Vamos falar sobre (meus) peitos?

X de Sexo

por Ana

 

Os peitos delineando a silhueta de uma mulher são uma coisa maravilhosa. São eles que definem nosso jeito de caminhar, que determinam como a roupa cai no nosso corpo e que marcam o ritmo quando cavalgamos à procura de um orgasmo (ou dois).

 

Os seios são um templo, insiste em me dizer uma amiga: “É incrível tanto tê-los como tocá-los. São macios, hipersensíveis e são o melhor termômetro para mostrar nossa excitação. Porém, isso é algo que se descobre com o tempo”, diz.

 

Eu acho sexy quase todos: os grandes, os pequenos, os de mamilo escuro e grande, pequenino e rosado, e, sobretudo, os naturais. E os meus, claro. Amo sentir eles soltos embaixo da roupa, e gosto mesmo também de apertá-los num sutiã e ver como eles se alçam, olham para mim e falam: é nóis! Mas não foi sempre simples e óbvio assim.

 

Os peitos, apesar de belos, infelizmente, determinam, às vezes de forma desproporcionada, todas as etapas da vida de uma mulher. Da puberdade, quando eles nos colocam de um lado ou outro da classe, à maturidade, quando tantas sonham com uma cirurgia que “levante” o ânimo, incapazes de aceitar o peso -e a consequente queda- com o passar dos anos.

 

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A primeira vez que uma menina percebe a importância que os peitos terão na vida dela é, claramente, quando começam a aparecer. Sem avisos, sem premeditação, sem treinamento. Você vira mulher –e objeto de desejo e machismo também- no momento em que os peitos dizem “oi!”. A menina com peitos deixa de ser apenas menina quando os homens começam a olhá-la de um outro jeito -e as mulheres também, claro.

 

Lia lembra como essas duas coisas foram marcantes. Se hoje ela adora seus peitos, no começo foi o contrário “Ser a primeira menina a estrear sutiã na classe? Pois passei semanas usando um moletom, apesar do sol escaldante de fevereiro, para que a marca da peça não transparecesse por baixo do uniforme. Ser a primeira a receber os olhares dos meninos? Horror, horror. Até porque eles não eram nada discretos. Eu era meus peitos. Ir ara a piscina e ser O ALVO dos comentários? Aquilo nunca foi um elogio.”

 

E os preconceitos? Lembram da safadinha do colégio?? Certeza que tinha os peitos grandes!

 

Para mim foi justamente o contrário. Vivi tudo do outro lado, de um lado plano como uma chapa. Não lembro quando meus peitos começaram a crescer, mas foi tão tarde que já tinha perdido as esperanças.

 

Aos 12 anos eu ainda colocava sob o biquíni, surrealmente, pedacinhos de algodão emulando um mamilo incipiente. É uma das coisas mais idiotas que eu já fiz -e acometi várias-, dado que, podem imaginar, como um algodão molhado nos peitos de uma menina na piscina não podem cair bem. Mas eu não queria me sentir a diferente.

 

A falta de peitos, tenho quase certeza, marcou minha sexualidade na adolescência. Que, porém acordou bem cedo, ms que não consegui desenvolver até bem adulta. Sem peitos, eu me sentia invisível, não apta para a sexualidade, e reprimi durante anos um desejo que já tinha desde criança. Quantas vezes vieram os moleques da oitava serie, para me dizer quanto eu ia ser gostosa dali a cinco anos…

 

– Cinco anos???

 

Invisível. Fato.

 

O pior é que estavam certos, e eu não tive meu primeiro relacionamento, além de quatro beijos, até os 18 anos. Naquela época, sem perceber, já tinha uns peitos grandes e lindos.

 

Foi por aí quando ouvi pela primeira vez: “Você tem os peitos mais bonitos que eu já vi”.

 

-Sério?

 

Após tanta imbecilidade, essa música já soava como brincadeira.

 

Mas a frase foi sendo repetida por namorados, amantes e pretendentes até que eu de verdade achei que tinha peitos sensacionais.

 

E aqui o X da questão: os homens, sim, determinaram meu relacionamento com meus peitos, pelo menos no começo. E, em conseqüência, com meu corpo, minha atitude e minha capacidade de dançar no alto da plateia de qualquer balada mesmo sofrendo sérios problemas de ritmo.

 

Eu também fui meus peitos. Quando não tive e depois quando percebi como a natureza tinha sido generosa comigo. Felizmente, com o passar dos anos, consigo olhar além deles e o que eles inspiram.

 

Depois de tudo isso, o que eu quero perguntar é como uma parte do nosso corpo pode chegar a ser tão importante. E mais, por que só na mulher? Acaso os homens vivem atentos ao crescimento ou queda de alguma parte do seu corpo? Ah, sim, claro, desculpem… Mas é tanto assim?

Comentários

  1. É. Creio que o Alexandre tem razão em um ponto: Demorou muito para aparecer um assunto, o qual não foi dos mais emocionantes.
    Já mandei dois contos e tenho vários outros para enviar, mas só farei isso depois que um dos primeiros aparecer, pois quero conhecer a crítica dos companheiros.

