X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Foi bom enquanto durou – a despedida https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/foi-bom-enquanto-durou-a-despedida/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/22/foi-bom-enquanto-durou-a-despedida/#respond Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3230 Por Carmen

Hoje o “X de Sexo” encerra sua jornada. Foram mais de oito anos falando sobre sexo aberta e safadamente, tentando descontruir preconceitos e – por que não em um jornal? – oferecendo momentos prazerosos.

 

lingerie
Crédito Unsplash/Womanizer Toys

 

As sete autoras que passaram por essa cama virtual se revelaram, se não pelos nomes reais, pelas vontades, experiências e pontos de vista sobre esse tema que faz parte de beleza de se estar vivo, que instiga, reprime, define, desafia. Tão importante quanto, este foi um espaço livre, onde os leitores puderam contar suas fantasias e histórias reais de desejo e de dúvida.

O blog foi lançado em agosto de 2013 e – 549 posts depois – vimos um mundo de transformações. Para citar apenas algumas, o movimento MeTooes nos fez olhar de forma genuína para a questão do consentimento, e esta pandemia sem precedentes nos forçou a repensar o toque e o respirar, a proximidade e a confiança. A liberação sexual avançou em algumas frentes – piadinhas homofóbicas e a objetificação das pessoas negras não sobem mais ao palco, por exemplo. Por outro lado, retrocedemos, puxados por uma onda conservadora no Brasil e em outros lugares também.

Esta é uma despedida e também uma declaração de esperança de que sempre seja possível falar de sexo de forma livre, sem censura, em todos os gêneros, números e graus de angulação, como nos propusemos aqui desde o nosso primeiro dia.

 

 

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Festa das bruxas, bruxos e bruxes, uma delícia! https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/01/festa-das-bruxas-bruxos-e-bruxes-uma-delicia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/01/festa-das-bruxas-bruxos-e-bruxes-uma-delicia/#respond Mon, 01 Nov 2021 20:26:04 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3226  

Por Carmen

A frase no convite dizia assim: “Para poucos e bons (todos testados na entrada). Último sábado de outubro. Traga sua fantasia…”. Uma deixa perfeita para o retorno da tradicional festa de Halloween de um grupo de amigos paulistanos, inspirada no último longa do cineasta Stanley Kubrick: “De Olhos Bem Fechados” – aquele clássico sensual em que um médico (protagonizado por Tom Cruise) descobre uma sociedade sexual secreta, depois da esposa (Nicole Kidman, mulher do ator na época) confessar ter fantasias com um homem que conheceu. Enfim.

De Olhos Bem Fechados
“De Olhos Bem Fechados”, de Stanley Kubrick

 

Conversei com meu namorado, decidimos mudar os ares desse isolamento ainda vigente. (Duas doses depois da vacina – e as medidas de segurança – nos deram a coragem de voltar a viver mais um pouco.)

Chegamos pontualmente no endereço, divulgado na véspera em um grupo fechado de WhatsApp. A entrada era discreta, e a maioria das pessoas trajava casacões escuros e maquiagem dentro do tema cobrindo o rosto. Bruxas par lá de sexy, dráculas extremamente viris, gente mais fluida brincando com a mistura dos gêneros. Dentro do casarão, velas acesas (muitas), uma banda feminina de voz rouca, muito brilho, paetê e corpos à mostra.

Não que fosse um encontro de swing ou sexo explícito. Embora, alguns cômodos mais reservados deixassem alguma possibilidade dessas a gosto do freguês.

Peguei uma taça de espumante e caminhei até a varanda com vista para o skyline da cidade, enquanto meu amor foi até o banheiro. Ali, avistei um vampiro. Alto, olhos e cabelos negros, barba (adoro!), a pele de tinta branca revelando um homem de uns 40 anos – a boca pintada de vermelho sangue. Lindo (e deliciosamente atraente).

