Quando três homens se encontram na balada
Há várias diversões envolvidas na função de blogueira de sexo. Uma delas é me corresponder, aos moldes de antigamente, com as mais variadas pessoas. Trocamos e-mails com confidências e opiniões.
Fiquei animada quando um blogueiro autointitulado Homo Sapiens Sampa quis me contar uma história, porque este espaço acaba recebendo muito mais relatos de sexo hétero do que gay e essa não é a intenção. Aqui a cama é para todxs, já diz nossa tagline!
“Era início de fevereiro e o Carnaval chegaria em breve. Eu estava sem muitas expectativas pro fim de semana, mas um amigo me ligou avisando que já confirmara nossa presença numa feijoada pré-Carnaval. Eu não botei muita fé, mas como outros dois amigos iriam, resolvi acompanhar.
A chegada foi meio tediosa, havia pouca gente e música ainda estava baixa. Pensei comigo: ‘Provável furada’. Então, mais gente foi chegando, o lugar começou a encher e aos poucos a chama carnavalesca começou a pegar. O som estava mais alto e as pessoas começavam a tomar a pista central improvisada.
De repente, dois caras me chamaram a atenção. Um deles, altão e encorpado. O outro, baixinho e mais magro. O altão tinha uma cara meio retangular, nariz grande. O baixinho, traços mais finos e jeito de moleque barbado.
Perguntei a um dos meus amigos quem eram. A rapidez na comunicação gay trouxe rapidamente o nome deles: Yuri (grandão) e Fábio (baixinho). Como desconfiava, tratava-se de um casal. Nesse momento, costuma vir aquela sensação de raiva por ver alguém que você deseja com status de “não disponível”.
Mas quem disse que isso era verdade?
A paquera já rolava solta na pista, todos devidamente entorpecidos pelo álcool e pela música. O meu amigo chegou perto do Fábio e começou a puxar papo. Esse meu amigo é muito cara de pau e tenho certa inveja pela facilidade dele em se comunicar. Ele já tinha sacado meu interesse nos dois, trouxe o Fábio até mim e o apresentou: ‘Fábio, esse alemãozinho aqui é meu melhor amigo e ficou muito a fim de você’. Ele deu um sorriso maroto e eu, pego de surpresa, não sabia onde enfiava a cara. Ficamos ali interagindo numa conversa amena e começamos a trocar olhares, inicialmente tímidos, depois mais descarados. Ele me encarava com vontade e com um olhar muito penetrante que começou a me desconcertar.
Então, fui ao mezanino, onde ficava o banheiro. Havia fila, o Fabio também foi pra lá e ficou algumas posições atrás de mim. Continuava a me olhar. Eu entrei no banheiro e ao sair, ele veio falar comigo: ‘Alemãozinho, fiquei muito a fim de você.’ Foi a deixa pra começarmos a nos beijar e eu já o puxei pro final do corredor. Sabe aquela pessoa que você quer muito beijar e leva um tempo até conseguir? Daí quando rola é um beijo que chega a ser sofrido, como se o mundo fosse acabar dali cinco minutos e você não tem um segundo a perder.
Na sequência, ele me cochichou: ‘Você sabe que eu namoro, né? Mas é de boa e eu falei pro meu namorado que curti você.’ Voltamos à festa e ele me apresentou o Yuri. Ficamos dançando todos numa roda, até que o Yuri foi ao banheiro, no mesmo mezanino.
Fabio, então, me fala ao ouvido: ‘Yuri está te esperando. Agora é a vez dele de ficar com você.’ Eu simplesmente não acreditava que aquilo estava acontecendo, estava num fogo maluco e mesmo tendo curtido o Fabio, tinha ainda mais curiosidade pelo Yuri, um tipão meio rústico, quase um terrorista iraniano.
Pois eu subi e bati na porta do banheiro. Quando abriu, o Yuri olhou pra mim e soltou: ‘Vem cá, moleque!’, me deu um abraço forte e começamos a nos beijar. Eu segurava o rosto dele e o beijava com vontade, ele às vezes parava, me olhava, dava um sorriso e voltava a me beijar. Ficamos assim uns cinco minutos até nova batida na porta. Era o Fábio que chegou pra incendiar ainda mais.
Eu, ingênuo, achava que continuaríamos nos beijos, mas o Fabio pôs a mão na minha bermuda e a abriu, abaixou minha cueca e começou a me chupar. Eu fiz o mesmo com o Yuri e, de repente, todos estávamos com as bermudas nos joelhos nos chupando mutuamente, paus e bundas, fora as mãos que deslizavam por cada centímetro dos nossos corpos.
A essa altura já havia reclamação na fila do banheiro, mas ninguém sabia ao certo o que acontecia lá dentro. A gente precisava terminar aquilo ou alguém ia arrombar a porta e ver aquela cena – o que causaria mais inveja do que susto, tenho certeza.
Pra finalizar, o Fabio agarrou o pau imenso do Yuri e bateu uma pra ele até que gozasse no vaso. O Fabio também gozou. Eu não consegui ali, tamanha a adrenalina, mas nem precisava, porque tinha sido muito boa aquela sessão inesperada de sexo oral e punheta entre machos.
Recompostos, abrimos a porta como se nada tivesse acontecido. As pessoas na fila nos olhavam e pareciam não acreditar. Sabe aquele espanto de ver gente que trepa sem muita cerimônia? Foi assim que me pareceu.
Até o fim da festa, nós ficamos dançando juntos e rolou muito beijo a três. Acabamos virando a sensação da festa.
A noite dos moços não acabou aí, conto o fim em breve. Enquanto isso, me manda a sua mais recente safadeza? O e-mail é carmenfaladesexo@gmail.com