Geme e grita que eu te escuto
Eu não escondo – e talvez seja até repetitiva em afirmar – que amo palavras em meio ao sexo. Falar e ouvir, para mim, é parte fundamental do coito, me dá um tesão danado.
Mas os sons mais guturais? Outro dia, vendo um post em um grupo de sexo e feminismo que participo, fiquei pensando sobre urros e gemidos. E acho que não dá pra opinar de forma desassociada de quem é a pessoa que solta ai, uis e ahhh em nosso ouvido, o contexto da transa etc. Portanto, entre o gosto ou não gosto, fico com o depende.
Em geral, eu curto um som. É uma forma de feedback. Mas, ao mesmo tempo, sexo mudo pode ser interessante em alguns momentos, fica até legal um silêncio profundo quando ele quebra de rotina de uma foda, costumeiramente, tagarela.
“Se não for pra ouvir homem gemer eu nem quero”, comentou Denise no tal grupo. Mas houve reclamação de que é mais raro encontrar um macho que solte gemidos do que um que faça oral com vontade, segundo a galera. “Coisa mais difícil achar homem que geme. Eu sempre me incomodei pelos homens se controlarem demais, não expressarem o prazer com caras e sons. Mas recentemente conheci um rapaz que dava gritinhos e brochei total!”
Existem os exageros, claro. Aí assusta, rola vergonha alheia. A Letícia contou no grupo: “Uma vez um cara me chupando começou a gemer tanto que eu achei que ele estava era passando mal. Tive que mandar parar o serviço”.
“Quando geme forçado, principalmente fazendo oral, é brochante”, concordou Luís.
Animalesco, contido, alto, baixo, na hora do gozo ou das preliminares, como você curte – ou não — o barulhinho bom do sexo?