X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Rola papo de sexo no Clubhouse? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/10/rola-papo-de-sexo-no-clubhouse/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/10/rola-papo-de-sexo-no-clubhouse/#respond Wed, 10 Feb 2021 17:52:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3128 Por Carmen

Um clube exclusivo soa sugestivo, mas a falta de anonimato pode ser uma barreira para que rodas de papo sobre sexo peguem fogo na mais nova rede social do pedaço.

Foi no fim de semana passado que, em um espaço de 15 minutos, vi três postagens no Instagram de gente comentando sobre o ClubHouse. Não demorou para eu entender que a moda da vez é trocar áudios, em conferência virtuais, sobre os mais variados assuntos – por enquanto, disponíveis apenas para quem recebe convite para entrar e tem Iphone.

O formato de salas, em que o usuário entra e sai, lembra os veteranos chats, que tanto fizeram (e ainda fazem) a festa da galera sedenta por uma interação mais picante e anônima na rede.

 

sexo ouvido
Crédito da foto Pinterest

 

Fui conferir se o tema sexo já aparecia nas discussões. Novos adeptos estão chegando à medida que os convites são distribuídos e salas são criadas o tempo todo, mas o que encontrei nos últimos dias me deu a impressão que há potencial para um match, mesmo sem fotos, vídeos e apelidos participando da festa (é só áudio mesmo, ao vivo).

Não encontrei nada em português, mas, em inglês, já existe “clubes” como o Sex+Bodies+Health (222 membros, 3.1k seguidores), para “quebrar estigmas e tabus em diálogos com sexólogos e empreendedores de sex-techs ou fem-techs (empresas de tecnologia voltadas para sexo e público feminino), entre outros. No SexTalk@1AM (330 membros, 1.6k seguidores), a proposta parece mais quente já que é descrita como sexualmente explícita, e o horário de abertura da sala, na madrugada, claramente é um estímulo para uma conversa mais solta e ousada.

Acompanhando!

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 O dia que me peguei fazendo manutenção do sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/18/o-dia-que-me-peguei-fazendo-manutencao-do-sexo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/18/o-dia-que-me-peguei-fazendo-manutencao-do-sexo/#respond Sun, 18 Aug 2019 20:34:06 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2718 Por Carmen

 

sexo manutenção

 

Sexo precisa de treino, dizem sempre os sexólogos. Muita gente sabe, na prática, que quanto mais se faz, mais se quer fazer. Mas como manter o ritmo nessa academia quando o desejo de dormir em vez de malhar é maior, quando a naturalidade do tesão é soterrada pelo próprio relacionamento?

Dedicação, esforço, manutenção. Se não parecem palavras associadas ao sexo, talvez seja hora de repensar.

Em inglês existe a expressão manteinance sex (sexo-manutenção), que sempre me pareceu uma descrição patética, triste para o sexo entre casais de longa data, em um relacionamento morno. Vinha à mente uma transa sempre igual, mecânica, apenas para cumprir a função. Mas depois de umas duas semanas transando sempre de conchinha, sem oral, sem provocações sensuais, minha pergunta foi: e se for manutenção? Qual é o problema? Nem sempre estamos em uma fase de longas sessões na cama (fora dela, então, menos ainda), de agarração cheia de eletricidade. Qual a opção? Parar totalmente de transar, ficar no escuro, dar chance para a intimidade apodrecer na geladeira, esperando o retorno da energia, do calor?

Vamos acender a fogueira, minha gente. Mesmo que seja com gravetinhos, mesmo que seja branda. Mais cedo ou mais tarde, o fogo pega, salpica, explode, ilumina. É o ciclo da natureza.

 

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Sexo sem educação https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/21/sexo-sem-educacao/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/21/sexo-sem-educacao/#respond Tue, 21 May 2019 23:52:53 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2647 Por Dolores

Sou ex-amante dele, né, Renata? Não era algo que pudesse ser oficial. E acho que, porque começamos desse jeito, na contravenção, tudo meio que ganhou ares sórdidos. Não, louca, claro que ele não me bate. Quer dizer, até bate, mas só quando eu deixo. Teve um dia que mordeu meu pescoço com muita força, e uma parte do meu couro cabeludo ficou formigando até de manhã, mandei mensagem pro meu gineco, achei que fosse morrer. Não tem AVC que começa desse jeito?

