X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Testamos o lambe-lambe https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/06/testamos-o-lambe-lambe/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/06/testamos-o-lambe-lambe/#respond Fri, 06 Aug 2021 21:14:36 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3195 Por Carmen

Era meu aniversário e eu tinha, finalmente, tomada a vacina naquele dia. Não sou muito afeita a sexo comemorativo, entro bem mais no time do “deixar rolar quando a vontade bater” numa terça-feira à noite qualquer ou no fim de semana da preguiça, mas a data, com dois motivos fortes de celebração, pedia o tilintar de taças, o úmido dos beijos entusiasmados e algo mais.

Meu corpo não reagia, ainda, às gotas de proteção que percorriam minhas veias e eu estava animada, o Diego, porém, não estava em ritmo de festa. Avisava, desde a noite anterior, sobre o incômodo que sentia para urinar. No início da tarde, tinha confirmado, era infecção urinária mesmo. O pau doía.

Teria sido uma noite sexualmente frustrante e OK – com a minha nova idade madura, eu estava pronta para superar esse banho de água fria – se ele não tivesse se lembrado do lambe-lambe.

Lambe Lambe
Crédito da foto Divulgação

Nosso novo sex toy ainda estava na caixa, esperando o momento que nos desse vontade de experimentá-lo.  Faz a linha multifunção, em uma extremidade é massageador e, na outra ponta, possui um sugador e também uma língua estimuladora.

Cada lado tem 12 frequências diferentes de vibração. Eu nunca conseguiria testar as 12. Cheguei na quarta ou quinta e lá fiquei. Na verdade, era Diego que se entendeu com todos aqueles botões e comandava as minhas sensações, prestando atenção às reações que eu expressava.

Ele me dava prazer de um modo alternativo, que foi ótimo para quebrar a rotina e, apesar da falta que me faz uma penetração, foi especialmente gostoso gastar um tempinho com o lado sugador/lambidor do brinquedinho. A combinação da língua macia com a sucção, feita com um bocal que pressionava certinho meu clitóris, pequenos e grandes lábios, na velocidade ideal para mim, fez jus àquele dia especial.

INTT Lambe-Lambe, R$345,90,  www.lojaintt.com.br

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Testamos o vibrador de porquinho https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/01/08/testamos-o-vibrador-de-porquinho/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2021/01/08/testamos-o-vibrador-de-porquinho/#respond Fri, 08 Jan 2021 11:00:34 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3099 Por Dolores

Meninas que circulam pelo Instagram talvez já tenham se deparado com posts de lojas que investem em modelos diferentões de vibradores, além daqueles tradicionais já quase vintage, em forma de coelhinhos e borboletas. A fauna sexual feminina se expandiu, e a gente não poderia estar mais feliz com isso.

Se você não faz ideia do que estamos falando, segue uma rápida contextualização. Há, na praça, uma vasta oferta de brinquedos eróticos voltados ao prazer da mulher, com itens cada vez mais tecnológicos e eficazes, e seguindo uma tendência que eu particularmente acho esquisita: a de transformar vibrador em bichinho.

Óbvio que é um alívio viver em uma época em que a indústria entendeu que a gente precisava mais do que consolos veiúdos, por exemplo (eles têm seu valor, sem dúvida, mas broxam quando são a única opção). O que significa que um cardápio cada vez maior é sinônimo sempre de felicidade.

A questão está na estética adotada. Ponto mais que positivo para o material, sim, com um silicone extra macio e confortável, porém nota zero para a infantilização da forma. Na loja da qual comprei o vibrador deste teste aqui, por exemplo, havia modelos em forma de patinho amarelo, esquilinho, polvinho, e (sempre ele) coelhinho.

Juro que não entendo. Mesmo que fosse algo para ser usado quando estamos sozinhas em casa – já não brinco com bonequinhos fofos há muitos anos, justamente porque eles não me atraem na construção da mulher que busco e gosto de ser.

Mas o quadro é ainda pior quando a gente quer sacar o vibrador da bolsa no meio da transa com alguém. Tá tudo quente, sexy e maravilhoso, e de repente “pera aí que eu vou pegar meu porquinho cor de rosa”? Foda.

(Uma leitora me explicou, com essa resenha já publicada e por isso faço aqui um adendo, que se trata da estética “toy art”, de brinquedos não sexuais para adultos, agora importada para este mercado. Continuo não gostando, mesmo depois da explicação. Sigo achando perigoso infantilizar o sexo. Daí me perguntaram porque não testei, então, um vibrador que não fosse de bichinho. A resposta é: por que não testar, se a gente aqui fala sobre sexo no geral, inclusive das coisas que não gosta?). 

Fun Toys – Fava

(Foto: Divulgação)

Enfim. Reclamações quanto à plástica encaminhadas à direção, segue o baile. Quero compartilhar com a leitora (porque estamos falando de clitóris) minhas impressões sobre o tal porquinho, focadas em seu desempenho, mais que em sua forma física.

Aliás, falando rapidamente sobre o formato: ele é redondinho e cabe bem na mão, coisa excelente, que muitas vezes as marcas se esquecem de testar. Pilotá-lo é tranquilo e anatômico.

Como a maioria dos vibradores mais modernos, seu carregamento é via USB, com um carregador todo único, e que honestamente sempre me dá medo de perder ou quebrar, já que deve ser uma dor de cabeça descolar outro igual. O botão de liga e desliga é integrado à superfície, sem relevos, o que ajuda a não causar interrupções acidentais.

