X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Rotina nossa de cada dia https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/18/rotina-nossa-de-cada-dia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/18/rotina-nossa-de-cada-dia/#respond Mon, 18 Oct 2021 19:19:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3219  

Por Carmen

 

Uma amiga solteira dizia o quanto se sente sozinha desde o início da quarentena. Outra, que não tem o mesmo ímpeto para o sexo que seu “namorido” – por ele, transaria todos os dias, de manhã e de noite; por ela, com sorte uma vez na semana. Inevitável pensar na minha própria rotina sexual. Chegando à grande questão: por que deixamos parte da nossa libido mais adormecida, sempre que temos a ilusão de um amor para chamar de nosso (ou supostamente à disposição)?

A indagação serviu de incentivo. E mesmo com a agenda corrida, o trabalho e a louça na pia acumulados em igual proporção, resolvi testar algo mais trivial. Um resgate de amor-próprio e tesão, pelo privilégio de estar viva. Aconteceu assim…

 

casal na cama
Crédito da foto Unsplash/We VibeToys

 

Quando meu namorado saiu naquela manhã, tomei um banho mais demorado, e com uma playlist de levantar o astral. Escolhi uma lingerie daquelas que separo para dias especiais, uma camisa bem confortável (dele), desabotoada estrategicamente até a altura dos seios, mais uma sandália que deixasse os pés bonitos e à mostra e um par de brincos esvoaçantes.

Ainda dediquei algum tempo na make, algo que não fazia há meses dada a rotina dentro de casa. Olhos esfumados mais escuros, como usaria em uma balada, batom com um toque de boca molhada. Caprichei no hidratante corporal e no perfume. Depois, me sentei para trabalhar na mesa da sala, como de costume.

Não tinha reuniões programadas naquele dia e não precisaria explicar a produção para ninguém. Trabalhei algumas horas, me sentindo mais poderosa, o que ajudou até na minha produtividade. A certa altura, tive vontade de pegar um dos meus “vibros” na gaveta. Algo espontâneo.

Enquanto preparava uma apresentação importante, me permiti sentir a delícia de um carinho discreto, afinal, na vida, a gente também precisa aprender a se dar prazer. Um prazer diário, de preferência em cada experiência, seja cuidando da casa, seja apenas conosco, seja com quem nos faz bem. Passei horas assim, excitada, vivendo o momento presente – e sem querer gozar. O melhor ainda estava por vir.

Já anoitecia quando abri um vinho. E de tão relaxada e à vontade nesta minha versão profissional-sexy-que-se-basta, me surpreendi com o barulho da porta abrindo. Passada a distração inicial, meu namorado me viu e ficou em silêncio. Não permiti que falasse.

Olhei nos olhos dele, dei mais um gole da bebida, me levantei e caminhei até ele, beijando-o com a boca do meu melhor desejo. Coloquei a mão sobre a calça dele, logo por dentro da cueca até sentir seu pau molhado. Cheirei o pescoço, senti a barba na minha pele. Desabotoei a camisa, mostrando a lingerie. Senti a boca dele por cima da minha calcinha, os dedos dentro da minha buceta e passeando pela minha bunda. Chupei-o até que pedisse: “Deixa eu te comer bem gostoso”. “Vem, amor. Esperei o dia todo por isso”, sussurrei fechando o computador.

(Dormi pensando em dizer à amiga enamorada que aproveite mais o seu par, e à solteira que curta mais de si mesma. Vamos lembrar do bom e do bem de viver à flor da pele, apesar da rotina.)

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O sexo que salva a rotina de um ano interminável https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/31/o-sexo-que-salva-a-rotina-de-um-ano-interminavel/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/31/o-sexo-que-salva-a-rotina-de-um-ano-interminavel/#respond Wed, 31 Mar 2021 12:24:56 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3146 Por Carmen

– Tenho 59 anos e, desde que começou a pandemia, transo todos os dias.

