Um vibrador para chamar de meu
Por Dolores
É Dia do Sexo, viva, hora de celebrar, quero ver todo mundo gozando e, na parte que me toca, digo que comemorarei da maneira com que mais estou acostumada a transar: sozinha. A gente sabe que sexo a dois é uma delícia, óbvio, mas somos todos adultos e cientes de que, na maioria das vezes, a disponibilidade do outro nem sempre é proporcional ao nosso tesão.
É aí que entra a masturbação – aí e na parte em que, ainda que exista alguém querendo me comer, amo profundamente bater uma siririca. E, nesta cruzada, sempre me foram fiéis escudeiros os dedos das mãos, o chuveirinho no banheiro e um ou outro brinquedo vendido no sex shop. Mas faltava aquela ajuda efetiva, infalível.
E ela chegou. Em uma tarde de semana, embalado em uma caixa discreta, um vibrador diferente dos que eu conhecia me prometia sensações inéditas. A aparência não era das mais convidativas: o Volta, da Fun Factory, lembra um daqueles aspiradores de pó manuais a pilha que a avó da gente usava para recolher migalhas de cima da mesa depois do almoço.
Em uma extremidade, um cabo confortável de segurar, com um orifício no qual os dedos se acomodam bem próximos aos botões de controle. Na outra, duas linguetas feitas de silicone macio formam algo como uma versão charmosa do bico de pato usado pelo ginecologista para espiar o nosso colo do útero.
A ideia, diz o fabricante, é focar no clitóris. Até dá para passar o Volta nos mamilos, grandes lábios etc, mas o barato mesmo é usar aquelas seis velocidades diferentes das duas pontinhas para esculachar o grelo o máximo possível. E, amizades, é preciso dizer que o negócio realmente funciona.
É gostoso, por exemplo, assistir a um pornôzinho com o vibrador na velocidade mais tranquila do créu, suave, esperando o tesão crescer. E, conforme o clima vai esquentando, clicar no botão com o sinal de + para que a festa comece. O Volta é tão poderoso que, até agora, não consegui, por exemplo, investir em sua velocidade máxima. O mais forte que suportei foi encaixar o clitóris entre as duas línguas e correr para o abraço.
Ele é recarregável por meio de um cabo USB, com dois pontos magnéticos, e a bateria evolui até que rápido – em coisa de três horas na primeira carga já consegui usar, depois, por uma somatória de mais de 30 minutos, em ocasiões diferentes. Outro ponto extremamente positivo é o silêncio: mesmo que em sua velocidade mais frenética, o Volta é quietinho e passa despercebido. Dá para usar, por exemplo, em um cômodo de porta fechada e ninguém lá fora vai desconfiar.
E, já que nenhuma mulher é uma ilha, eu obviamente também quis ver qual era a do vibrador em situações sociais. Seu formato esquisitão em um primeiro momento acaba virando uma vantagem porque desperta a curiosidade dos boys. O que convidei para testar comigo primeiro teve o próprio pau e saco massageados, e achou a experiência tão gostosa que quase precisei arrancar meu brinquedo da sua mão – já tinham se passado 15 minutos e eu estava excitada para ver outras possibilidades.
Deixei-o no controle do Volta, depois que já tínhamos transado e gozado, de modo que não seria como é naquela primeira vez sempre mais fácil e mais rápida de se atingir o orgasmo. Ele passou as pontinhas por toda a minha xoxota, alternou velocidades, e, quando encontrou aquele lugarzinho especial, pedi que ficasse e esperasse. Dito e feito: é, realmente, o melhor vibrador que já testei até hoje.
FUN FACTORY VOLTA
Preço médio: R$ 700
Avaliação: XXXX
A partir desta coluna, o X de Sexo vai publicar, além das tradicionais colunas, avaliações de produtos eróticos. Acompanhe os textos e confira sempre no pé o ranking.
X: RUIM
XX: REGULAR
XXX: BOM
XXXX: ÓTIMO