X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Uma transa-manifesto https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/06/02/uma-transa-manifesto/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/06/02/uma-transa-manifesto/#respond Wed, 02 Jun 2021 18:07:04 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3174 Por Carmen

“Transei durante a manifestação”, contou um amigo do meu namorado, referindo-se à sua participação especial nos protestos espalhados pelo país no sábado (29). “Hum, me conta?”, pedi aos dois, excitada com a ideia de um ato de amor pró impeachment e vacinação em massa. Eis o relato.

“Combinei de ir à passeata com dois amigos médicos, e portanto, com o privilégio justo de estarem vacinados. Por segurança, eles me orientaram a fazer o teste dois dias antes, além dos protocolos como uso de máscara cirúrgica, face shield, álcool em gel sempre que necessário… Nos encontramos no local combinado na (Avenida) Paulista, mas para a minha surpresa, a dupla estava acompanhada de mais uma amiga – uma dermatologista de 35 anos, cabelos loiros, aparência impecável mesmo com a máscara, seios generosos, e ainda melhor: solteira!

Seguimos a multidão, repletos das nossas mais engajadas intenções por um governo justo e preparado diante desta crise absurda; as pessoas levantavam cartazes e gritavam palavras de ordem de uma forma tão intensa quanto pacífica. Havia uma excitação no ar. Talvez pela sensação de voltar a ocupar as ruas, talvez pelo fim de tarde de céu azul-rosado típico deste outono paulistano – ou da chuva que caiu mais cedo em São Paulo. Era quase noite quando comecei a me dar conta da simpatia da doutora comigo, e então, do sumiço repentino dos meus camaradas.

 

beijo
Crédito da foto George Coletrain/Unsplash

 

‘Talvez tenham se perdido de nós’, ela disse. ‘Moro aqui perto, podemos ir até lá tentar falar com eles…’, provocou. Dali em diante, minha noção de tempo entrou num eterno presente. Chegamos no apartamento, ainda ao som do grito de urgência das ruas. Sem cerimônia alguma, ela tirou os sapatos, o jeans, e desabotoou a camisa branca, exibindo uma lingerie de renda cor de vinho no corpo deslumbrante, e a N95 no rosto. ‘Sugiro que faça o mesmo’, disse, explicando que preferia não correr o risco de contaminar a casa.

Seus olhos sorridentes encontraram os meus, um tanto atônitos tamanha a gentileza. ‘Se incomoda de tirarmos as máscaras?’, ela prosseguiu. ‘Estou em dia com as duas doses da vacina e os exames’, fez questão de afirmar, revelando o sorriso mais doce e apimentado que eu sonharia encontrar naquele dia. Aceitei o convite.

Olhos nos olhos, sem rodeios desnecessários, eu me aproximei, coloquei as mãos na cintura fininha, desci até a bunda redonda, enquanto comecei a beijá-la. Pescoço, boca, seios. Ainda sorrindo, ela se sentou sobre o balcão da cozinha, as pernas delicadamente abertas. Meu pau pulsava de tesão quando coloquei a ponta dos dedos por dentro da calcinha molhada. ‘Você é tão linda’, eu repetia baixinho, percebendo o regozijo dela diante do reconhecimento. Um cartão de visitas à beleza extrema e ao prazer.

Abri o sutiã, encostei meu peito nos bicos duríssimos dela. Abaixei junto com a parte de baixo e beijei carinhosamente a buceta deliciosa. Pedi que se deitasse sobre a mesa, e então, fazendo carinho nos cabelos e na boca, enfiei meu pau devagarinho, olhando cada reação dela. Segurei firme no quadril, até trazê-la para perto de mim, sentada. Tudo ali transbordava o mais puro desejo; a boca, a vagina, o clitóris, a pele tão macia e aconchegante.

Não sei se passaram horas ou minutos em nossas descobertas. Então, carreguei-a até o sofá. Estava deitado por baixo dela quando a vi gozar. Não demorou, gozei também, fortíssimo, ainda desacostumado a um manifesto tão perfeito pela paz, saúde e amor. Sorte a minha.”

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Com você é especial https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/24/com-voce-e-especial/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/24/com-voce-e-especial/#respond Thu, 24 Sep 2020 23:57:01 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3028 Por Dolores

Quando isso tudo passar, e a gente finalmente puder se ver, eu quero que você me faça muitas coisas. Vou pedir coisas infinitas de você. Podemos começar, por exemplo, por marcarmos só uma semana depois que todos os encontros forem liberados. Sim, eu sei que a saudade é imensa, e que já esperamos tanto, mas quem espera tanto não espera um pouco mais?

