Rede, sol, barulho do mar, 1º sexo do ano
Por Rebeca
Já tínhamos passado o Réveillon nesta praia do litoral norte paulista algumas vezes. Era sempre uma delícia e, então, lá estávamos os dois de novo. Praia sem muvuca, cachoeiras por perto (borrachudos também), você passa o dia inteiro na praia, o dia inteiro de biquíni, o dia inteiro de chinelo. Quem foi mesmo que aquela vez levou sapatilha sem saber que a vila era toda de terra batida, que só chinelos resolviam? Pois era por isso que eu esperava o ano inteiro: sem internet, sem TV, só praia, cerveja, sexo…
Já tínhamos ficado nessa mesma pousadinha, uma graça, quartos no segundo andar e uma rede na varanda. O quarto vizinho, cuja rede encostava na nossa lá fora, estava ocupado por duas meninas não-namoradas. Elas passavam o dia à caça na praia, não queriam saber de jogar tempo fora na rede. Então, a gente acabava se estendendo pela varanda inteira, uma hora lendo um livro, cada um numa rede, outra fumando um cigarro com uma cerveja na mão, ele na rede, eu sentada no chão.
Neste fim de ano, o chuveirão no térreo da pousada estava soando para interessante que a praia. Ali, podíamos tomar uma ducha e se espreguiçar na sombra das árvores da pousada. Até arranjamos umas lulas de um pescador e usamos a churrasqueira portátil do dono da pousada para assá-las. O dono da pousada, aliás, neste dia, resolveu comer umas lulinhas e tomar uma cerveja com a gente. Era velho conhecido, já tínhamos nos hospedado por ali umas outras três vezes. Um cara jovem, uns 35 anos, filho de pescadores, nativo da região, mulher e filhos que moravam com ele por ali, volta e meia apareciam na pousada para ver se estava tudo bem.
Ele atualizava a gente de tudo o que acontecia ao redor: se a maré ia subir, que horas ia descer, se o barco ia sair à tarde, se hoje ia ter lula ou camarão recém-pescado, se o dono do restaurante em frente já tinha terminado sua sesta. Íamos à praia de manhã, sem aquele calor dos infernos, almoçávamos, sexo e sono, depois uma praia no fim da tarde, cerveja no boteco dos surfistas, banho no quarto, sexo, às vezes nem saíamos mais à noite, e o feriado foi andando assim, uma calmaria deliciosa.
Até que chegou o dia 31. Para mim, era como qualquer outro dia, tudo estava tão bom que eu nem precisava esperar até meia-noite. Qual a surpresa que a contagem regressiva me traria se a semana toda já estava sendo de maravilhosas surpresas? E estávamos tão dentro da nossa bolha de paixão e sexo, sem interagir com outras pessoas (a não ser o tagarela dono da pousada, rss), que não me importava de passar a virada transando no quarto.
Opa. Foi assim que surgiu a ideia. Tínhamos ido para a praia acompanhar o burburinho da virada umas 22h. Compramos cerveja e sentamos na canga na areia. Uma galera se reunia em volta de uma fogueira, cantando e tocando violão. O pessoal era competente e ali ficamos ouvindo o som deles. Mas foi batendo um tédio de “ficar esperando” algo. Esperando o ano novo chegar. Pensei que podia dormir e, no dia seguinte, o ano novo que me acordasse. Já passava das 23h quando eu puxei ele e falei que a gente podia estar transando ao som dos fogos da virada. Ele riu. Mas deixou que eu o puxasse para a pousada.
Começamos a nos beijar ainda no térreo da pousada, à beira do chuveirão, lavando os pés de areia. Subimos as escadas e nos encostamos, ainda muito comportados, na pilastra da varanda, para um beijo demorado. O calor já era muito e ele ficou excitado em segundos, eu adorava sentir o pau duro querendo pular da bermuda. Pedi para ele sentar na rede. Lá do alto, a pousada era um breu, só as árvores e o portão ao longe, uma luzinha fraquinha da porta de entrada. Não havia ninguém, estava todo mundo na praia.