Tentei disfarçar o impacto, mas ele olhou na minha direção. Sorria quando meu namorado se aproximou. E seguiu assim, enquanto observava eu ganhando um beijinho no pescoço. Não me dei conta na hora, mas ele nos seguiu até o segundo andar. Meu namorado excitadíssimo naquele ambiente (prefiro não saber o que o deixou assim depois do passeio no banheiro; para que, não é mesmo?!). O que importa era o desejo dele de entrar em mim. Em um quarto cheio de biombos e sofás. À meia luz, música alta e gemidos sussurrantes escondidos aqui e acolá.

Eu estava sem calcinha, a saia delicada fácil de acomodar. Em pé, apoiada em um canto da parede, com a excitação de quem finalmente faz algo de errado ou transgressor. Meu namorado concentrado no seu tesão, me penetrando de um jeito incessante e decidido.

De repente, uma visão. O vampiro do outro lado da sala, bebericando algo e olhando para mim. Abracei meu namorado e sorri. Para o outro homem. Ele sorriu de volta, se acomodando para permanecer na cena. Imaginei como seria se viesse até nós, qual a textura do seu toque e a mágica oculta naquela roupa escura. Quanto mais rápido meu namorado metia em mim, mais eu me excitava, sorria e recebia o olhar mais excitante dos últimos meses. Ele ali, parado. Nós num lampejo de gozo e prazer.

Voltamos para casa (ao menos dessa vez, nossa missão já tinha sido cumprida ali). Mas aquele sorriso misterioso seguiu me acompanhando até a manhã de hoje.

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“Cara de quem sabe fazer” https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/22/cara-de-quem-sabe-fazer/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/22/cara-de-quem-sabe-fazer/#respond Fri, 22 Oct 2021 18:41:24 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3222 Por Carmen

É curioso pensar o quanto a gente julga o sexo (e tudo) pela aparência das coisas. Eu, você, todo mundo. Ou na verdade, o que sempre está em jogo acaba sendo a nossa interpretação – completamente subjetiva – da realidade. Vou apimentar o meu ponto…

Outro dia recebi uma mensagem inbox de um amigo no Instagram. Há meses ele me segue, olha todos os meus Stories (e nem me venha com papo de terapeuta dizendo que isso “só significa” que eu estou na sequência natural de outras publicações…). Tenho certeza absoluta de que não, enfim. Às vezes, ele envia alguma dessas reações padronizadas. Algumas outras, escreve algo como quem quer puxar papo.

 

silhueta
Crédito da foto Maru Lombardo/Unsplash

 

(E cabe dizer: ele sabe do meu status de relacionamento; e eu já flagrei, e fiz questão de demonstrar, a condição amorosa dele. Comprometido.

Pois bem. Na nossa mais recente interação, contei dessa minha história virtual para meu melhor amigo. “Quero ver fotos”, ele pediu. Eu prontamente providenciei. A avaliação chegou sem rodeios: “E ele tem cara de quem sabe fazer…”. A frase não saiu da minha cabeça.

Uma noite, decidi me masturbar. Estava sozinha em casa e com pouca inspiração. Aí, lembrei da avaliação um tanto incentivadora do meu amigo, e por que não espiar as fotos na “timeline” do contatinho platônico? Alto, corpo de quem faz esporte uma vida inteira, pele morena de sol. Um tanto sério.

Minha excitação foi aumentando. E ver (sem querer) uma foto da “namorida” dele, linda aliás, me deixou ainda mais molhada. Gozei suave com o dedo indicador esfregando meu clitóris – e algumas gotinhas de um lubrificante maravilhoso à base de silicone. Depois de um banho, deitei para dormir. E aí começou um sonho de trepada de fato…

Estávamos os dois em um quarto de hotel, desses bem luxuosos com ares da Bahia. Ele, com a toalha de banho amarrada na cintura. Eu, nua entre os lençóis. Ele se aproxima, olha dentro dos meus olhos, me beija de leve para que eu peça mais. Os lábios molhados descem pelo meu corpo, cada instante em um lugar, enquanto ele puxa a roupa de cama e me deixa exposta. Assim, ele pede que eu abra as pernas para ele poder me olhar. Eu obedeço, encantada com aquele olhar penetrante (sim este é o sinônimo-clichê mais adequado nesta cena do meu sonho…).

