X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Rotina nossa de cada dia https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/18/rotina-nossa-de-cada-dia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/18/rotina-nossa-de-cada-dia/#respond Mon, 18 Oct 2021 19:19:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3219  

Por Carmen

 

Uma amiga solteira dizia o quanto se sente sozinha desde o início da quarentena. Outra, que não tem o mesmo ímpeto para o sexo que seu “namorido” – por ele, transaria todos os dias, de manhã e de noite; por ela, com sorte uma vez na semana. Inevitável pensar na minha própria rotina sexual. Chegando à grande questão: por que deixamos parte da nossa libido mais adormecida, sempre que temos a ilusão de um amor para chamar de nosso (ou supostamente à disposição)?

A indagação serviu de incentivo. E mesmo com a agenda corrida, o trabalho e a louça na pia acumulados em igual proporção, resolvi testar algo mais trivial. Um resgate de amor-próprio e tesão, pelo privilégio de estar viva. Aconteceu assim…

 

casal na cama
Crédito da foto Unsplash/We VibeToys

 

Quando meu namorado saiu naquela manhã, tomei um banho mais demorado, e com uma playlist de levantar o astral. Escolhi uma lingerie daquelas que separo para dias especiais, uma camisa bem confortável (dele), desabotoada estrategicamente até a altura dos seios, mais uma sandália que deixasse os pés bonitos e à mostra e um par de brincos esvoaçantes.

Ainda dediquei algum tempo na make, algo que não fazia há meses dada a rotina dentro de casa. Olhos esfumados mais escuros, como usaria em uma balada, batom com um toque de boca molhada. Caprichei no hidratante corporal e no perfume. Depois, me sentei para trabalhar na mesa da sala, como de costume.

Não tinha reuniões programadas naquele dia e não precisaria explicar a produção para ninguém. Trabalhei algumas horas, me sentindo mais poderosa, o que ajudou até na minha produtividade. A certa altura, tive vontade de pegar um dos meus “vibros” na gaveta. Algo espontâneo.

Enquanto preparava uma apresentação importante, me permiti sentir a delícia de um carinho discreto, afinal, na vida, a gente também precisa aprender a se dar prazer. Um prazer diário, de preferência em cada experiência, seja cuidando da casa, seja apenas conosco, seja com quem nos faz bem. Passei horas assim, excitada, vivendo o momento presente – e sem querer gozar. O melhor ainda estava por vir.

Já anoitecia quando abri um vinho. E de tão relaxada e à vontade nesta minha versão profissional-sexy-que-se-basta, me surpreendi com o barulho da porta abrindo. Passada a distração inicial, meu namorado me viu e ficou em silêncio. Não permiti que falasse.

Olhei nos olhos dele, dei mais um gole da bebida, me levantei e caminhei até ele, beijando-o com a boca do meu melhor desejo. Coloquei a mão sobre a calça dele, logo por dentro da cueca até sentir seu pau molhado. Cheirei o pescoço, senti a barba na minha pele. Desabotoei a camisa, mostrando a lingerie. Senti a boca dele por cima da minha calcinha, os dedos dentro da minha buceta e passeando pela minha bunda. Chupei-o até que pedisse: “Deixa eu te comer bem gostoso”. “Vem, amor. Esperei o dia todo por isso”, sussurrei fechando o computador.

(Dormi pensando em dizer à amiga enamorada que aproveite mais o seu par, e à solteira que curta mais de si mesma. Vamos lembrar do bom e do bem de viver à flor da pele, apesar da rotina.)

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Hoje só quero prazer https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/24/hoje-so-quero-prazer/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/24/hoje-so-quero-prazer/#respond Mon, 24 May 2021 13:54:34 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3170 Por Carmen

 

casal
Crédito da foto Erik Lucatero/Unsplash

“Chego às oito”, leio no celular. Sorrio, pensando que esse seu retorno ao escritório, duas vezes na semana, já tem efeito na nossa rotina. Meses enclausurados, de repente, volta a saudade de estar sempre por perto – sem a exaustão nossa de cada dia.