Trata-se de um “sugador de clitóris”, categoria tendência atualmente. De modo que ele tem um buraquinho pra gente se encaixar – neste caso, o grelo deve ser acoplado à, digamos, cara do porquinho. Feita a conexão, é aí que a mágica acontece.

Não se trata propriamente de sucção. É mais um “farfalhar” da lingueta que o vibrador tem dentro do orifício. Pressionando o botão, é possível aumentar ou diminuir a velocidade, que pode chegar a nove níveis de intensidade. As duas primeiras serviram só para me aquecer – construção do orgasmo, mesmo, só a partir da terceira.

É diferente de ser chupada por um ser humano, definitivamente. Se você está em busca de algo que reproduza o sexo oral de maneira fidedigna, o porquinho sugador não é o seu produto. Aliás, não conheci até hoje algo que imitasse uma boa chupada de xoxota, e adoraria que inventassem.

O prazer que o porquinho proporciona também é diferente daquele que o meu vibrador favorito, o Volta (sobre o qual falei aqui), consegue me dar. É algo mais parecido com uma cosquinha deliciosa no clitóris, do que a pressão dos dedos de quando a gente bate uma siririca, por exemplo.

Se vale a pena? Sim, vale. Custa em média R$ 300, mas é um bom modelo de entrada no mundo dos vibradores. Os depoimentos na página da loja dão, inclusive, a impressão de que é um modelo bastante comprado por mulheres que nunca tiveram um orgasmo, e que vivem esta experiência com o porquinho.

Uma última colocação: tanto a marca quanto alguns reviews elogiam se tratar de um produto silencioso, que daria para usar, por exemplo, em um quarto sem que ruídos delatores vazassem pela porta. Balela. Realmente não chega a ser o motor de um Airbus em decolagem, mas com certeza não escapa incólume de ouvidos mais atentos circulando pelo corredor de casa.

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Testamos o lubrificante de jambu https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/11/14/testamos-o-lubrificante-de-jambu/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/11/14/testamos-o-lubrificante-de-jambu/#respond Sat, 14 Nov 2020 22:28:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3060 Por Dolores

Essa é uma casa em que se faz sexo anal com frequência. É uma prática que agrada a todos os envolvidos, e ninguém tem os grilos que com frequência aparecem quando o assunto é esse. Ou seja: aqui se gasta um tubinho de lubrificante por mês, em média.

Sendo assim, é sempre bom saber que existem outras opções além daquele clássico vendido em qualquer farmácia (que é bom, nunca me deixou na mão, importante dizer). Os sex shops costumam ter sugestões.

Já experimentei algumas delas, mas acho que são sempre mais voltadas para a cenografia do que para a funcionalidade em si. Mais cheirinhos, mais embalagem, mais glamour, e pouca entrega do que eu realmente preciso, que é não me machucar na hora de dar a bunda.

Passeando no Instagram, encontrei uma marca chamada Lubs. Visual condizente com a rede em que anunciava, diversidade de atores nas fotografias, e três versões de lubrificante disponíveis. Parecia interessante.

Recebi em casa uma caixinha com os produtos, em embalagens que mais lembram produtos pra pele do rosto, pro cabelo. Não à toa a marca define seu nicho como “sexual-care”, e promete que seus produtos são “lubrificantes corporais”.

O primeiro ponto que chama a atenção nas três versões é a textura. Bem diferente do concorrente da farmácia, ele é praticamente idêntico à lubrificação natural. A ideia, parece, é reproduzir o líquido que tanto mulheres quanto homens produzem quando ficam com tesão. E, assim, com bem mais cara de “baba” do que de gel de cabelo, os três já ganharam rapidamente minha atenção.

Naked Taste

Para quem não curte cheiros e prefere uma viagem mais neutra, o lubrificante sem sabor nem essência é o ideal. Mas, pra quem topa mesclar os produtos naturais do corpo com gosto e perfume de baunilha, a marca oferece um tubinho que, garante, é feito apenas de favas naturais, nada sintético.

Mas a grande estrela, na minha opinião, é o lubrificante à base de jambu, a planta típica do Pará, famosa como ingrediente de cachaças e por seu efeito clássico: adormecer a boca de quem a prova.

Experimentei em uma transa voltada unicamente para o sexo oral e a masturbação. Primeiro, usei no meu parceiro para facilitar bater punheta. Com alguns poucos minutos de aplicação, ele disse não ter sentido nenhum grande efeito diferente do usual.

A graça veio, então, quando comecei o sexo oral com o lubrificante já espalhado nele. Não demorou para a ponta da língua começar a ficar engraçada, os lábios foram pelo mesmo caminho logo em seguida. Para quem curte chupar, vira uma atração adicional, e diversifica o prazer.

A marca apresenta o jambu como algo que “vibra”. Essa é uma explicação comum quando se tenta descrever o efeito da planta no corpo. Dona Onete, cantora deusa e patrimônio da música paraense, canta que o “jambu treme, treme, treme”, e você certamente já ouviu essa letra.

Para mim, o jambu é como aquelas balas de pozinho que a gente comia quando criança, e vinha num envelope tipo de figurinha. Botava-se em cima da língua, e em contato com a saliva ela começava pequenas “explosões”.

Voltando ao teste. Finalizamos com mais um pouco de punheta, e ele finalmente sentiu o jambu atuar. Disse que não é que facilitou chegar ao orgasmo, mas que o lubrificante produziu uma queimação divertida e que, de novo, se transformou em mais uma coisa gostosa para prestar atenção.

Depois que gozou ele aplicou em mim, primeiro com massagem no clitóris, depois com um vibrador que adoro, chamado Volta. Já na massagem com os dedos senti um tipo de frescor engraçado nos grandes lábios, e, na hora do orgasmo, acho que a sensação foi parecida com a do namorado.