De repente, sinto a textura de sua língua na minha virilha, logo passeando pelos meus pelos, entrando na minha vagina, tocando a pontinha do melhor lugar do mundo. Não sei o quanto se demora ali, quando vejo o volume imenso quase escapando da toalha – tamanho não é garantia de nada, mas causa uma impressão…
Ele entre em mim fazendo movimentos incríveis. Segurando firme no meu quadril, depois me virando de costas, de lado, sentada sobre ele. Tudo tão intenso, tudo em um lampejo. Tudo com “cara de quem sabe fazer”. E faz. Tão bem que gozo sonhando; e se você é mulher, sabe do que estou dizendo.

Desperto nesse derramamento, um pouco frustrada por me deparar com a imaterialidade do meu desejo. Outra porção maior, feliz.

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Rotina nossa de cada dia https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/18/rotina-nossa-de-cada-dia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/18/rotina-nossa-de-cada-dia/#respond Mon, 18 Oct 2021 19:19:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3219  

Por Carmen

 

Uma amiga solteira dizia o quanto se sente sozinha desde o início da quarentena. Outra, que não tem o mesmo ímpeto para o sexo que seu “namorido” – por ele, transaria todos os dias, de manhã e de noite; por ela, com sorte uma vez na semana. Inevitável pensar na minha própria rotina sexual. Chegando à grande questão: por que deixamos parte da nossa libido mais adormecida, sempre que temos a ilusão de um amor para chamar de nosso (ou supostamente à disposição)?

A indagação serviu de incentivo. E mesmo com a agenda corrida, o trabalho e a louça na pia acumulados em igual proporção, resolvi testar algo mais trivial. Um resgate de amor-próprio e tesão, pelo privilégio de estar viva. Aconteceu assim…

 

casal na cama
Crédito da foto Unsplash/We VibeToys

 

Quando meu namorado saiu naquela manhã, tomei um banho mais demorado, e com uma playlist de levantar o astral. Escolhi uma lingerie daquelas que separo para dias especiais, uma camisa bem confortável (dele), desabotoada estrategicamente até a altura dos seios, mais uma sandália que deixasse os pés bonitos e à mostra e um par de brincos esvoaçantes.

Ainda dediquei algum tempo na make, algo que não fazia há meses dada a rotina dentro de casa. Olhos esfumados mais escuros, como usaria em uma balada, batom com um toque de boca molhada. Caprichei no hidratante corporal e no perfume. Depois, me sentei para trabalhar na mesa da sala, como de costume.

Não tinha reuniões programadas naquele dia e não precisaria explicar a produção para ninguém. Trabalhei algumas horas, me sentindo mais poderosa, o que ajudou até na minha produtividade. A certa altura, tive vontade de pegar um dos meus “vibros” na gaveta. Algo espontâneo.

Enquanto preparava uma apresentação importante, me permiti sentir a delícia de um carinho discreto, afinal, na vida, a gente também precisa aprender a se dar prazer. Um prazer diário, de preferência em cada experiência, seja cuidando da casa, seja apenas conosco, seja com quem nos faz bem. Passei horas assim, excitada, vivendo o momento presente – e sem querer gozar. O melhor ainda estava por vir.

Já anoitecia quando abri um vinho. E de tão relaxada e à vontade nesta minha versão profissional-sexy-que-se-basta, me surpreendi com o barulho da porta abrindo. Passada a distração inicial, meu namorado me viu e ficou em silêncio. Não permiti que falasse.

