Três é demais ou por que o ménage é superestimado
Por Carmen
“Fantasia que deveria ficar só na fantasia.”
“Lenda urbana.”
“Um tédio.”
Acredite, estas frases descrevem a opinião de pessoas de variadas orientações sobre o sexo a três. Sim, o desejado ménage a trois parece não ser tão desejado assim, afinal das contas. Pelo menos, por quem já fez.
Antes que você — ser sexual que se excita, se masturba e quebra a cabeça pensando um jeito de experimentar o threesome — ache que tem gente mal comida querendo polemizar, vamos aos argumentos que levaram quem já praticou a não querer mais exceder a lotação da alcova.
Os aspectos físicos e emocionais de uma relação sexual com uma pessoa já são complexos por si só. Quando entra mais um participante ansioso para dar e receber, a dedicação pode ficar difusa e as emoções, complicadas.
Segundo quem esteve na situação, quando já existe um relacionamento – seja sexual, amoroso ou ambos – entre dois dos três participantes, geralmente o ménage fica estranho – alguém naturalmente pega o papel de coadjuvante. A pedida parece ser tentar um trio de completos desconhecidos ou três pessoas que já transam entre si em duplas, para não cair no risco de ser o eleito para buscar a pizza na portaria enquanto a festa está acontecendo ou ter de se contentar com petiscos enquanto os demais mandam ver no prato principal.
A outra opção, se você for o unicórnio – o terceiro elemento na cama de um casal – é virar o catalizador de problemas pré-existentes ali. Grandes chances. Nada animador.
Depois, existe a questão do foco. Qual pau eu chupo agora? Uma gosta de quatro e a outra de montar, o que faço primeiro? Está na hora de alternar? Será que todo mundo está se divertindo? Tem gente que acha isso muito mais estressante que excitante.
E por fim tem o tesão. Nunca é igual. Você sempre terá mais vontade com um do que com outro. Não vem achando que só porque o nome é francês, o lance é de liberdade, igualdade e fraternidade. Rola desigualdade sexual. E você pode não gostar de estar na base da pirâmide.