X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Uma transa-manifesto https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/06/02/uma-transa-manifesto/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/06/02/uma-transa-manifesto/#respond Wed, 02 Jun 2021 18:07:04 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3174 Por Carmen

“Transei durante a manifestação”, contou um amigo do meu namorado, referindo-se à sua participação especial nos protestos espalhados pelo país no sábado (29). “Hum, me conta?”, pedi aos dois, excitada com a ideia de um ato de amor pró impeachment e vacinação em massa. Eis o relato.

“Combinei de ir à passeata com dois amigos médicos, e portanto, com o privilégio justo de estarem vacinados. Por segurança, eles me orientaram a fazer o teste dois dias antes, além dos protocolos como uso de máscara cirúrgica, face shield, álcool em gel sempre que necessário… Nos encontramos no local combinado na (Avenida) Paulista, mas para a minha surpresa, a dupla estava acompanhada de mais uma amiga – uma dermatologista de 35 anos, cabelos loiros, aparência impecável mesmo com a máscara, seios generosos, e ainda melhor: solteira!

Seguimos a multidão, repletos das nossas mais engajadas intenções por um governo justo e preparado diante desta crise absurda; as pessoas levantavam cartazes e gritavam palavras de ordem de uma forma tão intensa quanto pacífica. Havia uma excitação no ar. Talvez pela sensação de voltar a ocupar as ruas, talvez pelo fim de tarde de céu azul-rosado típico deste outono paulistano – ou da chuva que caiu mais cedo em São Paulo. Era quase noite quando comecei a me dar conta da simpatia da doutora comigo, e então, do sumiço repentino dos meus camaradas.

 

beijo
Crédito da foto George Coletrain/Unsplash

 

‘Talvez tenham se perdido de nós’, ela disse. ‘Moro aqui perto, podemos ir até lá tentar falar com eles…’, provocou. Dali em diante, minha noção de tempo entrou num eterno presente. Chegamos no apartamento, ainda ao som do grito de urgência das ruas. Sem cerimônia alguma, ela tirou os sapatos, o jeans, e desabotoou a camisa branca, exibindo uma lingerie de renda cor de vinho no corpo deslumbrante, e a N95 no rosto. ‘Sugiro que faça o mesmo’, disse, explicando que preferia não correr o risco de contaminar a casa.

Seus olhos sorridentes encontraram os meus, um tanto atônitos tamanha a gentileza. ‘Se incomoda de tirarmos as máscaras?’, ela prosseguiu. ‘Estou em dia com as duas doses da vacina e os exames’, fez questão de afirmar, revelando o sorriso mais doce e apimentado que eu sonharia encontrar naquele dia. Aceitei o convite.

Olhos nos olhos, sem rodeios desnecessários, eu me aproximei, coloquei as mãos na cintura fininha, desci até a bunda redonda, enquanto comecei a beijá-la. Pescoço, boca, seios. Ainda sorrindo, ela se sentou sobre o balcão da cozinha, as pernas delicadamente abertas. Meu pau pulsava de tesão quando coloquei a ponta dos dedos por dentro da calcinha molhada. ‘Você é tão linda’, eu repetia baixinho, percebendo o regozijo dela diante do reconhecimento. Um cartão de visitas à beleza extrema e ao prazer.

Abri o sutiã, encostei meu peito nos bicos duríssimos dela. Abaixei junto com a parte de baixo e beijei carinhosamente a buceta deliciosa. Pedi que se deitasse sobre a mesa, e então, fazendo carinho nos cabelos e na boca, enfiei meu pau devagarinho, olhando cada reação dela. Segurei firme no quadril, até trazê-la para perto de mim, sentada. Tudo ali transbordava o mais puro desejo; a boca, a vagina, o clitóris, a pele tão macia e aconchegante.

Não sei se passaram horas ou minutos em nossas descobertas. Então, carreguei-a até o sofá. Estava deitado por baixo dela quando a vi gozar. Não demorou, gozei também, fortíssimo, ainda desacostumado a um manifesto tão perfeito pela paz, saúde e amor. Sorte a minha.”