Tenho vontade de criar suspense. Sim, ainda mais. Então, no dia, quando finalmente chegar este dia, você me escreve um email enorme, dizendo que sente minha ausência, e que quer muito me ver. Que manda esta mensagem para compensar a falta que você me faz. Daí eu respondo. Faço um pouco de cu doce. Mas aceito no final, você vai dizer que já sabia que eu aceitaria. Vamos rir. E sete dias se passam e eu apareço aí.

Vou tocar sua campainha, depois de subir três lances de escada deste seu predinho sem elevador que eu sempre achei um charme, e que se fecho os olhos aqui, nossa, de olho fechado parece que faz ainda mais tempo, eu fecho os olhos e sei exatamente o cheiro que o caminho vai ter.

A mulher do segundo andar fritando bife. A amônia do xixi de gato da vizinha do térreo. E a sua campainha tocando com som de geladeira velha só pra assustar seu cachorro esquisito. Eu nunca disse que não amo seu cachorro. Só acho ele esquisito. Você é esquisito, também, e olha o tanto que eu te adoro.

É bastante, garanto, que eu não coloco body de renda preta pra qualquer um. Vão acontecer outros encontros, quando tudo isso passar, e a gente finalmente puder se ver, encontros com outras gentes, eu digo, e pra nenhum eu vou botar body de renda preta. Com você é especial, sabia?

O que vai me dar pra beber? Eu quero que você me faça muitas coisas. Servir vinho branco meio gelado, por exemplo. Numa taça bonita daquelas que a gente quase não consegue segurar com uma mão só. Gorda. Me elogia. Mas ainda não me beija. Nem tenta, se puder, quero criar um clima de romance.

Pin on My Love

Finge que está preparando alguma coisa bem gostosa pra gente comer. Pica uns queijos diferentes. Salpica umas ervas por cima. Diz que fica pronto já já e que espera que eu goste. Daí pergunta o que eu quero escutar, me ouve dizer que é Caetano, e vai lá e bota um Chico no lugar. Pra gente rir e criar um clima de tesão.

Aqueles queijos diferentes lá ninguém vai nem provar, né, você sabe. Porque vinho branco meio gelado é rápido de beber. E, quando a gente nem espera, já está meio bêbadozinho, vai pegando no muque enquanto dá risada de umas coisas bestas que você diz, você hoje está mais engraçado que nunca. É a saudade.

É a saudade? Você vai estragar meu body preto de renda de tanta pressa que vai ter pra desabotoar o fechinho que fica no meio das minhas pernas. Achou que era de pressão, eu avisei que era de encaixe. Só que sua língua é tão quente e molhada que, olha, tá tudo bem, eu compro um novo. Eu nem compro, e venho pelada da próxima vez. Pra facilitar de você lamber exatamente este lugarzinho que está lambendo agora.

Eu vou querer transar de novo. Você topa? Falei que ia pedir coisas infinitas de você. E, se der, vou querer terminar tudo dormindo meio encaixada em você. Não muito, que seus pelos me dão calor, mas quase. Você topa. E eu topo, também, se com o dia quase amanhecendo você botar o pau grande e bem pronto entre as minhas pernas, e quiser me comer mais uma vez.

Eu vou querer sair sem banho nem café. Você vai insistir. Eu vou achar que quase gosto de você a mais do que deveria, mas vou lembrar dos outros pra quem não chegava a usar body de renda preto, mas que gosto também que me lambam molhados, e vou decidir que um pedacinho do queijo de ontem eu até aceito, uma xícara de café com leite também ia bem.

Vou perguntar se você está de ressaca igual a mim. Te ameaçar de levar seu cachorro comigo, porque ele é fofo e tem barba. Do interfone na cozinha, você dispara o portão lá embaixo, eu desço com calma, o bife de ontem já se dissipou. Tem alguém fazendo pão na chapa.

Da janela do seu quarto, você vai me soprar um beijo pra calçada. Eu pego com a mão e finjo que aperto ele pra dentro do peito. A gente sabe que vai se ver de novo, e em breve. Ninguém me chupa assim. Se eu me apaixonar por você, te mato.

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Hacker do sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/06/28/hacker-do-sexo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/06/28/hacker-do-sexo/#respond Fri, 28 Jun 2019 14:07:29 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2669 Por Carmen

Parece roteiro de filme. Um garoto do interior de Michigan, Estados Unidos, passava o tempo criando códigos no porão de sua casa, até se mudar para Califórnia. Foi trabalhar em uma empresa de tecnologia e conheceu uma jornalista. No primeiro encontro, ela fez a pergunta básica: quais são seus hobbies? E a resposta foi surpreendente: hackear o Tinder.

