O melhor lugar da festa
por Diana
Quase todo mundo já fez, tentou ou sonhou em fazer sexo selvagem no banheiro de uma festa, bar ou outro estabelecimento público por aí, como contou Rebeca anteriormente. Não sei explicar a origem da fascinação, mas como veterana de banheiros posso confirmar que ela tem razão de ser.
A primeira experiência inesquecível em um banheiro se deu com meus cotovelos apoiados em uma pia, de frente para o espelho, enquanto desconhecidos esperavam na fila do lavatório do lado de fora. A festa em questão era para o lançamento de um livro do Rodrigo, à época um ex-“quase namorado”. Fôramos um casal às avessas: sexualmente exclusivos, mas fora do quarto não havia relacionamento praticamente nenhum. Rodrigo havia sido, no melhor sentido da palavra, meu amante.
Eu havia dado um fim à história mais ou menos um mês antes, e deixei claro que para continuarmos amigos ele não poderia mais tentar me seduzir. Rodrigo concordou, a contragosto. Mas confesso que, quando recebi o convite pessoal para o lançamento de seu mais recente livro, comecei a me arrepender do término. Ele fora até então o homem com quem mais prazer eu tive na vida.
No dia da festa, já estava decidida a tentar seduzi-lo. Me preparei no meu estado mais charmoso, mas sem deixar as intenções totalmente óbvias: calça jeans colada no corpo, bota alta, uma blusa solta e sexy e pronto. Fui sozinha, e já na chegada ele me puxou para o canto para me dar um abraço – mas não insinuou nada, e nem eu.
Findas as dedicatórias de praxe em primeiras edições, os convidados partiram para o loft de dois andares onde a festa rolava solta, regada a tequila e mezcal. Eu planejava me aproximar devagar, e ganhava tempo bebendo com conhecidos e desconhecidos. De vez em quando, parava para falar com Rodrigo, que, apesar de atencioso e educado, não abria brechas para a aproximação que eu pretendia tentar.
Um pouco frustrada, um pouco na dúvida, fui para uma parte isolada do terraço para fumar um cigarro e decidir o que fazer. Pensei comigo: “Chega de enrolação. Vou até lá deixar claro que o quero. Se ele não quiser, pelo menos eu tentei.” Voltei para o salão e fui direto para a roda em que Rodrigo conversava com seu editor e outros escritores. Assim que vi nós dois em um papo razoavelmente particular, eu disse: “Esta é a primeira vez, desde que nos conhecemos, que você me encontra e não tenta nada”. “Você deixou bem claro da última vez que não queria mais que eu tentasse”, respondeu ele. Eu sorri e disse: “Talvez eu tenha mudado de ideia…”. Rodrigo ficou sério por um segundo e falou: “Não brinque comigo.” Eu apenas sorri de novo, e o puxei pela mão para dançar.
Na pista de dança, ele foi aproximando o rosto bem devagar do meu, deixando a tensão crescer, até que me beijou de leve nos lábios. Nos abraçamos e nos beijamos quase inocentemente durante a música inteira. Acho que dançávamos totalmente fora do ritmo, mas a festa, para nós, desapareceu naquele momento. Saímos de mãos dadas até o bar para uma dose mais de mezcal, e depois de beber um pouco Rodrigo já parecia recuperado da surpresa. “Quero te comer agora”, disse ele no meu ouvido, e logo começou a beijar meu pescoço. Sua língua quente subia até minha orelha e ele colocou a mão na minha bunda, puxando meu quadril até o dele. Já dava para sentir a ereção.
Discretamente, coloquei a mão em seu pau, e tive a imagem daquele membro lindo – um dos mais bonitos que já vi – quente, duro, suando por mim. Atrás de nós, a cinco passos do bar, pude notar a porta do banheiro aberta, e ninguém lá dentro. Levei Rodrigo até lá e entramos juntos, trancando a porta atrás de nós. Era o único banheiro visível da festa, e eu torcia para ao menos dez minutos de sorte (e paz) antes da inevitável interrupção.
