X de Sexo https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br A cama é de todos Mon, 22 Nov 2021 13:00:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Proibiram a berinjela https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/proibiram-a-berinjela/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/06/proibiram-a-berinjela/#respond Wed, 06 Nov 2019 17:04:02 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=2782 Por Dolores

Acompanhada de uma carinha de espanto, com a boca aberta e os olhos arregalados, um amigo compartilhou a notícia: o Instagram começou a banir emojis de conotação sexual em postagens na rede. Em termos práticos, ninguém mais vai poder anexar uma berinjela aos comentários ou legendas das fotos daquele gostoso de sunga. Como viver a partir de agora?

A conversa sobre o problemão se deu no WhatsApp, onde meu amigo (um gostoso quase sempre de sunga) e eu ainda pudemos ilustrar o debate com todos os emojis desejados, os mais adequados, censura zero.

Além da expressão do choque, usufruímos, por exemplo, do nosso direito de apertar os ícones do fantasma (afinal estamos mortos com a notícia), o cocô (porque achamos a decisão uma merda), o boneco de neve (já que em resumo é tudo um grande balde de água fria), e a tesourinha (sinal claro de coisas corta-clima).

Sim, a gente sabe que nenhum desses emojis está proibido em lugar nenhum. Mas a simples ideia de que nossa forma ridícula de linguagem possa ser podada em ainda mais instâncias nos deixou em pânico, e brutalmente dispostos à verborragia cínica típica dos adolescentes contrariados.

Aliás, é a eles que Facebook e Instagram tentam proteger com a medida – os adolescentes em geral, contrariados ou concordantes, tanto faz. A ideia é bloquear “propostas implícitas ou indiretas de solicitação sexual”. Para as plataformas, “emojis ou cadeias de emojis de caráter normalmente sexual e contextualmente específicos” são um problema a ser contido.

Emoji de estrela, emoji de caixãozinho. A clássica representação do “preferia estar morta”.

Resultado de imagem para emoji berinjela

Oras, Zuckerberg, você acha mesmo que, ao banir os pêssegos, gotinhas e garrafas de champanhe, está mesmo salvando o mundo do assédio virtual? Que, agora que aquele mala escroto não pode mais comentar com um donut meu nude de costas, eu estou protegida das investidas dele?

Não, Mark Elliot. Tudo que você vai conseguir com essa decisão é limitar – e encaretar – as interações entre amigos, amigas, crushes e crushas. Óbvio que a proibição vale para todos, e os sem-noção da internet terão uma ferramenta a menos para encher o saco. Mas é nas conversas e tirações de onda entre quem se conhece, e se gosta, e se paquera, e se provoca, que você vai meter seu bedelho acima de tudo.

Vamos deixar de poder brincar, enquanto quem usa a internet para inconveniências (e crimes, vai saber) vai ser pifiamente afetado. Parabéns.

Mas deixe estar, censores, que os nossos pulos a gente dá. Se não temos mais berinjela, algum jeito a gente encontra. Que seja a criação de stickers iguais aos do WhatsApp para comentários nas redes, que seja simplesmente escrever “aqui havia um legume roxo, comprido e duro, igual àquilo que eu sei que você tem para botar na minha boca”.

Engole essa.

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Enquanto eu trabalhava, ele me provocava https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/05/enquanto-eu-trabalhava-ele-me-provocava/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/07/05/enquanto-eu-trabalhava-ele-me-provocava/#respond Tue, 05 Jul 2016 19:53:45 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1755 Aquele dia, decidimos trabalhar em um café. Ainda com as cenas da transa matinal projetadas em nossas mentes e ressoadas em nossos corpos, sentamos à mesa e abrimos os notebooks. Diego, de cabelo molhado penteado para trás, pediu espresso e um bolo. Eu, já energizada por ter gozado na boca dele, fui de suco de laranja e “mais um garfo”, para compartilhar a larica pós-sexo.

Ele mergulhou nos números e eu, nas palavras. Foco, porém, não é meu forte quando meu homem está do outro lado da mesa, então, mandei uma mensagem: “Oi, vizinho”. O sorrisinho dele e a resposta vieram em seguida: “Oi, vizinha. Ainda com seu gosto. E querendo mais.”

