Comida em um banheiro de Brasília (de Londres)

X de Sexo

por Ana

 

banheiro
Crédito: suckmypixxxel.tumblr.com

 

Ele é lindo, inteligente, escreve poesia, roteiros, é de conversa com garrafa de vinho, se dá bem com crianças, faz piada, não teme o ridículo, admira seus amigos, se veste como em um anúncio e você só quer tirar suas roupas para tocar esses braços morenos, acariciar aquela barriga dura e admirar os suaves contornos que aqueles músculos desenham em suas costas.

 

E eu nunca transei com ele.

 

Nós dois queríamos, mas nunca aconteceu. Acho que concordamos, telepaticamente, que seu primeiro Carnaval no Rio não era a situação ideal. Preferimos viver a experiência em blocos separados, experimentar com o desconhecido. Erro. Nossa conquista do desconhecido foi um fiasco.

 

Após cinco dias de loucura carioca ele partiu para Londres. Eu me despedi dele em casa, nem deixou que eu me levantasse do sofá para falar tchau. Ele se sentou sobre mim, segurou meus braços e me comeu o pescoço. “Vou sentir saudades”, me sussurrou depois de um doce beijo na bochecha.

 

Como me arrependi, naquela hora, de ter fingido ser ‘Dora a Exploradora’ nos blocos de Ipanema. Já era.

 

Desde aquele Carnaval, porém, suas mensagens aterrissavam semanalmente na minha caixa de entrada. Às vezes por e-mail, às vezes por celular, às vezes em forma de música. Mas aquela segunda-feira foi diferente.

 

Uma semana antes tinha enviado para ele uma foto. Eu estava no banheiro de um hotel de Brasília, onde eu e meus dedos nos refugiávamos após cada uma das jornadas de uma conferência que durou cinco intermináveis dias. Na imagem, apareço de costas, meio longe, no reflexo de um espelho que cobria a parede inteira. Calcinha diminuta, preta, nuca descoberta, bunda empinada…

 

“Sua bunda é espetacular”,  começou ele naquela segunda às 7h. “Só penso em comê-la”.

 

“Para”, falei, como se alguém estivesse ouvindo.

 

Mas ele não parou.

 

– Quando penso naquela foto… Quando vejo você naquela foto…Só posso me imaginar “owning you from behind”.

 

Prefiro milhões de vezes que me comam em italiano ou francês, mas aquela frase ardeu em mim. Tentei resistir só um pouquinho.

 

– Bom, acho que você vai ter que começar pela frente

 

– Não me fale de regras. Eu gosto de deixar as normas e as regras fora do sexo…

 

“A manhã vai ser dura, estou vendo”, disse eu.

 

– …E se quiser bater em mim, bata. Talvez até te devolvo a bofetada, mas depois continuamos transando como eu quiser

 

Estava difícil sair dessa. Mal sabia eu que me esperava uma cachoeira de mensagens que não seria capaz sequer de responder.

 

-Na verdade, agora que olho a foto de novo, me sinto mais à vontade para te chupar. Não quero que se mexa. Pode ficar assim, como está, só deixando cair um pouco o corpo sobre a pia…

 

– Não da, não estou conseguindo trabalhar [sou especialista fazendo cu doce]

 

– …para que eu possa te chupar melhor

 

-Primeiro vou te acariciar, de leve, com a ponta dos dedos

 

-Com uma mão seguro sua coxa para que você lembre que não vou deixar que se mexa.

 

-Com a outra, te acaricio a bunda e o sexo. E te beijo. O corpo inteiro. Suave. Para ele ir se molhando sozinho.

 

-Agora te seguro com mais força, apertando você, pressionando com a palma e os dedos.

 

-Pressionando o sexo… Para você sentir o que está por vir

 

– Você já está muito mais molhada

 

– E meu pau está super duro

 

– Então meto meus dedos e começo a brincar com eles. Como estou com vontade de te comer inteira…

 

– Começo a passar minha língua pela bunda e as pernas. Não sei nem onde colocá-la..