Ele sentou, eu sentei ao lado dele. Nos amassamos ali um bom tempo. Tirei a camisa dele e tirei a minha. Estava de biquíni por baixo, réveillon na praia é assim, né? Era fácil ele puxar a cortininha de lado e passar a língua nos meus seios. Eu deitei as costas dele e pedi para passar a perna, ele ficou deitado com os dois pés no chão, eu sentei em cima dele. A princípio, ele achou que a gente só ia se amassar e passaria para o quarto. Até que eu puxei o lacinho do biquíni por dentro da saia e tirei a parte de baixo, ficando só de saia. Abri a bermuda dele e coloquei o pau para fora.
Ele ficou meio tenso, não curtia esse lance de sexo em público, mas sabia que estava tudo bem, ninguém ia aparecer, já começavam a estourar os primeiros fogos na praia, aqueles fogos anunciando a contagem regressiva. Devia ser umas 10 para meia-noite. Ele se entregou, esqueceu a vergonha do público, segurou firme no meu quadril e eu montei nele. Não dá para transar na rede sem apoiar o pé no chão, o vaivém é pior que maré depois da chuva. Eu então coloquei os meus pés no chão e flexionei o joelho, segurei as mãos dele por cima do meu quadril e comecei a subir e descer. Uma ginástica que só o corpo em dia dá conta.
Ele ajudava subindo e descendo o quadril, os fogos começaram a pipocar na praia. Não ouvi muita coisa, por dentro de mim tinha um zumbido muito maior, um tesão enlouquecido. Ele parecia urrar junto com os fogos. Acho que de tesão misturado com a loucura que era transar na varanda da pousada. Mas, deitado, ele fazia curva com o tecido da rede e não conseguia enxergar nada além do que estava à frente, eu.
Eu aproveitei o fato e rebolava mais e mais em cima dele, cada um com a sua cabeça no planeta do tesão. Foi quando, de repente, eu entreabri o olho e vi um vulto na entrada da pousada. Não parei de rebolar, ele não parava de gemer, o pau não parava de latejar dentro de mim. O vulto passou pelo corredor de árvores e ficou ali um instante, talvez para checar o que estava acontecendo. Era uma penumbra, eu também não enxergava direito. Mas só a ideia de ter alguém espiando me fez gemer mais alto, me arrepiava toda, a boceta gritava, vermelha e inchada.
Foi quando o vulto se mexeu, talvez para ter uma visão melhor do que estava acontecendo naquela escuridão, e eu percebi pelo jeito de andar que era o dono da pousada. Aquilo me deu um tesão louco. O cara não tinha nada de mais, pescador, baixinho, casado e desajeitado. Mas estava ali olhando tudo, enquanto podia estar comendo a mulher em casa no primeiro minuto do ano. Talvez tivesse ido só para checar se a pousada estava nos conformes. Nunca ia imaginar que ia ter gente perdendo a queima de fogos. Acho que aproveitou e bateu uma punheta ali mesmo.
Eu aproveitei para maximizar tudo aquilo para nós três. O meu parceiro já quase gritava de tesão, ia gozar, eu estava me derretendo também, ainda mais imaginando o tesão do dono da pousada, e o dono não deveria ficar ali plantado senão poderia ser descoberto por alguém. Foi quando eu tirei as mãos do quadril e coloquei na cabeça, parei de subir e descer freneticamente e, agora, lentamente, rebolava o quadril em cima do pau como se estivesse brincando com um bambolê. Lentamente, tirei a boceta dali até ficar só a cabecinha para dentro de mim. Coloquei tudo de volta até a base para dentro. Voltei para a cabecinha e assim fui, lentamente, escorregando aquele pau gostoso e molhado para dentro da minha boceta. Rebolando milimetricamente fazendo o pau entortar.
Aquilo demorou alguns minutos até que ouvi um suspiro abafado… Ele gozou lá embaixo. Meu parceiro nada percebia.
Pulei freneticamente naquele pau, rápido e mais rápido, gemendo e me contorcendo até que o meu parceiro e eu gozamos juntos, não tão silenciosamente quanto o dono da pousada. Ainda nos demoramos ali algum tempo, aproveitando a brisa na rede. No dia seguinte, o dono não apareceu no café da manhã.