A troca de mensagens provocativas continuou até perto da hora do almoço. Ele encostava a perna na minha, joelho com joelho, panturrilha com panturrilha, pé sobre pé. Até que tirou o sapato e apoiou o calcanhar na minha cadeira. Começou a me massagear no meio das pernas. Esquentei.

 

café
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Aos olhos de quem estava no café, estávamos compenetrados. A mesa de madeira encobria nossa safadeza. Diego não aguentou mais e mandou: “Vamos sair daqui?”

“Quero. Mas tenho uma call em 20 minutos”.

“No Opium tem wi-fi.”

“Vamos já.”

A eficiência que não estava rolando no trabalho, apareceu na hora de pagar a conta, fechar os computadores e correr pro carro. Ele dirigia, eu apertava o pau dele por cima da calça. Era minha vez de enlouquecê-lo. Ele abriu a braguilha quando o semáforo fechou e eu caí de boca. Só parei de chupá-lo para pegar meu RG na entrada do motel.

Subi a escada da suíte na frente, ele veio atrás, apertando a minha bunda, subindo a minha saia. Eu tirava o notebook da pasta, ele tirava a minha calcinha. Eu logava o Skype, ele me beijava o pescoço.

Montei minha estação de trabalho na mesinha retangular do quarto. Enquanto eu mantinha a pose e a voz profissional, ele se enfiou embaixo da mesa. Aquele tipo de situação que você até fantasia ou vê em filme acontecendo ali, entre suas pernas, é de pirar. Ele aproveitou que eu não podia nem mesmo me contorcer e caprichou: beijou minhas coxas, lambeu minha virilha, foi fundo com a língua, me puxou devagar para a beirada da cadeira e me tocou atrás, só porque sabe que eu gosto.

Quando finalmente desliguei, respiração presa, puxei Diego para a cama. Era a minha desforra. Arranquei a cueca dele e joguei longe, pra cair mesmo em cima do teclado do computador. E montei. O barulho da fricção dos nossos líquidos era alto. Segurei seus braços com força, sabendo que ele poderia se soltar quando quisesse, mas não tentou. Gostou da minha pseudodominação. Mordi sua orelha, seu queixo. Metemos forte, fundo, eu dando o ritmo intenso da foda, enquanto as tarefas e os e-mails se acumulavam na tela, a poucos metros da cama.

 

Conte sua história mais safada pra mim! Se for das boas, publicamos no X de Sexo (carmenfaladesexo@gmail.com)

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Existe algo que seja inadmissível na cama? https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/15/existe-algo-que-seja-inadmissivel-na-cama/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2016/06/15/existe-algo-que-seja-inadmissivel-na-cama/#respond Wed, 15 Jun 2016 21:26:32 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=1734 Eu nunca tive problemas em me ajoelhar para chupar um pau. Não me sinto desrespeitada, subjugada, pela posição.

Sou de um signo do zodíaco que é cuidador por natureza, que quer agradar e se dedica ao bem-estar do outro. Tirar os sapatos do meu homem no fim do dia, fazer uma massagem em seus pés cansados, nas suas costas tensas, é agradável para mim. Partir para um momento de dedicação ao seu deleite sexual, me dá muito prazer.

Sempre gostei de fazer sexo oral, de verdade. Saber que sou capaz de dar tamanho prazer a um cara me satisfaz. Faço no altruísmo, apesar de adorar receber também.

Falo disso porque nunca tinha enxergado a posição de joelhos diante de um homem de pé e braguilha aberta, sob o espectro da dominação machista, da humilhação à mulher, até que uma amiga me contou: “chupo, mas nunca ajoelhada”.

Outra questão que apareceu em conversas é a cuspida e o tapinha na cara. Na bunda, é quase consenso, tudo bem. Já no rosto… Eu particularmente não curto, provavelmente porque, para mim, tenha mesmo essa conotação de opressão, uma ideia lapidada social e culturalmente. Zero prazer para mim nisso. Mas se houvesse desejo e consentimento, isso seria algo ruim? Tudo é questão de construção e desconstrução, inclusive o tesão.