  2. alexandre não sabe nada de textos. espero que saiba alguma coisa de trepadas. pelo menos terá alguma coisa para fazer nas horas vagas, quando uma leitura inspira tanto quanto os peitos em si. me identifiquei, Ana! peitos que crescem mais tarde, também caem beeeem depois… voilà!

  3. Pois é, também achei que os textos, além de demorados, têm deixado a desejar. O assunto escolhido é interessante, importantíssimo, mas o texto parece adolescente, ainda. Qual é, que necessidade é essa dessa frase “você tem os peitos mais bonitos que eu já vi” ? Mais do que curioso para conhecer os peitos da Ana, fiquei imaginando a idade dela para precisar escrever frases como essas num espaço com tal alcance.

    Precisam pedir para outras pessoas lerem os textos de vocês antes de vir para cá, meninas. Boas ideias vocês têm, mas falta um pouco e traquejo e abrir mão da vanité, pô. Nada a ver querer dizer para o Brasil inteiro que tem belos peitos; se tem, não precisa falar, porque é tipo de qualidade óbvia.

    Abraços,
    Courbet

  4. A autora só acertou na concordância do título com o texto… não é o texto sobre peitos. É sobre os peitos (dela).

  5. Achei os comentários indelicados, achei o texto gostoso, parece uma crônica de Luiz Fernando Verissímo. A “folha” deve preservar essa característica de diversidade. Quanto aos contos não publicados… publiquem… pouco importa os que os companheiros acham!

  6. Que gente chata, devem ser assíduos no face. Se não gosta de ler, pula. Se não leu, não comenta, se leu até o fim, é porque instigou. O importante é saber que fatos da infância marcam muito, e os jovens ficam sabendo que não devem desistir, apesar das aparentes eternas dificuldades.

  7. passei toda a adolescencia esperando meus seios crescerem. nunca aconteceu. já tenho mais de 30 e não me sinto mulher. meu objetivo em 2014 é juntar dinheiro e colocar silicone, pq é muito complicado viver num mundo feito pros peitões quando não se tem nada.

    1. li seu comentario, gostei so uma comentario meu eu nao sei sou diferente de alguns homens mais me da um bata tesao quanto vejo mulher de seios pequenos, princilmente os menores ou medios, mais uma coisa mais importante a pessoa que tiver do seu lado ter gostar de voce com seios grande ou pequeno, nao que a sociedade prega, apesar eu entento seu lado porque seios da mulher e utero que da estimulo para mulher tipo de vaidade ou melhor a mulher sem peito ou utero ela nao se sente mulher, por isso muitas mulheres com seios pequenos nao se sente mulher porque ve outra mulher com seios grande, na minha opiniao elas acha que a outra mulher seio maior e mais mulher que ela nesse aspecto

  8. Eu só não entendi uma coisa… Algum tempo atrás num dos textos deste blog dizia que a Lia tinha mega-peitos… e agora, será que a Ana também tem o sutien acima do 44? Bom, apesar que o tamanho pouco importa, eu mesmo já disse aqui: O importante é o prazer que eu posso proporcionar com os seios (sendo pequenos ou não) na minha boca! Tem coisa melhor do que a mulher por cima, cavalgando e com os peitos batendo em nosso rosto como se fosse um tapa? Ou com os mamilos sedentos procurando uma boquinha nervosa por prazer? É uma diversão ficar brincando com os mamilos na tentativa de deixá-los cada vez mais durinhos… que delíciaaaaa… Como já tive oportunidade de sair com as “siliconadas”, mas a minha preferência ainda são para os naturais!!!

  9. Triste ver que a maioria do público do blog só quer ler sobre aventuras sexuais alheias. Super bem-vindo esse texto sobre os peitos. E interessante ler esses comentários, achei bem machistas!… afinal, esse blog não é exclusivo para macharada se deliciar com as histórias sexuais, certamente muitas leitoras se identificaram com essa questão do peito.

    Agora, quanto à demora, é fato. Certeza que vocês recebem toneladas de relatos de sexo, eu mesmo já enviei um. Os textos têm demorado demais pra sair!

    Beijos.

  10. Eu também passei por isso… até os meus 15 anos não havia me tornado “mocinha”…
    meu corpo só começou a desenvolver depois de começar a tomar anticoncepcional (para regular os hormônios).
    foi bem duro pra mim essa etapa… pois eu era a única “reta” da sala de aula…

    hoje meu corpo esta bem diferente (pra melhor!)
    mas meus seios não cresceram mto!! o que me incomoda! são pequenos e com isso… minha auto estima tbm não é mto boa!!

    apesar de eu sempre ter sido mto elogiada!

    os homens com quem me relacionei nunca reclamaram..rsrs

    mas isso ainda me incomoda!

  11. kkkk como vocês ainda não perceberam, farei um favor a todos; ESTE È UM BLOG GAY kkkkkk só pode, tudo aqui é um misto de ações gays com um toque gay tambem, kkkkk bjo ‘garotass’…

  12. Well, apesar de muitos não terem gostado do texto (acho que esperando mais adrenalina) eu achei bem interessante e pertinente. Gosto de saber como as garotas se sentem a respeito de seu corpo porque isso faz com que eu possa tratá-las melhor. Parabéns!

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