“Tem história boa aí”, pensei. Depois de um ano de isolamento social, a maioria dos relatos que ouço ou leio é de jovens sofrendo por falta do agito social que, muitas vezes, acabavam em encontros sexuais, ou de casados massacrados pela rotina home-office, aula online e louça na pia, que pouca energia têm para o sexo.

 

pernas
Crédito da foto Womanizer WOW Tech/Unsplash

 

Para D. e A., entretanto, a falta de compromissos com amigos e na agenda, de tempo perdido indo e voltando, no trânsito, para o escritório, de visitas dos filhos adultos, o que mais existe é espaço no dia a dia para cochilos no meio da tarde que viram transas pra reanimar, um capítulo do romance policial que termina junto a um oral caprichado, e rapidinhas de manhã, antes de ligar o computador.

Juntos há décadas, eles já experimentaram coisas à beça – brinquedos, fantasias, diferentes posições, e hoje variam entre o que mais funciona para eles. Essa alternância em um menu de poucos, mas deliciosos pratos, para eles, é satisfatória.

Em dias que parecem tão iguais, o sexo definitivamente se apresenta como melhor opção do que jogar Candy Crush, acompanhar as notícias e ver algum filme no Netflix que amanhã terá sido esquecido.

 

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O sexo e ansiedade https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/27/o-sexo-e-ansiedade/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/27/o-sexo-e-ansiedade/#respond Sat, 27 Feb 2021 18:41:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3132 Por Carmen

 

casal
Crédito da foto: Erik Lucatero/Unsplash

Faz mais de uma semana que não transamos.

Talvez não exista mais atração física entre nós.

Por que isso sempre acontece nos meus relacionamentos?

O que vai ser da minha vida sexual?

Estou fadada a um casamento assexuado!

Será???

O fato é que eu não ando com vontade.

Mas eu quero ter vontade! Eu amo esse cara!

Ele é lindo, inteligente, transa que é uma delícia, é dedicado ao meu prazer – a maior parte das vezes.

Qual é o problema dele?

Ah, não! O problema sou eu?

Quanto mais eu quero me excitar, menos eu me excito!

Acho que hoje vai rolar!

Vai mesmo?

Já são 23h45 e ainda nem desligamos a TV.

Acho que ele tá cansado.

Ele não disse que está cansado, mas eu tô vendo pelo jeito dele.

Eu tô cansada.

Melhor deixar quieto.

Já era…

Meu casamento estará oficialmente morto.

Estamos de conchinha.

Comecei a dar umas reboladas contra o pau duro dele.

Ai, tô demorando pra ficar úmida.

Meus hormônios não colaboram!

E se for menopausa precoce?

Não, a culpa é do implante hormonal!

Já sei que vou levar horrores pra gozar.

Ele vai ficar exausto!

Será que ele vai enfartar de tanto esforço?

Será que EU vou enfartar?

Gozei!

Sou uma mulher satisfeita sexualmente!

Meu casamento respira sem aparelhos!

É supernormal alternar períodos de mais tesão com outros em que sexo não é tão frequente.

Só preciso relaxar, me preocupar menos.

No fim, tudo dá certo.

Por que não consigo gozar com penetração?

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Tesão sem prazo de validade https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/05/tesao-sem-prazo-de-validade/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/05/tesao-sem-prazo-de-validade/#respond Fri, 05 Feb 2021 15:40:23 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3125 Por Carmen

Atingi um marco sexual histórico na minha vida. Oficialmente, sinto tesão por uma mesma pessoa há mais de cinco anos. Isso é inédito. Nos meus relacionamentos longos do passado, sempre vivi um dilema de tostines: perdia o interesse na cama porque tínhamos problemas fora dela ou a falta do frio na barriga do sexo conhecido gerava o fim do namoro?