Entro no banho às 19h, ensaboo todo o meu corpo, toco minha vulva delicadamente, para entrar no clima. Depois, escolho a lingerie que você mais gosta: calcinha fio dental e sutiã transparentes. Coloco um quimono aberto, por cima, só para fazer um charme. Passo perfume atrás do pescoço, entre os seios, abaixo do umbigo. Pontualmente ouço o barulho de chave na porta.

A sala está à meia luz, com algumas velas espalhadas, e rock clássico tocando de fundo. Estou sentada sobre a mesa de jantar, as pernas cruzadas, de frente para você e seu sorriso de surpresa boa. Passados os protocolos todos (tirar os sapatos e a roupa, lavar as mãos), você está nu, o pau duríssimo, o beijo afoito.

Abro as pernas, você desce a minha blusa enquanto coloca a mão direita por dentro da minha calcinha. Estou molhada, e você sabe o que fazer. Em silêncio, puxa a cadeira, se acomoda e começa a me chupar. Eu faço carinho no seu cabelo, gemendo baixinho. “Tira”, eu peço, do jeito que você adora.

Você me vira de costas e entra devagarinho. Não demora, eu viro de frente e sussurro “pode gozar”. Estamos os dois excitados com tamanha quebra na rotina dos últimos meses. Gozamos, juntos. E eu nem preciso pedir… Você pega fôlego e volta a me lamber sem preconceitos. Até que eu goze mais uma, duas, três vezes. Feliz, porque viver e amar nunca foi tão urgente.

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Sexo nas montanhas (parte 1) https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/03/sexo-nas-montanhas-parte-1/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/03/sexo-nas-montanhas-parte-1/#respond Mon, 03 May 2021 12:59:05 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3162 Por Carmen

Dia desses decidimos encarar uma pequena viagem de final de semana. Exaustos da rotina imposta pela pandemia – e de “todo dia fazer tudo sempre igual” –, pensamos em uma pausa para nos trazer um respiro. Com todos os cuidados necessários nesta nova vida, escolhemos uma pousada entre as montanhas. A ideia era simples: descansar das obrigações cotidianas, comer bem, dormir gostoso. Mal imaginávamos o efeito afrodisíaco que a experiência, tão simples, teria…

Chegamos ao entardecer de uma sexta-feira. Nosso quarto era um chalezinho isolado entre um córrego e uma floresta de araucárias. Havia uma banheira de hidromassagem e o frio de outono nos incentivou a tomar um banho (juntos), logo depois de acomodar a bagagem. Estávamos cansados e não imaginamos nada além de estar ali.

 

casal cama
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

Mas algo mudou, sem percebermos ou intencionarmos. Talvez o barulhinho da lenha queimando na lareira, o cheiro de mato escapando pelas frestas, a iluminação baixinha, ou a espuma de lavanda na banheira, não sei ao certo. De repente, o abraço molhado começou a se transformar num carinho ao redor do pescoço, o beijinho delicado no rosto, em uma lambida com a ponta da língua na curvinha da orelha; as nossas mãos, antes soltas, em um passeio pelos meus seios, cintura, pernas, o peito e a barriga dele.

Logo, sentíamos nossos pelos, de leve, depois a anatomia dos genitais. Sem um movimento exato, sem palavra alguma que não um desejo quente de estarmos cada vez mais próximos, despidos de qualquer expectativa ou das nossas velhas conhecidas coreografias.

Trocamos beijos longos, as línguas enroscadas o máximo de carne juntas. Meu namorado tomou a iniciativa e se debruçou por cima do meu corpo. O pau, duríssimo como a tempos não sentia, tocou a pontinha do meu clitóris, num arrepio que me incentivou a subir por cima dele, segurá-lo e então sentar deliciosamente sobre ele – sem cerimônia.