Rodrigo me colocou sentada na pia e praticamente arrancou minha blusa, chupando meus mamilos com força. Ele parecia querer sugar aquele mês de ausência para fora de mim. Entre a dor e o prazer, desabotoei sua calça e enfiei a mão dentro da cueca, segurando firme em seu pau duríssimo. Pulei no chão, me ajoelhei, e comecei a chupá-lo imediatamente. Foi uma chupada sem preliminares – com a boca bem úmida, coloquei aquele pau lindo inteiro para dentro, curtindo cada centímetro. Chupava com vontade, sem tirar muito o pau para fora da boca. Em pouco tempo comecei a sentir aquele gosto familiar de pré-porra escorrendo sobre a língua. Parei na hora – queria ser comida, e se continuasse naquele ritmo ele gozaria rapidamente.
De pé, me virei para o espelho, coloquei os antebraços da pia, e senti Rodrigo puxar meu jeans, com a calcinha junto, até as coxas. Primeiro ele mordeu minha bunda exposta, mas, com pressa, enfiou o pau com força na minha buceta encharcada. Metia com força, como se para matar as saudades ele precisasse me tomar com crueza. Estávamos os dois loucos de tesão, e a festa lá fora absorvia nossos gemidos. Eu só tentava não gritar.
Bateram na porta, mas não estávamos nem aí. Rodrigo me puxou e, sem tirar o pau de dentro de mim, me deixou de pé contra a porta do banheiro. Enquanto ele me fodia mais e mais, eu sentia com as mãos abertas na porta a vibração do lado de fora, enquanto a fila aumentava e o pessoal batia e batia.
Sem gozar, paramos. Queríamos continuar sentindo aquele tesão louco, o pau duro, a buceta molhada e a vontade de devorar o outro por mais algum tempo. Nem tentamos disfarçar na saída do banheiro – sem olhar para ninguém a não ser um para o outro, fomos juntos, abraçados, de volta para o bar. Outro mezcal refrescou a garganta, mas aumentou a vontade. Percebemos que não ia dar para segurar até chegar em casa.
Com a fila do banheiro crescendo, andamos pelos salões do loft em busca de um canto isolado. O ambiente ao lado do bar, onde funcionava um studio de design, estava vazio e de luzes apagadas. O único problema é que não havia porta nenhuma separando o studio do salão onde a festa acontecia. Qualquer um que andasse até lá se depararia conosco em cinco segundos. Mas, no estado em que estávamos, nem hesitamos. Fomos direto para a parede mais distante da entrada e começamos a nos agarrar. Rodrigo abriu minha calça jeans, enfiou a mão na minha calcinha e começou a me masturbar, sem parar de me beijar. Entre um gemido e outro, ele abaixou a própria calça, deixando de novo o membro duro exposto, e sussurrou uma única palavra: “chupa”.
Eu ainda olhei por cima de seu ombro, quase rindo, com medo de entrar alguém, mas quando voltei a encarar aquele pau, não resisti. Me ajoelhei e o chupei até sentir o gozo explodir na minha boca, engolindo tudo. Lambi até a última gota de umidade do pau de Rodrigo, que me embriagou muito mais do que o mezcal. Trêmulo, mas ainda excitado, ele me ergueu e continuou a me masturbar até que eu também gozei, com as pernas enroladas em suas costas.
Sabíamos que precisávamos de mais. Nos ajeitamos como foi possível e voltamos ao salão só para avisar ao editor que já íamos embora. Ele protestou, mas ao olhar para nós, entendeu o que rolava e não disse mais nada. Levei o anfitrião para casa e transamos até de manhã.
Fico molhada de novo só de escrever sobre aquela noite. Para nós dois, banheiro de festa nunca mais foi o mesmo.