A arte do boquete
Por Diana
“Que boquete incrível…” disse ele, devagar, com os olhos de gato fechados e o corpo nu semi-derretido na cama. Ela sorriu, o gosto de sêmen ainda na boca, o prazer de provocar tanto êxtase indo e vindo, em ondas, quase tão palpável quanto a umidade entre suas pernas.
Mas não foi sempre assim, não. Depois de uma iniciação sexual tardia, uma juventude de namoros longos, e um breve casamento, Juliana (vamos chamá-la de Juliana) se viu solteira aos 35 anos e diante de uma realidade aterradora: sua chupada, em dias bons, não tinha a menor graça. Em dias chuvosos, era broxante. E todo o tempo, fazia Juliana temer: 1- não agradar; 2- passar vergonha; 3- não aproveitar; e 4 – (o terror, o terror) não ter a chupada retribuída.
Não era por falta de vontade, nem de apreciação ao lindos (apesar de poucos) membros que passaram por sua boca. Juliana não tinha o menor problema em ficar meia hora lambendo, sugando, acariciando, cheirando e tudo o mais que ela pudesse pensar em fazer com o pau alheio.Ficaria ali, se divertindo, curiosa, perfeitamente contente e entretida, se ao menos o parceiro estivesse se divertindo também. Pois bem. Uma vez solteira, e depois de tentar, sem sucesso, chupar o primeiro pau-frapê de sua nova vida (explicarei o pau-frapê num post posterior), ela resolveu que seria dona da melhor chupada do pedaço, custasse o que custasse.
O primeiro passo foi o mais óbvio: a pesquisa. Assistiu a um monte de filmes pornô. Mas esses, além de ajudarem pouco, começaram a incutir um certo medo de engasgo. Passou às aulas do YouTube. Mas banana não é pinto, e ela já estava careca de saber que devia dar atenção às bolas e não colocar o dente. Livros foram aliados, mas convenhamos, teoria é uma coisa, e prática… Por fim, começou a perguntar a amigas (os), mas eram poucos os íntimos o suficiente para apresentar detalhes, pacientes o suficiente para ser didáticos, e experts o suficiente para convencer Juliana de que ela estava no caminho certo.
Foi então que ela teve a brilhante ideia de ir à fonte do conhecimento oral: o amigo gay. O amigo gay não só faz boquete como tem pau, ou seja, sabe exatamente que tipo de movimento provoca que tipo de sensação. E o amigo gay não tem o menor pudor em revelar seus segredos. Primeiro, porque ele não tem pudor nenhum. Segundo, porque (em pelo menos boa parte dos casos) vocês não vão competir pelo mesmo cara. E terceiro, porque ele sabe, Juliana querida, que você jamais será tão boa quanto ele.
Pois o amigo gay soltou tudinho, e Juliana tomou nota. As dicas do amigo gay, se não foram revolucionárias, se revelaram claras, didáticas, reproduzíveis, e apetitosas. Não tenha pressa, ele disse. O homem que sabe que vai te pegar já está com o membro em brasa, mas quanto mais você provocar, mais o fogo se espalha. Juliana aprendeu. Ela tenta descer a língua devagar, a partir da boca dele, pelo pescoço já suado, pelo peito. Se demora no mamilo, tratado quase como um clitóris: chupa de leve, lambe lentamente, mordisca ainda mais de leve, e dá lambidinhas rápidas, ritmadas, repetidas, por vários segundos ou um minuto. Respira, olha para cima com o tesão estampado na cara, se toca, mostra que está molhada e ri gostoso. Abocanha o outro mamilo, e de novo chupa, lambe lentamente, mordisca e dá lambidinhas rápidas, ritmadas, repetidas, por vários segundos ou um minuto.
Ela vai descendo a língua pela barriga dele. Coloca a mão no membro rijo por cima da roupa enquanto beija o caminho até a cueca. Passa a língua pela linha da cueca, no baixo ventre, de um lado ao outro, e o escuta gemer. O gato está mal se aguentando. Juliana, apertando as próprias coxas, o vira de costas, tira a cueca, e beija as nádegas sem pressa, com lábios molhados e mordidas suaves.