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Sexo nas montanhas (parte 1) https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/03/sexo-nas-montanhas-parte-1/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/03/sexo-nas-montanhas-parte-1/#respond Mon, 03 May 2021 12:59:05 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3162 Por Carmen

Dia desses decidimos encarar uma pequena viagem de final de semana. Exaustos da rotina imposta pela pandemia – e de “todo dia fazer tudo sempre igual” –, pensamos em uma pausa para nos trazer um respiro. Com todos os cuidados necessários nesta nova vida, escolhemos uma pousada entre as montanhas. A ideia era simples: descansar das obrigações cotidianas, comer bem, dormir gostoso. Mal imaginávamos o efeito afrodisíaco que a experiência, tão simples, teria…

Chegamos ao entardecer de uma sexta-feira. Nosso quarto era um chalezinho isolado entre um córrego e uma floresta de araucárias. Havia uma banheira de hidromassagem e o frio de outono nos incentivou a tomar um banho (juntos), logo depois de acomodar a bagagem. Estávamos cansados e não imaginamos nada além de estar ali.

 

casal cama
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

Mas algo mudou, sem percebermos ou intencionarmos. Talvez o barulhinho da lenha queimando na lareira, o cheiro de mato escapando pelas frestas, a iluminação baixinha, ou a espuma de lavanda na banheira, não sei ao certo. De repente, o abraço molhado começou a se transformar num carinho ao redor do pescoço, o beijinho delicado no rosto, em uma lambida com a ponta da língua na curvinha da orelha; as nossas mãos, antes soltas, em um passeio pelos meus seios, cintura, pernas, o peito e a barriga dele.

Logo, sentíamos nossos pelos, de leve, depois a anatomia dos genitais. Sem um movimento exato, sem palavra alguma que não um desejo quente de estarmos cada vez mais próximos, despidos de qualquer expectativa ou das nossas velhas conhecidas coreografias.

Trocamos beijos longos, as línguas enroscadas o máximo de carne juntas. Meu namorado tomou a iniciativa e se debruçou por cima do meu corpo. O pau, duríssimo como a tempos não sentia, tocou a pontinha do meu clitóris, num arrepio que me incentivou a subir por cima dele, segurá-lo e então sentar deliciosamente sobre ele – sem cerimônia.

A água quente nos deixava cada vez mais à vontade durante o movimento ainda lento. Entre beijos e mãos seguras no meu quadril, e no bumbum (adoro essa palavra!) dele, os gemidos vieram junto daquela sensação diferente de não estar na cama. Ficamos um tempo infinito ali, sensação pura.

O frio avançava e ele me convidou para a lareira. Secamos um pouco do corpo um do outro, a toalha macia. Entre beijos e carícias, eu me sentei na poltrona em frente ao fogo. As pernas exibidas abertas para ele. Meu namorado entendeu o convite. Ele se ajoelhou diante de mim e começou a me chupar sem pressa. Há tempos não me sentia tão solta. Éramos só os dois naquela imensidão, o que me motivou, a certa altura, a virar de costas, os joelhos no tapete em frente à cama.

Ele me penetrou por trás, segurando nos ossinhos do quadril, depois com as mãos cheias do meu peito. A luz do fogo tornou-se inebriante. “Posso?”, ele sussurrou no meu ouvido. Eu consenti. Poucas foram as vezes que o sexo anal rolou tão fácil: eu me adorando ali, ele completamente absorto. Não me lembro de muito mais. Naquela noite (uma vida depois), o cansaço foi de prazer. (Continua...)

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Sonhei com você e gozei duas vezes https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/10/25/sonhei-com-voce-e-gozei-duas-vezes/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/10/25/sonhei-com-voce-e-gozei-duas-vezes/#respond Sun, 25 Oct 2020 14:49:50 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3046 Por Carmen

Vez em quando acontece. Estou dormindo, o quarto ainda escuro, e sinto uma contração forte por dentro da buceta. Algumas vezes, chego a me mexer, apertando as pernas uma na outra. Outras, eu gozo – e de tão presente o meu tesão, desperto. Assim, me dou conta de que aquela sensação durante meu sonho, transborda para o corpo (que me implora para tornar meu desejo real). Mas voltemos um pouco nesse entre mundos, onde não existe a noção do tempo…

Ali, entre todos os meus sonhos não realizados, e as minhas fantasias sobre o porvir, sonhei com você. E quero me lembrar, por isso, volto a fechar os olhos. Estamos nos beijando – afinal, pra que distrair as memórias com tudo o que nos levou até este ponto exato?!