Para existir uma relação igualitária na cama, homens, mulheres, héteros, homossexuais, bissexuais e trans devem ter liberdade para escolher o que querem fazer ou deixar que façam com seus corpos, sem serem criticados.

Fiquei elaborando esse tema até ler uma boa reportagem do site Lado M. Foram entrevistadas feministas que curtem desempenhar o papel de submissas com parceiros. Porque é isso, um personagem, um teatro, uma brincadeira. Claro que existem limites escorregadios, como comenta Evelin Fomin, do coletivo Somos Todos Feministas.

“A submissão sexual tem de partir de uma persona, daquilo que a mulher entende que gosta e isso envolve se conhecer e saber qual é a sua. Se ela for submissa por códigos morais, isso rende um grande desequilíbrio, uma disparidade absurda. Porque na cama estão duas pessoas e é a partir de como essa dualidade funciona que as satisfações virão – ou não”.

 

Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com
Crédito da foto suckmypixxxel.tumblr.com

 

Então, vamos lá, garotas e garotos:

– Se ela gosta de ficar de quatro, OK!

– Se ela ama tapa na bunda, OK!

– Se ela acha OK tapa na cara, OK!

– Se ela curte ser cuspida, OK!

– Se ela adora de ser chamada de puta, OK!

– Se ela quer ficar ajoelhada, de coleira e ser pega pelo pescoço, OK!

A única condição é que tudo isso seja feito para o aproveitamento mútuo e não para agradar apenas a um.  “Estamos falando de buscar o prazer próprio, sem abrir mão de proporcionar o mesmo ao outro. Obviamente que na troca sexual há doações, você eventualmente fará algo que não te excita tanto assim, porque tem vontade de proporcionar algo para a outra parte que gosta daquilo mais que você, e não há problema nenhum nisso, se não for ofensivo a você”, diz Evelin.

Mandem suas histórias picantes para o X de Sexo. Meu e-mail é carmenfaladesexo@gmail.com

 

 

 

 

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Os ‘não amores’ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/03/19/os-nao-amores/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2014/03/19/os-nao-amores/#respond Wed, 19 Mar 2014 14:51:21 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=590 por Ana

 

Os não amores são capazes de segurar você durante horas na frente de uma tela, de conseguir uma resposta imediata e cuidadosa a um e-mail, de inspirar o envio de uma melodia garimpada dentre cem listas de reprodução. Com eles, você fala de livros, de música, até de poesia.

 

Eles são capazes de acabar com um matrimônio.

 

O engraçado dos não amores, apesar de parecer o contrário, é que você não acaba na cama com eles. Em algum momento, isso acaba por ser o menos importante.

 

Os não amores aparecem por coincidência, no trabalho ou em uma viagem. A aproximação com eles não é a habitual de macho-fêmea, é uma aproximação de pessoas. Interessadas uma na outra, além da genitália.

 

As conversas começam a surgir e não terminam. Você acaba por acordar de manhã pensando onde ele ou ela está, aguardando uma mensagem na tela do telefone.

 

Ele nunca se enquadrou no perfil de pessoa da sua vida, mas ele ou ela te escuta. As conversas chegam aonde seu parceiro nem sonha e se tornam tão comprometedoras que você pode se considerar tão infiel que resolve desativar o aviso de chegada dos e-mails -que àquela altura já são dezenas por dia. A tela não pisca mais, mas você procura a cada hora na pasta destinada às suas conversas.

 

Na verdade, você não faz nada além de cultivar um amigo, oras. Mas os padrões, e as amigas, te dizem que você está indo longe demais. Que bater papo às 3h da manhã para se consolar pelo rumo que está tomando a humanidade não é algo assim, digamos, comum entre amigos.

 

não amores mais perigosos, os que você vê habitualmente. Ou todos os dias. O que acelera as revoluções do ‘não romance’ e a vontade de por um nome a esse conceito vago entre amizade e atração -digamos- espiritual (não, não é realmente apenas sexual). Esses dois personagens acabam ficando a sós em algum lugar, e acontece o batismo.