 

sexting
Crédito da foto Pinterest

 

Com a curiosidade aguçada, ela pede detalhes. E o programador conta: ele e uma amiga gata criaram um perfil dela no aplicativo e instalaram dois programas diferentes. O primeiro funcionava normalmente, criando os matches, ao jogar as fotos para a direita. O segundo era aquele que o rapaz levou meses codificando e onde residia uma pegadinha tec. Ele pareava dois homens que tinham virado contato da amiga. Ou seja, dois usuários do app acreditavam que estavam trocando mensagens com a menina, mas, na verdade, estavam se comunicando entre eles. Para eles, tudo parecia vir e ir para aquela gata. Apostaria que ia dar errado, certo? Pois mais de 400 conversas aconteceram entre as pessoas mais improváveis, que até identificavam algumas estranhezas, mas raramente duvidavam que estavam falando com a garota. Geralmente, os papos que mais fluíam eram entre homens que buscavam sexo casual e papos picantes. Frases como: “Vou passar a noite toda em cima de você”, “vou fazer você gritar meu nome de tanto gozar” e “Está quente dentro de suas calças?” são incrivelmente unissex.

O programador codificou algumas alterações automáticas de palavras relacionadas a gênero. Quando alguém escrevia “homem” imediatamente aparecia na tela “mulher”, “pênis” virava “vagina”. Mas ele esqueceu alguns outros termos como “ereção”, “duro”, “molhada” e “pai”, que tornavam a conversa um pouco nonsense para os usuários do app e hilária para ele e seus amigos, que acompanhavam tudo em tempo real.

Outro bug era que palavras que tinham “man” (homem, em inglês), no meio de sua formação, também ganharam uma semi-tradução. Manhattan, por exemplo, virava Womanhattan. Segundo ele, as imperfeições ajudam na pegadinha, porque a parte mais divertida era o momento que as pessoas percebiam que estavam sendo troladas. E elas sempre culpavam o próprio app ou a usuária, nunca uma terceira pessoa.

Quando dois dos enganados resolveram marcar um encontro para valer, o programador e a amiga acharam que tinham ido longe demais. Caíram na real que ali havia pessoas com expectativas, carências, em busca de companhia e eles estavam brincando com suas vidas de forma cruel. A amiga quis por um ponto final no passatempo e, mesmo depois de meses, ainda era reconhecida como “a garota do Tinder”, em bares e festas, depois de tantos matches e papos sacanas. A jornalista, que ouviu a história toda, nunca mais quis usar aplicativos de relacionamento. E o programador, quando lhe perguntaram sobre seus hobbies em uma entrevista de trabalho, contou tudo. Na empresa de tecnologia, ninguém se importou com a questão ética, ficaram impressionados com a originalidade da ideia e lhe deram o emprego.

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‘Só vou a médico gay’ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/06/so-vou-a-medico-gay/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/05/06/so-vou-a-medico-gay/#respond Mon, 06 May 2019 19:17:20 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2634 Por Carmen

“Eu moro em Nova York há 12 anos e sou gay. Foi aqui, longe da família e dos colegas, que eu passei a viver minha sexualidade de forma natural. Isso acontece com muitos brasileiros que moram fora.

Sempre experimentei muito, conheci muita gente. Nos últimos anos, tudo ficou mais prático com o Grindr (aplicativo de encontros voltado ao público homossexual). Para ter uma ideia, já transei com dois caras do meu prédio. Quando isso aconteceria? Nas viagens de 15 segundos no elevador, as pessoas mal se olham, muito menos sabem qual é a da outra.

 

gay
Crédito da foto Pinterest

 

Um desses vizinhos, do 4º andar, desceu até meu apartamento em um início de noite de quarta-feira, depois de meia hora de conversa no app. Ofereci uma bebida, mas ele queria resolver as coisas logo. Foi a eficiência em pessoa: exímio beijador, falou as sacanagens certas, gozou e me fez gozar, e ainda me ajudou a limpar tudo – 20 minutos depois já subia pelo elevador.

O do 1º andar foi menos casual, mas hoje, ele está casado e se tornou o meu médico para check-ups anuais. Eu me recuso a me consultar com médicos que não sejam gays. Só quem é homossexual sabe. Não quero ser julgado pelo meu estilo de vida. Eu mesmo já me julguei muito na vida e não preciso mais disso.

Ao contrário de muitos gays nova-iorquinos, eu não faço uso de PrEP, a profilaxia pré-exposição ao HIV. Tentei, mas não me adaptei à medicação que, inclusive, já está disponível no Brasil. No final, acho até melhor não desfrutar dessa liberdade sexual toda. Não que não seja bom penetrar sem a camisinha, mas sentir um pouco de medo, saber que não somos invencíveis, faz a gente valorizar nosso corpo, nossa saúde, nossas emoções até. A única dificuldade é convencer os caras a usarem preservativos. Tomando remédio para prevenção diariamente, ninguém quer mais.”