E, sim, importante falar do sexo anal, como mencionado lá no começo do texto. Nessa hora, tanto a versão neutra quanto a de baunilha deram conta do recado com performance igual à dos concorrentes. O diferencial ficou por conta da sua textura mais próxima da lubrificação natural do corpo, que parece proteger melhor de fissuras e machucadinhos que às vezes acontecem em transas dessa natureza.

Em resumo, são boas opções para se ter no criado-mudo. Especialmente em tempos de quarentena, quando acontece não só de o tesão estar mais em baixa e às vezes ser preciso dar uma forcinha extra à lubrificação, mas também considerando-se que, mais que nunca, qualquer novidade é muito bem-vinda.

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Um Dia do Sexo (quase) sem obrigação https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/06/um-dia-do-sexo-quase-sem-obrigacao/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/09/06/um-dia-do-sexo-quase-sem-obrigacao/#respond Sun, 06 Sep 2020 21:54:43 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=3014 Por Dolores

Não tem tanto tempo assim que uma marca de preservativos decidiu que o dia 6 de setembro seria oficializado como Dia do Sexo. Por conta do visual do 6/9, aproveitou a alusão ao me chupa que eu te chupo, e editou o calendário. O poder esquisito que tem o marketing.

Porque, convenhamos, tem pouca coisa pior no mundo do que ter data marcada para transar. Vai ver tem até motel que propõe hora pra trepada, oferecendo promoção pra quem entrar na suíte às seis da tarde e nove minutos. Eu acho broxante.

A parte mais gostosa do sexo pra mim sempre teve relação com o proibido, o escondido. Com a surpresa, com o fazer diferente. Óbvio que dentro de relações monogâmicas e duradouras isso é menos constante, você leitor vai argumentar, mas garanto por experiência própria que não é nada impossível. Há dezenas de maneiras de preservar aspecto tão importante.

Então, é puxado para alguém com essa cabeça achar legal a proposta de agendar sexo. Sim, claro que em aniversários, por exemplo, a gente sempre sabe que vai transar. Mas você há de convir que datas comemorativas em geral guardam bem menos pressão que um marco no calendário que te manda botar o pinto pra fora, virar de quatro, e ainda gozar.

Seria quase como eu e Carmen virmos aqui escrever sobre sexo por obrigação. Ter que forçar a barra duma atmosfera pra criar os contos e as histórias deliciosas que, glofiquemos de pé, nos saem com tanta naturalidade e prazer. Não rolaria.

Porém, porque somos especialistas no assunto, e porque queremos ajudar quem se vê compelido a entrar no jogo do meia nove neste domingo à noite, separo aqui sugestões para ajudar a entrar no clima, caso o clima pareça algo muito distante dado que estamos todos presos dentro de casa há meses, olhando incessantemente para a cara do parceiro.

  • Filme em dupla

Os serviços de streaming têm centenas de opções de filmes e séries em que o sexo é uma constante. Dependendo de como funciona a sintonia de vocês neste aspecto, dá para escolher algo para assistir juntos e criar uma atmosfera sensual. Esqueça aquele jogo bobo que muitas vezes a gente faz como casal, de todo mundo fingir que não sabe que a gente vai transar, sendo que a gente sabe super que a ideia de deitar pra ver esse negócio sempre foi eu sentar na sua cara daqui a pouco. As cartas hoje são bem abertas. Voltando: se vocês são mais tímidos, peguem uma produção mais leve, em que haja uma ou outra cena de sexo mais picante. Se forem do tipo que fala mais abertamente sobre isso, se joguem em algo tão explícito quanto sua relação. E, se entre vocês não há papas na língua, pulem direto para um pornô que agrade aos dois – sim, até no Dia do Sexo é importante lembrar que todo mundo tem que estar confortável com o que se passa na tela e o que se passa na cama. Caprichem na masturbação mútua, brinquem de reproduzir o que a ficção sugere. Com um estímulo destes, até mesmo as obrigações podem ficar gostosas.

Number Sixty Nine (69) Fluorescent Circle or Square Labels

  • Sex shop por aplicativo

Já viu que, entre as opções de restaurante, supermercado, farmácia e loja de chocolate também tem alguns sex shops nos aplicativos de entrega? Pois escolham cada um no seu celular um presente para o parceiro ou parceira, e cliquem para fazer o pedido. A expectativa da entrega, a surpresa da escolha, e o clima que vocês vão criar para abrir as embalagens já vão deixar todo mundo molhado e feliz.

  • Sessão de fotos particular

Separem alguns abajures, acendam algumas velas, e criem uma iluminação diferente em algum cômodo da casa onde haja privacidade. Câmera na mão, é hora da ação. Divirtam-se e provoquem-se posando um para o outro – pode começar com pouca roupa e ir fazendo as peças sumirem conforme a sessão progride.

  • Jantar pelado

Uma garrafa de vinho, um prato fácil de preparar ou algo encomendado, uma playlist boa rolando na TV da sala. Que tal jantarem juntos vestindo absolutamente nada? Conforme o papo e o nível etílico evoluem, dá pra inventar boas provocações e acabar em cima da mesa da sala – só cuidado para não espetar a bunda no garfo.

  • Meia nove inventivo

Por fim, mas não menos importante, uma releitura de um clássico. Quem foi que disse que meia nove só se faz com a boca? Separem o brinquedo sexual favorito do parceiro ou parceira, assumam suas posições do tradicional me chupa que eu te chupo, e, em vez de caírem de boca, façam a estimulação com o vibrador, o masturbador, o sugador, enfim, o que mais gostarem. E, já que não vão estar com olhar assim tão colado nas partes alheias, como estariam no meia nove clássico, aproveitem para apreciar bem a vista, especialmente na hora em que a pessoa de quem você gosta estiver chegando perto do gozo.