Sua barba é macia, e gosto de senti-la em mim, enquanto penso que, da última vez que nos vimos de verdade, a barba ainda era curta, quase tímida. Não mais. Você a deixou crescer, assim como o seu cabelo, que cobre parte do rosto.

Passo as mãos nas suas costas, percebo que engordou um pouco. Acho que te caiu bem. Não é mais um menino e carrega no sorriso um ar de quem escolhe viver a vida após uma separação. Isso me excita, sempre quis você em mim. Então acaricio seu rosto com a ponta da minha língua. A gente se olha, para por alguns segundos. E sorri.

Sabemos, os dois, que, enfim, estamos ali. Frente a frente um com o outro, sem senões. Você se levanta do sofá, estica a mão na minha direção. Eu compreendo e te sigo, até o jardim. A noite está clara. Sinto seu abraço, os bicos dos meus seios encostando nas suas costas. Sem me olhar, você desce as mãos pela minha cintura, depois aperta a minha bunda de um jeito gostoso contra você, e coloca os dedos por dentro da minha calcinha.

Crédito da foto Pinterest

Eu gemo baixinho, no seu ouvido, como quem sugere: “Vai, continua…”. Lambo seu pescoço, e você me solta, pulando na piscina. Espero um sinal para mergulhar na sua direção. “Vem”, você diz com os olhos cheios de promessas. Eu mergulho, e aquela água imaginária me traz um arrepio dos pés à cabeça. Tiro a sua blusa, enfio a mão na sua calça e pego no seu pau. Deliciosamente duro. Minha buceta contrai e eu disfarço. Como é bom estar nua dentro d’água. Estou leve e quero você dentro de mim.

Te abraço com as pernas, encosto a cabeça do seu pau no meu clitóris. Massageio nós dois. A gente se olha de novo, e eu te ajudo a me penetrar. Gozo ali, mas ainda tenho mais pra te dar. Olho pro céu, a lua cheia. Você me apoia na borda, gentil; segurando firme no meu quadril. Gosto de ser conduzida pelos seus movimentos cada vez mais intensos. A gente encaixa, você percebe?

Continua, mais forte, mais dentro. Seu tesão me excita ainda mais. “Vou gozar”, você fala, pedindo meu consentimento. E gozamos. Juntos. Os olhos apertados. Aquele espaço-tempo do nosso último abraço, antes da gente se soltar.

Acho que acordo bem aí, ainda querendo voltar a te beijar. Voltar pro começo. Parar de acordar. Só para sonhar mais com você, enquanto imagino estratégias pra te encontrar quando tudo isso passar…

E se eu tivesse de passar de novo por esse ano louco, sabendo que, algum dia, finalmente teria você comigo, mesmo que por uma única noite estrelada… Acredite, eu aguentaria. Para sonhar com você, e te fazer a pergunta que nunca me saiu da cabeça: “O que teria sido da gente, se você me dissesse apenas um ‘sim’?”.

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Cenas sexuais de um casamento https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/12/cenas-sexuais-de-um-casamento/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/08/12/cenas-sexuais-de-um-casamento/#respond Wed, 12 Aug 2020 14:20:56 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3004 Por Carmen

Ele sai do banho, a porta do banheiro aberta, passa a se enxugar na soleira, pingando um tanto no porcelanato, outro no assoalho de madeira. A barba – já grande – parece ter ganhado uns cinco centímetros a mais. Os pelos molhados estão grudados também nas canelas, nas coxas, ao redor do pênis, solto majestosamente à frente das bolas, igualmente imponentes.