 

– O que eu quero e que você tente se mexer e não consiga.

 

– Estou lambendo você. Brincando com a ponta, agora dura, depois mole e suave.

 

– Você está com muita tesão. Dois dedos já são poucos. E minha língua já não é suficiente para o que você está pedindo.

 

– E meu pau está cada vez mais duro. Mas eu quero que você goze com meus dedos e minha língua. Quero te morder, caralho!

 

-Você se olha no espelho…

 

“Eu já não consigo trabalhar”, resolvi falar para que pelo menos soubesse que eu também estava naquele banheiro…

 

“Quero que você goze, Por que não tira sua calça? Vamos brincar…”, disse ele.

 

“É saia”, respondi provocando.

 

“Não me importa o que você use. Tire.”

 

“Continua”, pedi.

 

-Todos meus dedos e minha língua estão agora dentro de você. Estendo meus braços para arranhar seus ombros e descer e te apertar os peitos.

 

-Continuo chupando. Agora minhas mãos estão ancoradas nas suas coxas. Te acaricio a bunda com a ponta da língua.

 

-Você geme

 

-Desço mais um pouco. E como se fosse um exército de línguas , começo a passá-la desde a bunda até seu rabo.

 

-As mãos estão apertando seu corpo. Você está sentindo até dor.

 

-Subo, junto com a língua e os dedos. Tocando tudo. Estou em todo lugar, Ana…

 

– Em cada centímetro do seu sexo pede por mim

 

-Mas falta o maior…

 

-Seu sexo quer o meu, e tudo parece pouco e pequeno para você.

 

-Você pede que meta meu pau até o fundo, que te empurre contra a pia e o espelho.

 

-Umedeço minha mão com a língua e me acaricio o pau, como um prelúdio do que está vindo….

 

“Mais, por favor”, eu disse.

 

– Você continua inclinada sobre a pia, com as pernas retas, se oferecendo… Você quer que eu entre logo, mas eu quero brincar ainda um pouquinho mais. Te acaricio o sexo, para que se inflame ainda mais. Parece que vai explodir.

 
– Pego a mão e percorro toda essa zona com meu pau, como antes fiz com a língua. Você tenta metê-lo, mas eu tiro sua mão dali.

 

-Não quero que você faça nada. Sou eu quem está te comendo. Entro quando eu quiser

 

-Você está histérica.  Seu sexo está a um segundo de abrir se e gritar: Entra já, caralho!

 

-Tiro a mão do meu pau e a levo aos seus cabelos. E com um movimento seco e profundo,  estico  e entro.

 

– Te abro por dentro. Você me sente dentro de você como uma barra de ferro de quente.

 

-Puxo dos seus cabelos e dos ombros para entrar ainda mais. Desenho círculos com meu quadril para que tudo lá dentro saiba que já cheguei.

 

(Eu já me retorcia na cadeira)

 

-Agora quero seu peito, quero apertá-lo, mas o faço tão forte que você grita. Então faço ainda mais forte e entro em você mais violentamente. Não sei onde mais tocar.

 

-Enfio o dedo no se cu, porque preciso abrir-te. Entrar em você. Agora você sente meus dedos e meu pau dentro, muito perto um dos outros invadindo-te, chamando-te.

 

-Amo te comer

 

-Saio dali. Te viro

 

-Agora sou eu quem senta na pia. Seguro seu corpo e monto você em mim. E entro de novo. Agora é você quem quer mandar em mim, você acha que chegou seu turno, mas não…

 

“Ok, você conseguiu”, falava a legenda da foto que lhe mandei desde o banheiro, com minha saia no chão.

 

-Perfeito, fica no banheiro.

 

-Você está sobre mim com os pés tocando minhas coxas, te peço que levante o colo, só um pouco. Entro desde abaixo, em quanto seus peitos desaparecem na minha boca.

