10 mitos que não acreditamos mais graças à educação sexual
Por Carmen
A falta de informação aliada à mente criativa de um pré-adolescente constrói teorias mirabolantes sobre como todas as coisas funcionam e sobre aquilo que os adultos raramente parecem querer conversar: sexo.
A educação sexual passada em uma linguagem clara, porém adequada para cada idade, é uma questão de preservação da integridade física e mental das crianças e jovens, além de combate à violência, em um país onde 70% das vítimas de estupro são menores de idade, segundo levantamento do Ipea.
Aprender sobre o corpo humano, suas funções e reações, o que é assédio, o que é consenso, pode salvar vidas de situações devastadoras – ou no mínimo, constrangedoras.
Fui buscar na minha memória – e na dos meus amigos – como pensávamos o sexo na idade em que estávamos (ou deveríamos estar) recebendo algum tipo de instrução sexual. Acreditávamos em fatos mirabolantes, conclusões baseadas em informações picadas e incompletas que as frestas do tabu deixavam passar, tais como:
- Para engravidar a mulher precisava transar menstruada.
- Para engravidar a mulher precisava gozar junto com o homem.
- Casais casados ou de namorados não iam a motéis. Frequentava apenas quem tinha relações extraconjugais ou queria se esconder por algum outro motivo.
- Masturbação e absorvente interno tiravam a virgindade.
- Mães eram virgens.
- Fazer sexo deveria dar vontade de fazer xixi.
- Inclusive, o canal da urina (uretra) e o canal vaginal eram o mesmo.
- Sexo só era feito à noite e na cama.
- Uma transa durava a noite inteira e você ficava sem dormir.
- A prática sexual vai alargando a vagina.
Se deixamos de acreditar nesses mitos, é porque houve um aprendizado sobre sexo, teórico ou prático.