Mulheres fazem sexo com Nova York
Cidades são sexy? Definitivamente.
Há quem compare as cidades às mulheres. Paris seria a modelo de passarela, rosto de boneca, elegância e beleza clássicas. Londres, por sua vez, é a garota de coturno e cabelo azul, que pode até não ser tão bonita num primeiro olhar, mas, cara, tem algo sobre ela que hipnotiza. Rio de Janeiro é sarada, bronzeada, extrovertida, colorida. São Paulo pode parecer séria a princípio, mas tem seu charme e sabe se divertir. Bem menos lugar comum que esses estereótipos são as cidades-mulheres ou mulheres-cidades de Italo Calvino, em “As Cidades Invisíveis”.
A aura sexy e o clima hedonista de uma lugar vai muito da percepção de cada um. Para alguns, Veneza é romântica, para outros, apenas turística — e fedida. Para mim, ela é lembrança do meu sexo pulsando, de passadas de mão e beijos molhados em becos e pontes.
A relação mais emblemática do sexo com uma cidade na cultura pop talvez tenha sido a série “Sex and the City”, febre dos anos 1990 e 2000. Se com Sarah Jessica Parker, Nova York entrou para o hall dos lugares onde hormônios fervem, o livro “Fucking New York”, do fotógrafo Nikola Tamindzic veio atualizar e estetizar essa percepção.
O livro que sai agora em outubro já teve suas imagens exibidas pela web e em exposições. São mulheres interagindo intimamente, em poses sensuais, com viaturas de polícia, postes de iluminação, esculturas e cabines telefônicas numa provocação à máxima: “Quando você vive em Nova York, você tem um relacionamento com a cidade”. “O quão íntima pode chegar a ser essa relação?” é a pergunta que as imagens parecem lançar, com um toque de irreverência.
Me conta a sua história de sexo e a cidade (qualquer cidade)? Meu e-mail é carmenfaladesexo@gmail.com