X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 “Cadê o Brad da sua vida?” https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/28/cade-o-brad-da-sua-vida/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/28/cade-o-brad-da-sua-vida/#respond Wed, 28 Jul 2021 14:16:04 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3191 Por Carmen

“Faça um favor para si mesma e assiste a série ‘Sex Life’…”, li no meu WhatsApp a mensagem de uma amiga, referindo-se à primeira temporada da trama que estreou no final de junho na Netflix. Já estava no meu radar – apesar de uma leve rejeição ao velho conhecido clichê de uma dona de casa entre a vida de casada com o marido perfeito (e a casa, e os filhos, e a conta bancária) e o sexo selvagem perdido de outrora. Pois bem.

 

Sex Life
Crédito da foto Divulgação/Netflix

 

Resisti alguns dias, até uma noite, 23h, em que pensei no passatempo breve antes de dormir. Logo no primeiro episódio já me deparei com Cooper, o marido de gel no cabelo, bonzinho e bem-sucedido no mercado financeiro. Também, com Brad, o cara gato de cabelos displicentes, indomável e com um trauma de infância capaz de fazê-lo o melhor produtor musical de Nova York e o amante perfeito para noites de transas intensas.

A exemplo da cena do flashback do primeiro encontro, logo no primeiro episódio, em que, a certa altura, nossa protagonista, Billie, está diante do skyline da cidade, na piscina da cobertura de Brad, onde trocam o primeiro beijo, seguido de um striptease dela para ele – apenas calcinha e botas – e de um mergulho na piscina, os dois nus, e ele a colocando sentada na borda para morder seus seios de leve antes de um caprichado sexo oral. “Cadê o Brad da sua vida?”, reli naquela mensagem de quem me conhece tão bem.

Passava das 2h30 da madrugada, quando desliguei à força, exausta e cheia de tesão pelos relatos de Billie no diário que começa a escrever em seu MacBook – lido minuciosamente pelo marido dela, às escondidas. Sem mais spoilers, o estilo “soft porn” para mulheres funciona, apesar da previsibilidade. Corpos lindos, ambientação ora misteriosa, ora cheia da angústia de uma mulher que escolheu abrir mão do melhor sexo da sua vida pela segurança de uma relação morna.

 

Sex Life
Crédito da foto Divulgação/Netflix

 

Recomendo. Você vai se deliciar com a dedicação de Brad para fazer Billie gozar, seja no banheiro de uma casa noturna, seja no elevador durante um pequeno trajeto, seja na mesa do restaurante, seja nos túneis do metrô, seja no chuveiro (por trás), seja no sofá da sala; ela sentada por cima dele, ele segurando gentilmente seus quadris, olhos nos olhos, bicos dos seios massageados, um pau enorme e uma paixão avassaladora.

Seja, ainda, nas tentativas do marido ideal de reconquistar o interesse insaciável que desconhecia na sua esposa quase perfeita. Depois você me diz se apostaria a sua própria vida ao lado da segurança que só um Cooper pode proporcionar, caso tenha tido a sorte de encontrá-lo, ou da emoção contida em um Brad – este, espero, já ter aparecido ao menos uma vez na sua trajetória…

Maratonei a primeira temporada em, no máximo, três noites de silêncio em casa, me masturbando junto com a Billie, sentindo um arrepio nas costas ao vê-la sucumbir à sedução daquele amante impecável, me lembrando de como é potente se sentir escandalosamente desejada e livre (assistir sozinha é melhor, garanto) – e de como é aconchegante sentir o amor e a lealdade de alguém. Finalmente, respondi à provocação da minha Sasha (a minha melhor amiga na vida real)… “Isso não se faz, recomendar uma série dessas para quem está há anos num relacionamento estável. Resta saber, na verdade, cadê a Billie em mim…”. (Ou em você!)

 

 

 

 

 

 

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Tesão sem prazo de validade https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/05/tesao-sem-prazo-de-validade/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/05/tesao-sem-prazo-de-validade/#respond Fri, 05 Feb 2021 15:40:23 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3125 Por Carmen

Atingi um marco sexual histórico na minha vida. Oficialmente, sinto tesão por uma mesma pessoa há mais de cinco anos. Isso é inédito. Nos meus relacionamentos longos do passado, sempre vivi um dilema de tostines: perdia o interesse na cama porque tínhamos problemas fora dela ou a falta do frio na barriga do sexo conhecido gerava o fim do namoro?