Olhei nos olhos dele, dei mais um gole da bebida, me levantei e caminhei até ele, beijando-o com a boca do meu melhor desejo. Coloquei a mão sobre a calça dele, logo por dentro da cueca até sentir seu pau molhado. Cheirei o pescoço, senti a barba na minha pele. Desabotoei a camisa, mostrando a lingerie. Senti a boca dele por cima da minha calcinha, os dedos dentro da minha buceta e passeando pela minha bunda. Chupei-o até que pedisse: “Deixa eu te comer bem gostoso”. “Vem, amor. Esperei o dia todo por isso”, sussurrei fechando o computador.

(Dormi pensando em dizer à amiga enamorada que aproveite mais o seu par, e à solteira que curta mais de si mesma. Vamos lembrar do bom e do bem de viver à flor da pele, apesar da rotina.)

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Enfim, livres? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/09/27/enfim-livres/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/09/27/enfim-livres/#respond Mon, 27 Sep 2021 10:47:55 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3215 Por Carmen

Esta semana chegou a minha vez de completar o esquema de imunização contra a covid-19 (claro, ainda preciso de alguns dias até o efeito completo). Confesso que o evento tão aguardado, me fez refletir… Se eu estivesse solteira, seria este o aval que faltava para a vida livre de outrora? Decidi fazer uma pesquisa entre os mais chegados.

 

casal
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

“Postei a foto da segunda aplicação, logo recebi um inbox. ‘Agora você pode tomar um vinho comigo…’. Esperei um tempo até responder. ‘Posso’. O frio na barriga veio junto com o botão ‘enviar’. Marcamos no sábado, e passei a semana pensando no encontro. Ele abriu a porta do apartamento sorrindo – quem precisa de subterfúgios agora… O beijo aconteceu ali. Quando percebi, já estávamos sem roupa, no tapete da sala. Nada de performances mirabolantes. Nada de pudor. Éramos vinho, suor, gemidos e lágrimas (de felicidade). Gozei três vezes até meu contatinho parar. Gostei da experiência. Nem tão livre a ponto de sair pra jantar, nem tão presa a ponto de não mais deixar de se encontrar. E trepar… Que delícia!”

“A gente se conheceu em um aplicativo de paquera. Ela separada. Eu sem transar há mais de ano, por conta do risco pela minha condição de saúde. Conversamos, o papo evoluiu. Perguntei se ela toparia ficar uma semana sem sair de casa, e depois, fazer um PCR que eu providenciaria por minha conta (em domicílio). Ela topou. Dias depois, o resultado na minha tela: ‘vai ser feliz’. Pontualmente a campainha tocou. Abri a porta meio sem jeito, devo ter perdido o hábito. Servi um drinque. Papo bom. Ela se senta no meu colo, de repente. No sofá. E começa a me beijar. Mixed feelings entre receber o elogio, ter medo de ainda me contaminar, apesar dos cuidados todos, não saber tanto o que fazer – afinal, nada ali estava tão natural ou espontâneo como antigamente. Transamos assim mesmo. Em um misto de tesão guardado, alguma culpa, e um gozo mais rápido que o habitual. Para compensar, convidei-a para um banho e chupei-a longamente. Espero poder repetir a dose – e comer esta mulher de novo, feliz por estar de volta!”

“Tenho este amigo há uns três anos, ou seja, desde antes da pandemia. Nos conhecemos no trabalho e a coisa evoluiu para encontros esporádicos já com alguma intimidade. Transamos duas vezes durante a quarentena, com aquela adrenalina, ao menos da minha parte; topando o risco em troca de uma foda bem dada. Agora não seria diferente. Mas ele me surpreendeu: ‘Cara, esqueci a camisinha…’. Fiz ele me chupar, primeiro os mamilos, descendo pela barriga até meu pau. Retribuí com o mesmo carinho. Quando ele me implorou para entrar por trás, disse para esperar um minuto. Saí da cama lindo, digno de um nude. Caminhei lentamente até a gaveta do armário e saquei a dita cuja. ‘Está aqui, querido, especialmente pra gente’. Não liguei para o sorriso de surpresa frustrada. Coloquei a camisinha no seu pau delicioso, duro, quente e naturalmente vibratório. Apenas uma função já seria suficiente. Prevenir o que se pode sempre é melhor que remediar.”