O fato é que depois de algum tempo de paixão seguida de paulatina acomodação desde a primeira vez que tinha encostado naquele determinado pau, eu já não o queria mais por perto. Os beijos incomodavam, as mãos causavam cócegas – e apenas isso. Meu corpo ficava tenso ao toque. Orgasmos viravam lembranças. Ainda insistia mais um tempo, mas eu já ansiava por algo novo.

 

casal na cama
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

Eu temia que esse momento chegasse agora também. Questionava se o problema estava em mim. Sou uma pessoa movida pela sedução, pela expectativa no sexo? A grande revelação da vida, para mim, era como se manter atraída quando havia intimidade em excesso.

Este fantasma da superficialidade do meu ser sexual ainda me assombra quando ficamos um tempo maior sem transar ou quando rola o sexo daquele jeito mais mecânico, ou ainda quando a minha taxa de orgasmos por números de trepadas cai abaixo de 100%.

Mas, desta vez, acaba sempre vindo o repique, a retomada. Uma transa espetacular na quarta-feira à noite. Um oral dedicado quando eu não consegui chegar lá com a penetração. E eu espanto as assombrações e relaxo.

A educadora sexual norte-americana Emily Nagoski defende que “manter a chama acesa” em relações de longa duração não depende de frequência ou aventuras sexuais. “Quando um casal não consegue manter as mãos longe um do outro, eles são dominados pelo que os pesquisadores chamam de ‘desejo espontâneo’. Embora esse tipo de desejo seja ótimo, não é o único – também há um desejo ‘responsivo’”, comentou em sua palestra TED. O desejo espontâneo surge em antecipação ao prazer e o responsivo, em resposta ao prazer.

Ela dá um exemplo de como o desejo responsivo aparece: “Você coloca seu corpo na cama, deixa sua pele tocar a pele de seu parceiro e permite que seu corpo acorde e lembre-se: ‘Ah, certo, eu gosto disso; Eu gosto dessa pessoa’.”

Eu me identifiquei.

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Timing é tudo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/12/30/timing-e-tudo/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/12/30/timing-e-tudo/#respond Wed, 30 Dec 2020 14:06:12 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3092 Por Carmen

Tenho pensado na questão do timing no sexo, desde que a Dolores matou a pau quando escreveu sobre a hora certa para se chupar uma xoxota, lembrando que tem gente que considera cair de boca apenas uma preliminar e finge não saber que o oral pode e deve ser a finalização, especialmente quando um já gozou e o outro ainda não.

Mas acho que falar de timing para certas questões do ato sexual vai além. Óbvio que cada corpo é único e se excita e gosta de coisas diferentes, vou falar, portanto, de algo relacionado à minha experiência, mas sei que não estou sozinha nessa.

A começar pela atração.  Você deseja alguém que conheceu. Até conhecer demais. Perdeu o timing. Vai dizer que nunca rolou?

 

excitação
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

Na cama, uma das coisas mais difíceis é entender o momento do outro. Tem dias que meu companheiro curte que eu pegue suas bolas, em outros, mal posso relar. Por outro lado, eu posso amar ou odiar a fricção do meu clitóris. Depende do grau de excitação em que me encontro, se já gozei ou não, do período do mês, do meu humor. Sim, é um desafio. Saber ler sinais e, principalmente, ouvir, é importante para que alguém não se esquive do seu toque por uma questão de erro de timing.

Sexo oral é um pouco mais fácil, porque é tão, mas tão bom, que mesmo que eu esteja seca e estranhe o toque da língua porque ainda não estou no ponto, logo a saliva entra no jogo e os demais fluídos acompanham.

A dica de ouro é que meu corpo precisa ansiar, desejar, antes de receber. Se não, não dá o devido valor. Corpinho mimado esse meu.

 

 

 

 

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Sexóloga fala sobre tesão (ou a falta dele) na quarentena https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/#respond Fri, 05 Jun 2020 01:56:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2950 Por Dolores

Talvez nunca se tenha falado tanto de sexo e se feito tão pouco sexo na história da humanidade quanto agora, durante a quarentena. Isolados em nossas casas, às vezes acompanhados, às vezes sós, temos pensado muito nas maravilhas da cama, mas desfrutado bem menos delas – afinal, como é que faz para o tesão resistir às inseguranças, medos e frustrações causadas pela pandemia?