O fato é que depois de algum tempo de paixão seguida de paulatina acomodação desde a primeira vez que tinha encostado naquele determinado pau, eu já não o queria mais por perto. Os beijos incomodavam, as mãos causavam cócegas – e apenas isso. Meu corpo ficava tenso ao toque. Orgasmos viravam lembranças. Ainda insistia mais um tempo, mas eu já ansiava por algo novo.

 

casal na cama
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

Eu temia que esse momento chegasse agora também. Questionava se o problema estava em mim. Sou uma pessoa movida pela sedução, pela expectativa no sexo? A grande revelação da vida, para mim, era como se manter atraída quando havia intimidade em excesso.

Este fantasma da superficialidade do meu ser sexual ainda me assombra quando ficamos um tempo maior sem transar ou quando rola o sexo daquele jeito mais mecânico, ou ainda quando a minha taxa de orgasmos por números de trepadas cai abaixo de 100%.

Mas, desta vez, acaba sempre vindo o repique, a retomada. Uma transa espetacular na quarta-feira à noite. Um oral dedicado quando eu não consegui chegar lá com a penetração. E eu espanto as assombrações e relaxo.

A educadora sexual norte-americana Emily Nagoski defende que “manter a chama acesa” em relações de longa duração não depende de frequência ou aventuras sexuais. “Quando um casal não consegue manter as mãos longe um do outro, eles são dominados pelo que os pesquisadores chamam de ‘desejo espontâneo’. Embora esse tipo de desejo seja ótimo, não é o único – também há um desejo ‘responsivo’”, comentou em sua palestra TED. O desejo espontâneo surge em antecipação ao prazer e o responsivo, em resposta ao prazer.

Ela dá um exemplo de como o desejo responsivo aparece: “Você coloca seu corpo na cama, deixa sua pele tocar a pele de seu parceiro e permite que seu corpo acorde e lembre-se: ‘Ah, certo, eu gosto disso; Eu gosto dessa pessoa’.”

Eu me identifiquei.

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Sexóloga fala sobre tesão (ou a falta dele) na quarentena https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/#respond Fri, 05 Jun 2020 01:56:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2950 Por Dolores

Talvez nunca se tenha falado tanto de sexo e se feito tão pouco sexo na história da humanidade quanto agora, durante a quarentena. Isolados em nossas casas, às vezes acompanhados, às vezes sós, temos pensado muito nas maravilhas da cama, mas desfrutado bem menos delas – afinal, como é que faz para o tesão resistir às inseguranças, medos e frustrações causadas pela pandemia?

A sexóloga Carla Cecarello, porta-voz da K-Y no Brasil, explica por que nos sentimos desse jeito, e ajuda a entender se o que tem acontecido entre nossas quatro paredes é esquisito ou esperado. Leia a entrevista com ela.

É normal que casais que morem juntos queiram fazer menos sexo durante a quarentena? Por que isso acontece?

Isso pode acontecer sim. No início essa não era a realidade em maior parte dos casais, pois uma grande parte deles estava considerando a quarentena uma grande oportunidade de fazer mais sexo e experimentar novas práticas, adquirindo produtos no mercado erótico. Com o passar da quarentena, onde muitas pessoas ficaram mais atribuladas, com mais trabalho e mais preocupadas com o futuro extremamente incerto, algumas passaram a não dormir bem e a desenvolver um alto índice de ansiedade, o que consequentemente fez o sexo ficar em segundo plano. Devido a isso, muitos casais não estão querendo ter uma frequência sexual razoável na quarentena. Alguns casais até começaram a entrar em conflito, e a gente sabe que em outros países, como China, França e Itália, o índice de divórcios aumentou pós quarentena.

Há algo que os casais possam fazer para ter mais vontade e, consequentemente, aumentar essa frequência?