Baú
Crédito da foto: Pinterest

Mas é isso, tem essa história da hierarquia, e ele tem o jogo da submissão e dominação, e a gente fica alternando papéis, mas nem é essa a parte que me preocupa, Renata. Nesse aspecto vai tudo bem. Eu estou na noia mesmo é com a educação.

Não, Renata, a educação dele tá ótima. A que ele trouxe de casa e a que eu ensinei na sala de aula. Vai tudo bem, obrigada. A educação no geral, sacou? Porque primeiro teve aquele colombiano, como é mesmo que se chamava? Isso, Vélez! O cara ficou quatro meses no governo, talvez menos, mas eu acho que a crise já começou ali mesmo.

A gente, Renata, que trepava duas vezes por dia, começou a transar só de noite, porque de manhã ele ficava enjoado e mal comia, era uma xícara de café e nada mais, tudo porque ouvia no rádio a Monica Bergamo falando o que o cara fazia ou deixava de fazer. Ele passou a me comer menos por causa do ministro, Renata. Tá me escutando?

Depois, quando entrou esse novo, que ninguém sabe dizer o nome, o sujeito trocou um colombiano que era sussa de memorizar pra trazer um austríaco, sueco, ele é o quê, ô, Renata, enfim, caguei, o que importa é que chegou esse Weint-qualquer-coisa e, pimba, a foda diária virou intermitente. Primeiro pensei que passaria para dia sim, dia não, e já estava puta, mas era melhor que nada, mas ele não só diminuiu a frequência como decidiu que não ia manter uma coerência na rotina nunca mais.

E isso que o cara só tinha sido anunciado, Renata. Quando rolou o episódio dos chocolates, aí foi o fim. Eu tinha sexo oral de pé na cozinha, sabe? Eu ganhava lambida no cu assim de surpresa, como punição por dormir de bunda pra cima. Eu tinha tanto, Renata, e agora fiquei com tão pouco.

A gota d’água foram os cortes. Ele me explicou que não se chama corte, que na verdade é contingenciamento. E que ainda me ama, que não tem nada com outra. Mas que era pra eu parar logo com meus protestos, que manifestação é coisa de idiota inútil que não sabe nem a fórmula do KY.

O que eu fiz? Chorei, né, Renata. Puta ogro sem educação.

Nosso amor durou cinco meses, e eu nem sei te explicar o tamanho da decepção, agora, enquanto coloco as coisas dele dentro da mala, essa camisa estúpida verde e amarela que ele tanto adora, a panela, o chinelo rider, uma caneta bic. Ele disse que vai tirar tudo daqui de dentro e sumir até o fim desse semestre. Torce comigo, Renata?

]]> 0 No dia da eleição, por favor, transe https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/10/05/no-dia-da-eleicao-por-favor-transe/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/10/05/no-dia-da-eleicao-por-favor-transe/#respond Fri, 05 Oct 2018 17:42:37 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2491 Por Dolores

Aconteça o que acontecer neste domingo, transe. Não importa quais botões você escolheu apertar na urna, quais combinações achou ideais: transe. Se é fã do candidato A, B ou C (do D também, até mesmo do F está valendo), enfim, não importa, o que é realmente fundamental é que você faça o quê? Transe.

Crédito da foto: Divulgação/TSE

Porque, em tempos frenéticos, seja com desfecho de vitória ou derrota, há algo de que se esquece e, no fim das contas, é a única coisa que salva e alivia a mente do caos democrático monotemático. O sexo distrai, constrói, dá esperança, alivia. Gozar lava a alma, molha tudo, muda o foco.

Aproveite a volta da seção eleitoral, já vá tirando tudo antes mesmo de fechar a porta de casa, arranque sapatos, a calça, desabotoe o sutiã dela, vá lambendo a orelha bem lá dentro, mordendo de leve a nuca, largue o título no chão mesmo, ajoelhe, enfie o moço todo na boca, engula a menina, chafurde entre as nádegas do seu eleitor favorito e chupe tudo até não sobrar uma gota.

Esqueça, por uns bons momentos – nada de rapidinha hoje, que dia de eleição exige afinco  – que amanhã o país já amanhece diferente, que o futuro pode ou não existir, que a segunda-feira talvez tenha sol ou trevas profundas, e mergulhe nos cabelos todos do ser amado, enfiando a cara com dedicação entre os pentelhos todos com a ideia de esquecer do mundo.

