Dolores testa a esponja antimenstruação e conta o que achou

X de Sexo

Por Dolores

 

Se tem um negócio que não me incomoda é menstruação. Fora as cólicas escrotas, honestamente nunca vi grandes problemas no sangue que pinga por quatro dias (para mim) ou de ter que usar absorvente, fosse ele do jeito que fosse. Nem mesmo o sexo oral é problema durante essa época do mês – nem que façam em mim, nem que eu faça em quem está menstruada. Tomando-se alguns poucos cuidados, fica relativamente fácil não fazer a Drácula e ainda sair feliz da cama.

Mas, como o mundo não é feito apenas de Doloreses (qual o plural do meu nome?), e, sim, de várias mulheres e homens diferentes, sei bem que há, sim, moças que consideram o sangue menstrual um problema capaz de impedir atividades tão importantes na rotina da gente quanto a prática de exercícios e, tchanam, o sexo.

De olho nessas minas, um fabricante gringo lançou – e um brasileiro esperto importou – um negócio chamado Soft Tampon. É, basicamente, uma esponja que a gente tem que enfiar lá dentro, no fundo do canal vaginal, na expectativa de que ele contenha a enxurrada sanguinária que desce dali nos dias de maior fluxo.

 

soft tampon
Crédito da foto: divulgação

 

A ideia do produto é, segundo diz o site, “possibilitar a prática de atividades físicas e sexuais para as mulheres”. Eles explicam que o tampão é desenvolvido a partir de materiais maleáveis, livre de produtos químicos, e sem chance de causar irritação nas mulheres (até porque gente como eu já vive irritada o suficiente, rá rá, que engraçada essa piada, perdão).

Até aí eu super concordei. Comprei logo três iguais para testar, que sou megalomaníaca e superestimo a vontade dos meus boys de me comer, e, quanto a essa parte da textura, realmente parece ser um negócio testado e seguro até mesmo para as pererecas mais sensíveis, fora o tanto que é macio e bonitinho.

Sim, o Soft Tampon é todo cor de rosa (nhom <3), e parece muito aquelas esponjinhas que a gente passa na cara para espalhar maquiagem. Achei o cheiro meio forte, mas, se dizem que não tem química, bora acreditar e ter boa vontade com o produto.

Minha intenção era única e exclusivamente transar com ele lá dentro, então não testei para fazer exercícios, nadar nem coisa assim. Estava com um fluxo forte no dia da première, então queria ver se a bagaça ia realmente segurar tudo. Enfiá-lo lá dentro não exige muito esforço, apenas uns dedos longos e familiarizados com o caminho. Uma vez instalado, a gente não sente que ele está lá e corre o risco até de esquecer.

Não contei para o cara com quem ia trepar. No oral, tudo certo, zero sangue, ai, que eu já estou animada. Na penetração, para mim ficou tudo bem, mas, para ele, hum, nem tanto. Depois que confessei o uso da esponja, ele disse que sentiu “algo duro no final da xoxota”, como se a cabeça do pau ficasse encostando no travesseirinho antissangue. Ainda assim, garantiu ele, não era nada que doesse, apenas um negócio “diferente”.

Discordo da parte que o fabricante defende, de que a esponja “proporciona prazer maior na hora do sexo, por permite penetração segura sem risco de vazamento”. Tudo bem que a mina pode até ficar mais relaxada ao saber que não vai deixar o lençol com cara de cena de assassinato, mas, sério, dizer que aumenta o prazer, ah, aí já é meio forçar uma barra.

Para tirar o tampão lá de dentro rola uma pequena tensão. Mas, como sempre usei diafragma como contraceptivo e coletor como absorvente, sei manejar com segurança objetos dentro da vagina sem deixar que o pânico tome conta – afinal, vale sempre lembrar, o furo do colo do útero é tão pequeno que não deixaria nada maior que uma cabeça de alfinete entrar, quiçá uma esponja fofa cor de rosa.

É preciso encontrar uma posição confortável, de preferência com a mão vindo por trás do corpo, para fazer uma pinça com os dedos e conseguir puxar o tampão lá de cima. O processo todo pode levar até uns cinco minutos, então fique tranquila porque, juro, ele sai.

No geral, acho que vale, sim, para situações em que não há intimidade entre o casal, em que a moça se preocupa com o fator sangue no meio da trepada, e até mesmo para testar e ver o que se acha.

Mas, para academia, praia etc, continuo pensando que um absorvente interno dá seguramente conta do recado, e sai incrivelmente mais barato no orçamento do fim do mês. O Soft Tampon é vendido em sex shops e pela internet. Paguei um pouco mais que R$ 30 em cada um – e ainda sobraram dois, encostados lá, esperando a menstruação do próximo mês, ou uma amiga desesperada em busca de novas experiências.

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