Sim! Sempre há algo que os casais podem fazer, basta que ambos queiram fazer. É necessário que eles percebam que a coisa não está legal, que a frequência diminuiu ou que a cabeça está em outro lugar e não no relacionamento. De alguma forma, os casais precisam perceber que precisam fazer essa melhora. Isso é muito importante. O primeiro passo a ser dado é conversarem sobre, dividindo suas angústias. Posto isso, o casal pode começar a promover novas possibilidades e pensar em sex toy para despertar a relação. Caso o casal nunca tenha utilizado brinquedinho, creminho, gelzinho ou coisa do tipo, eles podem começar com algo mais tranquilo, e juntos encontrarão algo.

Como lidar com a culpa quando um parceiro quer mais ou menos que o outro?

Quando um parceiro quer mais ou menos que o outro, e isso começa a gerar uma culpa, não há muito o que fazer além de conversar a respeito. É necessário expor suas angústias e expectativas, pois isso poderá ajudar a acertar os ponteiros.

Por outro lado, alguns casais têm aproveitado o momento para se relacionar mais intimamente. Pode ser legal experimentar coisas novas? Quem nunca fez sexo anal, por exemplo, agora é um bom momento pra testar?

Sim. Esse momento fez com que muitos casais resolvessem dar uma atenção especial ao sexo. Então, com um tempo maior juntos, é possível se aventurar em novas práticas. É muito legal experimentar coisas novas, mas é importante que o outro também queira. Não adianta o desejo ser só de um lado, ele precisa ser de ambos. Antes de começar uma nova prática, a conversa é necessária. Estamos vivendo um momento onde os sentimentos estão potencializados e isso pode gerar um certo conflito. Quem nunca fez sexo anal, esse pode ser um ótimo momento, pois essa é uma prática que exige um certo tempinho e uma adaptação, pois não é de primeira que vão conseguir.

empty bed - Well of Life Center

Por falar em sexo anal, esse é um tema bem recorrente aqui. Quais são suas dicas para quem está começando?

O casal precisa se informar e até mesmo assistir algum vídeo. Eu mesma tenho um vídeo no YouTube onde explico o passo a passo para fazer o sexo anal. Essa é uma prática que exige uma grande entrega, e é possível sentir muita dor. Então, é preciso realizar com calma. Também é necessário lubrificar bastante o ânus para poder fazer a penetração deslizar bem. O gel lubrificante vai ajudar a deslizar melhor. Tem que iniciar a prática com o dedo para depois iniciar a prática com o pênis. Então, é necessário que o casal tenha tempo e tranquilidade para poder realizar o sexo anal, por isso a quarentena é um ótimo momento, já que os casais estão juntos 24h. Trazer novidades para a relação pode ajudar muito, mas o diálogo é muito importante antes de qualquer prática.

Os solteiros têm brincado muito nas redes sobre estarem quase desesperados para transar com alguém. Você acha que é possível estar assim com essa libido tão aflorada após dois meses e meio sem sexo? O ser humano não consegue ficar esse tempo sem transar, ou pode ter alguma relação com a necessidade de passar para os outros a imagem de alguém muito cheio de tesão o tempo todo?

Realmente é muito difícil, principalmente quando se é mais jovem, pois há uma necessidade maior, até por conta da parte hormonal. Além disso, eles sentem uma necessidade de “não perder tempo”, de ter um maior conhecimento das situações, principalmente para quem já tinha uma prática sexual. Existe mais vontade de querer estar junto com alguém, ter a pele com pele, e também a vontade de querer seduzir. Eu vejo que os solteiros estão aderindo às conversas em sites e aplicativos de relacionamentos para conversarem com as pessoas e trocarem conversas picantes. Alguns estão se masturbando um pouquinho mais, para poder ter uma satisfação por enquanto com aquilo que se tem. Existem, sim, as pessoas que querem passar a imagem de que são cheios de tesão o tempo todo, mas eu realmente vejo que isso não é o caso de muitos jovens solteiros que estão passando por esse momento.

Para quem está nessa situação, sozinho em casa: muita masturbação pode viciar?