A pele do colo dela tem um brilho que atrai ao toque quando tira a camiseta de algodão e releva os seios fartos, macios, que há meses não vivem a prisão do sutiã. Logo vem o gesto involuntário, tão dela, de passar uma mão por baixo de cada mama, fazendo um leve massagear. Depois tira a calça, fica só com a calcinha rosa de babados e, então, serpenteia o corpo sob os lençóis.

 

sexo

 

A TV está ligada, roupas estão espalhadas pela bancada diante da cama. É noite de quarta-feira, ano de 2020, tempos de isolamento social.

A pandemia foi ruim para o sexo. Estresse, medo de morrer ou perder alguém para uma doença incompreensível não contribuem com a libido. Todos os estímulos que casais de longa data lançam mão para rodar os pratinhos do relacionamento foram cancelados por tempo indeterminado: a saudade depois de um dia longe, a saidinha pra jantar no restaurante charmoso, a babá para o vale-night.

Foram mais dias de letargia do que de gozo nesta quarentena interminável, mas, quando estão prestes a se convencer que vai ser assim daqui para frente, sexo meia boca, prazer mediano, apenas a lembrança do fogo de outros tempos, eles se viram de lado, um de frente para o outro, numa noite qualquer, de uma semana qualquer. E vem os beijos, primeiro estranhos, sem graça, mas que vão ganhando estímulo e companhia das pernas entrelaçadas, da mão que acaricia o pau, da rigidez e ousadia.

Transam devagar, mas gozam rápido, na familiaridade, na certeza de saberem o que gostam, como gostam, independentemente das transformações.

 

 

 

 

 

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Diário sexual de uma grávida https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/07/07/diario-sexual-de-uma-gravida/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/07/07/diario-sexual-de-uma-gravida/#respond Sun, 07 Jul 2019 13:19:13 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2694 Por Carmen

“Faz 43 minutos que meu marido saiu para trabalhar e eu ainda estou na cama. Eu poderia falar de noites mal dormidas ou da minha digestão preguiçosa, mas eu estou concentrada na sensação do edredom sobre o meu corpo seminu. Sinto tesão. Eu vivo com sono, vontade de comer empada e tesão, esse pode ser um dos resumos da minha gravidez.

Estou decidida a levantar, mas resolvo cumprir antes o que se tornou um ritual desde que minha barriga começou a crescer para valer. Fecho os olhos, abro as pernas e levo meus dedos para brincarem nas minhas dobras úmidas. Elas estão constantemente úmidas. Estou com um volume de sangue 50% maior que o normal, e a sensibilidade da vagina, consequentemente, é maior. Em uma reação em cadeia, tive aumento da lubrificação e, em paralelo, a mucosa está mais espessa. É como se eu tivesse produzindo um KY natural – o tempo todo.

 

Crédito da foto Pinterest

 

Gozo rápido e tento seguir com a minha manhã. Por algumas horas, esqueço o desejo de ser preenchida por um pau, dedo, dildo, o que for. Mas perto da hora do almoço, bate uma fome sexual novamente e começo a olhar de esguelha para o sofá convidativo.

Sento quase deitando e pego o celular. Eu nunca tinha assistido à pornografia pelo celular até virar essa ninfomaníaca barriguda. Antes era só na TV e, geralmente, no motel, nos tempos de namoro, e considerava totalmente dispensável. Agora tenho meus sites preferidos, vídeos recorrentes, que assisto duas a três vezes por dia. Sinto repulsa pelos vídeos de grávida, mas curto temas variados. Gozo sempre antes de terminar.

Enquanto segue a tarde, me pergunto se esse excesso de orgasmos e penetrações não seria ruim para o bebê. Sei que soa bobagem, mas gestação traz esse tipo de piração. Nos sentimos culpadas pela taça de vinho, pelo sushi e até pelo prazer.

Quando a noite cai, vou tomar banho e olho para a minha barriga. Não me sinto sexy, mas isso não me broxa nem um pouco. Mais uma vez escolho um vídeo e acaricio meu clitóris até latejar. Fico pensando se mais tarde vai rolar sexo com meu marido. Quando ele chega, falamos do enxoval, do morfológico e do presente da tia dele que chegou por Sedex. Ele não sabe das minhas pausas na rotina para ver xvídeos.

