens que já são mega blaster poderosos que se veem no direito de roubar dinheiro ou de abusar sexualmente de quem está em situação mais vulnerável?
Harvey Weinstein, Roger Abdelmassih, João de Deus são alguns exemplos de poderosíssimos em suas áreas de atuação. Admirados. Todos acusados de assédio ou estupro por inúmeras mulheres que confiaram neles. Estudos indicam que o excesso de poder distorce a percepção. No ano passado, quando o magnata de Hollywood estava no centro das denúncias de ataques a mulheres, a Harvard Business Review publicou um ensaio sobre sexo, poder e o sistema que incentiva atos como de Weinstein, e também do médico e do médium brasileiros, entre tantos outros. A conclusão é que homens poderosos superestimam o interesse sexual que despertam, acham que as pessoas ao seu redor se sentem mais atraídas por eles do que realmente estão. Ou seja, os caras viajam mesmo. Se acham os picas da galáxia. Acreditam nisso piamente. Só não dá para dizer que são coitados, porque são fazem muito, muito estrago.
Além disso, eles sexualizam o trabalho, procurando nesse ambiente, oportunidades para tentativas sexuais. Ou seja, é muito aquele papo escroto de levar a presa para a caverna e esperar para dar o bote, fazer o abate. Encaixa direitinho na ousadia de Abdelmassih, que abusava de pacientes sedadas em seu consultório, e de João de Deus, conforme os relatos recentes que o acusam de avançar nas mulheres em sua sala de atendimento com porta de vidro jateado!
O psicólogo Dacher Keltner, professor da Universidade de Berkeley, na Califórnia, é o autor do estudo e afirma que a sensação de poder pode transformar o comportamento das pessoas, tornando-as mais impulsivas e menos empáticas às necessidades dos outros e isso aumenta as tendências naturais, as escolhas arriscadas, a probabilidade de falar o que pensa e fazer o que quer, sem medir consequências.
Segundo o psicólogo, isso acontece porque quando o homem se sente superior, as áreas do cérebro relacionadas à empatia apresentam menor atividade.
A solução? Poder dividido de forma mais igualitária.