Para quem está sozinho a masturbação tem sido a grande saída. Pode acontecer de viciar sim, mas aí nós vemos que a pessoa já tinha uma tendência a não se expor muito. Geralmente ela é uma pessoa mais tímida, e que já tem uma certa dificuldade para se aproximar do outro, então a masturbação nesse momento pode intensificar esse tipo de traço de personalidade. Agora, para as pessoas que gostam de estar com o outro, gostam de pele com pele, e gostam do jogo de sedução, a masturbação não vicia. Ela pode aumentar a frequência, mas não viciar.

E como variar a masturbação, para que ela não se torne monótona ou mecânica?

A masturbação pode ser variada com alguns produtos que estão no mercado erótico, como os masturbadores. Existem opções femininas e masculinas. O gel lubrificante que esquenta também é uma ótima alternativa para trazer um diferencial para a masturbação. A minha única preocupação no caso das mulheres que nunca se masturbaram, e que estão precisando se masturbar no momento, pela falta de uma parceria, é que alguns vibradores e masturbadores vão oferecer a ela uma frequência, uma pressão e um ritmo que nenhum dedo ou boca poderá fazer depois. O cérebro registra um certo ritmo que uma pessoa ao vivo e em cores não vai oferecer. Então, quando ela estiver com outra pessoa, será desmotivador. Por isso é importante tomar um pouco de cuidado.

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Quem é você na quarentena quando o tesão bate? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/27/quem-e-voce-na-quarentena-quando-o-tesao-bate/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/27/quem-e-voce-na-quarentena-quando-o-tesao-bate/#respond Mon, 27 Apr 2020 15:21:42 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2921 Por Carmen

A brincadeira começou no Instagram, foi pro Whatsapp e terminou, animada, no Zoom. Todo mundo confessando como tem feito para lidar com a vontade de transar, quando as opções (de personagens, cenários, roteiros)  se limitaram tanto.

Afinal, quem você tem sido quando o tesão bate nestes dias de confinamento?

 

sexting
Crédito da foto Pinterest

 

  1. Tenho ido atrás de ex.
  2. Não paro de escrever nas redes sociais como sente falta de sexo.
  3. Troco mensagens sexuais com umas cinco pessoas ao mesmo tempo.
  4. Arrumei namoradx virtual no Tinder.
  5. Me masturbo às duas da tarde de uma quarta-feira (e outras várias vezes ao longo do dia).
  6. Ando cansado demais pra transar.
  7. Estou transando muito mais que antes.
  8. Estou comprando online compulsivamente brinquedos sexuais.
  9. Fiz ensaios caprichados de nudes aproveitando as tardes de por do sol incrível.
  10. Avancei além do sexting e passei para uma live.
  11. Descobri o mundo X dos vídeos.
  12. Procurei por todas as séries e filmes que têm cenas calientes.

E você? Rolou identificação com algum comportamento? Quer contribuir para a lista?

Queremos saber, responda para o falecomxdesexo@gmail.com

 

 

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Sexo anal, prazer em conhecê-lo! Um relato da 1ª vez https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/26/sexo-anal-prazer-em-conhece-lo-um-relato-da-1a-vez/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/26/sexo-anal-prazer-em-conhece-lo-um-relato-da-1a-vez/#respond Thu, 26 Dec 2019 12:19:04 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2810 Por Carmen
“Sou leitora assídua do blog, e confesso: está aqui nestes posts os textos mais esclarecedores e verdadeiros que li recentemente sobre essa coisa tão boa, tão adiada e, temos que admitir, impopular entre as mulheres: o maravilhoso sexo anal.

E taí uma das melhores coisas deste ano, ter aprendido a adorar dar o rabo.

Anal
Crédito da foto: Suck My PIxxxel
Ele não é nada simples de começar a fazer. Dói até você se encontrar nele, dói mesmo quando você se encontra, não é todo dia que encaixa. Mas putaqueopariu, como é bom sentir o pau do teu homem enfiado até o fundo.

Com meu namorado eu derrubei o mito que é impossível fazer anal com o pau grande, porque o dele é. ‘Sofri’ a certa altura do relacionamento, quando achava que aquilo seria um impeditivo pro anal. Se só o dedo já me fazia sentir dor, imagina aquilo tudo. E foi assim por um bom tempo, dedo e dedos, para ir testando.