Um feliz Dia do Sexo pra vocês!

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Sexóloga fala sobre tesão (ou a falta dele) na quarentena https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/06/04/sexologa-fala-sobre-tesao-ou-a-falta-dele-na-quarentena/#respond Fri, 05 Jun 2020 01:56:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2950 Por Dolores

Talvez nunca se tenha falado tanto de sexo e se feito tão pouco sexo na história da humanidade quanto agora, durante a quarentena. Isolados em nossas casas, às vezes acompanhados, às vezes sós, temos pensado muito nas maravilhas da cama, mas desfrutado bem menos delas – afinal, como é que faz para o tesão resistir às inseguranças, medos e frustrações causadas pela pandemia?

A sexóloga Carla Cecarello, porta-voz da K-Y no Brasil, explica por que nos sentimos desse jeito, e ajuda a entender se o que tem acontecido entre nossas quatro paredes é esquisito ou esperado. Leia a entrevista com ela.

É normal que casais que morem juntos queiram fazer menos sexo durante a quarentena? Por que isso acontece?

Isso pode acontecer sim. No início essa não era a realidade em maior parte dos casais, pois uma grande parte deles estava considerando a quarentena uma grande oportunidade de fazer mais sexo e experimentar novas práticas, adquirindo produtos no mercado erótico. Com o passar da quarentena, onde muitas pessoas ficaram mais atribuladas, com mais trabalho e mais preocupadas com o futuro extremamente incerto, algumas passaram a não dormir bem e a desenvolver um alto índice de ansiedade, o que consequentemente fez o sexo ficar em segundo plano. Devido a isso, muitos casais não estão querendo ter uma frequência sexual razoável na quarentena. Alguns casais até começaram a entrar em conflito, e a gente sabe que em outros países, como China, França e Itália, o índice de divórcios aumentou pós quarentena.

Há algo que os casais possam fazer para ter mais vontade e, consequentemente, aumentar essa frequência?

Sim! Sempre há algo que os casais podem fazer, basta que ambos queiram fazer. É necessário que eles percebam que a coisa não está legal, que a frequência diminuiu ou que a cabeça está em outro lugar e não no relacionamento. De alguma forma, os casais precisam perceber que precisam fazer essa melhora. Isso é muito importante. O primeiro passo a ser dado é conversarem sobre, dividindo suas angústias. Posto isso, o casal pode começar a promover novas possibilidades e pensar em sex toy para despertar a relação. Caso o casal nunca tenha utilizado brinquedinho, creminho, gelzinho ou coisa do tipo, eles podem começar com algo mais tranquilo, e juntos encontrarão algo.

Como lidar com a culpa quando um parceiro quer mais ou menos que o outro?

Quando um parceiro quer mais ou menos que o outro, e isso começa a gerar uma culpa, não há muito o que fazer além de conversar a respeito. É necessário expor suas angústias e expectativas, pois isso poderá ajudar a acertar os ponteiros.

Por outro lado, alguns casais têm aproveitado o momento para se relacionar mais intimamente. Pode ser legal experimentar coisas novas? Quem nunca fez sexo anal, por exemplo, agora é um bom momento pra testar?

Sim. Esse momento fez com que muitos casais resolvessem dar uma atenção especial ao sexo. Então, com um tempo maior juntos, é possível se aventurar em novas práticas. É muito legal experimentar coisas novas, mas é importante que o outro também queira. Não adianta o desejo ser só de um lado, ele precisa ser de ambos. Antes de começar uma nova prática, a conversa é necessária. Estamos vivendo um momento onde os sentimentos estão potencializados e isso pode gerar um certo conflito. Quem nunca fez sexo anal, esse pode ser um ótimo momento, pois essa é uma prática que exige um certo tempinho e uma adaptação, pois não é de primeira que vão conseguir.

empty bed - Well of Life Center

Por falar em sexo anal, esse é um tema bem recorrente aqui. Quais são suas dicas para quem está começando?

O casal precisa se informar e até mesmo assistir algum vídeo. Eu mesma tenho um vídeo no YouTube onde explico o passo a passo para fazer o sexo anal. Essa é uma prática que exige uma grande entrega, e é possível sentir muita dor. Então, é preciso realizar com calma. Também é necessário lubrificar bastante o ânus para poder fazer a penetração deslizar bem. O gel lubrificante vai ajudar a deslizar melhor. Tem que iniciar a prática com o dedo para depois iniciar a prática com o pênis. Então, é necessário que o casal tenha tempo e tranquilidade para poder realizar o sexo anal, por isso a quarentena é um ótimo momento, já que os casais estão juntos 24h. Trazer novidades para a relação pode ajudar muito, mas o diálogo é muito importante antes de qualquer prática.

Os solteiros têm brincado muito nas redes sobre estarem quase desesperados para transar com alguém. Você acha que é possível estar assim com essa libido tão aflorada após dois meses e meio sem sexo? O ser humano não consegue ficar esse tempo sem transar, ou pode ter alguma relação com a necessidade de passar para os outros a imagem de alguém muito cheio de tesão o tempo todo?