Aspire os cheiros. Aja feito um animal movido a eles. De que importa qual dezena veio antes do “confirma” quando todo aquele oásis se apresenta deitado no seu colchão? Um corpo oferecido e aberto, suando em sintonia, vazando mel por todos os cantos, empesteando o ar de perfume de dobras e mucosas? Capriche, manobre, endureça o máximo que pode.

E, aconteça o que acontecer, transe. Coma com força e carinho, sente na cara de quem adora, rebole, empurre. Vamos desaprender um pouco das funções de sobrevivência, e focar na saciedade hedonista de quem não faz ideia do que vai estar do lado de fora da janela ao abri-la no dia seguinte. Sobretudo porque vai que o universo acaba? Ao menos há a certeza de que chegaremos deliciados ao buraco negro do fim do mundo.

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Piada suja é moralismo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/09/28/piada-suja-e-moralismo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/09/28/piada-suja-e-moralismo/#respond Fri, 28 Sep 2018 23:20:13 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2487 Por Carmen

 

Era a minha primeira vez. Eu tinha curiosidade, vontade, mas não sabia como ia ser. E se o cara avançasse o sinal? E se ele fosse machista? E se eu não achasse muita graça? E se eu gostasse muito e viciasse? E se eu descobrisse que quanto mais sujeira melhor?

 

casal riso
Crédito da foto: Pinterest

 

Fui no embalo. As amigas todas já tinham experimentado. No fundo, não pensei muito e me joguei no a plateia do meu primeiro show de standup comedy.

Fui logo de cara em uma sessão grupal. Cinco caras se alternando. Estava na defensiva, afinal, existem humoristas que reforçam misoginia e preconceitos.

 E não é que as piadas explícitas de sexo me deixaram um tanto envergonhada, ali na poltrona N 22? Veja bem, não me considero moralista. Estou longe de ser pudica. Simplesmente era uma novidade para mim, não estava acostumada. Eu que falo “me enche de porra” para o meu namorado na cama, me constrangi com um homem que nunca tinha visto na vida diante de uma galera fazendo piada sobre gozada na cara.

Mas fui ao longo do espetáculo desconstruindo esse meu ranço, essa minha sisudez. Lembrei que chamar algo relacionado a sexo de sujo, mesmo que seja uma piada, só demonstra como tratamos (mal) o nosso querido sexo.

Depois de alguns minutos do show, relaxei e gozei. Confesso que  gargalhei da descrição de uma transa entre o humorista e uma amante beeem mais velha. Mas parei de rir quando ele se referiu à própria mulher como puta. Cada um tem um limite no sexo e no humor. Para mim, isso é inadmissível. Para outros, a piada sobre religião talvez tenha pegado mais.

A conclusão é que o humor continua politicamente incorreto, como sempre foi, mas também consegue passar mensagens de tolerância, de reflexão sobre a aceitação do que é diverso. Terminei a noite achando que a comédia stand-up pode ser bem menos ofensiva do que as ruas e as redes sociais.

 

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O sexo segundo Mr. Catra https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/09/13/o-sexo-segundo-mr-catra/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/09/13/o-sexo-segundo-mr-catra/#respond Thu, 13 Sep 2018 14:34:59 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2475 Por Carmen

Mr. Catra morreu no último domingo (9). E se você não havia prestado atenção na sabedoria do cantor sobre a vida e os relacionamentos humanos, aqui estão algumas das sacadas mais incríveis dele sobre sexo — afinal, um cara que teve 32 filhos deve ter transado o suficiente para aprender uma coisa ou outra, não é?

mr. crata
Crédito da foto Divulgação/AF Assessoria
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Dá para dormir confortável e sexy ao mesmo tempo? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/05/29/da-para-dormir-confortavel-e-sexy-ao-mesmo-tempo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/05/29/da-para-dormir-confortavel-e-sexy-ao-mesmo-tempo/#respond Tue, 29 May 2018 20:49:01 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2388 Vocês se conheceram no verão. Ele viu seu corpitcho de biquíni na praia e de camisolinha de cetim na cama. Ela conferiu toda a sua gostosura de samba-canção e peito nu. Agora o frio chegou. Vocês estão transando direto e passando noites juntos com frequência. Está na hora dele conhecer o seu… pijama de flanela. E chegou o grande dia, ele vai mostrar o minhocão – aquele outro, feito de lã e do tipo broxante.