Até que um dia, dentre todas as confissões de temor meu e desejo insano dele, rolou o meu pedido: come meu rabo? Por favor? Agora?

E foi. De lado, com MUITO lubrificante (sem ele fica impossível). Enfiando a cabeça, eu relaxando, até que pasma eu disse: seu pau está inteiro? Ele disse que sim, quase sem poder falar de tanto tesão.

Fiquei inconformada de ter cabido, e louca de vontade de ele meter de fato. Tirar e colocar o pau em mim. Começou devagar, bem devagar, até que a loucura do vinho e do tesão insano nos levaram a ele estar METENDO, muito, duro. Sentia o quanto o estava apertando, porque meu rabo é apertado.

E no meio daquilo, tinha a certeza: seria (e foi) um caminho sem volta.

Ainda me considero uma novata, apesar de já termos feito várias vezes. Até aqui, sei que:
– de lado é mais fácil começar que de quatro;

– precisa estar relaxada e devidamente lavada;
– você pode adorar, mas não querer todo dia nem sempre, e tudo bem;
– você deve provar vários lubrificantes até achar o que prefere;
– a burocracia existe (melhor post do X do ano, hehe, leia aqui.
Então, obrigada, 2019. Você foi de transas incontáveis de sensacionais, mas descobrir a felicidade de dar o cu assim está no topo da lista.”
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A falta que o tesão me faz https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/10/17/a-falta-que-o-tesao-me-faz/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/10/17/a-falta-que-o-tesao-me-faz/#respond Thu, 17 Oct 2019 18:45:17 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2772 Por Dolores

Em uma reunião de amigas, não muito tempo atrás, comentei que convidava meu namorado pra transar todos os dias – às vezes uma vez, às vezes mais. Elas riram, achando que era piada, mas repeti a estatística e todo mundo fez cara de espanto. “Mas, gente, eu tenho vontade duas vezes por semana, no máximo”, disse a maioria, e fiquei ali me sentindo um alien tarado transpirando testosterona.

De lá pra cá, muita coisa mudou. Boletos, perrengues, cólicas, tretas. E foi quando finalmente me senti pertencendo 100% à minha gente: nem mesmo os vídeos mais lubrificantes da internet têm me feito pensar em sexo.

Experimentei esfregar diariamente o tal creminho de hormônios nas coxas, em vez de dia sim, dia não, como havia mandado o médico. Sim, eu sabia dos riscos de ficar com um clitóris enorme e de me crescer um gogó, mas meu objetivo era importantíssimo, porque havia uma reputação a se honrar. Como assim eu deixava de ser a máquina de sentar na cara que sempre fui?

A aplicação diária não surtiu efeito algum além dos pelos que ficaram mais grossos. Toma maca peruana, sugeriu um amigo no WhatsApp, parece que a mina dele vinha ingerindo uma cápsula de manhã e arrancando a cueca dele com os dentes à noite. O que é que custava?

Custava R$ 60 o mês, no total. Melhorou minha circulação, fiquei com menos celulite, passei a fazer xixi a cada 20 minutos, mas, querer foder, que é bom, nada.

Resultado de imagem para deserto

Houve quem dissesse que era problema espiritual. Que meu chacra da xoxota estaria bloqueado, e, assim inviável, me fazia ficar com a libido baixa. É em terreiro que tem que ir, perguntei confusa, e me explicaram que bastava uma sessãozinha de reike pro negócio voltar a fluir com leveza. Pois abriram, alinharam, ajustaram a cor de cada um dos meus pontos de luz, mas a situação continuou preta.

Será que a questão são os parceiros? Sou do tipo que de fato se enjoa rápido do mesmo corpo, especialmente se ele não for dos mais suculentos ou funcionais, então podia ser que eu estivesse sofrendo de tédio diante do rodízio dos mesmos pintos.

Acionei contatinhos, comprei calcinha nova e entrei em campo focada na minha missão. Fracasso – nem mesmo a melhor das opções na agenda telefônica foi capaz de me motivar.