A água quente nos deixava cada vez mais à vontade durante o movimento ainda lento. Entre beijos e mãos seguras no meu quadril, e no bumbum (adoro essa palavra!) dele, os gemidos vieram junto daquela sensação diferente de não estar na cama. Ficamos um tempo infinito ali, sensação pura.

O frio avançava e ele me convidou para a lareira. Secamos um pouco do corpo um do outro, a toalha macia. Entre beijos e carícias, eu me sentei na poltrona em frente ao fogo. As pernas exibidas abertas para ele. Meu namorado entendeu o convite. Ele se ajoelhou diante de mim e começou a me chupar sem pressa. Há tempos não me sentia tão solta. Éramos só os dois naquela imensidão, o que me motivou, a certa altura, a virar de costas, os joelhos no tapete em frente à cama.

Ele me penetrou por trás, segurando nos ossinhos do quadril, depois com as mãos cheias do meu peito. A luz do fogo tornou-se inebriante. “Posso?”, ele sussurrou no meu ouvido. Eu consenti. Poucas foram as vezes que o sexo anal rolou tão fácil: eu me adorando ali, ele completamente absorto. Não me lembro de muito mais. Naquela noite (uma vida depois), o cansaço foi de prazer. (Continua...)

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Timing é tudo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/12/30/timing-e-tudo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/12/30/timing-e-tudo/#respond Wed, 30 Dec 2020 14:06:12 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3092 Por Carmen

Tenho pensado na questão do timing no sexo, desde que a Dolores matou a pau quando escreveu sobre a hora certa para se chupar uma xoxota, lembrando que tem gente que considera cair de boca apenas uma preliminar e finge não saber que o oral pode e deve ser a finalização, especialmente quando um já gozou e o outro ainda não.

Mas acho que falar de timing para certas questões do ato sexual vai além. Óbvio que cada corpo é único e se excita e gosta de coisas diferentes, vou falar, portanto, de algo relacionado à minha experiência, mas sei que não estou sozinha nessa.

A começar pela atração.  Você deseja alguém que conheceu. Até conhecer demais. Perdeu o timing. Vai dizer que nunca rolou?

 

excitação
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

Na cama, uma das coisas mais difíceis é entender o momento do outro. Tem dias que meu companheiro curte que eu pegue suas bolas, em outros, mal posso relar. Por outro lado, eu posso amar ou odiar a fricção do meu clitóris. Depende do grau de excitação em que me encontro, se já gozei ou não, do período do mês, do meu humor. Sim, é um desafio. Saber ler sinais e, principalmente, ouvir, é importante para que alguém não se esquive do seu toque por uma questão de erro de timing.

Sexo oral é um pouco mais fácil, porque é tão, mas tão bom, que mesmo que eu esteja seca e estranhe o toque da língua porque ainda não estou no ponto, logo a saliva entra no jogo e os demais fluídos acompanham.

A dica de ouro é que meu corpo precisa ansiar, desejar, antes de receber. Se não, não dá o devido valor. Corpinho mimado esse meu.

 

 

 

 

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Não basta saber chupar https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/11/25/nao-basta-saber-chupar/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/11/25/nao-basta-saber-chupar/#respond Wed, 25 Nov 2020 22:52:33 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3071 Por Dolores

Sempre penso que chupar xoxota não é para os fracos. Primeiro porque exige paciência, fôlego, ritmo, mas principalmente porque – e os memes infinitos estão aí para provar – tem muita gente que ainda não entendeu direito como é que se faz o negócio. Enfia língua quando devia lamber, lambe quando devia sugar, um caos.

Mas, ainda assim, é importante pensar que, sim, há bons e boas chupadoras de xoxota espalhados pelo mundo. Eu mesma já encontrei alguns e algumas. Sempre um imenso prazer, quem diria, você assim tão delícia e ainda me deixa sentar na sua cara, pense numa felicidade. Porém.

Esse texto aqui não veio encher a bola de vocês, que sabem chupar direito. Ele veio passar todo mundo numa peneira pra ver quem é que sobra na prova de verdade, no teste final, no ENEM da minha cama. Porque segura aqui essa informação: não basta saber chupar, tem que saber chupar NA HORA CERTA.