Realmente é muito difícil, principalmente quando se é mais jovem, pois há uma necessidade maior, até por conta da parte hormonal. Além disso, eles sentem uma necessidade de “não perder tempo”, de ter um maior conhecimento das situações, principalmente para quem já tinha uma prática sexual. Existe mais vontade de querer estar junto com alguém, ter a pele com pele, e também a vontade de querer seduzir. Eu vejo que os solteiros estão aderindo às conversas em sites e aplicativos de relacionamentos para conversarem com as pessoas e trocarem conversas picantes. Alguns estão se masturbando um pouquinho mais, para poder ter uma satisfação por enquanto com aquilo que se tem. Existem, sim, as pessoas que querem passar a imagem de que são cheios de tesão o tempo todo, mas eu realmente vejo que isso não é o caso de muitos jovens solteiros que estão passando por esse momento.

Para quem está nessa situação, sozinho em casa: muita masturbação pode viciar?

Para quem está sozinho a masturbação tem sido a grande saída. Pode acontecer de viciar sim, mas aí nós vemos que a pessoa já tinha uma tendência a não se expor muito. Geralmente ela é uma pessoa mais tímida, e que já tem uma certa dificuldade para se aproximar do outro, então a masturbação nesse momento pode intensificar esse tipo de traço de personalidade. Agora, para as pessoas que gostam de estar com o outro, gostam de pele com pele, e gostam do jogo de sedução, a masturbação não vicia. Ela pode aumentar a frequência, mas não viciar.

E como variar a masturbação, para que ela não se torne monótona ou mecânica?

A masturbação pode ser variada com alguns produtos que estão no mercado erótico, como os masturbadores. Existem opções femininas e masculinas. O gel lubrificante que esquenta também é uma ótima alternativa para trazer um diferencial para a masturbação. A minha única preocupação no caso das mulheres que nunca se masturbaram, e que estão precisando se masturbar no momento, pela falta de uma parceria, é que alguns vibradores e masturbadores vão oferecer a ela uma frequência, uma pressão e um ritmo que nenhum dedo ou boca poderá fazer depois. O cérebro registra um certo ritmo que uma pessoa ao vivo e em cores não vai oferecer. Então, quando ela estiver com outra pessoa, será desmotivador. Por isso é importante tomar um pouco de cuidado.

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Um ovo para ele https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/29/um-ovo-para-ele/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/29/um-ovo-para-ele/#respond Thu, 30 Apr 2020 00:56:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2925 Por Dolores

Independentemente dos meus relacionamentos, sou rata de sex shop já há anos. Com ou sem parceiro, gosto de conferir as novidades das marcas, quase sempre fazendo o roteiro de passear pelo online para, depois, dar um pulo na loja física. Às vezes, acontece de namorar alguém que também curte o mesmo rolê, e então tudo é feito em conjunto, da escolha à utilização.

Atualmente tem sido assim. Tenho um namorado tão animado quanto eu na cama, e nos divertimos xeretando lançamentos, e tendo ideias para aproveitar bem o catálogo inteiro do sex shop perto de casa. Na última compra, levamos um anel vibratório peniano, um gel diferentão e um plug anal, a grande tara do momento.

E foi assim, ao fuçar novidades, que me deparei com um masturbador masculino diferente dos que já conhecia. Entre os membros de silicone e afins, sempre achei um tantinho esquisitos aqueles copos com textura por dentro, para enfiar o pau como se fosse uma xoxota ou uma bunda, mas, ok, consigo entender o tesão. Só que esse me pareceu uma evolução, e fiquei animada.

Comprei de presente, sem contar nada. A quarentena é engraçada, porque ficam chegando pacotinhos na portaria, já que ninguém sai pra lugar nenhum e tudo que se compra é em comércio online. Sabia, então, que mais uma caixinha chegaria, e que rapidamente se tornaria a favorita de todas.

Ele abriu sem saber do que se tratava, porque os sex shops são sempre muito discretos e geniais ao não botar o nome de nada sexual na embalagem. Foi assim que se deparou com um chicote, uma venda, e ele, o ovinho para punheta.

World Record Egg was one of the top tweets of 2019 | Engadget

Criado por uma marca japonesa, o Tenga Egg está disponível em uma porção de texturas internas – tem de nuvem até ondinhas. Vem em uma caixa plástica na forma de ovo, do mesmo tamanho. Você descasca o plastiquinho que a envolve, e então sente na palma da mão o porquê de o produto fazer tanto sucesso: a sensação é igualzinha à da pele humana.

O ovo acompanha uma dose de lubrificante, mas que pode ser reposto por outros similares à base de água nos usos seguintes. A quantidade enviada é mais que suficiente, e, aqui em casa, até sobrou bastante, melecando o cobertor. Além disso, o fabricante também envia junto uma forma plástica útil para que o ovinho mantenha a forma, evitando que as paredes grudem uma na outra na hora de guardar.

Sigamos para o uso, afinal. O formato de ovo pode ser mantido para executar o famoso “espremedor de limão” na glande, mas, quando a masturbação ganha ritmo, o legal é esticá-lo até a base do pau, provando a versatilidade do Tenga Egg. E é nesse processo que a textura interna parece fazer uma boa diferença.

Aqui em casa testamos só uma, por enquanto. É que o brinquedo, embora não chegue nem aos pés da fortuna que custa um vibrador feminino, por exemplo, tem um precinho que não permite que se faça um estoque, ainda mais em tempos de contenção de despesas por causa da pandemia. Encontrei online opções que vão dos R$ 50 aos R$ 80, em média.

O consenso geral é de que vale muito a pena investir em ao menos um modelo, e de que, ainda que cada um deles guarde suas diferenças, trata-se de um produto que vai fazer sucesso de qualquer jeito, individualmente e em casal. No meu caso, foi sensacional assistir meu parceiro usando o ovinho, ajudá-lo na punheta, e, por fim, ver a aprovação em forma de gozo espalhada na barriga dele.