Vai ver eu morri e não tô sabendo. Esse deve ser o céu, e aqui realmente não se transa.

E há o fato de que a vida não para enquanto você está sem tesão, né – e, no caso de alguém que escreve sobre sexo, esse quadro é ainda mais cruel. Algo como um cozinheiro de dieta que tem que fazer cheesecake todo dia. Ou um instrutor faixa-preta de caratê que quebrou a bacia e precisa ensinar o ippon à nova turma. Puta enrascada, por todos os lados.

Como é que se sai disso? Como é que se volta a ser o alien tarado da turma, aquela que, até uma semana atrás, vivia pronta, com a calcinha de lado, só esperando para encontrar alguém disposto a se encaixar por trás de mim, curando aquele desespero delícia que o excesso de tesão causa?

Pois foi por isso que vim gritar esta queixa. Porque imagino que essa nossa relação, leitora e leitor, tem que ser uma via de mão-dupla. Ajude sua escritora favorita a reconquistar a libido e a voltar a subir pelas paredes: compartilhe aqui nos comentários, ou no email do blog, aquela sua dica mais poderosa da vida. A recompensa, prometo, vai ser o texto mais safado que eu puder publicar por aqui.

 

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Vida longa ao tesão https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/09/30/vida-longa-ao-tesao/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/09/30/vida-longa-ao-tesao/#respond Mon, 30 Sep 2019 20:59:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2764 Por Carmen

Meu tesão nunca durou tanto.

 

 

Até então, meus relacionamentos acabavam antes do desejo amainar, e isso me arrasava. A alternativa era pior, meu tesão escapava como ar, silenciosamente, por debaixo da porta, e o namoro ficava ali, sem fôlego, agonizante, até dar o último suspiro.

Então me pego pensando que estamos, eu e ele, à beira de completar mais um ano juntos e, pasme, eu ainda sinto desejo, muito desejo. Não viramos amiguinhos, apesar dos estresses comezinhos. Não transamos apenas em dias especiais, apesar do cansaço da rotina. Eu não virei mãe, não sinto pena, nojinho ou bode dele.

Ainda piro quando sinto seu cheiro, quando o vejo sair do banho com o pau balançando, as coxas duras molhadas e a bunda máscula. Não perco oportunidades de lamber seu pescoço quando nos sentamos no sofá, de chupar seu pau quando apagamos as luzes, de enfiar a mão dentro da calça dele quando voltamos a pé depois de jantar, de beijar de língua enquanto o elevador desce do 10º andar para o 2º subsolo.

O sexo mudou sim. Já não transamos em pé na cozinha. No carro, às 15h, de uma quinta-feira, foi só uma vez. Preferimos na cama, de ladinho, a maior parte das vezes. Porém, só de saber que, assim que quisermos, podemos trocar o apê pelo motel, o papai-e-mamãe por uma cavalgada animada e o silêncio cúmplice pelas sacanagens excitantes, são sinais que nosso tesão goza de boa saúde e vai superar ainda mais sua expectativa de vida.

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Diário sexual de uma grávida https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/07/07/diario-sexual-de-uma-gravida/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/07/07/diario-sexual-de-uma-gravida/#respond Sun, 07 Jul 2019 13:19:13 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2694 Por Carmen

“Faz 43 minutos que meu marido saiu para trabalhar e eu ainda estou na cama. Eu poderia falar de noites mal dormidas ou da minha digestão preguiçosa, mas eu estou concentrada na sensação do edredom sobre o meu corpo seminu. Sinto tesão. Eu vivo com sono, vontade de comer empada e tesão, esse pode ser um dos resumos da minha gravidez.

Estou decidida a levantar, mas resolvo cumprir antes o que se tornou um ritual desde que minha barriga começou a crescer para valer. Fecho os olhos, abro as pernas e levo meus dedos para brincarem nas minhas dobras úmidas. Elas estão constantemente úmidas. Estou com um volume de sangue 50% maior que o normal, e a sensibilidade da vagina, consequentemente, é maior. Em uma reação em cadeia, tive aumento da lubrificação e, em paralelo, a mucosa está mais espessa. É como se eu tivesse produzindo um KY natural – o tempo todo.