Vamos aos pormenores. Nada a ver com relógio.

Tem a ver, isso sim, com timing e adequação. Não adianta, por exemplo, abocanhar minhas partes no meio dum filme dramático no Netflix e achar que seu trabalho será fácil, caro amigo. É questão de clima. De preparação. Xoxotas não estão prontas para gozar rapidamente se você não cuidou da dona delas antes de resolver equilibrar o clitóris na ponta da língua. Nope.

Dirty or wonderful

(Crédito da foto: Pinterest)

Mas, mais que isso, é fundamental que se abra o debate sobre boys que acham que chupar xoxota é algo que só pode acontecer até que ele goze. Sim, estou falando só de homens, porque nunca vi uma mina fazer isso comigo, e sim, estamos falando de um grande número de homens, porque não foi só um que fez isso comigo. Chupa.

Pera.

O ponto é que tá cheio de cara que se acha incrível porque 1) sabe que clitóris e uretra são duas coisas diferentes, 2) sabe distinguir onde fica cada um deles, 3) sabe os movimentos legais para deixar um clitóris feliz, porém, mesmo com esse combo supostamente glorioso, vai lá e pisa na bola no final das contas.

Quando acha que chupar uma mina é algo que só pode acontecer no começo da trepada, ou no meio, ou no final, mas que invariavelmente é uma etapa que acontece até que ele chegue ao orgasmo, nunca depois, o sujeito mostra o quanto não sabe usar um dom que Deus lhe deu e que talvez tivesse melhor uso na boca de outrem.

Não, a transa não necessariamente se encerra apenas porque o senhor conseguiu gozar. A transa vai acabar quando todo mundo estiver satisfeito, e quando todo mundo concordar que aquele é o final de tudo.

Sendo assim, caso você tenha chegado ao orgasmo mas a mina que está com você ainda não conseguiu, é seu papel e quase sua obrigação levar a boca à buceta dela e, com toda paciência e dedicação do mundo, cuidar que ela também termine aquela relação do mesmo jeito que você. E, sim, o problema é todo seu se você fica “com sono”, “cansado”, “sem interesse” depois do gozo. Vá resolver seu problema na análise, porque ele não tem nada a ver com disposição física.

Muita atenção ao rolê, amiguinho, para não parecer egoísta. Porque não basta gostar, saber e querer chupar uma xoxota, é preciso estar disponível não na sua hora, mas na hora exata dela.

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Testamos o lubrificante de jambu https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/11/14/testamos-o-lubrificante-de-jambu/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/11/14/testamos-o-lubrificante-de-jambu/#respond Sat, 14 Nov 2020 22:28:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3060 Por Dolores

Essa é uma casa em que se faz sexo anal com frequência. É uma prática que agrada a todos os envolvidos, e ninguém tem os grilos que com frequência aparecem quando o assunto é esse. Ou seja: aqui se gasta um tubinho de lubrificante por mês, em média.

Sendo assim, é sempre bom saber que existem outras opções além daquele clássico vendido em qualquer farmácia (que é bom, nunca me deixou na mão, importante dizer). Os sex shops costumam ter sugestões.

Já experimentei algumas delas, mas acho que são sempre mais voltadas para a cenografia do que para a funcionalidade em si. Mais cheirinhos, mais embalagem, mais glamour, e pouca entrega do que eu realmente preciso, que é não me machucar na hora de dar a bunda.

Passeando no Instagram, encontrei uma marca chamada Lubs. Visual condizente com a rede em que anunciava, diversidade de atores nas fotografias, e três versões de lubrificante disponíveis. Parecia interessante.

Recebi em casa uma caixinha com os produtos, em embalagens que mais lembram produtos pra pele do rosto, pro cabelo. Não à toa a marca define seu nicho como “sexual-care”, e promete que seus produtos são “lubrificantes corporais”.