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Para rir ou chorar: as atrapalhadas na hora do sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/04/20/para-rir-ou-chorar-as-atrapalhadas-na-hora-do-sexo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/04/20/para-rir-ou-chorar-as-atrapalhadas-na-hora-do-sexo/#respond Fri, 20 Apr 2018 13:26:28 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2363  

A Mari tinha conhecido um carinha nos corredores da PUC. Ele era um tesão e depois de umas cervejas no bar ao lado da faculdade, ela se animou muito quando ele a chamou para o pequeno quarto que ocupava em uma república a duas quadras dali, onde moravam outros três colegas do curso de Ciências Sociais.

Era novembro, e a Mari, que não era de transpirar, sentia a nuca e a parte interna das coxas úmidas. De tanto ter grudado o corpo no dele, durante os beijos que trocaram no corredor, tinha se afogueado toda. A luz apagada e o ventilador ligado tentavam compensar de leve a alta temperatura no quartinho bagunçado do garoto. O sexo foi aquela coisa empolgada, de roupas sendo tiradas ao mesmo tempo em que línguas e dedos trabalhavam. A pausa para a camisinha foi mais rápida que parada nos boxes da Fórmula 1, e a transa acelerou. Inebriada pela excitação, pelo calor, pela cerveja, Mari foi por cima e engatou a marcha rápida e intensa, do jeito que mais gostava de gozar.

No pique, nem se preocupava que os pés, que ficaram para fora do colchão, encostavam, batiam e derrubavam os objetos que estavam aos pés da cama. Mas sentiu um dor ardida quando acertou o dedão esquerdo com tudo nas pás do ventilador que estava sobre uma cadeira.

Pensou rápido, ou melhor, nem pensou. Na crescente para o orgasmo que estava, parar ou comentar algo estava fora de cogitação.  Só correu para o banheiro pra ver o machucado depois de terminada a transa. O corte não era fundo, mas tinha sangrado bastante. Quando chegou ao quarto, encontrou a luz acesa e o garoto com cara de assustado. “Mari, acho que te machuquei”, disse ele, sem entender de onde tinha vindo tanto sangue. Ao olhar em volta, havia manchas por todos os lençóis, roupas, parede e teto. A animação na cama tinha literalmente jogado sangue no ventilador.

 

vergonha
Crédito da foto Pinterest

 

Eu era colega de faculdade da Mari e ri muito quando ela me contou a história de ter se empolgado tanto na cama que nem ligou para o dedo dilacerado. E sempre me lembro dessa situação quando faço alguma atrapalhada durante o sexo. Sou um tanto estabanada na vida. Prefiro acreditar que faz parte do meu charme. Mas isso significa umas escorregadas, cabeçadas e desequilibradas durante a transa. Também já levei uns socos sem querer, de pura empolgação do parceiro. Acontece. Mas medo mesmo eu tenho daquele momento do vai-e-vem por cima, quando você vai e o pau do cara erra o alvo, bate na virilha. Já pensou se quebra, torce, sei lá? Ui!

Segundo os urologistas, quebrar, não quebra, porque não tem osso. Mas há uma membrana elástica ali que pode ser fraturada quando o pênis está duro e é entortado de forma brusca. Dói, tem de colocar gelo, e o pinto vai ficando roxo e depois preto. Na maioria dos casos, a membrana se regenera sozinha, é só ficar um mês em abstinência sexual.

Que a desajeitada aqui nunca encontre um desastrado na cama.

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Ele gosta de ver a mulher com outro – e não é o único https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/10/24/ele-gosta-de-ver-a-mulher-com-outro-e-nao-e-o-unico/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/10/24/ele-gosta-de-ver-a-mulher-com-outro-e-nao-e-o-unico/#respond Tue, 24 Oct 2017 12:23:24 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2199 Teve gente que entrou na brincadeira do ranking do tesão. Adorei. É sempre interessante assistir a um desfile da variedade da psique e do comportamento (sexual) humano.

A lista abaixo é do Rafa. Casado há 11 anos, ele a chamou de “não convencional”.