 

 

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A primeira noite do resto de nossas vidas https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/09/12/a-primeira-noite-do-resto-de-nossas-vidas/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/09/12/a-primeira-noite-do-resto-de-nossas-vidas/#respond Sun, 12 Sep 2021 20:05:09 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3211 Por Carmen

Estive entre os convidados de um casamento impecável no último feriado. Da escolha do local à decoração chique, do bufê à pista de dança e aos protocolos anti-coronavírus.

A noiva, lindíssima, e o noivo (um gato) protagonizaram cenas quentíssimas durante a festa. Com um vestido pra lá de ousado, cheio de transparências, decote tomara que caia e estruturas que lembravam um corset, a protagonista distribuiu beicinhos, dancinhas exalando sensualidade e beijos quentes em seu amor gostosíssimo, só para ressaltar.

 

casamento
Crédito da foto Pinterest

 

Na nossa mesa, embalados pelo espumante, divagávamos sobre a dor e a delícia da noite de núpcias dos tempos modernos… Por um lado, com nenhum ineditismo ou emoção diante do desconhecido – já que hoje em dia, exceto alguns mais religiosos, quase ninguém cometa a loucura de se casar sem antes ter transado muito (ou ao menos o suficiente). Por outro, com a magia agora presente no que há de mais real, concreto e certo: a escolha de construir uma vida inteira ao lado de alguém por quem já se tenha vencido as barreiras da inexperiência, do nervosismo, e talvez até, da falta de afinidade na cama. Vale lembrar o clichê; sexo é sim parte fundamental de qualquer relação amorosa. Enfim.

Um de nossos amigos, melhor amigo desta noiva arrebatadora, nos escreve no dia seguinte. “Queridos, perguntei pra nossa maravilhosa como tinha sido a primeira noite do resto de sua vida… Disse que falamos disso a noite inteira ao vê-la tão linda, plena e cheia de provocações para seu marido”. Eis a resposta…

“Amor, eu estava excitadíssima diante da magia da nossa noite. Tudo estava ali: os amigos mais queridos, as famílias, o sonho de ser uma rainha, com todos os olhares e desejos para mim, ainda que apenas por esta noite. Na minha frente, o homem por quem me apaixonei e escolhi viver todos os suspiros da minha vida. Barbeado, cheiroso, elegantíssimo. O pau mais gostoso e competente que já entrou na minha buceta.

Sim, eu o provoquei a festa todinha. Dançamos, nos beijamos, sentimos o suor e a alegria um do outro. A certa altura, pedi para ele me ajudar a trocar de sandálias. E no quarto da noiva, mostrei meu espartilho com o nome dele bordado na calcinha fio dental. Ganhei uma lambida por baixo da calcinha e retribuí segurando firme no pau do meu amor.

Mais tarde, foi ele quem me pediu uma ajuda. Nos retiramos mais uma vez de mansinho. Eu o chupei tão gostoso, ouvindo pela primeira vez os gemidos do meu marido. Eu o fiz gozar ali, comigo toda de branco, ajoelhada aos seus pés. Ele me prometeu retomar em breve.

Dançamos mais, cantamos, abraçamos todos os nossos amores. Quando tudo acabou, seguimos para o hotel. Mal entrei no quarto, meu macho me coloca sentada sobre a mesa e entra dentro de mim (eu estava encharcada havia horas). Ainda de noiva, cavalguei o meu homem. Linda sim, plena sim, um pouco alta também. E muito feliz.

Tirei o vestido e seguimos para a banheira. Ficamos horas entre caricias, lambidas e estímulos com o toque dos nossos corpos e sexo. Eu sorria. Ele também. Amanheceu. Exaustos, acho que trepamos como nunca diante da excitação de todo um porvir. Gozei mil vezes e quero mais.”