Ao deitar na cama, estou com o corpo todo cansado, mas a xoxota continua acesa, como se tivesse coberta por lâmpadas de led. Encosto minhas pernas nas dele, que vem para cima de mim. Imediatamente fico tensa, aflita com a pressão na minha barriga. Ele percebe e desiste. Não tenta a posição de lado nem lembra que existe oral. Dorme. E eu pego o celular.”

 

 

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Sexo depois da gripe https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/06/18/sexo-depois-da-gripe/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/06/18/sexo-depois-da-gripe/#respond Tue, 18 Jun 2019 15:53:29 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2661 Por Carmen

“Ontem eu não tive de estudar para nenhuma prova da faculdade, então, deitei no sofá no meio da tarde e comecei a ver uns videozinhos. Geralmente, procuro os mais amadores, às vezes umas surubas, outras, fico na pura meteção mesmo. Quando são muito longos, assisto só a parte que o pau (ou paus) pula(m) de dentro da calça, a que rola a penetração e a hora do gozo. Detesto quando o vídeo acaba sem uma gota de esperma. Curto uma melação.  Mas ontem parei num vídeo de boquete. Não são meus preferidos, mas o jeito que a menina chupava, me deu tesão. Gozei.

À noite meu namorado veio ver uma série. Estávamos há duas semanas sem transar, por conta desses vírus do outono que pegam quase todo mundo. Eu estava na preguiça, ele estava se recuperando da gripe, ainda com dor no corpo e tossindo, mas a imagem daquele pinto grosso sendo sugado no vídeo de horas antes passou como um flash e eu decidi que queria cair de boca. Comecei o roteiro de abaixar a calça, cueca, beijar as coxas, etc.

 

casal
Crédito da foto Pinterest

 

Putz, ele demorou para engatar. Estava cansado, com a respiração comprometida ainda, depois de dias de pulmão cheio. Eu estava ficando com o pescoço dolorido e o pau não estava como eu sei que é capaz de ficar. Ele deu uma levantada no quadril, um sinal que já reconheço. Queria fio-terra. Não precisou de muita dedicação no traseiro, não. Ele virou rocha. A tosse até parou. Dedada é melhor que xarope de guaco.

Nessa hora pintou um dilema. Se ele gozar agora, vou ficar a ver navios? Ou ele vai ter disposição e dedicação para me masturbar ou, o que eu queria mesmo, dar umas lambidas bem caprichadas?

Ele estava cansado, dava para ver. Tem vitamina C nos fluidos vaginais? Resolvi arriscar e caprichei no vai-e-vem para ele explodir. E ele não me decepcionou depois. Mesmo combalido, mandou ver na minha xoxota. Reconheci o esforço e gozei rapidinho, afinal, ele merecia e precisava de uma boa noite de sono.”

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A melhor posição para o sexo oral https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/04/01/a-melhor-posicao-para-o-sexo-oral/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/04/01/a-melhor-posicao-para-o-sexo-oral/#respond Mon, 01 Apr 2019 18:09:53 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2619 Por Carmen

Por um bom tempo, receber sexo oral para mim, era me esparramar de pernas abertas na cama ou sentar, daquele jeito, meio deitada, no sofá, com as coxas igualmente escancaradas.

Até que, um dia, eu sentei na cara do cara.

 

sexo oral
Crédito da foto Pinterest

 

Havia uma relação de dominação (minha) e submissão (dele) implícita no nosso jogo sexual. Nada escancarado. Era mais na maneira como nós portávamos ao demonstrar desejo.

Mas essa primeira vez que praticamente sufoquei o moço com as minhas carnes não foi planejada. Ele estava deitado de costas na cama e eu estava sentada sobre a pélvis dele. Ainda era fase do roçar – sem penetrar. Ele me puxou um pouco pela bunda, aquele incentivo para subir pelo tronco dele. E eu fui, fui, fui… até minha vulva pressionar aquela boca larga. Por um instante, até controlei, não me soltei totalmente – preocupada com a falta de ar dele – mas a sensação da barba rala esfoliando minha virilha e bunda, a língua que parecia adorar o esforço que precisava fazer para se movimentar pelas minhas dobras, me fez desencanar de vez. Sentei, larguei meu peso todo sobre aquele rosto. Adorei ter um homem assim, praticamente imobilizado, sem ar, entre as minhas pernas.