1.Ver a parceira de lingerie em ocasiões cotidianas, como em casa, ao longo do dia, apenas porque se sente bem em ficar só de calcinha.
2.Sentir o cheiro de sexo nela logo após ela ter transado com outro.
3.Ouvir dela frases pornográficas, que demonstrem vontade de transar e relatos de como transou ou gostaria de transar com outro parceiro.
4.Vê-la transando com outro parceiro.
5.Sentir a lubrificação dela com a mão.
6.Ver e sentir sua boca e boceta após ter levado uma gozada de outro.[lembrete da blogueira: a prática de sexo casual sem proteção não é segura!]
7.Observar seu corpo nu, principalmente quando exibe sua bunda ao estar na cama numa posição que a destaque.
8. Acariciar sua pele de leve.
9. Sentir sua língua começando de leve por várias partes do corpo e no pau, terminando com um gostoso boquete.
10. Ser masturbado por ela.
Cuckold
Crédito da foto Studio Lux
A questão é que o fetiche de Rafa é mais comum do que, talvez, ele imagina ao descrevê-lo ainda como “inusitado”. Segundo o site SexLog, rede social que reúne pessoas que querem realizar suas fantasias sexuais, a busca por cuckold, em outras palavras, a tara em ser corno, é uma das mais pesquisadas, ficando em primeiro lugar entre homens do Sul e do Sudeste.
A ideia é imaginar, saber, ver ou até participar como submisso de uma transa de sua parceira com outro e sentir muito tesão com isso. Pode parecer desprendimento, mas, sob a minha ótica, a possessividade tem um papel fundamental aí. “EU estou entregando minha mulher a outro”. “Esta mulher tão desejada por outros é MINHA”.
A parte mais curiosa é o nome cuckold, em inglês, deriva de cuckoo, o pássaro cuco, que deixa a fêmea chocar ovos de outro macho em seu ninho. É a criatividade do vocabulário sexual.
E a cumplicidade de realizar a fantasia juntos acaba fazendo bem aos casais que a curtem. “Nossa relação é intensa, boa demais, cheia de prazer”, conta o Rafa. Se os dois curtem, então, que os três se divirtam!
Você é adepto do cuckold? Conta para mim: carmenfaladesexo@gmail.com
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A bagunçada, atrapalhada e nada romântica realidade das transas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/10/06/a-baguncada-atrapalhada-e-nada-romantica-realidade-das-transas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/10/06/a-baguncada-atrapalhada-e-nada-romantica-realidade-das-transas/#respond Fri, 06 Oct 2017 12:41:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2184 Quando quero ver algo despretensioso na TV, para dar aquela relaxada depois de um dia estressante, assisto a “The Big Bang Theory” ou escolho meus episódios preferidos de “Friends” no Netflix. Mas, meu novo passatempo preferido antes de dormir (quando não tenho o Diego me encoxando, todo safado, pau em riste) é ler a seção Sex Negative, do site “The Cut” – revista eletrônica feminina da “New York Magazine”.

A série é descrita como “a bagunçada, atrapalhada e nada romântica realidade das transas”. Ou seja, depoimentos de sexo ruim. Eu, que adoro rir das minhas desgraças, curto a ironia e o absurdo das situações descritas.

sexo ruim
Crédito da foto Pinterest

 

Li a história da universitária acostumada com sexo casual, mesmo desconfiando que isso sempre tinha um quê de roubada.  Teve certeza na noite que se viu na casa de um cara da faculdade “relativamente bonito”, “relativamente alto” depois do bar. A cada tentativa de penetração, o moço parava no meio, pedia para voltar às preliminares, mas sempre de forma hesitante, sem olhar direito para ela, sem agarrá-la de fato. Depois de várias tentativas, veio a explicação chorosa: ele tinha recentemente terminado um namoro. Ela quis ir embora, ele insistiu para terminarem o que havia começado. Quando ele finalmente gozou e foi tirar a camisinha, a surpresa: tinha sumido. Luzes acesas, ambos começaram uma busca otimista pelos lençóis, mas nada. Ela correu para o banheiro, se agachou no chão e começou a se autovasculhar. “Não achei nada. Quando levantei, dei de cara com o quadro que ele havia escolhido para o banheiro: uma foto emoldurada do Ronald Reagan”, descreveu ela. “Eu deixei um republicano perder uma camisinha dentro de mim.”

Antes de ir ao extremo e procurar um atendimento de emergência no hospital mais próximo, ela ainda ficou em posição ginecológica na cama daquele estranho, que só depois de minutos enfiando três dedos na vagina dela, foi capaz de recuperar o preservativo fujão. “Nunca me vesti tão rápido na vida e, um ano depois, me escondi atrás da gôndola de cereais matinais para evitar encontrar com ele no supermercado.”

Você tem alguma história engraçada de sexo casual? Escreva e me faça rir: carmenfaladesexo@gmail.com

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O mistério do ovo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/27/o-misterio-do-ovo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/27/o-misterio-do-ovo/#respond Wed, 27 Sep 2017 17:51:00 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2171 Uma colega jornalista me contou a fofoquinha sexual de hoje. Ela mesma – neste caso, apenas narradora da história –  já usou o acessório em questão, o Egg.