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Tutorial para gozar na quarentena https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/03/31/tutorial-para-gozar-na-quarentena/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2020/03/31/tutorial-para-gozar-na-quarentena/#respond Tue, 31 Mar 2020 22:56:46 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2898 Por Dolores

Tão comuns quanto as lives de tudo que se imagine no Instagram, de yoga a culinária, são as postagens falando sobre o quanto anda difícil aguentar o tesão no confinamento. Se há uma época em que os solteiros saíram mais prejudicados que os casados, esta época é sem dúvidas a que vivemos atualmente.

Daí que, para quem ficou de quarentena individualmente, tudo o que resta é buscar formas de se satisfazer sozinho. Sites de pornografia, por exemplo, liberaram o acesso às suas áreas premium, onde costumam ficar armazenadas produções mais cuidadas. E sempre teremos os nudes, os dirty talks, os blogs de sexo nos jornais.

Para quem gosta e sabe o que está fazendo, a primeira semana trancados em casa deve ter sido realmente uma maravilha. Liberdade total, zero pressa, e a chance de se esfolar até ficar exausto formam a combinação perfeita para o punheteiro e a punheteira insaciáveis.

Mas, e para quem já esgotou todas as possibilidades, ou principalmente para aqueles que têm pouca ou nenhuma familiaridade com o próprio corpo, requisito imprescindível na hora de se fazer gozar? Aí, amigos, não há putaria online no mundo que opere milagres.

Por isso, venho aqui ajudar os amigues. Primeiro, compartilho o que conheço como menina. Depois, quem sabe arrisco dividir meus dons na masturbação masculina, para ver se são de alguma serventia.

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Para saber o que causa faísca no corpo, é preciso antes de tudo entender o que dá faísca na mente. Os tutoriais de masturbação que ensinam mulheres a “se deitar em um lugar tranquilo e acariciar seu corpo” parecem não saber exatamente como funciona um organismo feminino. Precisamos de estímulos que vão muito além do toque e do físico.

Tente se lembrar do que te deu tesão a última vez. Se foi algo que alguém disse, se foi imaginar uma situação com uma pessoa específica, um anônimo, famoso, uma lembrança, uma fantasia impublicável. Ninguém precisa saber do que se passa na sua mente. Costumo brincar, inclusive, que se soubéssemos o que cada um digita na busca do xvideos não cumprimentaríamos mais ninguém na rua.

Pois volte a este lugar do tesão e o acione, se preciso de olhos fechados, debaixo do chuveiro, onde for mais fácil. Assista algo, se for o que lhe apetece. Se conseguir, espere bastante até massagear o clitóris com os dedos ou um vibrador. A construção do tesão faz ser mais fácil aproveitá-lo na hora que ele chegar de verdade.

Àquelas que têm qualquer dificuldade na lubrificação, dois toques: primeiro, sem noia. Os organismos são únicos, têm histórias únicas, e não ficar molhada não é o fim do mundo; segundo, há excelentes alternativas nas sex shops online, bem como opções feitas de maconha (sim, maconha), que não só ajudam a umidificar o ambiente, quanto também causam um formigamento interessante.

Com a vontade de dar e comer instalada, tudo deslizando na medida, é hora da ação propriamente dita. Esqueça os vídeos mais populares nos sites pornô: aquilo não é masturbação, mas sim apenas pura cenografia para agradar meninos. Você vai encontrar seu ritmo próprio, e quase nunca ele se parece com a fricção desvairada praticada pelas atrizes do cinema adulto.

Comece com um movimento leve, pressionando os dedos com calma e deslizando de um lado para o outro, de preferência no mesmo lugar. O tesão vai dizer quando é hora de acelerar ou apertar mais um pouco – e, de novo, é bem pouco provável que este processo todo inclua o desejo de socar os dedos lá dentro do canal vaginal, igual ao que os vídeos online sugerem.

Mantenha em mente situações que te excitam, sem perder a concentração e o foco. Porque, sim, o gozo feminino tem muito a ver com a mente, tanto quanto tem a ver com a xoxota em si. Esqueça por ora os problemas, desligue o celular, tranque a porta com chave. A meta aqui é atingir o orgasmo e, se possível, dobrar essa meta na mesma siririca.

É normal, para quem não tem o costume, achar que está demorando muito pro gozo vir. Ou, quando ele está realmente a caminho, dar medo de que ele escorregue e suma antes de se instalar. Por isso, relaxe. Você vai conseguir, e vai ser ótimo. E, se tudo der certo, assim que essa primeira gozada estiver terminando, você vai perceber que, se continuar com a mente ligada no seu lugar tesudo, é bem capaz que venham também as segundas, terceiras, quartas…

Aproveite seu corpo, moça. Quanto mais você conhecê-lo, mais gostoso vai ser emprestá-lo a alguém quando isso tudo acabar.

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Dicas para quem nunca foi a um sex shop https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/16/dicas-para-quem-nunca-foi-a-um-sex-shop/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/12/16/dicas-para-quem-nunca-foi-a-um-sex-shop/#respond Mon, 16 Dec 2019 17:27:18 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2801 Por Dolores

Uma plaquinha na entrada pergunta: “Ficou com vergonha?”. E eu imagino que muita gente deva realmente parar ali mesmo, chegar até tão perto e desistir. Travado na porta do sex shop. Sei que não é fácil encarar o desafio de entrar em uma loja que diz tão claramente quais são as intenções dos clientes: transar, fazer safadeza, foder com força.