Ainda me chupam muito mais na posição mais tradicional. Acho que é, afinal, o papai-e-mamãe do linguete. Mas quando eu sento, eu sento mesmo. E a transa entra para o rol daquelas especiais.

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Vestígios do seu sexo em mim https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/01/30/vestigios-do-seu-sexo-em-mim/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/01/30/vestigios-do-seu-sexo-em-mim/#respond Wed, 30 Jan 2019 16:18:30 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2578 Por Dolores

Ainda não consegui decidir, amante meu, se o momento mais difícil de separação entre mim e você é aquele em que o vazio se abre, depois que você sai de dentro de mim, ou se é aquele, passadas horas e horas dessa desconexão, quando retomo meu corpo só para mim, e surgem nele vestígios seus.

São propositais? Há um planejamento, um cálculo, uma execução de metas?

Você determina, por exemplo, o ponto exato da mordida mais doída que vai dar no peito, de modo que a marca roxa seja, em escala exata, uma reprodução ampliada do diâmetro do meu mamilo?

 

casal
Crédito da foto Pinterest

 

E o arranhão da barba na virilha e coxas: premeditado? A lâmina abandonada por três dias seguidos, o movimento circular com força quando passa pelas minhas carnes mais macias, é tudo porção de um plano complexo que prevê que eu me lembre da sua língua e lábios toda vez que olhar para baixo ou vestir minha calcinha?

Se são feitos voluntários, não há nada mais que eu possa dar a você do que parabéns. Porque funciona. Funciona bem. Causam saudade imediata, carência absoluta, angústia irremediável e tesão por imaginar que em muito breve vou ver você de novo, e sua dança irresponsável em busca de evidências vai me envolver outra vez, me grifar, sinalizar que é pequena a chance de completude quando você – ou seus pedaços – não estão.

Hoje, foi no banho que você voltou para mim, amante meu.

Com a ponta dos dedos, cavei meus pelos e lá encontrei os pelos seus (caracóis que tanto amo, lembra, meu bem?), e escorreguei tudo para dentro de mim até alcançar o buraco macio em que dormia, ainda quente, o gozo que você derramou na última noite enquanto segurava firme meu quadril em direção ao seu.

Aliás, amante meu, repare nas suas mãos agora: deve haver um fio de cabelo enrolado nelas, vestígio meu também daquele exato momento, quando uma trança jazia presa entre o seu indicador e o polegar. Acho que até mesmo a submissão é capaz de deixar marcas de amor em alguém.

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Linha 121 https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/01/16/linha-121/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/01/16/linha-121/#respond Wed, 16 Jan 2019 12:49:21 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2571 Por Dolores

A ventania indica que em breve o mundo vai desabar, enquanto eles sobem no ônibus em uma avenida central da cidade. É a linha de trajeto mais longo, porque a outra, favorita do casal aos finais de semana, tem feito desvios nos pontos, e consideram que dá muito trabalho descobrir, a cada domingo, em qual travessa deveriam esperar pelo transporte.

 

ônibus
Crédito da foto Roberto Cavallarri/Folha Press

 

Não fossem as árvores balançando com força lá fora, agora abrigados eles mal sentiriam que o tempo virou – as janelas do 121 estão embaçadas da respiração dos passageiros, e quase começa a fazer calor ali naquela região do ônibus, longe das portas. Se encostam um no outro, cabeça no ombro dele, ele põe a mão na coxa dela em um gesto automático de carinho.

Sobe mais uma dúzia de gente na altura da praça do monumento. Corpos passam por perto, se estendem com os braços para cima, homens, mulheres, o ar rescende a suor de fim de tarde e perfume de quem vai à missa.