 

Chegados a esse ponto, onde cada um pode experimentar diversas sensações, que vão da frustração, arrependimento ou vontade incontornável de criar uma nova família, o parceiro ou parceira já está lendo seus e-mails. Imperdoáveis.

 

Fale a “verdade”, que não houve sexo. Minta e diga que nunca nada aconteceu. Não importa. A traição com um ‘não amor’ dói muito mais que qualquer punheta mal feita.

 

Nos seus e-mails estará exposta sua vontade de viajar com ele (ou com ela), os medos que você nunca compartilhou com outra pessoa, as inseguranças (mas também os sonhos) daquilo que você nunca fez. As reflexões que, há tempo, sumiram das conversas do seu relacionamento.

 

Ele provavelmente não entenderá como essa traição é pior que noites de tesão resolvidas em um motel. Ela, arrisco a afirmar, entenderá perfeitamente a dimensão do significado e dificilmente perdoará. Também assumirá que pecou e, não descartem, que acabe nos braços do ‘não amor’.

 

Eu já tive dois desses. No primeiro os dois estávamos comprometidos, chegamos a pensar que nos amávamos, mas nunca aconteceu nada além de cafés de manhã clandestinos e milhares de e-mails. Sua mulher o pegou e apesar dos anos nunca lhe perdoou. Ele ainda tem que manter nossa amizade (muito mais transparente e clara que na época) em segredo. O outro foi um não amor adolescente, que me disse francamente que deixaria tudo por mim, mas que não seria meu amigo se eu não aceitasse.

 

Saí correndo. O não amor é isso mesmo.

 

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Duas semanas no parquinho, ou sexo casual https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2013/09/25/duas-semanas-no-parquinho-ou-sexo-casual/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2013/09/25/duas-semanas-no-parquinho-ou-sexo-casual/#comments Wed, 25 Sep 2013 19:58:36 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=228 Recebemos este texto logo que o blog entrou no ar e logo de cara gostamos. Sexo no trabalho pode ser divertido! É o que nos conta a Patrícia.

 

Para nos mandar sua história, escreva para blogxdesexo@gmail.com.br. Seu anonimato é garantido, se assim preferir.

 

***

 

por Patrícia

 

20130925-170842.jpg
Engraçado como mudamos nossa perspectiva do que nos atrai com o tempo. De jovens fortes e másculos (que nunca passaram do platonismo) a admirar outras coisas.

 

Aquele, em especial, era muito vaidoso. Executivo de cabelos sempre bem penteados, perfumado e com um charme de babar.

 

Nunca tínhamos ultrapassado as barreiras da hierarquia corporativa, nada além de sorrisos e piscadas de olho como prêmio pelo trabalho bem feito.

 

Fiquei tão doida na nossa última reunião, quando ganhei um beijo no pescoço, que sonhei com ele e acordei estupidamente molhada. Surpresa e ainda tonta, passei uma mensagem para ele contando sobre o sonho, o que acabou por abrir a porta que estávamos esperando.

 

Papo vai, papo vem, não sei ao certo o que me tomou de tanta coragem para convidá-lo ao meu apartamento após uma semana sem aparecer no escritório.

 

Como nunca tinha feito nada do tipo, deixei claro que dependeria do quanto os beijos me agradariam antes de entrar.

 

Nossa! Que delícia de beijo. Seus lábios não eram carnudos e não esperava que fossem tão macios. Entre gemidos e arrepios, ele me deixou úmida desde o primeiro toque. Subimos e continuamos a sequência de beijos e amassos, mas já sabendo que nosso tempo seria muito curto –sim, ele era casado.

 

Não me importei. Toda vez que ele pensava em sair eu retirava uma peça de roupa, cuidadosamente observando suas reações. Ele virava o rosto como se torturado estivesse. Encostando meu corpo nu no dele eu conseguia sentir como seu pau estava duro e apertado em suas calças.