 

Crédito da foto Pinterest

 

Gozo rápido e tento seguir com a minha manhã. Por algumas horas, esqueço o desejo de ser preenchida por um pau, dedo, dildo, o que for. Mas perto da hora do almoço, bate uma fome sexual novamente e começo a olhar de esguelha para o sofá convidativo.

Sento quase deitando e pego o celular. Eu nunca tinha assistido à pornografia pelo celular até virar essa ninfomaníaca barriguda. Antes era só na TV e, geralmente, no motel, nos tempos de namoro, e considerava totalmente dispensável. Agora tenho meus sites preferidos, vídeos recorrentes, que assisto duas a três vezes por dia. Sinto repulsa pelos vídeos de grávida, mas curto temas variados. Gozo sempre antes de terminar.

Enquanto segue a tarde, me pergunto se esse excesso de orgasmos e penetrações não seria ruim para o bebê. Sei que soa bobagem, mas gestação traz esse tipo de piração. Nos sentimos culpadas pela taça de vinho, pelo sushi e até pelo prazer.

Quando a noite cai, vou tomar banho e olho para a minha barriga. Não me sinto sexy, mas isso não me broxa nem um pouco. Mais uma vez escolho um vídeo e acaricio meu clitóris até latejar. Fico pensando se mais tarde vai rolar sexo com meu marido. Quando ele chega, falamos do enxoval, do morfológico e do presente da tia dele que chegou por Sedex. Ele não sabe das minhas pausas na rotina para ver xvídeos.

Ao deitar na cama, estou com o corpo todo cansado, mas a xoxota continua acesa, como se tivesse coberta por lâmpadas de led. Encosto minhas pernas nas dele, que vem para cima de mim. Imediatamente fico tensa, aflita com a pressão na minha barriga. Ele percebe e desiste. Não tenta a posição de lado nem lembra que existe oral. Dorme. E eu pego o celular.”

 

 

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O único defeito dele https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/03/o-unico-defeito-dele/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/03/o-unico-defeito-dele/#respond Fri, 03 May 2019 15:50:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2631 Por Dolores

Gosto quando é dia de fazer o trajeto de volta a pé, os quase dez quarteirões entre origem e destino ainda ensolarados do fim de tarde. É bom pra ver gente, dizem. Tomar um ar. Verdade, que a essa hora tem o pessoal largando o expediente para subir nos ônibus etc e tal, mas tem também uma frequência maravilhosa que é meu verdadeiro foco: os caras indo para a academia.

 

sexo
Crédito da foto Pinterest

 

(Parêntese rápido. Os caras voltando da academia são ainda melhores, porque estão invariavelmente suados e há algo no cheiro dos seus braços, virilhas e pescoços que aciona um botão importante entre as minhas coxas, porém o horário em que eles flanam pela rua é inviável ao meu passeio, e por isso preciso me contentar com aqueles que ainda não suaram o suficiente. Tudo bem).

E eis que, terça-feira passada, dobrou a esquina um rapaz inédito – tendo a memorizar todos e eleger favoritos -, short cinza, camiseta preta, tênis feio, visual de praxe. Alto. Cabelo quase claro, olhos verdes, nariz bem feito e uma bunda redonda e dura coroando as pernas bem compridas, magras e firmes. Meu número.

Tomava água, além de lindo é saudável, e apertou o passo de repente. Precisei acelerar a ponto de quase ficar sem fôlego para não perdê-lo de vista, a distância segura para eu continuar lambendo-o de maneira imaginária é de, no máximo, quatro metros.

Ele é bem alto, falei, né? Escrevi metros aqui e fiquei pensando sobre o tamanho do pau. Homem grande e magro, o cenário é favorável.

Alcanço-o, reestabeleço o distanciamento ideal, e ergo o queixo o máximo que posso para, feito cadela no cio, tentar sentir seu cheiro antes de fazer esforço. Será que ele é daqueles que já chegam deliciosos à academia?