Eu e Diego testamos também, mas não foi das experiências mais memoráveis. Não foi ruim, não foi maravilhoso. Comprei, experimentamos e pronto. Nunca repetimos – até por que é descartável. Quem sabe um dia tentamos novamente. A verdade é que não somos muito fãs de brinquedinhos na cama, costumamos nos bastar nós dois. E você? Curte um ovinho? 😉

 

prazer masculino
Crédito da foto guysexpressions.tumblr.com

A história:

“Estávamos em uma reunião de pauta em um estúdio paulistano. No caso, um programa de TV fechada voltado para o público-alvo feminino. Para quem não é do ramo, uma reunião de pauta consiste na participação de todos os envolvidos no conteúdo daquele programa para debater as ideias que serão, depois, roteirizadas. É mais ou menos assim, para simplificar. Geralmente, não se tem muita objetividade – ao menos naquele programa. Todo mundo fala ao mesmo tempo, abre-se um milhão de subtemas que, ao final, ficam bem distantes da pauta principal. Mas entra reunião, sai reunião, fala-se de sexo. Sempre. Always. E esse é sempre o ponto alto de uma boa reunião de pauta, ao menos naquele programa.

 

ovo
Crédito Divulgação/Tenga Egg

 

Bem, estávamos, então, ali reunidas: uma apresentadora perto de completar 50 anos, ainda muito moderna, descolada; havia uma colunista de jornal famosa até pra quem não era muito de ler jornal; havia uma atriz engraçada demais, falava coisa com coisa que acaba virando alguma coisa; e havia uma atriz famosinha.

Na frente das câmeras, falavam tudo que estava escrito no roteiro com propriedade. A colunista saía um pouco da linha, improvisava, levava bronca. A famosinha era aluna exemplar, estudava as referências dadas pelos roteiristas cheios de repertório e muito mal pagos, fazia as intervenções na hora certa. Enfim, cada uma ali, com suas características.

Corta pra reunião de pauta.

– Ai, gente, sério, é só usar um ovo que tá tudo certo, disse a atriz engraçada. Ovo, gente. Ovo. Aquela coisa maravilhosa. Ma-ra-vi-lho-sa.

Todo mundo riu. Pouca gente entendeu. O ano era 2011. Mas, na prática, todo mundo ainda nos anos 2000.

– Não acredito que vocês não sabem o que é o ovo, disse a apresentadora batendo firme na mesa, toda mandona, toda bancando a mudérna.

Mas e ela, sabia? Sabia. Rodou-se a mesa: eu sei, claro que sei, disse uma jornalista; ah, gente, jura que vocês estão rodando a mesa pra saber isso?, disse a produtora; eu sei, disse, seco, o único homem à mesa, um pesquisador antropólogo.

– Gente, sério, não tenho a menor ideia do que é esse ovo. Olha, quando eu viajo, o Fulano (marido ator famoso) me liga querendo fazer tele-sexo e até ali eu finjo que tô dormindo. Gargalhadas. A famosinha, já no segundo casamento com segundo marido, revelou ali mesmo que tinha preguiça de sexo por telefone. Mas que, pelo cansaço, tinha preguiça de sexo. Ponto. Nada mais humano.

Ali ninguém ainda usava o termo ‘dá um Google’, e muita gente ficou sem saber o que era o tal ovo.

Uma semana depois, no estúdio, o pesquisador colou na produtora.

– Tô com um ovo no porta-luvas. Quer aprender a usar?

A cantada foi a pior do mundo. Mas a curiosidade daquela garota com o famoso ovo, que rendeu tantas revelações naquela reunião de pauta passada, falou mais alto.

– Topo se a gente beber muito antes.

O cara levou a sério. A região até que era bem servida de motéis, mas já que a cantada foi tosca, ele achou que cairia melhor se fossem a um Ibis.

Chegando lá, começaram a beber. Beberam, beberam, pediram dois beirutes por delivery e mandaram brasa.

O pesquisador tirou da bolsa de couro tipo carteiro o tal ovo. Era um ovo mesmo, o formato, um ovo de plástico preto que, aberto, como um Kinder, continha uma surpresinha tipo aquelas gelecas dos anos 1980: consistência fria, mas gostosa; molinha, mas firme ao mesmo tempo; praticamente um fantoche para manuseio com os dedos da mão; internamente, rugosa, própria para massagear; por fora, lisinha.

O quarto, praticamente de acampamento militar, tinha uma luz branca, dura, sem abajur. Foi aceso mesmo. Ele tirou a calça social de pior caimento, vestia uma cueca branca folgada – horror dos horrores –, pinto quase perdido em meio ao matagal pubiano. Não foi tarefa fácil, apesar da bebedeira. Ficar ébria, naquela situação, era tudo o que a produtora mais queria.

Põe aqui, ó: e encaixou o ovo no pinto. Faz assim, ó: e moveu o ovo pra frente e pra trás. Não deu nem tempo de ela aprender como usar.”

