A melhor passagem de ano da minha vida
O lance aqui é sexo, mas começar o novo ano com um pouco de romantismo, sonho e carinho pode fazer muito bem a todos nós
Com vocês, as memórias de um Réveillon com muito amor e uma transadinha no carro, da nossa habitué Lavínia.
Feliz 2017, galera.
“Éramos casados e passamos o Réveillon em uma pequena cidadezinha no Rio Grande do Sul às margens da Lagoa dos Patos, que é um mar de água doce, com praias diversas e que está inserida no meio de três cidades gaúchas.
Depois de ceiar cedo com a família do meu marido, na casa dos avós dele, eu e ele pegamos duas garrafas de espumante, entramos o carro e fomos para a praia. Roupa branca e pés na areia fresquinha, ficamos namorando, bebendo e aguardando o novo ano.
Por perto, havia só umas 30, 40 pessoas no máximo, também de branco e com os espíritos festivos – quase todos na cidade que curtiam romper o ano na praia iam para Pelotas, que tinha o Réveillon mais animado da região.
Já nós dois estávamos exatamente onde queríamos e como queríamos, principalmente eu, que sempre sonhei ter uma passagem de ano como aquela, na praia, mas com poucas pessoas, assistindo os exuberantes fogos ao longe, e bem acompanhada de um grande amor e de bebida geladinha.
À meia-noite éramos somente eu e meu amado juntinhos num canto mais afastado, fechando um ano e iniciando outro da melhor forma possível, com abraços calorosos, beijos apaixonados, parceria, amizade, olhares cúmplices e desejo sincero de um ano tão bom quanto os anteriores, e tudo isso num lugar paradisíaco, sob o céu estrelado, ouvindo o barulhinho bom do mar, sentindo a brisa fresca, com os pés na areia e brindando dividindo o mesmo gargalo do champanhe gelado.
Depois de curtir por um tempo aquele momento mágico, fomos pegar o carro e voltar pra casa. Ligamos numa rádio local que eu adorava. Justo àquela hora tocava a melhor e mais linda seleção de músicas perfeitas para embalar um romance, sem comerciais. Quando saímos da rua onde o carro estava estacionado, havia um pequeno congestionamento com todos querendo chegar na avenida principal e voltar para casa. Não tivemos dúvida, ele me olhou com olhos safados de quem teve uma ótima ideia, e logo entrou numa pequena rua e voltou pra praia, estacionando o carro entre um matagal já conhecido nosso das semanas em que estávamos naquela cidadezinha. Então, no nosso Corsinha envolvido pela mata e debaixo daquela noite estrelada, tomando a segunda garrafa de espumante e ouvindo músicas inspiradoras, fizemos amor bem gostoso pra receber da melhor forma possível o novo ano e deixar bem claro ao universo como queríamos passar os próximos dias!”