A sexóloga Carla Cecarello, porta-voz da K-Y no Brasil, explica por que nos sentimos desse jeito, e ajuda a entender se o que tem acontecido entre nossas quatro paredes é esquisito ou esperado. Leia a entrevista com ela.

É normal que casais que morem juntos queiram fazer menos sexo durante a quarentena? Por que isso acontece?

Isso pode acontecer sim. No início essa não era a realidade em maior parte dos casais, pois uma grande parte deles estava considerando a quarentena uma grande oportunidade de fazer mais sexo e experimentar novas práticas, adquirindo produtos no mercado erótico. Com o passar da quarentena, onde muitas pessoas ficaram mais atribuladas, com mais trabalho e mais preocupadas com o futuro extremamente incerto, algumas passaram a não dormir bem e a desenvolver um alto índice de ansiedade, o que consequentemente fez o sexo ficar em segundo plano. Devido a isso, muitos casais não estão querendo ter uma frequência sexual razoável na quarentena. Alguns casais até começaram a entrar em conflito, e a gente sabe que em outros países, como China, França e Itália, o índice de divórcios aumentou pós quarentena.

Há algo que os casais possam fazer para ter mais vontade e, consequentemente, aumentar essa frequência?

Sim! Sempre há algo que os casais podem fazer, basta que ambos queiram fazer. É necessário que eles percebam que a coisa não está legal, que a frequência diminuiu ou que a cabeça está em outro lugar e não no relacionamento. De alguma forma, os casais precisam perceber que precisam fazer essa melhora. Isso é muito importante. O primeiro passo a ser dado é conversarem sobre, dividindo suas angústias. Posto isso, o casal pode começar a promover novas possibilidades e pensar em sex toy para despertar a relação. Caso o casal nunca tenha utilizado brinquedinho, creminho, gelzinho ou coisa do tipo, eles podem começar com algo mais tranquilo, e juntos encontrarão algo.

Como lidar com a culpa quando um parceiro quer mais ou menos que o outro?

Quando um parceiro quer mais ou menos que o outro, e isso começa a gerar uma culpa, não há muito o que fazer além de conversar a respeito. É necessário expor suas angústias e expectativas, pois isso poderá ajudar a acertar os ponteiros.

Por outro lado, alguns casais têm aproveitado o momento para se relacionar mais intimamente. Pode ser legal experimentar coisas novas? Quem nunca fez sexo anal, por exemplo, agora é um bom momento pra testar?

Sim. Esse momento fez com que muitos casais resolvessem dar uma atenção especial ao sexo. Então, com um tempo maior juntos, é possível se aventurar em novas práticas. É muito legal experimentar coisas novas, mas é importante que o outro também queira. Não adianta o desejo ser só de um lado, ele precisa ser de ambos. Antes de começar uma nova prática, a conversa é necessária. Estamos vivendo um momento onde os sentimentos estão potencializados e isso pode gerar um certo conflito. Quem nunca fez sexo anal, esse pode ser um ótimo momento, pois essa é uma prática que exige um certo tempinho e uma adaptação, pois não é de primeira que vão conseguir.

empty bed - Well of Life Center

Por falar em sexo anal, esse é um tema bem recorrente aqui. Quais são suas dicas para quem está começando?

O casal precisa se informar e até mesmo assistir algum vídeo. Eu mesma tenho um vídeo no YouTube onde explico o passo a passo para fazer o sexo anal. Essa é uma prática que exige uma grande entrega, e é possível sentir muita dor. Então, é preciso realizar com calma. Também é necessário lubrificar bastante o ânus para poder fazer a penetração deslizar bem. O gel lubrificante vai ajudar a deslizar melhor. Tem que iniciar a prática com o dedo para depois iniciar a prática com o pênis. Então, é necessário que o casal tenha tempo e tranquilidade para poder realizar o sexo anal, por isso a quarentena é um ótimo momento, já que os casais estão juntos 24h. Trazer novidades para a relação pode ajudar muito, mas o diálogo é muito importante antes de qualquer prática.