 

pijama
Crédito da foto Pinterest

 

Dá para ser confortável e sexy ao mesmo tempo nas noites frias de inverno? Eu tenho duas gavetas de pijamas. A maioria foi presente de tias, mãe, cunhadas. Os de verão, não tem muito erro. Shortinhos de algodão, regatinhas, camisolas curtas. Faço bonito antes, durante e depois de ficar nua.

Mas, os pijamas quentinhos, para as madrugadas quando a malha de algodão é gelada demais contra o corpo e o edredom reforçado não dá conta, têm zero sensualidade. Meus namorados nunca desanimaram de me agarrar por conta deles, mas eu juro que gostaria de estar usando algo mais quente que também fosse queeeente, nas noites frias em que o sexo é só aquela abaixadinha clássica das calças (pelo menos até começarmos a suar).

Sorte a sua se você – e a pessoa que transa com você – curte, mas para mim, pijama de botão, de flanela grossa, é para avô dormir. Conjunto de plush com ursinhos ou corações bordados é coisa de criança.

O meio termo que encontrei entre o sexy e o confortável é o conceito de loungewear. São roupas confortáveis, para ficar em casa, mas com bons cortes, estilo minimalista e tecidos naturais ou tecnológicos – para manter a temperatura do corpo. Funcionam para dormir, apesar de não serem criadas especialmente para essa função. São gostosas ao toque, fáceis de pôr e tirar.

Ao pesquisar para este post, revi um pouco meus conceitos de “moda cama”. Achei um pijama com estampa de gatinho e capuz, de fleece, mais ajustado, provocante, em um site gringo. Será que entrega no Brasil?

 

pijama
Crédito da foto Pinterest

 

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Para rir ou chorar: as atrapalhadas na hora do sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/04/20/para-rir-ou-chorar-as-atrapalhadas-na-hora-do-sexo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/04/20/para-rir-ou-chorar-as-atrapalhadas-na-hora-do-sexo/#respond Fri, 20 Apr 2018 13:26:28 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2363  

A Mari tinha conhecido um carinha nos corredores da PUC. Ele era um tesão e depois de umas cervejas no bar ao lado da faculdade, ela se animou muito quando ele a chamou para o pequeno quarto que ocupava em uma república a duas quadras dali, onde moravam outros três colegas do curso de Ciências Sociais.

Era novembro, e a Mari, que não era de transpirar, sentia a nuca e a parte interna das coxas úmidas. De tanto ter grudado o corpo no dele, durante os beijos que trocaram no corredor, tinha se afogueado toda. A luz apagada e o ventilador ligado tentavam compensar de leve a alta temperatura no quartinho bagunçado do garoto. O sexo foi aquela coisa empolgada, de roupas sendo tiradas ao mesmo tempo em que línguas e dedos trabalhavam. A pausa para a camisinha foi mais rápida que parada nos boxes da Fórmula 1, e a transa acelerou. Inebriada pela excitação, pelo calor, pela cerveja, Mari foi por cima e engatou a marcha rápida e intensa, do jeito que mais gostava de gozar.

No pique, nem se preocupava que os pés, que ficaram para fora do colchão, encostavam, batiam e derrubavam os objetos que estavam aos pés da cama. Mas sentiu um dor ardida quando acertou o dedão esquerdo com tudo nas pás do ventilador que estava sobre uma cadeira.

Pensou rápido, ou melhor, nem pensou. Na crescente para o orgasmo que estava, parar ou comentar algo estava fora de cogitação.  Só correu para o banheiro pra ver o machucado depois de terminada a transa. O corte não era fundo, mas tinha sangrado bastante. Quando chegou ao quarto, encontrou a luz acesa e o garoto com cara de assustado. “Mari, acho que te machuquei”, disse ele, sem entender de onde tinha vindo tanto sangue. Ao olhar em volta, havia manchas por todos os lençóis, roupas, parede e teto. A animação na cama tinha literalmente jogado sangue no ventilador.