É quase sem querer que ela também pousa a mão na perna dele, e, mais sem intenção ainda, esbarra no que claramente se destaca, cheio de volume, por baixo do bolso da bermuda: o pau quase todo duro, fazendo contrações a cada bombeada de sangue que ela não sabe se coincide com os faróis fechados, ou com o fluxo dos companheiros de viagem que se equilibram a cada freada.

Sem cerimônia ou constrangimento, começa uma massagem delicada e quase imperceptível, especialmente quando ele cobre sua mão com a mão dele, ao menos vamos tentar parecer que somos um casal decente voltando para casa de ônibus em um domingo chuvoso. Ele fecha os olhos para sentir melhor a mão, o sangue, as lambidas na orelha que ela decide aplicar (ou fecha os olhos para não saber se alguém está vendo tudo?).

Vão assim por três bairros inteiros. Na parada final desembarcam, e, assim que o 121 começa a manobra no terminal em forma de ferradura, ela pede que ele entre com os dedos por baixo da saia e sinta o líquido escorrendo pela costura lateral da calcinha, olha só o que você faz comigo, diz antes de um beijo quente.

Sobem no elevador até o segundo andar de sempre, ela não o deixa sair. Aperta o oitavo, agora é hora de viajar. Fecha as mãos em concha na bunda dela, força o quadril contra as cadeiras e a saia agora erguida quase na altura dos peitos. Não há câmeras aqui, parece.

Por trás da porta do apartamento vão caindo roupas, desamarram-se os sapatos, e ela se ajoelha diante dele com as mãos úmidas de saliva que vão molhar as bolas, as coxas e o períneo dele. Com o celular na mão, ele tira fotos. Ela sugere filme.

Dá para ele de pé, os dois encostados na parede, e ele grava tudo primeiro pelo espelho, depois com um ângulo de baixo para cima, o foco no entra e sai frenético que acaba em uma cascata que muito dificilmente daria para identificar se veio dele, se veio dela ou dos dois amontoados.

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Boas frestas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/12/26/boas-frestas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/12/26/boas-frestas/#respond Wed, 26 Dec 2018 14:55:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2554 Por Dolores

Tender, farofa, pêssego em calda, lentilha, uva passa.

Lombo.

Peru.

Rabanada.

Como é que um ser humano pode querer mandar bem na cama depois de tamanha orgia gastronômica natalina? Com o bucho cheio de ceia nadando em vinho? Não há comida de duplo sentido que chegue, nem disposição que sobreviva às festas de fim de ano. Diante de uma mesa repleta, até mesmo a mais farta das camas mingua.

Daí que é preciso inventar artifícios, recorrer a alternativas, uma força tarefa a fim de não deixar o sexo morrer, não deixar o sexo acabar, Natal e Ano Novo são feitos de sexo pra gente transar.

Há quem prefira um Engov, outros são do time Luftal, mas independentemente do que se escolha na farmacinha de casa, o segredo das trepadas nessa época do ano é acudir-se com as brechas. As fendas.

Se ninguém tem condições de cavalgar ninguém depois de mandar ver no panetone, que se assumam as condições adversas: é hora da comida de ladinho. Encaixados um no outro debaixo do lençol (que cobertor nesse clima não tá dando), mãos livres para explorar protuberâncias e recôncavos, a pedida é se enfiar nos buracos levantando o corpo do colchão o mínimo possível. Manter o estômago na horizontal. Chacoalhando muito pouco.

peru de natal
Crédito da foto Pinterest

No vai-e-vem suave do sexo conchinha, não é preciso interromper a digestão, tampouco desafiar a gravidade com movimentos bruscos que roubem a corrente sanguínea de órgãos sobrecarregados. Vale botar só a cabecinha. Vale sexo anal com chamego. Vale punhetinha de costas, vale siririca preguiçosa no escuro (mas com mordida no pescoço, faz favor).

Ceia nenhuma de Natal ou Réveillon deveria ser desculpa para a gente não transar nesse período. Pelo contrário: é hora de ressignificar a comilança e entender que um estômago estufado pode ter o mesmo valor que um pau duro ou uma xoxota molhada. Quem foi que disse que barriga não ama? Comamos, refestelemo-nos, digiramos, copulemos. Boas frestas.

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