O primeiro ponto que chama a atenção nas três versões é a textura. Bem diferente do concorrente da farmácia, ele é praticamente idêntico à lubrificação natural. A ideia, parece, é reproduzir o líquido que tanto mulheres quanto homens produzem quando ficam com tesão. E, assim, com bem mais cara de “baba” do que de gel de cabelo, os três já ganharam rapidamente minha atenção.

Naked Taste

Para quem não curte cheiros e prefere uma viagem mais neutra, o lubrificante sem sabor nem essência é o ideal. Mas, pra quem topa mesclar os produtos naturais do corpo com gosto e perfume de baunilha, a marca oferece um tubinho que, garante, é feito apenas de favas naturais, nada sintético.

Mas a grande estrela, na minha opinião, é o lubrificante à base de jambu, a planta típica do Pará, famosa como ingrediente de cachaças e por seu efeito clássico: adormecer a boca de quem a prova.

Experimentei em uma transa voltada unicamente para o sexo oral e a masturbação. Primeiro, usei no meu parceiro para facilitar bater punheta. Com alguns poucos minutos de aplicação, ele disse não ter sentido nenhum grande efeito diferente do usual.

A graça veio, então, quando comecei o sexo oral com o lubrificante já espalhado nele. Não demorou para a ponta da língua começar a ficar engraçada, os lábios foram pelo mesmo caminho logo em seguida. Para quem curte chupar, vira uma atração adicional, e diversifica o prazer.

A marca apresenta o jambu como algo que “vibra”. Essa é uma explicação comum quando se tenta descrever o efeito da planta no corpo. Dona Onete, cantora deusa e patrimônio da música paraense, canta que o “jambu treme, treme, treme”, e você certamente já ouviu essa letra.

Para mim, o jambu é como aquelas balas de pozinho que a gente comia quando criança, e vinha num envelope tipo de figurinha. Botava-se em cima da língua, e em contato com a saliva ela começava pequenas “explosões”.

Voltando ao teste. Finalizamos com mais um pouco de punheta, e ele finalmente sentiu o jambu atuar. Disse que não é que facilitou chegar ao orgasmo, mas que o lubrificante produziu uma queimação divertida e que, de novo, se transformou em mais uma coisa gostosa para prestar atenção.

Depois que gozou ele aplicou em mim, primeiro com massagem no clitóris, depois com um vibrador que adoro, chamado Volta. Já na massagem com os dedos senti um tipo de frescor engraçado nos grandes lábios, e, na hora do orgasmo, acho que a sensação foi parecida com a do namorado.

E, sim, importante falar do sexo anal, como mencionado lá no começo do texto. Nessa hora, tanto a versão neutra quanto a de baunilha deram conta do recado com performance igual à dos concorrentes. O diferencial ficou por conta da sua textura mais próxima da lubrificação natural do corpo, que parece proteger melhor de fissuras e machucadinhos que às vezes acontecem em transas dessa natureza.

Em resumo, são boas opções para se ter no criado-mudo. Especialmente em tempos de quarentena, quando acontece não só de o tesão estar mais em baixa e às vezes ser preciso dar uma forcinha extra à lubrificação, mas também considerando-se que, mais que nunca, qualquer novidade é muito bem-vinda.

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Com você é especial https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/24/com-voce-e-especial/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/24/com-voce-e-especial/#respond Thu, 24 Sep 2020 23:57:01 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3028 Por Dolores

Quando isso tudo passar, e a gente finalmente puder se ver, eu quero que você me faça muitas coisas. Vou pedir coisas infinitas de você. Podemos começar, por exemplo, por marcarmos só uma semana depois que todos os encontros forem liberados. Sim, eu sei que a saudade é imensa, e que já esperamos tanto, mas quem espera tanto não espera um pouco mais?