Porque ninguém procura sex shop pra fazer amor. Pra ficar de carinho na cama. Para isso, já inventaram o Netflix. Na loja especializada nos chamados “brinquedos sexuais”, ninguém está pra brincadeira – a ideia ali é experimentar além do básico na cama.

Mas, como vencer essa trava e conseguir aproveitar tudo que um sex shop tem a oferecer de legal? Pois bem, vamos às dicas.

Comece, por exemplo, dando uma volta virtual nas lojas disponíveis na internet. São muitas, milhares. Sugestão: faça isso usando o modo privado do seu navegador. Não porque alguém vá ver seu histórico e te julgar (e isso é papo pra um outro texto, em breve), mas porque assim você evita que a loja em si te identifique e, depois, tenha como te encher com promoções e carrinhos abandonados usando seu email.

Porque, sim, eles conseguem fazer isso. Estava fazia algum tempo querendo comprar um plug anal, e, nas andanças pelas lojas online, encontrei o que havia sonhado – pois não é que, no dia seguinte, recebo uma mensagem do estabelecimento perguntando por que eu não finalizei a compra do Plug Anal com Ametista Tamanho Médio? Cuzões.

Voltando. Use a experiência na internet para ir se familiarizando com o que uma loja deste segmento vende. Assim, você já descobre do que gosta, o que interessa, o que pode servir de presente para um parceiro ou parceira, além de se colocar mais confortável diante de tanta novidade.

Porque está aí uma verdade: as paredes lotadas de pintos de borracha, por exemplo, cintas-caralho, chicotes e órgãos falsos de todo tipo podem dar uma assustada. Não porque a gente aqui seja santo – estamos todos em um blog de sexo, afinal. Mas porque é uma profusão de membros e orifícios reunidos que realmente pode causar, nos seres menos preparados, um misto de animação com susto.

Quando chegar a hora de finalmente ir à loja física, se a vergonha ainda for muita, escolha uma filial que não fique colada à sua casa. Já pensou cruzar com a senhora do 93 na fila do caixa? São Paulo, por exemplo, é uma cidade com um sex shop em cada esquina, então não é nada difícil encontrar uma opção que fique no bairro ao lado, ideal para evitar “acidentes” constrangedores.

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As noites costumam ser mais movimentadas. Então, se quer aumentar a possibilidade de discrição, visite a loja pela manhã ou de tarde, mas levando sempre em conta o fato de que é muito raro encontrar um sex shop completamente vazio. O pessoal transa bastante, e gosta de se divertir. Glória a Deus.

Ao entrar, cheque seu mood: a timidez passou? Se sim, cumprimente os vendedores e já peça para ver o que mais interessa. Aliás, cabe aqui um parêntese. Diferentemente do que acontece em lojas de roupas e sapatos, onde vem sempre um funcionário perguntar se pode ajudar e é preciso repetir que estamos apenas dando uma olhadinha, nos sex shops ninguém vai se aproximar de você a menos que você sinalize que assim o deseja.

Se ainda estiver acanhado, basta fazer cara de quem já esteve ali dezenas de vezes, de quem tem cartão fidelidade e está à beira de ganhar um consolo de 30 cm por completar a cartelinha com 50 selos. Circule pelos corredores, ignore quem estiver ao lado.

Bem lembrado, inclusive, este ponto da etiqueta. Não pega bem ficar olhando muito para os outros clientes, nem nas cestinhas deles, tampouco no rosto – tem gente que, assim como você, está morrendo de vergonha de estar ali, e, pior, tem gente que está ali sem dever estar, por circunstâncias múltiplas, e que não quer ser reconhecido em hipótese alguma. Tipo a senhora do 93.

Quase tudo fica disponível em paredões divididos por temas bem sinalizados. Há, por exemplo, a seção das lingeries, a do sadomasoquismo, a das fantasias, e assim por diante. Atrás do balcão, ficam itens como os vibradores, anéis penianos, óleos e lubrificantes. Ou seja, itens ou muito pequenos e fáceis de roubar, ou muito caros, e que exigem uma vigilância maior.

As equipes das lojas costumam ser muito bem treinadas para tratar com os mais diversos públicos, desde os frequentadores assíduos até gente como você, que está ali pela primeira vez e pode não querer admitir. Assim, estão sempre à disposição para tirar dúvidas, mostrar o funcionamento das coisas, permitir que se experimente produtos.

Escolhido o que você quer, é só passar no caixa e ser feliz. Ah, sim, duas informações bacanas e importantes: os sex shops não têm nunca sacolas que identifiquem onde você esteve no verão passado, então pode ficar tranquilo que, ao sair na rua, ninguém vai saber a natureza das suas compras. E, por fim, a maioria das redes aceita parcelamento – quem sabe não era isso que faltava para você poder comprar seu primeiro (de muitos) brinquedo erótico?

 

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Os vibradores que fazem sorrir https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/03/19/os-vibradores-que-fazem-sorrir/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/03/19/os-vibradores-que-fazem-sorrir/#respond Tue, 19 Mar 2019 17:01:40 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2606 Por Carmen

Uma amiga, que estava no SXSW, na semana passada, veio me contar sobre os produtos de saúde sexual vendidos pela Goop, a empresa que se propõe a promover bem-estar, espiritualidade e estilo de vida, fundada e comandada por Gwyneth Paltrow.

Durante esse evento bacana de inovação, que acontece anualmente em Austin, no Texas (EUA), a (ex)-atriz falou sobre seu negócio, que também produz conteúdo sobre saúde e beleza da mulher, além de vender roupas, cosméticos, suplementos alimentares, entre outras coisas.