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Felicidade em dose dupla (a realização!) https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/27/felicidade-em-dose-dupla-a-realizacao/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/27/felicidade-em-dose-dupla-a-realizacao/#respond Fri, 27 Aug 2021 21:30:42 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3207 Por Carmen
“Meses depois daquela transa, eu estava numa noite de sexo mais básico, quando meu marido cochichou no meu ouvido… ‘Encontrei um cara que topa brincar conosco, acho que você vai gostar dele…’, disse, mordiscando a pontinha da minha orelha. Gozei na mesma hora.

 

menage
Crédito da foto Reprodução

 

O impacto daquela proposta em mim – agora uma possibilidade real –, me fez ponderar seriamente a respeito. Pesquisei depoimentos de casais abertos à experiência do sexo a três, levei o tema para a terapia, com algum constrangimento. As semanas passavam e a fantasia de dois homens me satisfazendo se tornou um pensamento recorrente, quase obsessivo. Uma noite pedi para ver uma foto do candidato; outra, saber um pouco dele. Um amigo de outro amigo; da época do colégio e das descobertas do meu marido.

A excitação só aumentava, enquanto seguíamos nossa rotina cheia de amor e cumplicidade. Um dia, desabafei: ‘Eu topo. Vamos planejar como e quando…’. Não demorou um mês. Combinamos um final de semana na praia, sem nossa pequena. Alugamos uma casa mais isolada, para ficarmos bem à vontade. Chegamos um dia antes da noite marcada com aquele rapaz. Cuidamos de cada detalhe para preparar o ambiente.

Velas espalhadas pela sala, drinques e finger food, uma trilha sonora no capricho. Lingerie nova para mim, um perfume diferente para meu companheiro. Alinhamos algumas regras. Nenhum deles seria penetrado, a princípio. Eu poderia ser pelos dois. Meu amor perguntou se eu me oporia caso ele se excitasse diante da ideia de interagir com nosso triângulo. Eu aceitei, apesar de alguma estranheza. Estávamos tão felizes e conectados por tudo o que viria.

Nosso acompanhante chegou pontualmente no sábado, ao por do sol. Eu abri a porta impactada pela sua imagem. Um homem alto, forte, de uma voz suave. Meu marido veio com o primeiro drinque, a música ‘Poema’ rolando na caixinha. Na segunda taça já estávamos bem à vontade. Os três confortáveis nos sofás, pés descalços, a brisa suave do mar atravessando as janelas. Não havia necessidade de muita conversa. Tomei a iniciativa, trêmula.

Caminhei até meu marido, desabotoei minha camisa (era de linho, com um shorts bem curtinho), comecei a beijá-lo. Logo senti outro corpo me abraçando e mãos desconhecidas sobre os meus seios. Meu amor colocou o dedo no meu clitóris, de um jeito que só ele sabe fazer – eu me entreguei ali.

Beijos vindos por trás de mim, no meu pescoço, nos seios, em torno da buceta, muitas mãos passeando pelo meu corpo, a textura das línguas por todas as minhas curvas, sem que eu pudesse identifica-las. De repente, estávamos todos nus.

Meu marido entrou primeiro, claro. E quando eu estava no ponto, para minha surpresa, pediu que eu continuasse com o rapaz. Ele me observava segurando o próprio pau. Sorrindo um sorriso que eu ainda não conhecia. Lindo. Não me opus quando se aproximou da gente, olhando nos meus olhos, mas beijando as costas do nosso parceiro.

Eu era penetrada por um desconhecido, em movimentos estrangeiros para mim, ao mesmo tempo em que sentia a excitação dos dois. Achei bonito olhar dois homens másculos e livres, curtindo me oferecer prazer. E quase suplicando para que eu os deixasse improvisar entre eles. A bebida já tinha cumprido sua função. O cenário era incrível. O clima morno, embora uma noite de primavera.