 

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Duelo de corpos e o tapinha que dói https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/15/duelo-de-corpos-e-o-tapinha-que-doi/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/09/15/duelo-de-corpos-e-o-tapinha-que-doi/#respond Fri, 15 Sep 2017 18:15:08 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2158 “Me casei nos meus tenros 23 aninhos com meu primeiro amor e, pra minha tristeza sem fim, fiquei viúva quando estava pra completar apenas quatro anos de casamento. Você pode imaginar como fiquei arrasada, prostrada, em profunda depressão. Até que, aos poucos, fui me reerguendo. Comecei buscando um hobby que há muito tempo eu secretamente desejava, mas pelo ciúme do meu marido de me ver dançando com outros homens, me privei desse desejo.

Entrei em uma escola tradicional de dança e me encontrei. Fazia todas as modalidades possíveis e imagináveis, mas a dança de salão era a que mais me atraía. Percebi o quanto eu gostava de ser conduzida por homens pé-de-valsa e, mais ainda, quando eles eram atraentes, cheirosos, volumosos – é, dava pra sentir o volume genital quando a gente dançava ritmos calientes. Que delícia roçar sem querer, perceber a excitação do outro. Me vi uma mulher com muita paixão ainda pra viver, apesar do grande amor que havia partido tão jovem, no auge do nosso casamento.

 

BDSM
Crédito da foto: dominador.org

E os professores, então? Aqueles homens maravilhosos, musculosos, alguns mais baixos, outros mais altos, alguns asiáticos, outros nordestinos, uns eram branquelos e esses eu gostava menos, mas os negros eram os que eu faria de tudo pra abocanhar. E havia o mouro, sedutor, bigode, magrelo, mas com uma sensualidade que eu pensava ‘como?’, e que sorria pra mim como se estivesse preparado pra entrar na tenda e fazer mil e uma noites de amor. Cada professor me causava algum tipo de fantasia – e minhas noites eram menos solitárias, ao menos ali na minha cama, nua, me tocando tão profundamente que parecia estarem ali comigo, às vezes todos ao mesmo tempo, se revezando.

O mouro foi se aproximando cada vez mais. Me tirava pra dançar primeiro e, depois de dar o giro pela sala – eram sempre menos homens disponíveis em sala de aula do que o número de mulheres –, dava um jeito de me tirar pra dançar de novo. Era sempre em três tempos: um, dois, três. Três momentos distintos da aula em que ele criava situações pra me tirar pra dançar. Fui me deixando levar, me envolvendo. Era salsa, gafieira, forró. Adorava essas três modalidades. Cada uma com suas muitas possibilidades. E, em uma delas, o ritmo nos levou até meu apartamento. Entramos os dois excitados – eu ainda mais curiosa pra saber como seria a nossa performance fora da pista, qual seria nosso ritmo carnal. Coloquei um som, ele abriu a garrafa de vinho e começamos grudados um no outro, de cima abaixo, cada um bebericando sua taça, entrelaçados por nosso braço oposto. Que tesão! O beijo daquele cara era fenomenal, fiquei no ponto pra dar e comecei a abocanhar aquela boca ornada pelo bigode. Larguei minha taça na mesinha lateral e arranquei a camisa dele. Que peitoral! Ele era mais baixo do que eu, mas cada músculo daquele corpo compensava nossa diferença de altura.

De repente estávamos nus, dançando na sala do meu apartamento, ele de pau 90 graus. Prensei aquilo maravilhoso com minhas pernas e ele enlouqueceu. Tudo corria bem, numa cadência fluida entre forte e fraco, suave e intenso. Ele ensaiou uma pegada mais grave que partia do meu pescoço e pegava meu cabelão. Até aí, delícia. Pela nossa levada, resolvi colocar um tango, só pra ver o que saía. Nossa! Tango, ah, a dança do acasalamento, a dança do duelo de corpos que querem se possuir, se penetrar, se comer, se aprofundar. Aquele baixinho, de repente, me puxou para o chão. Fui. No meu tapete felpudo de poliéster da melhor qualidade, fizemos um sexo semisselvagem. Havia ternura, havia tesão, havia pau na buceta, mão na buceta, mão no rego, dedos suaves no cu – meus e dele, no meu, no dele. Tesão. Demos uma. Demos duas, praticamente sem pausa. Que homem! Ele se animou. E quando eu estava pra gozar mais uma vez…

…um tapa. Eu. Levei. Um. Tapa. Na bunda? Não. Levei um tapa. Na cara. O cara me deu um tapa na cara. Fiquei em choque. Não entendi. Pensei, será que é assim agora? Desacreditei. No tapa. Que aquele cara me deu. Sem nenhum aviso prévio. Levei um tapa. Tesão sumiu na hora. Mas fiquei ali, fingindo. Segui a transa. Não dei um piu. Sobre o tapa. Tapão na cara. O professor sem noção que me deu um tapa na cara sem nenhum aviso prévio.

