Sexo sem palavras e o diálogo dos corpos
Nunca escondi que gosto de falar e ouvir durante o sexo. Gemidos também fazem parte do meu repertório. Em algumas ocasiões, eu e meu parceiro até conversamos mesmo, trocamos uma ideia enquanto estou por cima dele.
Mas claro que temos nossos momentos de silêncio, de lábios apertados de tesão, de respiração profunda, quando o carinho fala mais que o sussurro.
E, claro, sempre tem aquelas situações em que simplesmente não dá pra soltar nem um “aí”, porque vocês simplesmente não deveria estar transando ali: na casa dos pais, no banheiro do escritório, no cinema, no ônibus.
Consigo totalmente me colocar no lugar da mãe solteira que recebe o namorado em casa depois que os filhos foram dormir. Dos adolescentes com os hormônios à toda, em plena descoberta da novidade que é o sexo, transando no sofá da sala quando os pais já foram se deitar.
E no lugar do Bruno, que conheceu uma menina no app de relacionamento e nunca imaginou que ela não morava sozinha:
“O momento havia chegado, fui buscá-la de Uber em sua casa, afinal iriamos beber, nem pensar em dirigir. Chegamos na balada, começamos a curtir com meus amigos, após certo tempo, saiu o nosso beijo, mas que beijo!
No decorrer da noite meus amigos foram embora e ficamos só nós, não nos desgrudávamos, ali mesmo no camarote eu beijava muito sua boca, depois seu pescoço e descendo mais um pouco a mão puxei para fora seu seio e comecei a chupar, as mãos apalpando cada parte do corpo um do outro. E o ciclo se repetia incansavelmente, boca, pescoço e seios.
Decidimos ir embora, parei no portão de sua casa e decidi levá-la até a porta, com a desculpa de que ela estava de salto e bem alegre. Ela abriu a porta e me chamou para entrar, subimos dois lances de escada até seu quarto e continuávamos aquilo que havíamos começado. Estávamos lá um bom tempo, quando ela pediu para parar e que eu fosse embora. Constrangida e falando bem baixinho, ela me confessou que morava com os pais, eles estavam no quarto ao lado e que nunca havia levado ninguém para sua casa antes.
A adrenalina se espalhou pelo meu corpo e meu coração acelerou. Eu estava o tempo todo achando que o silêncio dela desde que entramos era resultado do clima de antecipação ao sexo!
Ao descermos silenciosamente para a sala, ela não se conteve e me jogou no sofá, para mais alguns beijos suculentos. Ela me chamou para subir novamente para o seu quarto. Sem emitir um som sequer, tiramos as roupas, nos chupamos mutualmente, e chegou o momento de eu a penetrar, meu corpo sobre o corpo dela, aquela pele morena e macia, eu a penetrava em ritmos alternados, fazendo o maior silêncio possível.
Confesso que foi difícil segurar os ‘hummm’, ‘delícia’, ‘gostosa’, que queria tanto dizer.
Terminamos a noite dormindo de conchinha, foi ótimo acordar e vê-la, estar abraçado com ela. E sorte nossa que seus pais foram à igreja pela manhã, assim pude ir embora sem riscos!”