Nosso amigo, o vibrador (Parte I)

xdesexo

Por Diana

 

“Deve ser difícil competir com o seu amigo ali”, me disse o gato, sentado na minha cama, sem camisa, com um sorriso meio sem graça no rosto.

 

Nosso Amigo Vibrador
crédito: suckmypixxxel.tumblr.com

 

Fiquei olhando a cena sem entender. Que amigo? Ele fez um sinal com a cabeça para o criado mudo, onde vi, estarrecida, meu vibrador preferido, que havia esquecido de guardar antes de sair de casa. Dei uma gargalhada e pulei na cama, certa de que era só brincadeira e ele adoraria tentar provar que era muito superior ao meu amigo a pilhas.
…Estava enganada.

 

 

Era a primeira vez que este gato em particular se encontrava na minha cama. Havíamos nos conhecido algumas horas antes, em uma festa pré-carnaval incrível na casa de amigos. Eu, solteira, ouvia falar daquela festa há meses, e havia recebido garantias incontáveis de que os melhores e mais interessantes gatos da cidade estariam lá, também à caça. Só a primeira parte era verdade: havia, sim, muitos gatos interessantíssimos, mas poucos desacompanhados. Imagine minha alegria ao descobrir um cara bacana, cineasta e ciclista, que acabava de retornar da Europa, onde trabalhou em um documentário sobre o Tour de France.

 

 

Ele estava claramente me paquerando, mas nao tomava nenhuma iniciativa drástica. Horas de festa depois, ele finalmente me serviu um uísque e perguntou se eu queria beber na varanda. “Só bebo uísque em más companhias”, respondi. “Você é má companhia?” Ele riu e disse que sim. Chegando lá fora, me prensou contra a parede e me beijou (ponto a favor). Ficamos ali, aos amassos, por um bom tempo. De tão entretidos, não percebemos que  a minha fantasia de Medusa se enroscara na grade da varanda. Findos os beijos,  fomos obrigados a cortar metade do meu vestido podermos retornar ao interior do apê.

 

 

À esta altura já estava molhada, animada, e iludida na impressão de que meus planos de uma sacanagenzinha básica seriam realizados em breve. O gato cineasta, claramente excitado, sugeriu que fôssemos para a minha casa. Mas antes que eu pudesse me alegrar, ele completou: “eu não vou te comer”. Hã? Como assim não vai me comer? Porque não? “Ah, primeiro quero fazer um pique-nique e cozinhar um almoço para você”, afirmou.

 

 

Certamente o moço era uma gracinha, o sonho de muitas meninas casadoiras por aí. Acontece que eu não queria pique-nique nenhum, muito menos almoço. O que eu queria mesmo era sexo. Depooois, se a noite fosse sensacional, talveeeez eu deixasse o cineasta fazer um almoço para nós. Mas ali, depois de horas de amassos na varanda, minhas intenções eram bem mais simples.

 

 

Ainda tentei argumentar. “Mas vem cá… qual o problema em transar? Você acha que sexo é desrespeito?” O gato desconversou, mas insistiu em ir para minha casa. “Ok”, pensei comigo, “talvez ele esteja fazendo uma graça, mas na hora não vai resistir”. Fomos para a rua, tomamos um taxi, e em pouco tempo estavámos sozinhos no meu apê. Deixei o gato no quarto para ir ao banheiro, e na volta o encontrei sentado sem camisa na cama reclamando sobre o meu vibrador.

 

 

Pausa para uma explicação técnica: Eu adoro vibradores. Sozinha, acompanhada, assistindo a um vídeo pornô, sentada na janela, ou em qualquer outra situação propícia, uso com frequência. Mas, em geral, eu não apresento os meus “amigos” para qualquer parceiro –ainda mais assim, de sopetão, logo na primeira noite. O vibrador em questão foi esquecido na mesinha de cabeceira por puro descuido. E logo ele — um pauzão prateado enorme, com bolinhas rotatórias na base, que me faz gozar horrores em menos de 60 segundos (juro, já contei). Talvez fosse mesmo um pouco intimidante.

 

 

Voltando ao que interessa, pulei na cama e começamos a brincar um pouco. Dava para sentir o pau duríssimo do gato, mas ele se recusava a tirar a calça jeans. Tentei provocar, com beijos molhados por cima do tecido, deixando ele tirar a minha roupa, mas era só colocar a mão no cinto que o cineasta recuava. Eventualmente, eu desisti. O gato dormiu ali mesmo, de calça jeans, roncando alto na minha cama. Nem ânimo para usar meu vibrador sozinha eu tive.

 

 

Acredito que cineastas/ciclistas sarados têm todo o direito de não querer transar no primeiro, no terceiro ou no décimo encontros. Respeito perfeitamente que ele queira fazer almoço e levar para um pique-nique as moçoilas por quem se interessa. O problema é que, naquela noite (ou naquela fase da minha vida), eu não estava interessada em nada disso. Então, deixei ele dormir sossegado, mas me recusei delicadamente a dar o telefone na manhã seguinte, e tampouco quis usar o cartão que ele deixou comigo. Sorry, amigo, eu só queria uma trepadinha básica. Também é meu direito.

 

 

Dessa história, além das risadas, ficou uma dúvida básica: será que ele REALMENTE se assustou com o vibrador prateado na mesa de cabeceira? Desde os tempos do bidê lá de casa, eu sou uma feroz defensora do vibrador, e acho que já deu para perceber que isso não tem nada a ver com meu apetite sexual por seres que não precisam de bateria. Aliás, acompanhada é bem melhor.

 

 

Certa vez, um parceiro me surpreendeu com um aparelhinho genial chamado “bullet” (parecido com uma bala prateada, de tamanho um pouco maior do que um dedão). Eu estava amarrada na cama, com uma venda nos olhos, enquanto ele me chupava e enfiava os dedos na minha vagina e no meu rabinho. Aos poucos, foi colocando um pequeno objeto cilíndrico no meu cuzinho, sem parar de me lamber. Eu estava bem relaxada e fiquei esperando, curiosa, para ver no que isso ia dar. Ele começou então a me comer pela frente, enquanto ligou o “bullet” atrás. A vibração no meu rabo enquanto ele me comia na vagina, aliada à venda nos olhos e às mãos atadas, foi uma delícia quase insuportável, e eu gritei alto de prazer, gozando em instantes.

 

 

É por essa e tantas outras lembranças que me proponho agora, num gesto desinteressado e generoso, a testar vibradores e detalhar o resultado nestas páginas. Quer ajudar, caro leitor? Ainda estamos na fase de escolher os modelos. Se alguém aí sempre quis saber como algum apetrecho funciona, mas nunca ouviu relatos em primeira mão, escreva para a gente. Terei o MAIOR prazer em checar para vocês e escrever sobre a experiência, tim tim por tim, aqui no blog. Me aguardem.

 

 

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