 

vergonha
Crédito da foto Pinterest

 

Eu era colega de faculdade da Mari e ri muito quando ela me contou a história de ter se empolgado tanto na cama que nem ligou para o dedo dilacerado. E sempre me lembro dessa situação quando faço alguma atrapalhada durante o sexo. Sou um tanto estabanada na vida. Prefiro acreditar que faz parte do meu charme. Mas isso significa umas escorregadas, cabeçadas e desequilibradas durante a transa. Também já levei uns socos sem querer, de pura empolgação do parceiro. Acontece. Mas medo mesmo eu tenho daquele momento do vai-e-vem por cima, quando você vai e o pau do cara erra o alvo, bate na virilha. Já pensou se quebra, torce, sei lá? Ui!

Segundo os urologistas, quebrar, não quebra, porque não tem osso. Mas há uma membrana elástica ali que pode ser fraturada quando o pênis está duro e é entortado de forma brusca. Dói, tem de colocar gelo, e o pinto vai ficando roxo e depois preto. Na maioria dos casos, a membrana se regenera sozinha, é só ficar um mês em abstinência sexual.

Que a desajeitada aqui nunca encontre um desastrado na cama.

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“Tive um sugar daddy e não sabia” https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/03/22/tive-um-sugar-daddy-e-nao-sabia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/03/22/tive-um-sugar-daddy-e-nao-sabia/#respond Thu, 22 Mar 2018 20:29:31 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2335 O assunto da vez são os relacionamentos “sugar” (de açúcar). Não é uma novidade no mundo, mas nem todo mundo conhece pelos nomes: mulheres jovens e bonitas, as “sugar babies”, na companhia de homens mais velhos e ricos, os “sugar daddies”. Ela fica a disposição para encontros, jantares, viagens e sexo e ele, por sua vez, dá roupas, joias, paga o estudo e o aluguel dela. Os termos variam de par para par, mas em comum há as expectativas e benefícios bem estabelecidos de cada uma das partes. Há ainda a “sugar mommy”, que é a mulher mais velha e bem-sucedida que mantém e sai com um garotão. E as versões homossexuais de todos esses papéis.

O holofote do momento se deu porque estão sendo divulgados sites e aplicativos para encontrar relacionamentos desse tipo. Nada mais natural, já que existe app de tudo nesse mundo e os que fazem mais sucesso são aqueles que unem quem quer vender com quem quer comprar, né?

Estamos falando de uma troca, e a linha entre uma “sugar baby” e uma prostituta é tênue. A defesa é que este não é o meio de vida delas. Elas estudam, trabalham e apenas recebem uma “ajuda” temporária enquanto se formam na carreira, em troca da companhia e sexo. É quase uma redistribuição de renda mais justa, ahaha. Há casos em que o relacionamento começa na base do bate papo, do sexo, e vira amor, casamento. Por outro lado, um desses serviços online, por exemplo, incentiva as garotas a estarem sempre disponíveis, nem que isso signifique faltar ao trabalho, e a não falar sobre o relacionamento com familiares. Opa…

 

Crédito da foto Pinterest

 

Joguei a polêmica “é prostituição ou não” na mesa do almoço com as amigas e acabei conhecendo a história da Bianca, que foi “sugar baby” quando era estudante e só descobriu que o relacionamento tinha essa nomenclatura muitos anos depois.

“Eu não planejei ter um ‘sugar daddy’. Aconteceu. Eu tinha 20 anos, fazia faculdade de jornalismo. Era época áurea das salas de bate papo na internet e eu viciei. Entrava todo dia, conversava com homens, mulheres, às vezes assuntos picantes, às vezes só papinho, mas sempre havia flerte. Conheci esse cara que destoava no ambiente virtual, porque era mais culto, mais sério, e me interessei. Ele era 15 anos mais velho que eu, estrangeiro morando no Rio de Janeiro, diretor de uma multinacional, vivia sozinho em um apartamento de frente para o mar de Ipanema. Meus amigos eram gente de humanas que bebia Skol em churrasco, e esse cara tomava uísque e ouvia jazz. Não tinha nada a ver comigo, mas estava curiosa e segui em frente.

Ele veio para São Paulo especialmente para me conhecer: nada de café ou barzinho no primeiro encontro, fomos ao restaurante de um hotel 5 estrelas na região da Paulista, e pela primeira vez provei um prato com trufas brancas. Fui para cama com ele, porque vi como aquele homem estava babando por mim e seu jeito dominador me excitou, me comeu com força. Sempre foi assim o sexo com ele – quase violento. Mas fora da cama ele me tratava como uma princesa, uma deusa. Eu fiquei inebriada por esse tratamento dúbio.