Para fazer um auê, tem gente que diz que a Goop é controversa, por conta de alguns erros de marketing que cometeu. Foi processada por fazer propaganda enganosa de alguns itens, como dos ovos vaginais que supostamente seriam capazes de fortalecer a musculatura genital.

Mas o que Gwyneth e sua companhia fazem é vender, por exemplo, vibradores lindos, com design de bom gosto, cores candy, e os nomes mais divertidos. Da marca Smile Makers, tem o The Fireman (O Bombeiro, com uma chama vermelha para estimular o clitóris, The Tennis Coach (O Treinador de Tênis, que coloca a bolinha amarela bem no seu ponto G), The Frenchman (O Francês, que simula a língua do prazer = o sexo oral), o The Surfer (O Surfista, que, por meio de delicadas barbatanas, leva ondas de prazer ao clitóris) e The Millionaire (O Milionário, que não dá diamantes, mas faz massagens íntimas, o que pode ser muito melhor).

 

Smile Makers
Foto: Smile Makers

 

Você encontra essas belezinhas no site da Goop, na seção Between the Sheets (Entre Lençóis), a US$ 55 cada. Não são exclusivos, outras lojas também comercializam.

A Goop também vai produzir uma série documental para o Netflix ainda este ano. Podemos esperar muito sexualidade feminina empoderada. “Vamos mostrar nosso conteúdo na TV, com o mesmo contexto que sempre fizemos no site, porém, vaginas excluídas (risos)”, comentou Paltrow no evento.

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Um vibrador para chamar de meu https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/09/06/um-vibrador-para-chamar-de-meu/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2018/09/06/um-vibrador-para-chamar-de-meu/#respond Thu, 06 Sep 2018 19:14:20 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2471 Por Dolores

É Dia do Sexo, viva, hora de celebrar, quero ver todo mundo gozando e, na parte que me toca, digo que comemorarei da maneira com que mais estou acostumada a transar: sozinha. A gente sabe que sexo a dois é uma delícia, óbvio, mas somos todos adultos e cientes de que, na maioria das vezes, a disponibilidade do outro nem sempre é proporcional ao nosso tesão.

É aí que entra a masturbação – aí e na parte em que, ainda que exista alguém querendo me comer, amo profundamente bater uma siririca. E, nesta cruzada, sempre me foram fiéis escudeiros os dedos das mãos, o chuveirinho no banheiro e um ou outro brinquedo vendido no sex shop. Mas faltava aquela ajuda efetiva, infalível.

E ela chegou. Em uma tarde de semana, embalado em uma caixa discreta, um vibrador diferente dos que eu conhecia me prometia sensações inéditas. A aparência não era das mais convidativas: o Volta, da Fun Factory, lembra um daqueles aspiradores de pó manuais a pilha que a avó da gente usava para recolher migalhas de cima da mesa depois do almoço.

volta
Crédito da foto: Pinterest

Em uma extremidade, um cabo confortável de segurar, com um orifício no qual os dedos se acomodam bem próximos aos botões de controle. Na outra, duas linguetas feitas de silicone macio formam algo como uma versão charmosa do bico de pato usado pelo ginecologista para espiar o nosso colo do útero.

A ideia, diz o fabricante, é focar no clitóris. Até dá para passar o Volta nos mamilos, grandes lábios etc, mas o barato mesmo é usar aquelas seis velocidades diferentes das duas pontinhas para esculachar o grelo o máximo possível. E, amizades, é preciso dizer que o negócio realmente funciona.

É gostoso, por exemplo, assistir a um pornôzinho com o vibrador na velocidade mais tranquila do créu, suave, esperando o tesão crescer. E, conforme o clima vai esquentando, clicar no botão com o sinal de + para que a festa comece. O Volta é tão poderoso que, até agora, não consegui, por exemplo, investir em sua velocidade máxima. O mais forte que suportei foi encaixar o clitóris entre as duas línguas e correr para o abraço.

Ele é recarregável por meio de um cabo USB, com dois pontos magnéticos, e a bateria evolui até que rápido – em coisa de três horas na primeira carga já consegui usar, depois, por uma somatória de mais de 30 minutos, em ocasiões diferentes. Outro ponto extremamente positivo é o silêncio: mesmo que em sua velocidade mais frenética, o Volta é quietinho e passa despercebido. Dá para usar, por exemplo, em um cômodo de porta fechada e ninguém lá fora vai desconfiar.

E, já que nenhuma mulher é uma ilha, eu obviamente também quis ver qual era a do vibrador em situações sociais. Seu formato esquisitão em um primeiro momento acaba virando uma vantagem porque desperta a curiosidade dos boys. O que convidei para testar comigo primeiro teve o próprio pau e saco massageados, e achou a experiência tão gostosa que quase precisei arrancar meu brinquedo da sua mão – já tinham se passado 15 minutos e eu estava excitada para ver outras possibilidades.

Deixei-o no controle do Volta, depois que já tínhamos transado e gozado, de modo que não seria como é naquela primeira vez sempre mais fácil e mais rápida de se atingir o orgasmo. Ele passou as pontinhas por toda a minha xoxota, alternou velocidades, e, quando encontrou aquele lugarzinho especial, pedi que ficasse e esperasse. Dito e feito: é, realmente, o melhor vibrador que já testei até hoje.

FUN FACTORY VOLTA

Preço médio: R$ 700

Avaliação: XXXX

A partir desta coluna, o X de Sexo vai publicar, além das tradicionais colunas, avaliações de produtos eróticos. Acompanhe os textos e confira sempre no pé o ranking.

X: RUIM

XX: REGULAR

XXX: BOM

XXXX: ÓTIMO

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