Eles se beijaram. E o tesão deles me fez deixar rolar. Éramos um, éramos três. Mal consigo dizer tudo o que exploramos ali. Éramos tesão, suor e prazer sem contorno. Éramos um casal descobrindo a alegria de desejar o desejo do outro. Uma promessa para dias de sexo quente a dois; e quem sabe, novamente a três. Gozei. Múltiplas vezes. Aos primeiros raios da manhã, adormeci abraçada com o meu amor.”

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Felicidade em dose dupla (a fantasia) https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/19/felicidade-em-dose-dupla-a-fantasia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/19/felicidade-em-dose-dupla-a-fantasia/#respond Thu, 19 Aug 2021 19:59:18 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3203 Por Carmen

“Estou casada pela segunda vez, tenho um companheiro incrível. Culto, sensível, educado, divide as tarefas da casa e da vida comigo – incluindo os cuidados com nossa filha tão amada. Desde o início da relação, nossa libido passa pela troca intelectual. Gostamos de conversar sobre livros e filmes, de concordar a respeito das nossas visões de mundo, das nossas opiniões políticas; adoramos fazer amor à luz de velas, escutando Caetano, Bethânia, Ney.

Um dia, durante uma transa, meu marido confessou baixinho que colocaria qualquer um deles na nossa cama. Embarquei na fantasia. Entre beijos e carícias, falamos de sexo a três (eu imaginando o desejo dele por duas mulheres sedentas por um pau). Chupei-o loucamente. Pedi que me penetrasse pela frente, e depois por trás. Fiquei excitada imaginando como seria performar diante de uma outra, ou o que eu faria para ele sentir mais desejo por mim.

 

menage
Crédito da foto Pinterest

 

A surpresa veio minutos depois: ‘Amor, eu treparia contigo e outro homem…’. Fiquei um tanto sem reação. Mas decidi seguir viagem. ‘Me explica, amor? Bem gostoso, tá?’, incentivei. Ele passava os dedos por todo meu corpo – incluindo cada orifício –, enquanto contava algo que eu conhecia, mas não em detalhes: ainda na adolescência, sentia atração por homens também. Cresceu experimentando possibilidades, que não sentia precisar fazer uma única escolha, que era apaixonado por mim e pela nossa vida juntos; mas poderia transitar entre sua bissexualidade adormecida. Caso eu concordasse, claro.

O relato me deixou encharcada. E começamos a imaginar juntos esta possibilidade adormecida até então. Pensei em dois homens disputando minha atenção, os beijos a três, os paus duríssimos tocando minha pele – ora na minha boca, ora na minha buceta, ou tudo junto e misturado. Considerei como seria uma penetração dupla, se meu marido sentiria algum ciúme, se nosso parceiro seria um conhecido ou um completo estranho. Pensei na química, no cheiro, nos pelos deslizando meu corpo, na dança.

Meu marido pediu que eu colocasse o dedo na sua bunda e mexesse devagarinho, e logo mais forte, enquanto ele me fazia gozar com a penetração mais profunda que eu já havia sentido. Gozamos. Juntos. Como nunca antes.”

Depoimento cedido por uma gentil leitora desta coluna. Você aguenta esperar pela segunda parte?

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Máscara como sex toy https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/12/mascara-como-sex-toy/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/12/mascara-como-sex-toy/#respond Thu, 12 Aug 2021 22:19:49 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3199 Por Carmen

Encontrei um antigo affair na casa de uma amiga em comum. Um breve respiro, apesar das máscaras – e é justamente sobre o lado sexy deste acessório obrigatório que quero te falar. Uma descoberta…

 

máscara
Crédito da foto Dainis Graveris/Unsplash

 

Vamos direto ao final do encontro, quando este amor mal resolvido fez questão de me levar até o portão da rua – pelas minhas contas, não nos víamos havia uns três anos. Um querendo saber um pouco mais do outro, o sorriso em comum saltando dos nossos olhos. De repente, ele me diz assim: “Ah, sem máscara, vai…”. E antes que eu pudesse me dar conta, retira a dele olhando para mim, depois solta uma tira da minha e me abraça fazendo um carinho gostoso no meu pescoço. De-mo-ra-da-men-te.