Tenho vontade de criar suspense. Sim, ainda mais. Então, no dia, quando finalmente chegar este dia, você me escreve um email enorme, dizendo que sente minha ausência, e que quer muito me ver. Que manda esta mensagem para compensar a falta que você me faz. Daí eu respondo. Faço um pouco de cu doce. Mas aceito no final, você vai dizer que já sabia que eu aceitaria. Vamos rir. E sete dias se passam e eu apareço aí.

Vou tocar sua campainha, depois de subir três lances de escada deste seu predinho sem elevador que eu sempre achei um charme, e que se fecho os olhos aqui, nossa, de olho fechado parece que faz ainda mais tempo, eu fecho os olhos e sei exatamente o cheiro que o caminho vai ter.

A mulher do segundo andar fritando bife. A amônia do xixi de gato da vizinha do térreo. E a sua campainha tocando com som de geladeira velha só pra assustar seu cachorro esquisito. Eu nunca disse que não amo seu cachorro. Só acho ele esquisito. Você é esquisito, também, e olha o tanto que eu te adoro.

É bastante, garanto, que eu não coloco body de renda preta pra qualquer um. Vão acontecer outros encontros, quando tudo isso passar, e a gente finalmente puder se ver, encontros com outras gentes, eu digo, e pra nenhum eu vou botar body de renda preta. Com você é especial, sabia?

O que vai me dar pra beber? Eu quero que você me faça muitas coisas. Servir vinho branco meio gelado, por exemplo. Numa taça bonita daquelas que a gente quase não consegue segurar com uma mão só. Gorda. Me elogia. Mas ainda não me beija. Nem tenta, se puder, quero criar um clima de romance.

Pin on My Love

Finge que está preparando alguma coisa bem gostosa pra gente comer. Pica uns queijos diferentes. Salpica umas ervas por cima. Diz que fica pronto já já e que espera que eu goste. Daí pergunta o que eu quero escutar, me ouve dizer que é Caetano, e vai lá e bota um Chico no lugar. Pra gente rir e criar um clima de tesão.

Aqueles queijos diferentes lá ninguém vai nem provar, né, você sabe. Porque vinho branco meio gelado é rápido de beber. E, quando a gente nem espera, já está meio bêbadozinho, vai pegando no muque enquanto dá risada de umas coisas bestas que você diz, você hoje está mais engraçado que nunca. É a saudade.

É a saudade? Você vai estragar meu body preto de renda de tanta pressa que vai ter pra desabotoar o fechinho que fica no meio das minhas pernas. Achou que era de pressão, eu avisei que era de encaixe. Só que sua língua é tão quente e molhada que, olha, tá tudo bem, eu compro um novo. Eu nem compro, e venho pelada da próxima vez. Pra facilitar de você lamber exatamente este lugarzinho que está lambendo agora.

Eu vou querer transar de novo. Você topa? Falei que ia pedir coisas infinitas de você. E, se der, vou querer terminar tudo dormindo meio encaixada em você. Não muito, que seus pelos me dão calor, mas quase. Você topa. E eu topo, também, se com o dia quase amanhecendo você botar o pau grande e bem pronto entre as minhas pernas, e quiser me comer mais uma vez.

Eu vou querer sair sem banho nem café. Você vai insistir. Eu vou achar que quase gosto de você a mais do que deveria, mas vou lembrar dos outros pra quem não chegava a usar body de renda preto, mas que gosto também que me lambam molhados, e vou decidir que um pedacinho do queijo de ontem eu até aceito, uma xícara de café com leite também ia bem.

Vou perguntar se você está de ressaca igual a mim. Te ameaçar de levar seu cachorro comigo, porque ele é fofo e tem barba. Do interfone na cozinha, você dispara o portão lá embaixo, eu desço com calma, o bife de ontem já se dissipou. Tem alguém fazendo pão na chapa.

Da janela do seu quarto, você vai me soprar um beijo pra calçada. Eu pego com a mão e finjo que aperto ele pra dentro do peito. A gente sabe que vai se ver de novo, e em breve. Ninguém me chupa assim. Se eu me apaixonar por você, te mato.