Os mimos começaram com arranjos de flores que custavam mais de R$ 300. Depois inúmeras passagens para o Rio de Janeiro. Jantares nos restaurantes mais exclusivos. Shows na plateia vip. Em um primeiro momento, me parecia apenas a maneira dele de agradar, já que parecia bem apaixonado. Diferentemente dos relacionamentos pré-estabelecidos, não conversamos sobre benefícios mútuos. Mas fui percebendo que os melhores presentes vinham quando eu fazia algo que ele apreciava. Um conjunto de malas de couro de uma grife famosa quando faltei às aulas para acompanhá-lo a um jantar de negócios. Se o sexo havia especialmente quente na noite anterior, caixinhas de veludo com joias apareciam na minha frente no dia seguinte. Quando finalmente topei fazer sexo anal, ele me deu brincos de brilhantes.

Eu percebi que ele me queria disponível o tempo todo – para companhia e, principalmente, para transar. E eu, inconscientemente, me sentia na obrigação de estar. Ele me comprava mesmo. Eu era ingênua ou não queria ver. O tempo todo enxergava os presentes como demonstração de afeto.

Foram quase dois anos assim, até ele ser transferido para a Inglaterra e quis me levar com ele. Aí me bateu a consciência de: ‘O que estou fazendo? Vou largar meu último semestre na faculdade e minha carreira que está começando para ir para outro país sozinha com esse cara, que eu nem pensava em apresentar para família e amigos?’ Ao me ver titubear, ele se ofereceu para pagar um mestrado na minha área na Inglaterra. O curso custava o mesmo que um carro de luxo. Nesse momento, achei melhor recuar. Ao investir tanto em mim e me tornar completamente dependente dele em terra estrangeira significava abrir mão da minha autonomia em um grau que eu não estava disposta. Ele foi embora do Brasil e, para ver como não era uma relação de amor, nunca mais nos comunicamos.”

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Conheça os vegasexuais, que não querem sexo com carnívoros https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/02/19/veganos-nao-querem-sexo-com-carnivoros/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/02/19/veganos-nao-querem-sexo-com-carnivoros/#respond Mon, 19 Feb 2018 20:48:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2310 Mais do que um modelo alimentar, o veganismo é uma filosofia da vida. Se os adeptos eliminam produtos de origem animal da alimentação, do vestuário e dos produtos de beleza, faria sentido também restringir a troca de fluidos com quem não segue a mesma prática?

Pois um estudo da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, criou um novo conceito baseado na crescente comunidade de pessoas que alegam não fazer sexo com carnívoros, por medo de serem contaminadas com partículas e proteínas animais. São os vegasexuais.

 

vegano
Crédito da foto Pinterest

 

Outras pesquisas já concluíram que a vida sexual de quem se abstém do bifinho e do hambúrguer pode ser melhor, porque alimentos como tofu e vegetais influenciam nos níveis de hormônios, por exemplo, aumentando o estradiol, conhecido como o “hormônio do sexo”. Por outro lado, carne, ovos e laticínios, elevam o colesterol, diminuindo o fluxo de sangue pelas artérias e a irrigação de órgãos, inclusive, os genitais.

Mas os vegasexuais vão além da dieta alimentar. “Eu não gostaria de ter relações com alguém cujo corpo é composto, literalmente, pelos restos de seres vivos que morreram para ser seu sustento”, disse um dos participantes do estudo, segundo o jornal espanhol “El País”. A maioria dos entrevistados afirmou perceber um cheiro diferente nos corpos de pessoas onívoras.

Segundo um bioquímico entrevistado pela publicação, os fluidos corporais de um vegano não são diferentes daqueles de quem come carne. A saliva pode conter partículas animais, mas o resto de fluidos, como suor ou outras secreções, são detritos de elementos já processados. O especialista diz que, quando o alimento chega ao estômago, seus componentes originais são transformados exatamente na mesma coisa de alguém que se alimenta exclusivamente de produtos de origem vegetal.

A conclusão é que as diferenças de opinião entre pessoas podem fazer desaparecer o sex appeal. Assim como quem vota no fulano não quer comer quem vota no candidato oponente, quem torce para um time, acha feio qualquer torcedor(a) do adversário, veganos e comedores de churrasco não se atraem. A falta de tesão é mais ideológica do que biológica.

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