Perdi a noção do tempo, imagino que ficamos longos minutos ali. Ele mais relaxado que o habitual. Eu, automaticamente excitada, confesso aqui a você, considerando o frio na barriga de rever alguém por quem me apaixonaria novamente, e a fração de segundo em que me senti sendo despida, como se estivesse tirando uma peça de roupa íntima em uma primeira transa – sensação que ainda não havia experimentado com uma máscara de proteção!

O que se revelou ali, no entanto, foram dois sorrisos deliciosamente insinuantes, as bocas mordiscando uma pontinha de língua, este órgão tão amedrontado desde o início da pandemia (suspiro). Nos despedimos ali, com a promessa de marcarmos um café qualquer dia, quem sabe.

Cheguei em casa com aquela cena percorrendo todo o meu corpo. Tomei um banho, escolhi a playlist e comecei a me masturbar na sala. E meu amor chegou da rua na hora exata. A tempo de se surpreender com a recepção inesperada, me ver encharcada de tesão e embarcar na minha fantasia gentil ao pé do ouvido: “Ah, me fode usando a máscara, vai…”.

(Vale registrar: as regras do encontro, por conta do aniversário desta amiga, eram bem claras. Apenas um grupo dos dez mais chegados, todos ao menos com a primeira dose da vacina, teste rápido feito no dia do evento, programação de não mais que duas horas, ao ar livre. O novo normal pode ser estimulante, afinal!)

 

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Testamos o lambe-lambe https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/06/testamos-o-lambe-lambe/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/06/testamos-o-lambe-lambe/#respond Fri, 06 Aug 2021 21:14:36 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3195 Por Carmen

Era meu aniversário e eu tinha, finalmente, tomada a vacina naquele dia. Não sou muito afeita a sexo comemorativo, entro bem mais no time do “deixar rolar quando a vontade bater” numa terça-feira à noite qualquer ou no fim de semana da preguiça, mas a data, com dois motivos fortes de celebração, pedia o tilintar de taças, o úmido dos beijos entusiasmados e algo mais.

Meu corpo não reagia, ainda, às gotas de proteção que percorriam minhas veias e eu estava animada, o Diego, porém, não estava em ritmo de festa. Avisava, desde a noite anterior, sobre o incômodo que sentia para urinar. No início da tarde, tinha confirmado, era infecção urinária mesmo. O pau doía.

Teria sido uma noite sexualmente frustrante e OK – com a minha nova idade madura, eu estava pronta para superar esse banho de água fria – se ele não tivesse se lembrado do lambe-lambe.

Lambe Lambe
Crédito da foto Divulgação

Nosso novo sex toy ainda estava na caixa, esperando o momento que nos desse vontade de experimentá-lo.  Faz a linha multifunção, em uma extremidade é massageador e, na outra ponta, possui um sugador e também uma língua estimuladora.

Cada lado tem 12 frequências diferentes de vibração. Eu nunca conseguiria testar as 12. Cheguei na quarta ou quinta e lá fiquei. Na verdade, era Diego que se entendeu com todos aqueles botões e comandava as minhas sensações, prestando atenção às reações que eu expressava.

Ele me dava prazer de um modo alternativo, que foi ótimo para quebrar a rotina e, apesar da falta que me faz uma penetração, foi especialmente gostoso gastar um tempinho com o lado sugador/lambidor do brinquedinho. A combinação da língua macia com a sucção, feita com um bocal que pressionava certinho meu clitóris, pequenos e grandes lábios, na velocidade ideal para mim, fez jus àquele dia especial.

INTT Lambe-Lambe, R$345,90,  www.lojaintt.com.br

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