A internet mudou a prostituição para melhor
Mercados clandestinos costumam ser “early adopters” de tecnologia. A internet, por exemplo, faz esse serviços ilícitos se tornarem menos arriscados e mais lucrativos. Poucas indústrias se transformaram tão rápida e profundamente com a conectividade do que a prostituição.
A “mais antiga das profissões” passou por uma mudança radical nos últimos anos, desde o modo como se vende sexo até os valores envolvidos. O número de profissionais cresceu, a demanda também e – ao contrário do efeito da internet em outros setores – os preços subiram bastante. Essa é a conclusão de um estudo do departamento de economia da Universidade da Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos que afirma que o preço de um programa subiu em média 38% entre 2000 e 2015.
A internet aumentou a transparência e facilitou o encontro de vendedores e compradores. As prostitutas ficaram mais seguras do que nas ruas e, sem necessidade de intermediários – agências ou cafetões – e com mais dinheiro no elástico da calcinha. Migraram das calçadas para sites como Craiglist e Eros, além da nova onda de mulheres – e boys – que entraram pro negócio quando os riscos caíram e os lucros subiram.
O mundo online facilita não apenas a propaganda, a negociação. Como acontece com grupos de todos os perfis, comunidades de troca de informações foram criadas. As profissionais compartilham estratégias, tabela de preços, alertam sobre clientes ruins. Do lado dos fregueses, há sites como o The Erotic Review, onde é possível avaliar o serviço das garotas de programa, como fazemos com uma viagem de Uber ou uma hospedagem no AirBnB. A plataforma tem quase 8 mil usuários por mês.
Só consigo ver vantagens, e vocês?