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Um sugador pra chamar de seu https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/17/um-sugador-pra-chamar-de-seu/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/17/um-sugador-pra-chamar-de-seu/#respond Thu, 17 Sep 2020 17:26:30 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3022 Por Carmen

Já tem algum tempo que não compartilho depoimentos de amigos ou leitores aqui no blog, mas corri pra publicar as confidências de uma amiga. Ela me contou as maravilhas que um sexy toy tem feito por ela nesses tempos de distanciamento social (e solteirice). A Dolores já falou dele aqui, um simulador de sexo oral arrebatador que está sempre no topo dos desejos de muita gente. Se você parou nos artefatos de penetração e vibração, há todo um novo mundo aí para ser descoberto.

 

Crédito da foto Richard Jaimes/Unsplash

“Confesso que demorei alguns longos anos para descobrir os prazeres da masturbação. Talvez por inexperiência ou alguma dose de pudor (meninas são educadas para serem comportadas, afinal de contas). Assim a vida segue, com a gente descobrindo o próprio corpo pelo estímulo do parceiro. Se o namorado da vez é um bom amante, isso basta. Até um dia, quando tudo muda de repente.

Para mim aconteceu numa entressafra de um relacionamento chegando ao fim. A gente transava pouco, sempre aquela coreografia velha conhecida. A escassez de sexo me fez descobrir meu tesão. Por mim. Comecei do jeito clássico, com as mãos acariciando meus seios e minha boceta em noites de cama vazia. Descobrindo texturas, arrepios, o bico do peito sempre duro, o clitóris sensível implorando por um gozo forte, daqueles que produzem sorrisos e espasmos em cada detalhe da anatomia.

Mas quanto mais eu desejava chegar naquele estado de prazer absoluto, mais sentia falta de uma bela chupada. Daquelas em que a aspereza macia de uma língua molhada no meio das minhas pernas, me faz sentir uma deusa – completamente entregue a cada movimento de uma boca competente. E se o Universo sempre conspira quando estamos prontas, uma amiga recém-separada me contou sobre sua mais recente descoberta: o sugador de clitóris. Sim, ele existe.

Vou pular a parte da pesquisa dos modelos disponíveis. Todos servem à mesma missão, encaixar a glande do clitóris – aquele pedacinho delicioso de carne – em um orifício macio com sistema de sucção capaz de te puxar e soltar gentilmente, junto de tremidinhas que estimulam toda a região.

Gosto de começar na primeira velocidade, para acordar meu desejo. Depois me lambuzo (literalmente) com um lubrificante, recomendação do fabricante para uma experiência ainda mais intensa. Aos poucos, aumento a velocidade, esfrego o aparelho por toda a vagina. Não consigo evitar alguns gritos de tanto prazer. O(s) orgasmo(s) vêm na medida da vontade. Pode acontecer rápido, em menos de 5 minutos, ou levar uma hora em estado de êxtase. As ondas de gozo podem ser suaves, fortes, e certamente múltiplas. De tão eficaz, você pode ficar viciada no brinquedinho. Seu boy também, porque ninguém resiste a um estímulo tão visceral.

Não consigo contar mais detalhes. Apenas que nunca precisei passar da quarta intensidade (meu modelo possui 11, imagine!). Vale dizer que trata-se de algo discreto, delicado, e com um encaixe perfeito no portal mágico dos prazeres de toda mulher. Se você ainda não tem (ou presenteou com) um sugador, acredite, deveria. É um deleite, um caminho sem volta.”

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No carro https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/14/no-carro/#respond Wed, 15 Apr 2020 01:19:44 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2907 Por Dolores

Ninguém mais leva bolsa, porque ninguém mais leva nada para colocar lá dentro, e nem mesmo o bolso da calça faz falta, mais, porque basta pegar um cartão de crédito e um frasco de álcool gel. Por isso, ela veste uma legging para sair de casa, sabe que ele gosta, e ainda fica confortável. Mais um dia inteiro dentro de casa, com uma breve fuga para ir ao mercado comprar comida.

