G. de sexo – parte 2
A continuação da trilogia do nosso leitor Robin.
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Tarde de sábado, quase noite. O verão se encerra e o clima na capital paulistana já não sufoca, embora meteorologistas, jornalistas e todos os especialistas apontem a falta de chuva como um sério problema. Enquanto aguardo sua chegada, penso que os líquidos que me interessam são outros.
Nosso encontro, reencontro, para ser mais preciso, fora marcado após intensa troca de mensagens por e-mail, celular e outros aplicativos. Em breve, após 17 anos, G. subiria as escadas do metrô República, local que eu escolhera em razão das múltiplas possibilidades que seu entorno oferece.
E na hora prevista lá estava ela: vestida como eu escolhera, a minissaia lembrava o traje com o qual a vira pela primeira vez, no momento em que ela entrara num ônibus que nos levaria ao Rio de Janeiro. Apesar dos anos passados, a memória não se esvaíra, certamente devido ao tesão que toda a situação despertava.
Não houve pudor necessário: o cumprimento dado foi um longo e ardente beijo. Nossos corpos se tocaram e minhas mãos correram suas costas, desceram pela bunda e subiram por suas coxas, sentindo, desde então, a umidade que já marcava sua calcinha. Com meu pau duro sob a calça, virei-a abruptamente e, apertando seus seios, mordi seu pescoço. “Vamos”, lhe disse, “senão logo seremos presos por atentado ao pudor”.
Ali perto, Bill Evans era homenageado pelas cordas do piano. Pedi um Bourbon e ela, Whisky Sour. Tínhamos assuntos para por em dia: os estudos que realizáramos nos últimos anos, os casamentos, filhos, trabalho. E sexo: ela declarara suas fantasias, a relação asfixiante com o ex-marido, as noites de calor em que ocultara o tesão e reprimira seus desejos, os longos dez anos de uma vida sexual marcada pela rotina e pela negação.
“Primeiro quero você, depois muitos homens me matando de tesão”, fora sua senha, pelo telefone, dias antes daquele reencontro. Agora, sob a toalha da mesa, nossas mãos corriam nossos corpos: meus dedos penetravam sua buceta, trazendo à minha boca seu líquido e seu gosto. Abri meu zíper e deixei saltar uma pica sedenta, rija e molhada. Surpresa com minha ousadia, ela quase implorou: “Vamos sair daqui, quero ser fodida logo”. O hotel, sem qualquer luxo ou conforto para além daquele necessário a quem só quer trepar, estava ali ao lado.
Subimos as escadas até o primeiro andar, sem parar sequer para mais um agarrão em lugar proibido. Queríamos chegar logo, tirar a roupa e saciar a vontade. E assim fizemos, deixando pelo quarto as roupas espalhadas, os aromas do sexo, os ecos do gozo. Mas a noite não se encerraria ali: G. havia me declarado o desejo de ver muitos paus a rodeá-la, podendo chupá-los e segurá-los aleatoriamente, até se ver banhada em porra. “Uma fantasia que jamais contei ao meu marido. Imagina, quando falei em troca de casais ele já achou um absurdo”, ela confessara.
Naquela noite eu realizaria sua fantasia, já tendo pesquisado e visitado previamente alguns lugares onde se praticam swing e gang bang. Antes de nos dirigirmos a um cine pornô nas imediações, ainda pude gozar naquele cu onde, muitos anos antes, eu deixara minha porra ao longo de uma deliciosa semana.
Ansiosa, G. pouco demorara no banho e, ao sairmos, mais que perfume era o cheiro de sexo que exalava de seu corpo. Vestido curto, preto, num tecido que imita o couro, com as costas quase totalmente à mostra. Salto alto, vermelho. “Sem calcinha”, eu pedira. Tomamos um táxi e, antes de irmos ao bar, fiz-lhe uma primeira surpresa: “Vamos pegar um amigo aqui perto”. Excitada, olhando-me com cara de puta, G. abaixou-se no banco e passou a beijar meu pau sobre a calça, deixando-o, uma vez mais, teso. “Obrigada”, ela disse, enquanto me olhava lá de baixo.
Pouco tempo depois R. já estava no carro e, sem qualquer rodeio, pegara a mão de G. e colocara sobre seu pau, também duro. G. se excitava cada vez mais e nós três tentávamos disfarçar a putaria e segurar a vontade de trepar ali mesmo, no banco traseiro do táxi. Resolvemos então pular o bar e fomos direto para o cine pornô. O taxista, ao desembarcarmos, disse com olhar lascivo: “Divirtam-se, a noite está bem agradável”.
Daí em diante fica difícil narrar qualquer coisa que não seja uma profusão de cheiros, sons e imagens luxuriantes: corpos misturados, o telão com casais trepando, pessoas desconhecidas que se tocam, se beijam, se comem. Pedindo que eu a acompanhe pelos diferentes cantos, G. se delicia: agachada, chupa um, dois, três paus ao mesmo tempo.
Não muito longe, vejo R. sentado numa poltrona, sendo cavalgado por uma morena esguia que se move sobre ele, ao mesmo tempo em que é penetrada por trás por um negro que a chama de “minha puta”. Outro homem, já um pouco idoso, pede licença a G. e se deita sob ela, chupando sua buceta. Aproximo-me de outra garota e rapidamente ela se agarra ao meu pau, chupando-o profundamente. G. se levanta e sussurra em meu ouvido: “Quero um monte de macho me rodeando, foi pra isso que você me trouxe aqui”.
Despeço-me da minha parceira beijando sua boca que exala cacete e passo a percorrer o ambiente, chamando os homens para o convite de G. Rapidamente uma roda se forma e minha amiga, jogando longe seu vestido, mostra seu corpo e implora que o banhem em porra. Um a um, sete machos gozam sobre ela, encharcando seus seios, seu rosto, seu cabelo castanho claro que escurece e se emaranha com o esperma recebido.
G. suga a porra que a banha, recolhe-a nas mãos e lambe os dedos, ao mesmo tempo em que goza esfregando sua buceta com a outra mão. Só então eu me aproximo: puxo-a pelo cabelo, ainda agachada, e ordeno: “Abre a boca, quero gozar toda minha porra no fundo da sua garganta”. Obediente, ela recebe meu leite, engole-o e mantém meu pau em sua boca até senti-lo adormecer.
Saciados, é chegada a hora de partir. Agora sim, um bar, uma cerveja. R. profere então nossa frase-síntese daquele momento: “A noite já está quase acabando, o que significa que o domingo vai ser de putaria”.
[continua]