Amigo, faça isso não. Tapinha não dói, mas tapinha você dá com quem já 1) disse que gosta; 2) sabe que gosta; 3) tem certeza que gosta. Se liga!”

Você gosta de tapinha? De tapão? Na bunda? Na cara? Dar ou receber? Conta para mim, vai, não dói nada. 😉

 

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Mês LGBT: oportunidade para experimentar https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/06/23/mes-lgbt-oportunidade-para-experimentar/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2017/06/23/mes-lgbt-oportunidade-para-experimentar/#respond Fri, 23 Jun 2017 21:09:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2086 “Em junho do ano passado, embalados pelo mês LGBT, minha esposa e eu resolvemos nos jogar na pixta. Depois de 20 anos de casados, dois filhos na faculdade e um cachorro, ela propôs que, já na casa dos 50 anos, estava na hora de experimentar coisas novas – na cama, é claro (ou fora dela, mas você já entendeu). Eu garanti a ela que nunca tinha ficado com um homem àquela altura da vida. E ela também nunca tinha ficado com uma mulher nos bons tempos de FFLCH, na USP, onde ela estudou – e eu acreditei.

Ela ficou incumbida de arranjar alguém pra mim, porque a ideia era bem louca e a gente também queria se divertir. Peguei a melhor foto que eu tinha e ela fez uma conta no Tinder. O texto ficou assim: homem casado, relacionamento aberto no momento, à procura de uma experiência homossexual. Dei likes em uns 25 perfis, mas  a maioria estava mais curiosa pelo meu perfil do que tesuda. Então a Beth fez uma boa busca em guias gays pela internet pra decidir pelo caminho clássico e tradicional:

– Roberto, tu vai (sic) na Le Rouge 80 e fim de papo.

Pra quem não conhece, o Le Rouge se intitula um “balneário” e, bem, agora você entendeu que se trata de uma sauna. Descobri que, às quintas-feiras, é servido um jantar a partir das 18h30 e foi esse o dia escolhido. Lá fui eu, um pouco amedrontado, mas bastante excitado: demos uma antes de sair, animados por um vídeo de sacanagem online entre dois caras esculturais e que metiam muito bem.

 

Crédito da foto: suckmypixxxel.tumblr.com

 

De início, fiquei impressionado com o tamanho da casa, sendo que a fachada jamais entregaria a infraestrutura do lugar: duas saunas secas, duas saunas a vapor, duas piscinas aquecidas, quartos privativos pra você fazer o que bem entender. Era fim de tarde, a casa ainda meio vazia, me senti avaliado de cima a baixo enquanto caminhava pelo espaço e fazia o reconhecimento da área. Fiz contato visual com um ou outro, mas a timidez ainda atrapalhava. Segui para o bar e pedi logo um uisquinho com gelo.

– Porra, Beth, como é que você não me avisou que era tão próximo ao Hospital das Clínicas, caralho?, brinquei com ela depois, caindo na gargalhada.
Na sauna finlandesa, homens mais ou menos da mesma idade, aparentemente héteros, conversavam com outros que aparentavam estar na casa dos 35. André foi o primeiro a vir falar comigo, gay saído do armário por volta dos 35, ele agora tinha 40, mas aparentava ser bem mais jovem. Conversamos sobre tudo, ele me guiou pelos outros espaços, comemos juntos e foi aí que ele me chamou para um dos quartos privativos. Eu já estava tão bêbado que assim que ele começou a me fazer uma massagem, percebi uma ereção. Aquele cara sabia bem o que estava fazendo, me deixou relaxado, começou a beijar minha nuca e me masturbou quase tão perfeitamente como eu me masturbo. Gozei, um pouco envergonhado. Ali, descobri que a gente não ia se penetrar, porque ele não gostava. Fiquei um pouco espantado: com a franqueza e com o conceito. Quando ele quis me beijar, foi mais difícil do que eu imaginava. Precisei fazer um esforço pra não enxergá-lo como “homem”, mas como uma pessoa. Fiz o esforço de não imaginar uma mulher no lugar, queria enfrentar a experiência com boa fé. Enquanto ele me beijava, massageava meu cu, minhas bolas, passava os dedos na ponta do meu pau, molhadíssimo, eu só pensava: que língua! Eu parecia um cabaço, sem saber direito como retribuir. Bem, eu era um cabaço naquele contexto.

Este ano repetimos a dose. Acho que sou bi. E adoro.”

Junho ainda não acabou. Conta pra mim as suas experimentações motivadas pelo mês LGBT! O e-mail é carmenfaladesexo@gmail.com

 

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