Esquema de guerra entre os corredores, cada um com metade da lista, ela corre para as geladeiras, ele faz as frutas e legumes. Em pouco tempo, estão na fila do caixa mantendo a distância de um metro do cliente da frente que passa na esteira quilos e quilos de arroz e macarrão.

Ele pergunta se ela quer levar um vinho. Ela sorri por baixo da máscara, está querendo me embebedar, que eu sei. Se beijam como se não houvesse o pano. Com a mão espalmada na metade direita da bunda dela, ele escorrega dois dedos para entre as nádegas e dá uma forçadinha. A ponta do indicador entraria inteira no cu se, de novo, um tecido não cortasse o clima.

Foram de carro, porque a lei já permite que se prendam as pessoas que caminharem pela rua sem motivo. Encher a despensa até parece explicação suficiente, claro, mas a regra atual é que apenas uma pessoa de cada família saia de casa a cada vez, o que torna injustificável a presença do casal nas ladeiras do bairro.

No carro, estão menos óbvios. Por trás das janelas filmadas, podem fingir ser um só. Vêm calados o caminho inteiro, ela não faz ideia de que o silêncio dele tem como explicação um tesão repentino, maluco. Não transparece por trás do pouco que a máscara deixa ver do rosto, e da calça jeans, que amassa o pau duro preso na costura do zíper.

A vaga, num canto perto do portão do prédio, dá a bunda para duas paredes ornadas com câmeras de segurança que certamente enxergam o que se passa no entorno do sedan. Mas lá dentro, nos bancos, o segredo continua. E é porque sabe dele que, antes que ela agarre a maçaneta para abrir a porta e descer, ele redireciona a mão dela para o meio das pernas e pede que ela o chupe.

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As luzes de sensor se apagam na garagem. Resta só a luminosidade natural que entra pelos pequenos vitrôs que dão para a rua de baixo. Um feixe se projeta do ombro dela, e vai descendo pela escápula, costelas, cintura, até que passa a brilhar no quadril em movimento conforme ela rebola de excitação pela aventura, e se balança para frente e para trás para dar conta da tarefa de engolir e engolir de novo e de novo o pau dele em um ritmo que só aumenta.

Ele força com a mão a cabeça dela para baixo, e se força, com o apoio dos pés nos pedais, para dentro da boca dela com cada vez mais força e insistência. Vai gozar, ela sabe. Reconhece pela respiração e pela textura na língua, quando se enrijece e alisa. Ajuda com a mão direita em um vai e vem cheio de pressão, e que intromete no boquete um gosto de álcool gel esquisito.

Engole tudo, acostumada à assepsia necessária ao momento no mundo. Repõem as máscaras, pegam as sacolas das compras, e sobem para o apartamento, deixando os sapatos no hall do elevador, em frente à porta de serviço.

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beijo
Crédito da foto Pinterest

Quando dias melhores vierem, eu quero beijar muito mais do que antes. Esquece aquele beijinho rápido antes de sair. Eu quero muita língua na porta de casa, acabar com a seca de saliva.

Eu quero chegar do trabalho e me jogar em cima dele, diariamente, sem exceção: pernas em volta da sua cintura, dando aquele cheiro no cangote, sentindo com a boca o salgado do suor. Por que não fazia isso todo dia, quando ainda era possível?

Quero transar mais e melhor, mesmo cansada, mesmo preocupada com o trabalho de amanhã, mesmo chateada porque ele, impaciente depois de um dia cheio de trânsito e reuniões pela cidade, foi meio ríspido ou minimizou o meu mimimi.

Quando todo esse pesadelo terminar, vou fazer sexo oral todo dia, com muita vontade, só porque eu vou poder.

Vou falar todas as sacanagens na cama que hoje tenho certo pudor, vou falar muito eu te amo, elogiar o corpo (e tudo mais) do meu parceiro, e não ter vergonha de absolutamente nada do meu.

Pensando bem, essa última parte dá pra começar já, né?

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