 

Ele tinha que ir. Deixei, mas com a condição de beijar todo o meu corpo. Que delícia. Que delícia. Me lambia e me chupava, parecia infinita aquela boca na minha vagina. Quando parou, eu estava ensopada. Queria mais.

 

Nossas conversas e beijos no trabalho já tinham ficado mais carinhosos e nossas mensagens mais quentes. Adorava ler suas mensagens sobre como eu sou gostosa e com as promessas do que ele poderia fazer. Estava doida para sentir ele dentro de mim.

 

Queria vê-lo tendo espasmos de prazer junto comigo.

 

Nossa relação se estendeu por mais uma semana, pois ele estava para trocar de empresa. E o nosso último dia não sai da minha cabeça…

 

Saímos mais cedo do escritório com destino ao meu apartamento. Um de seus beijos em minha orelha foi o suficiente para me molhar. O seu suspiro no meu ouvido quando mostrei como estava me fez latejar freneticamente. Parecia que ela estava o chamando.

 

Pedi que me comesse de frente na primeira do dia. Queria ver seu rosto. Seu corpo se contorcendo para se segurar até que eu o acompanhasse, mas não consegui, e ele explodiu em mim.

 

Trocamos carícias e conversamos um tempo. Clima de despedida começando a chegar. Não permiti. Queria mais.

 

Coloquei a cabeça em suas coxas e enquanto afagava meus cabelos, comecei a chupar suas bolas. Perguntei se ele ainda queria continuar, e ao menor sinal de sim, me embalei com a boca em seu pênis. Da cabeça até a base, sugando, dando voltas com a língua.

 

Vi que ele já estava imerso novamente no nosso plano sexual e me posicionei sobre ele, sentando e me preenchendo até o fim. Me mexia bem devagar com ele dentro de mim.

 

Seu rosto com o prazer estampado em me ver deliciando-me só me deixava mais e mais excitada, mas eu queria mais. Então fui me virando, para ele me comer do meu jeito favorito: de quatro. Como a gente encaixa bem! Pedi para ele meter com força. Eu queria ser surrada por dentro.

 

Acho que meu vizinho ficou assustado com os meus gritos, não conseguia controlar. Fui ao céu, e prova disso é que a caminhada cansou minhas pernas. Foi até difícil levantar para abrir a porta e deixá-lo partir.

 

Foi uma delícia, pena que acabou. Mas valeu cada noite das nossas duas semanas no parquinho.

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Comida em um banheiro de Brasília (de Londres) https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2013/08/30/de-um-banheiro-em-brasilia/ https://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/2013/08/30/de-um-banheiro-em-brasilia/#comments Fri, 30 Aug 2013 13:18:26 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://xdesexo.blogfolha.uol.com.br/?p=133 por Ana

 

banheiro
Crédito: suckmypixxxel.tumblr.com

 

Ele é lindo, inteligente, escreve poesia, roteiros, é de conversa com garrafa de vinho, se dá bem com crianças, faz piada, não teme o ridículo, admira seus amigos, se veste como em um anúncio e você só quer tirar suas roupas para tocar esses braços morenos, acariciar aquela barriga dura e admirar os suaves contornos que aqueles músculos desenham em suas costas.

 

E eu nunca transei com ele.

 

Nós dois queríamos, mas nunca aconteceu. Acho que concordamos, telepaticamente, que seu primeiro Carnaval no Rio não era a situação ideal. Preferimos viver a experiência em blocos separados, experimentar com o desconhecido. Erro. Nossa conquista do desconhecido foi um fiasco.

 

Após cinco dias de loucura carioca ele partiu para Londres. Eu me despedi dele em casa, nem deixou que eu me levantasse do sofá para falar tchau. Ele se sentou sobre mim, segurou meus braços e me comeu o pescoço. “Vou sentir saudades”, me sussurrou depois de um doce beijo na bochecha.

 

Como me arrependi, naquela hora, de ter fingido ser ‘Dora a Exploradora’ nos blocos de Ipanema. Já era.

 

Desde aquele Carnaval, porém, suas mensagens aterrissavam semanalmente na minha caixa de entrada. Às vezes por e-mail, às vezes por celular, às vezes em forma de música. Mas aquela segunda-feira foi diferente.