Os solteiros têm brincado muito nas redes sobre estarem quase desesperados para transar com alguém. Você acha que é possível estar assim com essa libido tão aflorada após dois meses e meio sem sexo? O ser humano não consegue ficar esse tempo sem transar, ou pode ter alguma relação com a necessidade de passar para os outros a imagem de alguém muito cheio de tesão o tempo todo?

Realmente é muito difícil, principalmente quando se é mais jovem, pois há uma necessidade maior, até por conta da parte hormonal. Além disso, eles sentem uma necessidade de “não perder tempo”, de ter um maior conhecimento das situações, principalmente para quem já tinha uma prática sexual. Existe mais vontade de querer estar junto com alguém, ter a pele com pele, e também a vontade de querer seduzir. Eu vejo que os solteiros estão aderindo às conversas em sites e aplicativos de relacionamentos para conversarem com as pessoas e trocarem conversas picantes. Alguns estão se masturbando um pouquinho mais, para poder ter uma satisfação por enquanto com aquilo que se tem. Existem, sim, as pessoas que querem passar a imagem de que são cheios de tesão o tempo todo, mas eu realmente vejo que isso não é o caso de muitos jovens solteiros que estão passando por esse momento.

Para quem está nessa situação, sozinho em casa: muita masturbação pode viciar?

Para quem está sozinho a masturbação tem sido a grande saída. Pode acontecer de viciar sim, mas aí nós vemos que a pessoa já tinha uma tendência a não se expor muito. Geralmente ela é uma pessoa mais tímida, e que já tem uma certa dificuldade para se aproximar do outro, então a masturbação nesse momento pode intensificar esse tipo de traço de personalidade. Agora, para as pessoas que gostam de estar com o outro, gostam de pele com pele, e gostam do jogo de sedução, a masturbação não vicia. Ela pode aumentar a frequência, mas não viciar.

E como variar a masturbação, para que ela não se torne monótona ou mecânica?

A masturbação pode ser variada com alguns produtos que estão no mercado erótico, como os masturbadores. Existem opções femininas e masculinas. O gel lubrificante que esquenta também é uma ótima alternativa para trazer um diferencial para a masturbação. A minha única preocupação no caso das mulheres que nunca se masturbaram, e que estão precisando se masturbar no momento, pela falta de uma parceria, é que alguns vibradores e masturbadores vão oferecer a ela uma frequência, uma pressão e um ritmo que nenhum dedo ou boca poderá fazer depois. O cérebro registra um certo ritmo que uma pessoa ao vivo e em cores não vai oferecer. Então, quando ela estiver com outra pessoa, será desmotivador. Por isso é importante tomar um pouco de cuidado.

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Não é você, é a quarentena https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/05/18/nao-e-voce-e-a-quarentena/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/05/18/nao-e-voce-e-a-quarentena/#respond Mon, 18 May 2020 14:06:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2937 Por Carmen

A gente transava umas três vezes por semana. Eu encarava a virilidade dele como um elogio pessoal. O pau dele atingia o máximo de inchaço e rigidez logo após uma boa dose de sexo oral…em mim! Não podia ser melhor. Chupá-lo logo depois era incrível, a memória da sensação da glande em formato de cogumelo vibrando na ponta da minha língua e tocando meus lábios é uma das melhores sensações recentes da minha vida sexual.

Foi natural decidirmos nos isolarmos socialmente sem nos isolarmos mutuamente. Ele trancou o apartamento dele a 30 minutos de carro da minha casa e aumentou a quantidade de roupas na gaveta que eu já tinha liberado para algumas cuecas e camisetas.

