OMGYes: finalmente um manual prático do prazer sexual feminino
Uma mulher segura um tablet, onde há uma foto em close e alta definição de sua própria vulva. Ela toca a tela como se estivesse massageando o clitóris em vai-e-vem e os pequenos lábios em círculos. A vagina virtual responde à masturbação, expandindo-se, contraindo-se, e gemidos e frases aparecem como feedback em tempo real ao estímulo. Não é episódio de “Black Mirror”. É ciência, tecnologia e educação sexual, tudo junto. É uma revolução, e pode ser acessada aqui.
O site OMGYes parte de uma inédita pesquisa. Uma série de entrevistas com pessoas reais que ganhou a poderosa ajuda de pesquisadores da Escola de Saúde Pública e do Instituto Kinsey da Universidade de Indiana. O resultado é um estudo com mais de 2 mil mulheres, com idades entre 18 e 95 anos, que compartilharam suas histórias e técnicas de prazer sexual.
Esse rico material está disponível no site para qualquer um que tenha interesse em entender o que realmente funciona para a mulher no sexo. É uma oportunidade para fortalecer relacionamentos, encontrar mais prazer e ter mais liberdade para conversar sobre o prazer feminino, tão tratado como tabu.
O clímax disso tudo: não são apenas estatísticas e porcentagens sobre o comportamento sexual, tipo “X mulheres dizem usar vibrador pelo menos uma vez por semana.” As descobertas foram transformadas em vídeos práticos, demonstrativos, explícitos e diretos, que dão espaço para as mulheres dizerem aquilo que todas sabem, mas nunca ninguém quis dar atenção: “A anatomia feminina é muito sensível e varia muito. Uma diferença de milímetros ou uma pequena diferença no ângulo, pressão ou ritmo pode fazer toda a diferença entre o desconforto e o prazer. E o que é mais prazeroso muda muito com o tempo: durante a excitação, das preliminares à aproximação do orgasmo, no dia a dia e entre as faixas etárias.”
É sensacional. Afinal, o que a ciência diz sobre o prazer sexual feminino? Até recentemente, nada. Quando se estudou esse tema tão negligenciado? Quando se explorou de maneira aberta e honesta as diversas opções, as técnicas, para uma mulher atingir o orgasmo?
A primeira temporada dá ênfase aos toques na área externa genital e as nuances da estimulação do clitóris. Além de ser uma área historicamente ignorada, a pesquisa mostrou que 73% das entrevistadas disseram que masturbação da região a ajudavam a atingir o clímax. São 12 episódios, com 62 vídeos curtos, grande parte com depoimentos e demonstrações das voluntárias, além de 11 vídeos interativos para masturbação virtual. A segunda temporada, em produção, vai focar no toque interno e no ponto G, em como a respiração pode influenciar o prazer, entre outros assuntos.
No próximo post vou falar sobre minha experiência pessoal com esse manual de sexo do futuro. Volte para eu te contar como foi.