G. de sexo – parte 1
Curtimos bastante essa trilogia do nosso leitor Jobin, nome fictício. Esperamos que gostem também. Aqui vai a primeira parte.
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Novembro de 1996. Um ônibus parte do interior de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro. Alunos e professores das três universidades públicas paulistas participarão, ao longo daquela semana, de um congresso internacional. Após o ponto de partida, uma parada em Campinas para embarque da turma da Unicamp. Ela entra no ônibus: minissaia jeans, pernas carnudas, um olhar provocante sob grossas sobrancelhas. Lá dentro todos se calam para admirá-la. Fico de pau duro na hora.
Na viagem, um verdadeiro rodízio de homens a cortejá-la. Ela, ciente que desperta tesão em todos, distribui sorrisos, gracejos, cruza as pernas deixando entrever a calcinha branca de algodão, provoca. Do meu lugar, bebendo todas as cervejas que levara na caixa térmica, imagino correr seu corpo com minha língua.
Chegamos ao hotel e, na distribuição dos quartos, G. é colocada no mesmo apartamento que uma amiga minha, lésbica. É nessa hora que a cumprimento com um primeiro “oi”, já pensando em como me aproximar sem repetir todas as cantadas e provocações que ela recebera durante a viagem. À noite, após o jantar, a investida: “E aí meninas, vamos tomar uma cerveja?”. Elis, minha amiga, já percebera minhas intenções. E colabora, também interessada em desfrutar o corpo e a companhia daquela aluna de educação física.
Muitas cervejas e conversas depois, G. está na minha cama. Delicio-me em sentir seu cheiro, seu gosto, chupo sua buceta como quem nunca desfrutara de algo tão gostoso. Ela geme, uma voz rouca preenche o quarto, vaza pelo vão da porta, inunda os corredores. Eu a penetro com força, ela grita, cavalga sobre meu corpo e alerta: “Não goza dentro que estou no meu período fértil”. Sem nada falar, a viro de costas e penetro seu cu.
Ela geme ainda mais, grita e então eu a preencho com minha porra. Assim passamos aquela semana: trepando a noite toda, incomodando vizinhos de quarto, que nos olhavam com lascívia nas manhãs seguintes. E quando a semana passou, G. desembarcou em Campinas e nunca mais nos encontramos.
Até que, 17 anos depois, pesquisando assuntos científicos pela internet, deparo-me com um rosto conhecido. Ao lado, uma notícia e um contato de email. Sem hesitar, envio a mensagem: “Quem diria que um dia, pesquisando na internet, iria me deparar com um rosto que outrora conhecera, lá pros idos dos anos 90, numa das melhores viagens que fiz em tempos de faculdade? Ah, não resisti à tentação de te mandar um oi”. A resposta é imediata: “Nossa quanto tempo… até hj tenho seu cartão com flores que vc pintou para mim, queria conversar com vc da vida.. Bjoo”.
A senha estava dada; as mensagens se intensificam. Sem saber como é sua vida, arrisco provocá-la: “Madrugada… e acordei lembrando de vc. Adorei ter te encontrado, mesmo que virtualmente. Tbem quero conversar com vc, me passa seus contatos (telefone, skype). Engraçado que depois do cartão, nunca mais nos vimos…que bom que vc o guardou!!! Bjs (com tesão, não posso negar, por esse reencontro)”.
Como ela reagiria? Estaria casada e repulsaria minha investida? Ou se lembraria daquela semana de intensos gritos e gozos e ficaria molhada de imaginação e prazer? Então, a resposta: “Que legal, nem imagina o quanto adorei saber noticias a seu respeito. Você continua poeta, eu adoro, o tesão eu adorei, achei um elogio. Estou separada há 5 meses, fiquei casada durante 10 anos, mas estou muito feliz, acho que não consigo ser presa, mas sou um perigo solta rsrs,”. Pronto! Ela também se excitara; faltava o arremate: “Quero que venha me ver aqui em SP: isso é mais que um convite, é uma cantada e, além do mais, adoro mulheres perigosas!!!”
G. mora no interior, região norte do Estado. Cerca de seis horas de viagem. Começamos a preparar nosso reencontro, com mensagens cada vez mais ousadas: “Estou no trabalho, de pau duro pensando em você”. Ela pede: “Me mostra”. No banheiro, gravo vídeo em que gozo pra ela. “Quero sua porra na minha boca”. “Lembra que eu enchia seu cu de porra toda noite?”. “Sim, delícia, vem gozar no meu cu então”. Passamos às fantasias: “Na época eu fiquei com vergonha, mas hoje eu até toparia aquela brincadeira que você ficava me propondo, junto com sua amiga”. “Uhm, então você está mais saidinha?”, pergunto. “Não fiz ainda, mas dez anos de casamento me despertaram muitas fantasias”.
Meu pau pulsa de imaginar. E, de provocação em provocação, G. declara sua fantasia por um banho de porra, com muitos homens gozando sobre ela: “Só você para me fazer falar isso tudo, me sentir livre assim para qualquer coisa”. Depois de mais uma gozada pelo vídeo, marcamos a data do nosso reencontro: “Primeiro quero você”, ela diz, “depois muitos homens me matando de tesão”.
[continua]