 

casal
Legenda da foto: Pinterest

 

A primeira semana foi delícia. Vidinha conjugal com boas sessões de cama praticamente todos os dias, mas não deu pra evitar, a pandemia e a crise política e econômica se agravando do lado de fora, nos deu uma broxada geral depois de um curto tempo. Eu comentava as notícias alarmantes o dia todo, deixando pouco espaço para descontração e provocações safadas. Ele sofria calado e se fechava a cada nova edição do jornal.

O sexo foi rareando e ficando mais preguiçoso, quase como uma sessão de alívio, descarrego, e menos de tesão e sacanagem. A falta de exercício físico intenso e frequente no confinamento fez o fôlego falhar e a necessidade de recuperação depois do orgasmo ser maior. Uma vez, ele reclamou de taquicardia, após 15 minutos por cima de mim. Senti culpa.

Até que passamos um fim de semana todo sem transar. Eu tentei me aproximar, ele não deu muita bola. Na segunda de manhã, quando ele acordou cedo para uma vídeo chamada de trabalho, eu me masturbei na cama. Gozei no esforço, na teimosia. No dia seguinte, lancei mão de uns contos mal escritos que encontrei dando um Google e, na mesma tarde, entrei o XVideos. Minha boceta só latejou pra valer mesmo, quando me toquei lembrando das nossas transas de antes.

Vou puxar a DR, com receio de ouvir: “Não é você, é a quarentena”.

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Quem é você na quarentena quando o tesão bate? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/27/quem-e-voce-na-quarentena-quando-o-tesao-bate/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/27/quem-e-voce-na-quarentena-quando-o-tesao-bate/#respond Mon, 27 Apr 2020 15:21:42 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2921 Por Carmen

A brincadeira começou no Instagram, foi pro Whatsapp e terminou, animada, no Zoom. Todo mundo confessando como tem feito para lidar com a vontade de transar, quando as opções (de personagens, cenários, roteiros)  se limitaram tanto.

Afinal, quem você tem sido quando o tesão bate nestes dias de confinamento?

 

sexting
Crédito da foto Pinterest

 

  1. Tenho ido atrás de ex.
  2. Não paro de escrever nas redes sociais como sente falta de sexo.
  3. Troco mensagens sexuais com umas cinco pessoas ao mesmo tempo.
  4. Arrumei namoradx virtual no Tinder.
  5. Me masturbo às duas da tarde de uma quarta-feira (e outras várias vezes ao longo do dia).
  6. Ando cansado demais pra transar.
  7. Estou transando muito mais que antes.
  8. Estou comprando online compulsivamente brinquedos sexuais.
  9. Fiz ensaios caprichados de nudes aproveitando as tardes de por do sol incrível.
  10. Avancei além do sexting e passei para uma live.
  11. Descobri o mundo X dos vídeos.
  12. Procurei por todas as séries e filmes que têm cenas calientes.

E você? Rolou identificação com algum comportamento? Quer contribuir para a lista?

Queremos saber, responda para o falecomxdesexo@gmail.com

 

 

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Sobra tempo, falta libido https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/03/30/sobra-tempo-falta-libido/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/03/30/sobra-tempo-falta-libido/#respond Mon, 30 Mar 2020 14:24:54 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2894 Por Carmen

Nunca um fator externo afetou tanto minha vida sexual antes.

 

choro
Crédito da foto Pinterest

 

A pandemia de Covid-19 e a necessidade urgente de ficarmos em isolamento têm impossibilitado os encontros e prejudicado as relações pelo excesso de convivência. Porém, para muita gente, eu incluída,  há um impacto psicológico mais sutil, mas igualmente triste: a falta de libido. Podemos ter o ser amante disponível ao lado, confinado com a gente o dia todo, com mais tempo disponível e a energia vital represada entre quatro paredes, mas e a vontade de transar? Estamos receosos, preocupados, deprimidos para isso.

