Os pontos G de uma mulher
Por Rebeca
O órgão sexual feminino é tão cavernoso (e misterioso) que volta e meia alguém tem uma nova teoria a dizer sobre ele –ou a corroborar antigas teses. Desta vez, um artigo científico publicado no Clinical Anatomy Journal no início deste mês afirma que não podemos falar em orgasmo clitoriano, orgasmo vaginal ou mesmo em ponto G. O correto é dizer orgasmo feminino, uma vez que ele é originado pela estimulação de toda a região sexual da mulher.
Eu mesma nunca acreditei que o ponto G fosse algo factível, a ser alcançado pelos homens (ou por um vibrador). Acho que, na verdade, sem essa permanente busca por sua localização, o prazer para mim sempre foi mais fluido (e o gozo mais fácil de rolar) do que para algumas amigas. Uma delas já chegou a falar coisa do tipo: “Não gozei porque o pau do cara não chegou ao meu ponto G”. Oi?
Por outro lado, nunca tive dúvidas de que o clitóris fosse uma arma do prazer, bem mais objetiva que o resto do órgão sexual. É uma coisa localizada, um botão, você aperta e o negócio todo fica ligado. Mas isso não quer dizer desprezar o “resto”: grandes lábios, pequenos lábios, a boca inicial da vagina (sua borda), o períneo etc. Então, é mais comum que o sexo seja mais gostoso com homens que gostem de explorar tudo isso, paciente e minuciosamente –e não aqueles que só querem apertar o botão.
Crédito suckmypixxxel.tumbrl.com
Uma vez conheci um cara louco e falante, que me desanimou na primeira hora de conversa. Não parava de conversar sobre absolutamente tudo, parecia doido para agradar. Cheio de energia, mas um pouco sufocante. Como ele era bem gato, e parecia ter uma pegada incrível só pelo jeito como segurava minha cintura, eu resolvi ter um pouco de paciência.
Depois de algumas cervejas, essa falação resvalou para o sexo, sobre as nossas preferências, sobre fazer sexo com desconhecidos. E praticamente fizemos sexo “oral” na mesa do bar. Aquilo foi deixando a minha calcinha encharcada, e as lambidas dele no meu pescoço me deixaram louca para sair dali. Pagamos a conta e fomos para a casa dele.
Chegamos lá e ele, falante e também mandão, disse para eu ficar sentada no sofá até que ele voltasse do quarto. Reapareceu pelado, de pau duro e com uma borboleta (aquele vibrador delicioso para clitóris) na mão. Comecei a rir. Como assim ele tem aquela borboleta?
Ele já foi dizendo que ela estava bem lavadinha, rsss. E tirou a minha saia e a minha calcinha. Me deixou de blusa e salto alto. Puxou meu quadril para a frente do sofá, me deixando meio deitada e começou a beijar a minha buceta. A surpresa foi ele começar a dizer o que faria dali em diante, como um ginecologista que vai ditando o passo a passo de um exame. Mas de uma forma, claro, picante.
“Agora vou chupar seu clitóris até você começar a revirar os olhos, vou dar umas mordidas de leve para fazer você gemer.” E fazia. “Estou no seu períneo, que divide o cu dessa buceta cheirosa, que vontade de te comer.” E enfiava dois dedos no cu e dois na buceta. “Você está toda molhada, vou tomar todo esse suco de excitação, sua gostosa.” E passava a língua na borda do buraco da buceta, depois chupava ela profundamente.
No começo achei tudo bem estranho. Que falação louca! Mas comecei a achar engraçado e, depois, entrei na onda. Aquela falação ia exacerbando o tesão, como se fosse sexo por telefone, só que com alguém ouvindo as instruções e reproduzindo-as em mim. Fui deixando me levar, completamente excitada com aquela habilidade de sexo oral.
Tudo era tudo: grandes lábios, pequenos lábios, cu, períneo, clitóris… E, enquanto ele usava a língua no cu e na buceta, deixava o vibrador-borboleta tremendo no meu clitóris. Ele começou a enfiar os dedos em mim e, com ritmo e vigor, me fez gozar um gozo inteiro, que vinha de todos os lugares. Fiquei completamente estremecida por alguns minutos, atordoada, querendo saber de onde tinha vindo aquilo tudo…
Hoje lembro dele como uma das melhores gozadas de oral que tive. A gente nunca mais se viu, mas ele é lembrado entre amigas como o cara que sabe onde fica os pontos G de uma mulher. Assim, no plural.