 

Uma semana antes tinha enviado para ele uma foto. Eu estava no banheiro de um hotel de Brasília, onde eu e meus dedos nos refugiávamos após cada uma das jornadas de uma conferência que durou cinco intermináveis dias. Na imagem, apareço de costas, meio longe, no reflexo de um espelho que cobria a parede inteira. Calcinha diminuta, preta, nuca descoberta, bunda empinada…

 

“Sua bunda é espetacular”,  começou ele naquela segunda às 7h. “Só penso em comê-la”.

 

“Para”, falei, como se alguém estivesse ouvindo.

 

Mas ele não parou.

 

– Quando penso naquela foto… Quando vejo você naquela foto…Só posso me imaginar “owning you from behind”.

 

Prefiro milhões de vezes que me comam em italiano ou francês, mas aquela frase ardeu em mim. Tentei resistir só um pouquinho.

 

– Bom, acho que você vai ter que começar pela frente

 

– Não me fale de regras. Eu gosto de deixar as normas e as regras fora do sexo…

 

“A manhã vai ser dura, estou vendo”, disse eu.

 

– …E se quiser bater em mim, bata. Talvez até te devolvo a bofetada, mas depois continuamos transando como eu quiser

 

Estava difícil sair dessa. Mal sabia eu que me esperava uma cachoeira de mensagens que não seria capaz sequer de responder.

 

-Na verdade, agora que olho a foto de novo, me sinto mais à vontade para te chupar. Não quero que se mexa. Pode ficar assim, como está, só deixando cair um pouco o corpo sobre a pia…

 

– Não da, não estou conseguindo trabalhar [sou especialista fazendo cu doce]

 

– …para que eu possa te chupar melhor

 

-Primeiro vou te acariciar, de leve, com a ponta dos dedos

 

-Com uma mão seguro sua coxa para que você lembre que não vou deixar que se mexa.

 

-Com a outra, te acaricio a bunda e o sexo. E te beijo. O corpo inteiro. Suave. Para ele ir se molhando sozinho.

 

-Agora te seguro com mais força, apertando você, pressionando com a palma e os dedos.

 

-Pressionando o sexo… Para você sentir o que está por vir

 

– Você já está muito mais molhada

 

– E meu pau está super duro

 

– Então meto meus dedos e começo a brincar com eles. Como estou com vontade de te comer inteira…

 

– Começo a passar minha língua pela bunda e as pernas. Não sei nem onde colocá-la..

 

– O que eu quero e que você tente se mexer e não consiga.

 

– Estou lambendo você. Brincando com a ponta, agora dura, depois mole e suave.

 

– Você está com muita tesão. Dois dedos já são poucos. E minha língua já não é suficiente para o que você está pedindo.

 

– E meu pau está cada vez mais duro. Mas eu quero que você goze com meus dedos e minha língua. Quero te morder, caralho!

 

-Você se olha no espelho…

 

“Eu já não consigo trabalhar”, resolvi falar para que pelo menos soubesse que eu também estava naquele banheiro…

 

“Quero que você goze, Por que não tira sua calça? Vamos brincar…”, disse ele.

 

“É saia”, respondi provocando.

 

“Não me importa o que você use. Tire.”

 

“Continua”, pedi.

 

-Todos meus dedos e minha língua estão agora dentro de você. Estendo meus braços para arranhar seus ombros e descer e te apertar os peitos.

 

-Continuo chupando. Agora minhas mãos estão ancoradas nas suas coxas. Te acaricio a bunda com a ponta da língua.

 

-Você geme

 

-Desço mais um pouco. E como se fosse um exército de línguas , começo a passá-la desde a bunda até seu rabo.

 

-As mãos estão apertando seu corpo. Você está sentindo até dor.

 

-Subo, junto com a língua e os dedos. Tocando tudo. Estou em todo lugar, Ana…

 

– Em cada centímetro do seu sexo pede por mim

 

-Mas falta o maior…

 

-Seu sexo quer o meu, e tudo parece pouco e pequeno para você.

