A pornografia e o outro
Um amigo me conta que a mulher deu escândalo quando ligou a TV e viu que o último canal que ele havia assistido era um “hot”.
Ela argumentou que os filhos e a empregada poderiam ter visto e que isso era uma exposição que ela não desejava. Sinceramente? Acho que o indesejável estava um tanto atrás da indiscrição. Ela se sentiu traída pelo marido se excitar com alguém que não fosse ela mesma – não importando se era uma personagem, uma imagem, uma irrealidade.
Querer conter o desejo do outro é frustrar-se com certeza. Não conseguimos controlar nem mesmo o nosso próprio, não é mesmo? Quantas vezes não queremos fugir daquele canalha e, de repente, estamos abertinhas pra ele? E quando você está com a menina mais gostosa do mundo, o nervoso bate e o pau não sobe?
A situação de um(a) parceiro(a) que evita o contato sexual, mas consome pornografia pode machucar a autoestima. É sinal que está tudo em cima com o tesão, o que falta é vontade daquele(a) que está ao lado na cama. Agora se as transas são gostosas, frequentes, todo mundo está feliz, mas na hora do tédio, da ausência do outro ou da curiosidade, rolar um videozinho pornô, faça disso uma piada, um momento excitante, uma intimidade.
Reprimir, tesourar, controlar e julgar são verbos que não combinam com sexo!
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