Abram as pernas para o beijo grego
Por Dolores
Tem nome especial, ele, como acontece com boa parte das coisas que a gente faz na cama, que sempre vem alguém e resolve batizar. Beijo grego. Nome lindo, negócio meio escultura de mármore, e serve para definir quando alguém te enfia a língua no cu, ou vice-versa. Nunca experimentou? Recomendo.
Achar quem me aplicasse um desses sempre foi mais fácil do que esbarrar em alguém que permitisse meu acesso às suas partes mais remotas. Isso em se tratando de sexo hetero, né, porque, quando somos só em minas, a coisa é mais comum, dada nossa relação de boa com nossos traseiros. Já quando botam rapazes vulneravelmente pelados perto da minha boca, tudo meio que muda de figura.
Homens têm noia com a própria bunda, fato. E sobre isso acho que vale até mesmo voltar a falar com mais calma, em outro texto. Hoje, quero conversar especificamente sobre o problema que se torna eu querer lamber o furico de um ou, ainda mais complexo (para eles), quando quero meter a língua lá dentro.
Primeiro que só de tentar chegar perto já tem início um sofrimento. A bunda quase que foge sozinha, rebola, pula do colchão para o ar. Uma coreografia. Uma peça de orquestra, “Tocata e Fuga”, para manter o nível do artigo no mundo das artes, requebrando da escultura para a sinfonia.
Os que resistem a essa etapa e relaxam – poucos -, ainda miram meus olhos com um resquício de pânico, como se a perguntar o que há de vir agora. Oras, queridos, agora vem vida, né. Vem um prazer que você nunca imaginou ser possível, muito porque, como se trata de território ainda inexplorado, a simples ideia de devastar o desconhecido já enche qualquer diafragma do mais puro tesão.
Daí para frente, basta se entregar e viver o momento. Porque ser penetrado não é derrota, pelo contrário, é glória. Não há nada mais singular do que ser desejado ao ponto de alguém querer comer tudo que há de você, bem como desconheço algo mais safado ou impudico do que ter vontade de comer alguém com a própria língua.
Recomendo, repito. Abram seus corações e as pernocas para as novas experiências. Mais que isso: ofereçam vossas bundas, senhores, nem esperem que a moça ou o moço lute para conseguir o que vocês nessa vida mais vão gostar de dar. E, claro, depois voltem no meu e-mail para contar para a Dolores como foi.