Entorpecidos (mas não derrotados) pelo álcool
Por Rebeca
Quero pegar carona numa frase do nosso leitor Mário, no post imediatamente anterior a este, quando ele pega a gata meio bêbada numa festa e vão para um motel. O detalhe é esse “meio bêbada”. Existe um sério problema em tentar fazer sexo com alguém que esteja muito bêbado ou muito entorpecido com outras substâncias. O pau não sobe… E, por outro lado, é uma delícia quando os dois estão “meio” bêbados –o álcool dá uma malemolência divina e, em contato com uma língua quente e molhada, por exemplo, o corpo fica mais eriçado do que o normal.
Pois eis que quero contar um caso antes de frustração para depois outro de pleno êxito. Eu tinha acabado de terminar um namoro e fui me colocar à mostra no mercado dos solteiros de novo. Catei uma amiga e fomos à casa de um colega de trabalho que tinha feito uma balada monstra na casa dele, com início às 16h. Daquelas em que no local só cabem 20 pessoas e tinha umas 100… E, no meio do aperto daquela cozinha (nunca consegui chegar à sala), toda vez que tinha que dar licença para alguém abrir a geladeira, me esbarrava no gatinho –os olhares já tinham se cruzado desde a porta, e eu já estava me esbarrando de propósito nele.
Conversa vai, conversa vem, mil risadas, todo mundo super animado, já fazia umas duas horas que estávamos ali e eu louca para agarrá-lo. Mas o jogo da paquera estava ficando tão quente que era gostoso não beijá-lo de imediato. O som alto nos obrigava a chegar perto do ouvido um do outro para falar, e nessas cochichadas os lábios roçavam a orelha, o tesão era um absurdo. Pouco tempo depois trocamos a parte da frente da geladeira pela sua lateral, para que ninguém nos interrompesse nos amassos. Luz forte na cozinha, todo mundo amarrotado, bebendo loucamente, eram ainda 20h e a gente se atracando ali do lado.
Alguém teve a brilhante ideia de terminar a festa em outra festa, que uma amiga deles estava dando num bairro ali perto. Eu já não aguentava mais olhar para ninguém, queria ficar só com o gatinho. Mas ele estava com os amigos, doido para curtir mais, e foi gostoso ficar ainda só nos amassos. Parecíamos adolescentes se beijando –cada beijo de meia hora sem respirar. Mas a bebida não acabava, o tesão só aumentava e a gente resolveu, lá pela meia-noite ou sei lá que horas, partir dali. Fomos para sua casa. Bem… não demorou para irmos para o quarto e tirarmos a roupa. Mas o pau dele não subiu. Coloquei-o imediatamente na boca para ver se engrenava e nada. Bêbados, nos jogamos na cama e ali mesmo, de qualquer jeito, dormimos.
Quando despertei, o relógio marcava 6h. Eu estava tão puta com aquela bebedeira brochante que catei minha roupa e escrevi um bilhete: “Fulano, tinha um compromisso nesta manhã de domingo, grande beijo”. Sem telefone, de propósito (e rezei pelos dois meses seguintes para não encontrá-lo nas mesmas baladinhas). Algum tempo depois, achei que tinha sido um pouco de preconceito meu, coitado, afinal quem não brocha? Já deu algumas segundas chances. Mas achei, feeling, que esse cara não merecia. O pau dele mole, muito pequeno, já não me encorajava. E fiquei puta de ele não ter parado de beber a certa hora para poder me comer de pau duro.
Daí que eu me viciei em “medir” a bebida de certos pretês. Se estou num bar com algum candidato a transa, já fico preocupada se o cara é daqueles que começam a tropeçar depois de algumas horas. Uma bela alegria alcoólica a mais e está na hora de ir embora. Ou o cara é muito pica-dura para encarar barris e barris e agitar a noite inteira. Eis que numa dessas caçadas anti-exagero-no-álcool, estava num bar com umas amigas e uma delas encontrou um amigo que estava com um grupo de caras. Daqueles encontros que parece um “date” coletivo: cinco homens e cinco mulheres, todos muitos animados, solteiros, loucos para transar numa noite quente de verão e pouca roupa.
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Tinha mirado o meu gatinho e nele me concentrei nos papos. Uma hora estávamos lado a lado, gargalhando, cerveja no copo, e eis que alguém pede cachaça. Sou uma negação ao misturar fermentado com destilados. No máximo, aguento um shot de cachaça ou uísque e só. Não sabia qual era a dele também. Daí que, antes que a garrafa de cachaça chegasse, mudei o papo, certeira e provocativa: “Qual o máximo que você aguenta com cerveja e cachaça sem que arruine a noite de alguém?” Ele entendeu o recado e falou: “Posso tomar uns 10 chopes fácil, mas uma dose de cachaça é o limite se eu quiser algo mais”. E eu, em seguida: “Hoje você está mais para a cachaça com amigos ou para ‘algo mais’”?
Foi a senha para ele virar um shot de vez e me beijar, com a boca ardendo de cachaça. Ficamos ali nuns amassos discretos, logo ele disse que ia ao banheiro, voltou com a nossa parte da conta já paga e disse no ouvido: “Vamos sair à francesa, aproveitando que está todo mundo disperso”. Obediente, fui atrás dele, sem olhar para trás. Fomos parar no apartamento dele, ainda abrimos uma latinha de cerveja para molhar o bico, e não nos aguentamos mais em ficar de roupa.
O tesão estava à flor da pele. Aquelas cervejas, arrematadas por uma dose de cachaça, faziam com que a lambida dele arrepiasse cada poro da minha barriga, da minha coxa, dos meus peitos. Ele também estava em êxtase: o pau duro, latejante, louco para ser chupado. E foi o que eu fiz. Estávamos entorpecidos, e curtíamos cada minuto de beijo, e língua, e chupada. E ali ficamos não sei quanto tempo até que ele me puxasse pelos quadris e me colocasse em cima dele, sentado que estava numa cadeira bem confortável. Não sei se era o álcool ou o tesão, mas lembro de ter cavalgado bem devagar, curtindo cada centímetro do pau dele dentro de mim.
E lembro que o orgasmo foi daqueles de quando estamos entorpecidos (sem querer nem poder fazer apologias…), duram uma eternidade no ápice, como se não houvesse a hora de arrefecer. Ou é a nossa imaginação que quer assim. Mas, de um jeito ou de outro, a imaginação com álcool na medida certa faz o sexo ser um tesão!