Tesão no frio
Mais uma colaboração de leitor, desta vez de Cristina. Ela nos conta de quando deu gostoso pro médico dela…
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Por Cristina
Não sei dizer bem se é a vida ou se nós procuramos maneiras de ter uma vida mais cheia de tesão, com algumas pitadas de infarto durante o dia. Acredito que os dias têm mais graça com o tesão batendo na porta, quando a lingerie fica molhada no olhar, quando sentimos a pele escorrendo, o suor entre o seio num frio de 0° grau na cidade.
E foi assim… Num dia típico, sem emoções prévias planejadas. Nada… simplesmente a rotina no seu curso diário. Entrei na sala e, quando sentei na tua frente, senti o teu olho focado em mim. O começo foi tímido, apenas uma troca de elogios, algo entre as linhas que agradou aos ouvidos e aos olhos. A mente sentiu a malícia do sorriso, mas não se permitiu entender.
Afinal, te via pela primeira vez, ao vivo, em algo rotineiro. Como tantas outras que vieram até ti. Mas sim, saí de perto de ti aquele dia pensativa. E gostando do que pensava. O dia passando com seu indefectível relógio e não segui tuas instruções, conforme planejado. Demorei… os dias passaram. Mas voltei a querer te ver.
E sentei numa segunda feira, um dia da salada. Onde não se permite nem comer o docinho de sobremesa. E dessa vez, foi melhor. Muito melhor… Já não senti teu olhar só no meu rosto, vi o calor do teu olho percorrendo meu seio, delimitando minhas curvas. E gostei…
O difícil foi sentir o toque da tua mão procurando a minha perna. E somado a isso a dor. Ah… a agulha, essa sendo a precursora, em toda sua delicadeza amenizada por ti e sentida em mim. Minha pele sem demagogia respondeu na hora, o arrepio apareceu sem ser convidado.
A calcinha encharcou de tesão, o peito ficou duro e tive vontade de correr tua mão até mim para sentires o calor. Ahhh… fiquei comportada. Como poucas vezes fui. E levantei sem te dizer nada, nem esboçar um sorriso de prazer. A educação dada por nossos pais, às vezes não adianta de nada. Nos torna pouco voluntários. Comedidos. Sem graça, até.
Saí da tua sala sabendo exatamente o que queria. E posso falar. Vi claramente que não era só eu.
Pensei várias, milhares de vezes em ti. Em como seria teu pau na minha boca, qual seria o sabor da tua pele. O reflexo da tua boca no meu pescoço. Como ficariam tuas pernas enroscadas na minha…
Cheguei em casa por volta das 20h –nesse momento fui direto para o chuveiro, tentando amenizar o calor que corroía minha pele, insandecia minha consciência. A água que caía sobre meu peito só deixou o desejo maior pela saliva. E nisso percorri minha mão, apalpei a pele, senti a buceta que já escorria, molhada, pela coxa. O tesão que devia estar enfiado em ti.
A mão tentando aliviar o tesão que sentia por ti, a água deixando a ruído abafado do gemido. E assim, encostada na parede do chuveiro, gozei pensando em ti.
Os dias passaram e a fúria desse tesão tomou conta de mim, o desejo tinha se tornado claro.
Independentemente de minhas convicções morais. Tive a certeza de que te queria, mas esse desejo também poderia ficar na minha imaginação. Farias parte da minha fantasia. Mas a adrenalina nos busca como a droga que necessita ser consumida.
E necessitava de ti. E, como vi, tu de mim. Na busca por ti, fui num dia frio, de chuva, procurar tua expertise.
E achei teu tesão. E fostes bem menos moderado dessa vez. Além de me comer com os olhos, resolveste me comer com a boca. E senti tua saliva devorando minha boca, com toda a intensidade guardada.
O tesão que corria em mim tomou conta da sala e senti teu pau duro entre minhas coxas. A vontade de te segurar entre as minhas mãos e te enfiar entre minhas coxas, embaixo da minha unha, só foi freada pelo local onde estávamos. Meu peito ficou aguardando a saliva quente. Eu também.
O relógio bateu seu horário pontual, e já se passavam os minutos. Para algo de rotina, normal, feijão com arroz, era muito o tempo que a gente se encontrava nessa sala. Que ficou minúscula para tudo que queríamos. Vi tua vontade, misturada.
Mas, como boa moça, que não come a sobremesa antes do almoço. Saí da sala após a consulta. Aguardando o prato mais delicioso, sim, claro, isso se me comportasse. E fui comportada. Muito… Talvez a mais comportada de toda a sala. Como quando se deseja algo alheio.
Nem respira, shhhiiiii, tudo tem ouvidos. Casa por volta das 21h, cheguei em casa arrancando a calçinha e jogando toda a minha libido. Não em ti, não. Mas isso não importava, pois minha cabeça era em ti. Lambi tua pele, mordi tua nuca levemente. Rocei o bico do peito na tua boca. Esperei tua mão explorar minha pele. Tua mão emaranhar meu cabelo. Teu corpo se enroscando em mim.
Tua boca procurou a minha, impaciente. Peguei tua língua e arranhei meu céu da boca. Já sentia teu pau crescendo embaixo de mim. Não tirei a calcinha, foi arredada pelo pau que a procurava com o saco cheio de porra. Senti o calor entre as pernas. A buceta molhada almejando ser invadida. A mente viajando, a pele respondendo, o sexo acontecendo.
O desejo sem sentido, sem data marcada, sem hora para terminar, sem cerimônia. A cerimônia que tivemos. Fiquei pensando? Tu também? Chegou em casa com o pinto latejando de tesão? Fudeu pensando no toque da minha pele?? Se for assim, já valeu.
Vieram os dias. Não soube de ti mais. Até saber. E fiquei na vontade. Como tu, sentado na sala. Comportados. Mas te imagino me esperando entrar na sala, e inundar tua sala de cheiros e fantasias. Pensamentos não convencionais, posturas inadequadas, desejos, desejos…
Quem sabe amanhã… Quem sabe daqui a alguns meses, anos. Não importa. A vida é muito curta, e a esquina é logo ali.