Eu fiz pouquíssimo sexo nas últimas duas semanas. Bem menos do que a rotina permitiu. No fim de semana, estávamos na cama, conversando, quando eu interrompi a frase dele e disse: “A gente precisa transar. Não podemos sucumbir”. E transamos. E como foi difícil de engatar. Dá-lhe gel lubrificante. Ele veio por cima, porque sabe que eu gosto, e me beijou muito, porque sabe que eu adoro.

Por alguns minutos, foi bom, me senti viva. Quando gozei, desabei no choro. Não é a primeira vez que chego ao clímax, me desarmo e me entrego às emoções mais latentes. Em inglês, chamam isso de crygasm (chororgasmo, na minha adaptação). Isso costumava acontecer quando o prazer era tão intenso, a conexão tão forte, eu extravasava. Dessa vez, foi diferente.

Ele, diante da minha reação inesperada perguntou o que tinha feito de errado. Eu respondi, daquele jeito nada sexy de quem está fazendo careta e fungando, que ele era maravilhoso, o momento que foi de catarse para mim.

É isso. O sexo pode ser catártico, pode curar, libertar mesmo no confinamento. Transe com seu parceiro, com seu brinquedo sexual, com você mesmo. Não podemos desistir do sexo.

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Petisca que eu gosto https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/16/petisca-que-eu-gosto/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/16/petisca-que-eu-gosto/#respond Sat, 16 Nov 2019 14:30:15 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2789 Por Carmen

 

comida e sexo
Crédito da foto Reprodução Pinterest

 

Outro dia, alguém comentou que a melhor comida para antes do sexo são os petiscos. Não exatamente uma refeição, mas aqueles queijinhos franceses, frutas secas, castanhas (caríssimas) e torradinhas com patê, acompanhados do número ideal de taças de vinho – o que varia de pessoa para pessoa, mas você sabe bem qual é: deixa você amortecido, mas não sonolento, alterado, mas não sem noção.

Gosto da ideia dos belisquetes. Não se trata aqui de uma discussão sobre efeitos afrodisíacos – se quisermos, podemos colocar romãs, ostras e chocolates para acompanhar a tábua de frios -, mas do que não compromete e até melhora a sua performance física. Tipo tomar whey e comer batata doce com frango grelhado em dia de academia, sabe? Alimentos funcionais para uma noite de disposição, excitação e bom desempenho na cama, que não é arruinada por reflexo, gases ou aquela leseira de quem mandou ver no carboidrato ou exagerou no churrasco.

Comer demais, sem dúvida, pode trazer um desconforto na hora que alguém solta o corpo sobre o seu abdômen ou quando se entra num sobe e desce frenético. Quando comecei a sair com meu namorado, nos encontrávamos depois do trabalho para ir a um motel com carinha de hotel que gostávamos, em uma região onde havia pouco comércio ao redor, mas, como sempre, tinha um restaurante de rede de fast food para salvar (ou ferrar). Por duas ou três vezes paramos lá e pegamos sanduíches, acompanhados de batatas fritas e refrigerante.

Matamos a fome, mas quase matamos a foda também. Posso dizer que, para mim, rolava praticamente um ménage: era eu, ele e um ativo Big Mac entre nós.

Também não é recomendável ficar sem comer, jejum pré-sexual pode igualmente empatar a foda. Eu ainda estava na faculdade quando tinha essa mania de sair para beber sem comer nada e assim ficar até a madrugada, quando, finalmente, deixava o bar com o cara com quem transava esporadicamente.

Até que um dia aconteceu. Estava calor, eu tinha bebido bastante, com o estômago completamente vazio. Desmaiei no banco do passageiro do carro dele, com a mão em seu pau, enquanto ele me beijava o pescoço. Recobrei os sentidos com o moço de pinto mole e cara de desesperado. Nunca mais transamos.

Quando o dia promete, passe no mercado, peça o cardápio, use o Rappi.

 

 

 

 

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