No churrasco, a carne (não) foi fraca
“Eu morava em Brasília na época, trabalhava em uma dessas empresas públicas fodonas em cargo comissionado. Era a primeira vez que eu morava sozinha. Quer dizer, fora da casa dos meus pais, dividindo apartamento com uma amiga. No sábado, fomos a um churrasco de aniversário entre amigos. Na grelha, um cara de ombros largos, cara quadrada e barba por fazer manuseava pedaços de picanha, maminha, fraldinha e algumas linguiças picantes, balançando a cabeça ao som de Los Hermanos que tocava na caixa de som. Bem ao lado, havia uma grelha menor com uns pedaços de abacaxi, abobrinha e bananas com a casca. No outro canto do quintal, coolers cheios de gelo mantinham as cervejas na temperatura aceitável pra uma tarde de fim de verão no cerrado.
Uma cerveja, duas, três, a quarta foi gentileza de uma amiga, a quinta veio da mão de um desconhecido, aquela brisa ébria boa se avolumando dentro de mim. Olhava para os lados e sentia uma vontade imensa de beijar a boca de todo mundo. De repente, todas aquelas pessoas eram potenciais lovers-por-um-dia. Tudo me atraía a elas. Vejo uma movimentação nos fundos e uns caras estavam montando uma espécie de palco improvisado com bateria, guitarra, amplificadores, pedais e o caralho. Visual meio neo-grunge, cores escuras, cabeludos e não cabeludos. Hum. Pegava. Pegava também. Aquele ali, claro, pegava fácil. Pegava todos. Começou o show. Senti um leve hálito de cerveja de alguém falando comigo ao pé do ouvido:
– Reparou no baterista?
Era minha roomate, que já tinha reparado em cada detalhe daquele homem.
– Eu vou falar com ele assim que o show acabar e chamá-lo pra ir em casa. Você topa nós três…?!
– Na hora!, eu disse.
Fiquei ali observando a minha amiga chegar no cara, um tanto insegura se ele toparia ficar comigo também, sei lá. Minha amiga era atirada, atraente, sensual. Mas, porran, ela me chamou! O ménage me incluía, caralho!
Chegamos em casa, que tinha um tapete felpudo branco bem no meio da sala. Ela colocou logo um Pink Floyd, aquela coisa meio psicodélica, meio moderna, meio setentista. Um clássico.
Fui pegar mais cerveja na geladeira e, quando volto, ela já estava ali, atracada com ele no chão. No tapete branco. Vi aquela bunda com a calcinha toda enfiada. Ele estava embaixo do corpo dela, uma posição que gritava pela minha presença. Aquela bunda lisinha, com uma marquinha de biquíni escapando. Eu precisava cair de boca bem ali. Deixei as cervejas no aparador lateral e fui. Arranquei minha própria roupa e caí por cima dela, encostando minhas tetinhas naquela pele deliciosa, macia. Senti a mão dele alcançar meu quadril. Ele apalpou minha bunda. Excitação na hora. Resolvi lamber as costas dela. Ela pareceu se arrepiar. Ótimo. Estava dando certo. Cheguei no cofrinho e lambi gostoso, enfiei mesmo minha língua naquela fenda. Ela o beijava. Ele dava uns urros, segurando o gozo pra gente ter mais tempo de aquecimento. Quando ela se virou, tentei beijá-la. Foi aí que percebi nitidamente que os sinais que ela estava dando, na real, eram sinais negativos. Ela nitidamente não queria que a gente ficasse. Ela queria que a gente atacasse ele. Beleza. Segurei minha onda. Partimos pra cima.
Quando aquele pinto saiu pra fora, a gente quase não podia acreditar. Caí de boca. Chupei gostoso. Chupei muito. Vai e volta, vai e volta. Língua por toda aquela longa extensão. Nunca vi um pau tão gigante. Fodeu. Não. Não fodeu. Porque não coube. E no dia seguinte, minha boca ficou toda rachada.”
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