Vira de novo. O membro já está gotejando, avermelhado, inchado de vontade. Talvez ele a agarre pelos cabelos e a faça abocanhá-lo. Se consegue, ela não deixa. Ainda não terminou de provocar. Passa a língua pela virilha enquanto segura as bolas, sem apertar, mas com alguma pressão. É a vez delas. Lambe as bolas inteiras, desde a parte em que se ligam ao períneo até a base do pau. Coloca uma na boca, inteira, e passa a língua por ela. Ele geme mais alto. Coloca a outra. Depois, enquanto ele já não se aguenta, ela lambe as duas, fazendo movimentos seguindo a linha do infinito (∞). Ele está arfando, e goteja mais.
Finalmente é a vez do pau, porque o tesão de Juliana também vai explodir. Primeiro é preciso molhá-lo. Ela toca na pontinha, correndo o pré-gozo que já se avizinha no dedo e o espalhando por todo o membro. Depois lambe toda a extensão do pau, começando pelas bolas ate a ponta. Lambe de um lado e do outro, até o pau vermelho, torturado ficar brilhante, exibindo a sua saliva. Só então o coloca na boca, que é apenas maciez e umidade. Juliana começa só com a ponta, puxando a pele um pouco para baixo. Põe e tira, de leve, sem desencostar a boca totalmente, e sempre com beijos bem molhados, deixando a língua envolver esse pedaço sensível. Ainda sem usar as mãos, ela se abaixa e coloca todo o membro na boca. Tira e faz de novo, deixando o pau entrar e sair, sempre bem molhado. Põe e tira, por mais um tempo, e só para o suficiente para gemer ou repetir: “Que pau gostoso…”. No ponto de bala, ela acompanha o movimento da boca com a mão, subindo e descendo, fazendo certa pressão no pau, menos sensível do que as outras meninas imaginam. O movimento não é sempre reto, para cima e para baixo; Juliana também faz círculos, como um parafuso, passando a mão no membro inteiro, inclusive na cabeça intumescida. Com a outra mão, ela acaricia as bolas.
Ele começa a respirar pesado – vai gozar. Juliana gosta que gozem em sua boca. Bom mesmo é deixar o sêmen a preencher, derramando pelos lábios, pelas mãos, no queixo, com vontade.
Juliana praticou muito, inclusive com quem não merecia, em um estilo meio Monica Lewinsky de ser (o que não se faz pela arte…). Dominou, enfim, o boquete, mas sabe que o principal não é a técnica. O melhor boquete só funciona com genuína vontade de fazer. Ela tem prazer e fica com a calcinha toda melada ao colocar um belo pau na boca. O parceiro lê isso em seus olhos, em sua boca entreaberta e no semi-sorriso de quem sabe que está prestes a enlouquecer alguém. Essa dedicação também faz com que ela preste atenção na subjetividade do pau alheio.A língua úmida pode ser unânime, mas a pressão, o ritmo, o respiro, é de cada um. O boquete é um ato conjunto.
Já perguntaram a Juliana, após o êxtase, se ela tomou aulas de boquete. Às vezes ela diz a verdade, às vezes não. Mas é generosa, e não liga de contar o que aprendeu com o amigo gay (gênio!). Eu quis saber porque nenhum dos namorados ou o marido não a ensinaram antes. “Não tiveram paciência”, disse ela. “Eu pedi várias vezes, mas preferiam ir pelo caminho do orgasmo mais rápido e fazer outra coisa.” Sinceramente… tem coisa melhor do que treinar boquete com uma aluna interessada e aplicada? Azar de quem perdeu. Porque hoje em dia ela é mesmo o melhor boquete do pedaço.
IMPORTANTE: Fora da fantasia, caro leitor, não existe carta branca. O sexo oral pode transmite doenças sexuais, inclusive aids, HPV, sífilis e gonorreia. Se for praticar o boquete até com quem não merece, como fez a Juliana, previna-se. Na dúvida, clique aqui.