Sexo com sujeira, por favor!
Leitores, olhem quem está de volta com colaborações: Lia, antiga dona do pedaço (e que pode continuar dona esporadicamente, nós queremos 🙂 Boa leitura a todos neste domingo ensolarado!
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Por Lia
Pois é. Eu me despedi de vocês, mas pedi permissão à Receba e à Diana para, de vez em quando, aparecer para um ‘remember’. Fiquei feliz por elas terem topado! E não, nós não conhecemos, querido leitor… Então vivo no suspense e curiosíssima como vocês (nossa, quanta curiosidade, confesso!).
Fui estimulada a escrever depois de ler, com muito atraso no blog do Xico Sá, uma reportagem muito louca da Folha sobre “sexo limpinho”. Como assim, me perguntei?!? E fui me assustando com a loucura higienista que toma conta das pessoas, aparentemente.
Claro, claro, ninguém aqui gosta de transar com alguém fedido ou chupar um pau ou uma buceta não ‘limpos’. Mas é preciso separar, uma coisa é uma coisa, outra coisa, outra coisa.
Sexo tem de ter cheiro de sexo, de gente. Nada melhor que o cheiro do sexo alheio, na minha humilde opinião. Uma transa no fim do dia depois de saber que a pessoa passou o dia excitada, por exemplo, não tem preço. É o melhor odor.
Cheirinho de creme nas coxas dela ou de banho e do pós-barba têm seu valor, não nego. Mas não é pressuposto, muito pelo contrário.
Gosto de lembrar da cerveja com ele no fim do dia, no boteco no fim da rua após um dia de trabalho. Comemos fritura horrorosa e bebemos em copo embaçado. Me debrucei sobre uma mesa de bar nada limpa por uma hora. Ao sairmos de lá, foi entrar no carro para ele me agarrar. Mão limpa? Não? E adorei que ele enfiou um, dois dedos em minha buceta, inchada, me masturbou como faz, meticulosamente, e quase me fez gozar. Depois, levou o dedo ensopado até a própria boca, ‘contando’ como aquele gosto e cheiro o enlouqueciam, e nos beijamos. Na boa, os anticorpos dão conta disso!
Em outra vez, o mesmo dito-cujo me colocou em cima do capô de um carro sujo, claro, e lá me comeu e me chupou. Me proibiu de descer enquanto eu não gozasse. E se eu só aceitasse a comida fenomenal num lençol limpinho? Mesmo, não encanem.
Mas o ponto aqui é que A higiene com os apetrechos que inventaram teriam nos impedido desse grau a mais de tesão. Imagina a mulher ou o cara ir ao banheiro usar lencinhos umedecidos e afins? Ou eu obrigar que o cara tenha lavado a mão antes de enfiá-la em mim? Não!
Aliás, como um especialista diz na reportagem do jornal, limpeza e adstringente em excesso justamente podem eliminar também as barreiras naturais do corpo.
Pior que isso, como já listei aqui (os 5 erros do sexo), só aqueles malucos que correm para o chuveiro após o gozo. Mas NUNCA, a não ser por questões óbvias de ter que ir trabalhar ou algo assim, vou me privar de sentir a porra dele sobre meu corpo, ou o gosto do gozo dele na minha boca ou o meu cheiro na barba dele após ter me feito gozar.