 

-Você se olha no espelho, você é uma filha da puta gostosa. E você sabe. Te jogo no chão

 

“Acaba logo ou vou explodir”, suplico para ele.

 

-Te viro de lado com as pernas juntas, agora fica mais difícil entrar, mas aperto mais forte. Te seguro uma perna com uma mão e com a outra vou até os peitos, te alço para te dominar melhor

 

-Quero entrar forte, mas começo devagar, marcando o caminho que meu pau vai percorrer  e continuo mais forte e violentamente, você não escapa hoje

 

-Viro você em ângulos impossíveis, para tocar cada um das suas pregas. Estamos perfeitos, sentimos tudo, estamos cômodos, você começa a gemer, cada vez mais alto. Algo está se precipitando.

 

-Estou quase gozando, sei que vou gozar, vou gozar dentro de você, já não tem marcha ré.

 

-Fora, um som seco e constante registra o impacto do meu colo na sua bunda

 

-Estamos quase.

 

-Você começa a gritar: Não pare!

 

-Estico de novo seus cabelos. Estamos a um passo de cair ao precipício, a vertigem está já nos nossos estômagos.

 

-Golpe

 

-Golpe

 

-Colo

 

-Nádegas

 

-Sexo

 

-Suor

 

-Estão vindo

 

-Dois exércitos invisíveis no fragor da batalha

 

-Os músculos se tencionam. Você começa a tremer. Uma força atômica se desprende e explode. E respira. E se libera. E os músculos se relaxam. Nossa, que silêncio. Só consigo ouvir nossa respiração tentando se recompor

 

Coloquei minha saia e arrumei os cabelos antes de sair do banheiro e conseguir escrever sem erros:

 

Desgraçado! O próximo Carnaval a gente passa em Londres.

 

***

 

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Comentários

  1. É disso que todos estão falando!!! Parabéns pelo post, excelente!!! Como é bom saber que existem mulheres que curtem um sexo bem feito e também pq não fazer um sexo anal? Pena que eu encontrei poucas que toparam essa aventura e ler este tipo de coisa está me deixando louco, sedento, faminto… faz 4 anos que eu não sei o que é entrar em um rabo gostoso, insaciável e pedinte… vou procurar ajuda….rsrsrs

    1. Que tipo de garota vc ta pegando? Algumas freiras? Sexo anal nao é mais essa raridade baby. Qualquer garota mais atrevida da a bundinha sem frescura e com os toques certos, la na frente e atras ao msm tempo, se é que vc me entende, a gente vai à loucura. Fica a dica 😉

  2. num blog para maiores de 18 chamar buceta de sexo enquanto chama pênis de pau é no mínimo contraditoriamente broxante.
    pense nisso.
    au revoir.

    1. Morten,
      A única razão para chamar de sexo a buceta é não repetir uma e outra vez as mesmas palavras em um diálogo onde as genitálias são mencionadas a cada linha. Desculpe meu pudor linguístico!
      Ana

  3. Me engana que eu gosto!
    Aposto e ganho que quem escreveu este texto foi um HOMEM, e não uma MULHER.
    O texto têm marcas claras de ter sido concebido por um homem. Visão totalmente masculina.

    1. Querida Renata,
      Por ser uma história real sobre uma troca de mensagens, é obvia a partipação masculina. De fato, deveria dar todo o crédito a ele, porque o mérito do tesão daquela segunda de manhã foi todo dele.
      Beijo,
      Ana

    2. Acho que não me fiz clara, Ana! O que eu quis dizer é que o texto não foi redigido por uma redatora (entendendo o redigir como criar, conceber ficcionalmente, independentemente de ser um fato real, como você quer me convencer), mas por um redator.
      Bj para você também.
      Renata

  4. Eu amei esse post e do vizinho arrumando a pia, ufa foi da leitura direto para os dedinhos em açao…rsrs

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