Cogito tirar uma foto enquanto seguimos nessa marcha atlética, lembro que pode ser que seja crime, volto o celular ao bolso e fantasio como seria se estivéssemos em um posicionamento inverso, ele caminhando atrás de mim, e eu de repente interrompesse, brusca, os passos, ele trombaria direto na minha bunda, talvez ali a gente já se enganchasse, talvez ele me puxasse os cabelos em reprimenda, garotas boas não freiam assim sem avisar.

O farol fechou e, que bom, ele precisou parar, agora estamos bem perto um do outro, ele ainda não sabe que existo, se eu esticar o braço minha mão atola na bunda linda. Tusso. Ele deve ser surdo. Mede o fluxo de carros vindo dos dois lados, talvez não escute, mas é gostoso e esperto, vamos, amor, vamos juntos atravessar essa rua.

Desce a sarjeta. Olha pra baixo. Fecha os olhos com força.

Cospe no chão.

E não cospe um cuspinho de esforço, excesso de salivação, não é um chiclete, não é nada urgente, não tem justificativa. O gostoso escarrou na faixa, aquela gosma estirada entre um retângulo branco e outro, agora escorrendo dada a inclinação típica do bairro.

Vira pra trás, me vê. Agacho para amarrar meu sapato sem cadarço. Em silêncio, penso que não seria de todo mal se um peso de 40 kg despencasse sobre sua boca no meio do treino. Só hoje. Chego em casa e tomo um banho, na tentativa de tirar do corpo qualquer gotícula de baba que o gostoso da Aclimação possa ter me transmitido.

 

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O sexo oral executivo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/08/30/o-sexo-oral-executivo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/08/30/o-sexo-oral-executivo/#respond Thu, 30 Aug 2018 18:26:07 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2465 Por Dolores

Assim como dá para fazer bolo com mistura pronta do supermercado, ou bolo com ingrediente fresco e criatividade, na cama também é possível fazer as coisas com dois níveis de dedicação.

executivo
Crédito da foto: Pinterest

O nível básico é quando a gente está cumprindo roteiro pré-fabricado, geralmente seguindo o que faz mais sucesso nos vídeos pornô da internet, algo como beijo na boca, seguido de dedo nas coisas, seguido de boca nas coisas, seguido de coisas nas coisas, e o arremate com um gozo jorrando para fora porque é mais cenográfico e dá audiência.

Já a dedicação nível executivo é quando alguém – ou ambos, ou todo mundo – decide que não está ali para brincadeira, e encara a trepada como a mais importante da vida. E é em situações como essa que, atenção para um spoiler, é possível deixar uma mulher arrebatada.

No meu caso específico, há um botão que, quando apertado, vira um caminho sem volta. E esse botão se chama “sexo oral”.

Se mal executado, bem, para isso não dediquemos nem uma linha, que não vale a pena. Se executado no nível básico, hum, talvez eu fique quase feliz. Mas, se os músculos da boca e da língua estão preparados para me oferecer o nível executivo, ah, aí periga de eu pedir para morar junto no primeiro encontro (brincadeira, calma, respira).

Mas, o que seria o sexo oral nível executivo, Dolores, você, amado leitor, agora me pergunta, e eu respondo que a chave não está apenas nos movimentos de lambida e sugada no clitóris e arredores, aquilo tudo que a gente aprende em gráficos e mais gráficos cada vez mais disponíveis online (obrigada, internet). A chave está, também, no que vem depois.

Porque, para mim, poucas coisas são tão deliciosas – e tão executivas – quanto, voilá, a penetração pós chupada. Duvido que essa nomenclatura seja uma categoria disponível nos sites especializados, mas, aqui em casa, ela é uma das top 5. E isso porque, justamente, a penetração pós chupada é, a meu ver, uma das maiores demonstrações de dedicação na cama que alguém pode atingir.

O homem ou a mulher que chupam uma mina, que fazem ela sentir prazer com toda calma do mundo, sem apressar as coisas ou forçar uma barra, e que, depois de tudo isso, ainda se enfiam dentro do corpo dessa pessoa, ai, gente, eles são criaturas a ser canonizadas.

Eu acho linda a doação que é engolir e invadir alguém em seguida. E acho um tesão imenso se esse alguém acontecer de ser eu.

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