 

-Você pede que meta meu pau até o fundo, que te empurre contra a pia e o espelho.

 

-Umedeço minha mão com a língua e me acaricio o pau, como um prelúdio do que está vindo….

 

“Mais, por favor”, eu disse.

 

– Você continua inclinada sobre a pia, com as pernas retas, se oferecendo… Você quer que eu entre logo, mas eu quero brincar ainda um pouquinho mais. Te acaricio o sexo, para que se inflame ainda mais. Parece que vai explodir.

 
– Pego a mão e percorro toda essa zona com meu pau, como antes fiz com a língua. Você tenta metê-lo, mas eu tiro sua mão dali.

 

-Não quero que você faça nada. Sou eu quem está te comendo. Entro quando eu quiser

 

-Você está histérica.  Seu sexo está a um segundo de abrir se e gritar: Entra já, caralho!

 

-Tiro a mão do meu pau e a levo aos seus cabelos. E com um movimento seco e profundo,  estico  e entro.

 

– Te abro por dentro. Você me sente dentro de você como uma barra de ferro de quente.

 

-Puxo dos seus cabelos e dos ombros para entrar ainda mais. Desenho círculos com meu quadril para que tudo lá dentro saiba que já cheguei.

 

(Eu já me retorcia na cadeira)

 

-Agora quero seu peito, quero apertá-lo, mas o faço tão forte que você grita. Então faço ainda mais forte e entro em você mais violentamente. Não sei onde mais tocar.

 

-Enfio o dedo no se cu, porque preciso abrir-te. Entrar em você. Agora você sente meus dedos e meu pau dentro, muito perto um dos outros invadindo-te, chamando-te.

 

-Amo te comer

 

-Saio dali. Te viro

 

-Agora sou eu quem senta na pia. Seguro seu corpo e monto você em mim. E entro de novo. Agora é você quem quer mandar em mim, você acha que chegou seu turno, mas não…

 

“Ok, você conseguiu”, falava a legenda da foto que lhe mandei desde o banheiro, com minha saia no chão.

 

-Perfeito, fica no banheiro.

 

-Você está sobre mim com os pés tocando minhas coxas, te peço que levante o colo, só um pouco. Entro desde abaixo, em quanto seus peitos desaparecem na minha boca.

 

-Você se olha no espelho, você é uma filha da puta gostosa. E você sabe. Te jogo no chão

 

“Acaba logo ou vou explodir”, suplico para ele.

 

-Te viro de lado com as pernas juntas, agora fica mais difícil entrar, mas aperto mais forte. Te seguro uma perna com uma mão e com a outra vou até os peitos, te alço para te dominar melhor

 

-Quero entrar forte, mas começo devagar, marcando o caminho que meu pau vai percorrer  e continuo mais forte e violentamente, você não escapa hoje

 

-Viro você em ângulos impossíveis, para tocar cada um das suas pregas. Estamos perfeitos, sentimos tudo, estamos cômodos, você começa a gemer, cada vez mais alto. Algo está se precipitando.

 

-Estou quase gozando, sei que vou gozar, vou gozar dentro de você, já não tem marcha ré.

 

-Fora, um som seco e constante registra o impacto do meu colo na sua bunda

 

-Estamos quase.

 

-Você começa a gritar: Não pare!

 

-Estico de novo seus cabelos. Estamos a um passo de cair ao precipício, a vertigem está já nos nossos estômagos.

 

-Golpe

 

-Golpe

 

-Colo

 

-Nádegas

 

-Sexo

 

-Suor

 

-Estão vindo

 

-Dois exércitos invisíveis no fragor da batalha

 

-Os músculos se tencionam. Você começa a tremer. Uma força atômica se desprende e explode. E respira. E se libera. E os músculos se relaxam. Nossa, que silêncio. Só consigo ouvir nossa respiração tentando se recompor

 

Coloquei minha saia e arrumei os cabelos antes de sair do banheiro e conseguir escrever sem erros:

 

Desgraçado! O próximo Carnaval a gente passa em Londres.

 

***

 

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